sábado, 18 de dezembro de 2010

Vanderlei Luxemburgo e Fleitas Solich

Se o Flamengo não tinha mais estrangeiros no seu elenco em 1959, seguia com um treinador estrangeiro no banco de reservas. Porém, não durou muito, pois antes do Campeonato Carioca daquele ano o paraguaio Fleitas Solich aceitou o convite do Real Madrid para substituir o técnico argentino Luis Carniglia, que dirigia a equipe desde 1957. Solich passou a ser, então, o quarto treinador sul-americano a dirigir o Real Madrid. Antes de Solich e de Carniglia, os uruguaios Hector Scarone (1951/52) e Enrique Fernandez (1953-1955) haviam sido os outros. Depois do Feiticeiro, só nos anos 80 o Real voltou a ser comandado por um sul-americano, e, ainda assim, um meia-bomba, pois Alfredo Di Stefano era argentino, mas naturalizado espanhol, quase dando para dizer que era mais europeu que sul-americano. Do argentino Jorge Valdano (1994-1996)
 suficiente para derrubá-lo antes mesmo da final da Copa dos Campeões da UEFA, da qual o Real Madrid sairia com o pentacampeonato, já sob o comando de seu sucessor, o espanhol Miguel Muñoz. A poderosa linha de frente comandada por Fleitas Solich na Espanha tinha Di Stefano, Puskas e Gento, numa equipe que ainda contava com o zagueiro uruguaio naturalizado espanhol Santamaria. Um grande time, derrubado somente por outra grande equipe, o Barcelona, cuja linha de frente era Kubala, Kocsis, Evaristo, Luís Suárez e Czibor. Do Real Madrid, Solich voltou para o Flamengo, em 1960, para ficar mais duas temporadas à frente do rubro-negro. O flamenguista se orgulhava do privilégio de poder andar trocando treinador com o Real Madrid. Eram tempos nos quais a flâmula vermelha e preta já tinha cruzado as fronteiras nacionais.
Solich levou a equipe ao vice-campeonato na temporada 1959/60, mas a perda do título para o Barcelona, que levou o bicampeonato, foi
ao brasileiro Vanderlei Luxemburgo (2005), este foi um grupo seleto de técnicos da América do Sul a estar à frente da equipe merengue do Real.

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