sexta-feira, 30 de maio de 2014

O Basquete do Flamengo e sua fórmula de sucesso

Excelente texto de André Amaral, do blog Ninho da Nação, e que foi publicado no site Só Fla. Republico a integra:

O Flamengo está em mais uma final do NBB e vai buscar o tetracampeonato brasileiro de basquete. Com a vitória sobre o Mogi por 79 x 71, o Rubro-Negro fechou a série semifinal em 3 x 1 e está a uma vitória da tríplice coroa.

Um trabalho liderado por uma equipe competentíssima, formada por Marcelo Vido, Alexandre Póvoa e André Guimarães. É o tripé que garante a tranquilidade dentro de quadra para que esse time faça história.

Quem vê o basquete com salários em dia, três patrocínios e sendo autossutentável, nem imagina como era há algum tempo. O time foi campeão sul-americano em 2008 com meses de atraso salarial, era o futebol quem bancava o esporte e os protestos de atletas eram comuns. (Nota: sempre honraram o Manto Sagrado e nunca colocaram desculpas para não vencer).

Hoje, podemos dizer, com muita luta, que o basquete é 100% sustentável. Os salários estão em dia e o clube é uma referência de sucesso. O reflexo, a gente vê em quadra: o Flamengo é o atual campeão do NBB, campeão da Liga de Desenvolvimento e campeão da Liga das Américas. Sem contar os nove títulos seguidos do campeonato carioca. E vamos nós para mais uma final de NBB.

Nada disso seria possível se não fosse o esforço financeiro para conquistar as Certidões Negativas de Débito. Com as contas em dia, o clube pôde aprovar o patrocínio de R$ 8 milhões, via ICMS, para bancar o basquete. Conseguiu ainda parceiros para financiar os gastos ao sediar o Final Four da Liga das Américas. Recentemente, lutou para mudar um Estatuto defasado - de 1992 - para adequar a "Constituição Rubro-Negra" à Lei Pelé. 

Infelizmente, nem todos entenderam os cortes duros, mas necessários, feitos no início da gestão. Agora, colhem-se os frutos. E só está no começo. O basquete é a primeira modalidade. Em breve, essa hegemonia vai se estender para a Natação, o Remo, o Judô, a Ginástica, o Pólo Aquático, honrando as tradições históricas da Gávea de formar grandes atletas olímpicos.

É melhor não duvidar da dupla Vido-Póvoa. Pelo que fizeram em pouco mais de 16 meses, dá para sonhar alto!


* André Amaral é membro de SóFLA e responsável pelo blog Ninho da Nação, dedicado ao Flamengo e seus Esportes Olímpicos

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