O Flamengo publicou o resultado financeiro consolidado de fechamento do 2º semestre de 2017. São números de encher os olhos! E permitem uma conclusão rápida: o problema da dívida acabou, o Flamengo é um clube economicamente e financeiramente sanado pela gestão Eduardo Bandeira de Melo. Ainda existe dívida, óbvio, não é que ela tenha deixado de existir, mas está totalmente equacionada, com sobra de recursos para finalizar o Centro de Treinamento, construir um estádio próprio, e manter um dos elencos mais fortes do futebol brasileiro. Daqui para frente na história do clube, assim estará enquanto a política interna do clube fizer valer sua Lei de Responsabilidade Fiscal. Como estamos no Brasil, e mais especialmente no Rio de Janeiro, e sabemos que a cultura nacional tem sérias problemas em cumprir regras, não podemos dizer que o problema está definitivamente resolvido, para sempre. Se o que está no papel for respeitado, sim,o clube estará sanado para sempre. Para acompanhar todos os resultados, visite as análises detalhadas feitas aqui neste blog no link Transparência Rubro-Negra.
Como sempre, a análise se debruçará sobre indicadores de estoque: Empréstimos de Curto Prazo, Dívida e Razão Dívida/Receita Anualizada (indicadores de estoque são um retrato de momento) e em indicadores de fluxo: Receita Total, Receitas Brutas do Futebol e Resultado Líquido (os indicadores de fluxo são crescentes no exercício, acumulando-se ao longo do ano até o resultado anual final).
Iniciando-se o termômetro da Saúde Financeira do Flamengo pela situação dos Empréstimos, os volumes de empréstimo de curto prazo mostram que a situação financeira do clube ainda não é totalmente tranquila. Mas os números seguem indicando que 2017 tem tudo para ser o último ano com o fluxo de caixa rubro-negro sob pressão, os empréstimos de longo prazo diminuíram bastante nos últimos trimestres, e os de curto prazo já indicam um rumo bastante declinante. Entrando receita, tem se sanado esta ferida. É preciso manter a trajetória de redução desta exposição para se chegar a uma plena solvência, sem riscos.
É impressionante as escalada do volume de recursos que entraram. O Flamengo teve em 2014 a maior receita da história do futebol brasileiro até então: R$ 334,3 milhões. Fechou 2015 com R$ 339,5 milhões em receitas operacionais líquidas. E em 2016, foi o primeiro clube do futebol brasileiro a fechar as receitas brutas acima de R$ 0,5 bilhão, com a receita líquida, descontados os impostos incidentes sobre receita, fechando o ano em R$ 483 milhões. Só o 1º semestre de 2017 o resultado foi de R$ 394,9 milhões, j´superior aos volumes até então recordes, não só do clube como de todo o futebol brasileiro, obtidos em 2014 e em 2015. O resultado em dois trimestres de 2017 já supera o acumulado nos três primeiros semestres de 2016.
Não é feita a abertura por rubricas da receita líquida, apenas da bruta. Então, analisamos a seguir, caso a caso, os pontos deste expressivo resultado.
Abrindo as receitas do futebol, o óbvio, que não poderia deixar de ser, é onde aconteceu esta explosão de crescimento. A receita do futebol no 1º semestre, inflada pela venda do garoto com então 16 anos (quando se fechou o negócio) já representa 86% do total que o futebol arrecadou no ano inteiro de 2016.
Assim, a receita com torcida (Bilheteria + Sócio-Torcedor) volta a ter um resultado esplendoroso! Tudo leva a crer que o Flamengo fechará 2017 com resultados muito superiores aos historicamente obtidos com sua torcida. Em 2014 fechara o ano com R$ 70,5 MM neste tópico, em 2015 o resultado anual foi de R$ 73,3 e representou seu recorde histórico. Em 2016 caiu para R$ 65,8 MM. Só no 1º semestre de 2017 já foram gerados R$ 49,5 MM. Superar a impressionante marca de R$ 100 milhões não é um sonho, é uma possibilidade real.
É um show, um espetáculo de eficiência sobre as gestões anteriores! Sempre se escutou a máxima: "se cada torcedor do Flamengo desse R$ 1,0 de seu bolso, os problemas financeiros do Flamengo estavam resolvidos". Pois bem, em 2012, o resultado com torcida equivalia a R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) dados por cada torcedor no ano. O número em 2017 equivale a algo como se cada torcedor estivesse dando R$ 3,00 por ano do seu bolso para o clube. É muita diferença! É a máxima de botequim escutada antes, colocada em prática!
O Resultado Líquido manteve seu caminho de expressivo superávit, assim como se vem verificando desde 2014, é uma gestão no azul! Só mostra que o aumento dos gastos com a folha salarial do futebol é plenamente sustentável. Ainda assim, tem muito idiota falando besteira na mídia.
Excepcional o resultado também referente ao quadro de endividamento. São puras boas notícias! Quantos anos não passamos escutando que na hora de ganhar dinheiro, a boa gestão não podia se empaturrar em gastos desmedidos e tinha que investir nas questões estruturais do clube? A alocação da venda de Vinícius Júnior é mais uma aula desta gestão rubro-negra. É impressionante a redução de dívida no 1º semestre de 2017. É ainda mais impressionante do que a já impressionante redução de endividamento na análise comparativa frente a 2012.
A dívida bruta ao fim do 1º semestre chegou a R$ 364,4 milhões. Ao fim de 2016 era de R$ 460 milhões. Ao fim de 2012, antes do início da gestão Eduardo Bandeira de Melo, era de R$ 803,7 milhões. Mas os valores reais da dívida são outros (a imprensa se alterna entre a divulgação de uma e de outra, dependendo do que seja mais conveniente para a matéria ou as comparações que o jornalista esteja fazendo). Há que se descontar os "Adiantamentos de Contrato", que são uma "dívida falsa", pois são um compromisso a ser honrado meramente contabilmente entre as duas partes envolvidas. Tanto não é dívida, que não há juros sobre eles. Assim o verdadeiro valor do endividamento ao fim de junho de 2017 era de R$ 285,7 milhões! Este valor ao fim de 2012 era de R$ 705 milhões, caiu R$ 79 MM, sendo de R$ 626 milhões no fim de 2013, voltou a cair R$ 49 MM, passando a R$ 577 milhões ao fim de 2014, caiu R$ 96 MM e fechou em R$ 481 milhões em 2015, caiu mais uma vez, desta vez em R$ 91 MM e fechou 2016 em R$ 390 milhões. Nos seis primeiros meses de 2017 já caiu outros R$ 105 MM, a maior queda desde o começo da gestão, chegando aos já citados R$ 285,7 milhões.
Havendo-se atingido este patamar, é necessário reduzir ainda mais esta dívida? A resposta correta é: havendo fluxo de caixa para isto, por quê não? Dívida gera encargos financeiros, os famosos juros, que no Brasil são pesadíssimos! Se você paga dívida, você diminui a fatia da sua receita destinada a pagar juros, ou seja, sobra mais dinheiro para gastar com coias realmente importantes. Você deixa de transferir recursos para instituições financeiras e/ou bancos, e passa a destinar para investimentos no Centro de Treinamento, num Estádio Próprio, na aquisição de novos jogadores... Não é mais necessário se diminuir a dívida em quase R$ 100 milhões por ano, mas por que não levar este endividamento para um patamar inferior a R$ 150 milhões?
A dívida bruta ao fim do 1º semestre chegou a R$ 364,4 milhões. Ao fim de 2016 era de R$ 460 milhões. Ao fim de 2012, antes do início da gestão Eduardo Bandeira de Melo, era de R$ 803,7 milhões. Mas os valores reais da dívida são outros (a imprensa se alterna entre a divulgação de uma e de outra, dependendo do que seja mais conveniente para a matéria ou as comparações que o jornalista esteja fazendo). Há que se descontar os "Adiantamentos de Contrato", que são uma "dívida falsa", pois são um compromisso a ser honrado meramente contabilmente entre as duas partes envolvidas. Tanto não é dívida, que não há juros sobre eles. Assim o verdadeiro valor do endividamento ao fim de junho de 2017 era de R$ 285,7 milhões! Este valor ao fim de 2012 era de R$ 705 milhões, caiu R$ 79 MM, sendo de R$ 626 milhões no fim de 2013, voltou a cair R$ 49 MM, passando a R$ 577 milhões ao fim de 2014, caiu R$ 96 MM e fechou em R$ 481 milhões em 2015, caiu mais uma vez, desta vez em R$ 91 MM e fechou 2016 em R$ 390 milhões. Nos seis primeiros meses de 2017 já caiu outros R$ 105 MM, a maior queda desde o começo da gestão, chegando aos já citados R$ 285,7 milhões.
Havendo-se atingido este patamar, é necessário reduzir ainda mais esta dívida? A resposta correta é: havendo fluxo de caixa para isto, por quê não? Dívida gera encargos financeiros, os famosos juros, que no Brasil são pesadíssimos! Se você paga dívida, você diminui a fatia da sua receita destinada a pagar juros, ou seja, sobra mais dinheiro para gastar com coias realmente importantes. Você deixa de transferir recursos para instituições financeiras e/ou bancos, e passa a destinar para investimentos no Centro de Treinamento, num Estádio Próprio, na aquisição de novos jogadores... Não é mais necessário se diminuir a dívida em quase R$ 100 milhões por ano, mas por que não levar este endividamento para um patamar inferior a R$ 150 milhões?
A maior evidência de que o Flamengo está financeiramente sanado está num dos principais indicadores de saúde financeira analisados pelo mercado: a razão entre a dívida e a receita operacional anual. Ou seja, quantos anos de receita seriam necessários para se pagar toda a dívida. A razão entre dívida e receita era de 3,6x no fim de 2012, passou a 2,4x no fim de 2013, para 1,7x no fim de 2014, para 1,4x no fim de 2015 e para 0,8x no fim de 2016, mantendo-se num caminho de transição da insolvência para a solvência. No 2º trimestre de 2016 chegou a incríveis 0,36x. Excepcional histórico! A dívida representa mais ou menos um terço da receita anual!
Obviamente há que se tomar cuidado na análise pelo fato destes números de receita estarem inflados pela venda de Vinícius Júnior, assim como em 2016 estiveram inflados pelo recebimento de luvas pelo novo contrato de televisionamento assinado com a Rede Globo. Ainda assim, um patamar entre 0,6x e 0,7x é plenamente saudável. O Flamengo já pode encher a boca para falar que em termos de endividamento não deixa a desejar frente a nenhum outro clube do futebol brasileiro.
O histórico das análises publicadas no blog está em: Gestão Azul: Diário da Revolução Prometida. E o histórico econômico-financeiro em Transparência Rubro-Negra.
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