quarta-feira, 6 de março de 2013

Casas do Flamengo

O Flamengo já nasceu sem casa... Livro A NAÇÃO, pg. 22: "São muitas, no entanto, as razões da popularidade rubro-negra. Ainda segundo Mário Filho, uma vez, o capitão do time de futebol campeão de 1912, Alberto Borgeth, disse-lhe que ela viera dos treinos na praia do Russel. A Prefeitura mandara fazer no local um campo de futebol, com gramado, balizas e tudo mais, dando pela primeira vez uma ideia da importância que adquirira o futebol no cenário esportivo do começo do século XX. Era um campo mais para a garotada – como outros –, não era para um time da Primeira Divisão, como o Flamengo. Só que o Flamengo não tinha campo e era obrigado a treinar em praça pública. À tardinha, os jogadores saíam do número 22 da praia do Flamengo – um misto de garagem de remo e cabeça de porco –, onde mudavam de roupa, e vinham pela calçada, com as chuteiras rangendo no cimento, até chegarem ao campo do Russel. A garotada acompanhava o time, apontando o Píndaro, o Baena, o Gallo, o Borgeth, o Gustavinho. Para Alberto Borgeth, ali estava a explicação de tudo. Assim, a falta de um campo fez o Flamengo misturar-se ao povo, aproximar-se dele".


Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, na região limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

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E a grandiosidade do vermelho e do preto, que já se solidificara como rocha, também estava lá, exposta para que aqueles corações românticos se embebedassem em tardes tranquilas de domingo no Maracanã. E o Flamengo não parava de dar demonstrações da grandeza que conquistara. A partida que decidiu o Campeonato Carioca de 1963, entre Flamengo e Fluminense, cujo empate por 0 a 0 deu o título ao time rubro-negro, representa, ainda nos dias de hoje, o recorde mundial histórico de público pagante em partidas entre clubes: 177 mil pessoas. A marca só foi batida, ambas às vezes também no Maracanã, pela final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai, com 185 mil espectadores, e pelo recorde histórico de público em jogos de futebol – 189 mil pagantes – na partida entre Brasil e Paraguai pelas Eliminatórias, em 1969.


O uso de estádios dos rivais vem dos primórdios da história do Flamengo. General Severiano, campo do Botafogo, foi a primeira "casa emprestada". Em tempos que as Laranjeiras, campo do Fluminense, era o templo maior. Depois veio São Januário, estádio do Vasco. Ainda teve o uso de Caio Martins, à época cedido pela Prefeitura de Niterói ao Botafogo. Por fim, o uso do Engenhão, também do Botafogo.


Estádio da Rua Paissandu
De 1916 a 1932, passou a mandar seus jogos em seu próprio campo, na rua Paissandu, no bairro do Flamengo, em um terreno pertencente à família Guinle, a mesma que era dona do Copacabana Palace. Ao fim de 1932, os proprietários solicitaram o terreno, e o Flamengo voltou a ficar sem casa.


A partir de 1938, o Flamengo começou a jogar no estádio da Gávea, cujas obras haviam sido iniciadas em 1933. Entre 1938 e 1950, o time fez 116 partidas no pequeno estádio rubro-negro, que comportava pouco mais de oito mil espectadores. Até que, depois da inauguração do Maracanã, o time passou a atuar menos em seu modesto estádio. De 1957 a 1960, jogou lá outras vinte vezes. Depois passou alguns anos sem pisar em seu gramado; retornou no período entre 1966 e 1976, quando lá fez dezesseis jogos. Descartou mais uma vez a ideia de utilizá-lo e por doze anos não mandou partidas ali. Voltou a usar o estádio entre 1988 e 1996, quando lá atuou outras 71 vezes. No total, foram 223 partidas jogadas na Gávea


Os estádios de Juiz de Fora e de Taguatinga foram outras casas emprestadas usadas pelo Flamengo. A partir de 2013, o clube passou a utilizar com mais frequência também ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o qual já havia utilizado algumas vezes, mas não com a frequência que passou a ter após as obras de revitalização e modernização feitas para a Copa de 2014.


Ilha, Raulino, Moacyrzão e Cariacica
O campo de Volta Redonda, de Macaé, e da Ilha do Governador, mais três casas que foram bastante usadas. Em 2016 o clube usou também o estádio de Cariacica no Espírito Santo. A partir de 2017, a casa para jogos de menor porte voltou a ser no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. 


O Complexo Esportivo da Gávea está situado na interseção dos bairros da Lagoa, do Leblon, da Gávea e do Jardim Botânico, em meio a uma das áreas de maior poder aquisitivo do Rio de Janeiro e de metro quadrado mais caro. Está de frente para a Lagoa e ao lado do Jóckey Clube do Rio. Fazem parte do Complexo: a sede social, a garagem de remo, piscinas sociais e três de 50 metros para natação, o ginásio de ginástica olímpica e artística, o ginásio de basquete, várias quadras de tênis, o ginásio de futsal, a arena de futebol de areia, uma quadra de futebol society, o estádio de futebol, além de vários restaurantes e lojas de produtos rubro-negros. Tem um total de 73 mil metros quadrados.


Maracanãzinho, Arenas da Barra, Ginásios Hélio Maurício, Togo Renan Soares, Alah Batista e do Tijuca Tênis Clube. Foram muitas as casas do basquete rubro-negro.


Ninho do Urubu 
O Centro de Treinamento de Vargem Grande, ou simplesmente Ninho do Urubu é o CT do Flamengo. O terreno tem 144 mil metros quadrados, e foi comprado pelo Flamengo em 1984. A obra para finalização do CT George Helal foli iniciada em 2011. Ao fim de 2012, havia dois campos de treinamento concluídos e instalações provisórias para refeição e dormitório. Em dezembro de 2016 foi então inaugurado o Módulo Profissional, onde foi realizada a Pré-Temporada do time de futebol em 2017.


Um comentário:

  1. e o pacaembu? flamengo mandou jogos contra racing e nacional do uruguai lá nos anos 90, e mais recentemente um fla-flu

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