quarta-feira, 1 de maio de 2013

Gestão Azul: Capítulo 1 - Menos Nunca é Mais!

Terminado o 1º capítulo da Gestão de Eduardo Bandeira de Mello e do "Grupo Chapa Azul" na Presidência do Flamengo.
O principal objetivo era colocar as finanças em ordem no começo de trabalho. Para isto foram feitos vários cortes e o time para o Campeonato Carioca sabia-se desde o início que era mais modesto, e que dificilmente seria campeão. A campanha na Taça Guanabara foi surpreendente e atiçou um pouco da esperança, mas a Taça Rio mostrou a realidade do momento.

A Prioridade: Os cortes financeiros:

1 - Diretor de Futebol: saiu Zinho e entrou o gaúcho e ex-dirigente do Grêmio, Paulo Pelaipe, com salário quase 40% inferior ao de Zinho.

2 - Saída de Vágner Love: disparado o maior salário do elenco de 2012, ao fechar negócio com o CSKA Moscou, da Rússia, o Flamengo diminuiu sensivelmente a folha salarial, livrou-se de uma pesada dívida junto ao CSKA pela própria contratação de Love, e, o mais importante: mostrou que realmente estava disposto a "cortar na carne", e que o financeiro era prioritário frente ao lado técnico.

3 - Saída de nomes que pesavam na folha de pagamento: o veterano atacante Liédson, o sempre lesionado volante chileno Maldonado, o volante Airton e o meia argentino Dario Bottinelli. Estes quatro e Vágner Love representaram uma redução de quase 40% na folha de pagamento do futebol.

4 - Enxugamento do elenco: além de Love, Liédson, Maldonado, Airton e Bottinelli, outros 9 jogadores saíram. Um deles foi saída indesejada: o lateral-direito Wellinton Silva, que foi para o Fluminense, os demais foram desoneração: os zagueiros Welinton e Arthur Sanches, o lateral-esquerdo Magal, os volantes Muralha e Rômulo, e os meias Guilherme Negueba, Welington Bruno e Camacho. No total, de 2012 para 2013, saíram 14 jogadores do elenco e entraram 6 novos.

5 - Por fim, a troca de treinador, com a saída de Dorival Júnior e sua comissão técnica, trocados por Jorginho e seu auxiliar Ailton. A Nova Comissão Técnica era mais de 50% mais barata que a anterior.

As Escolhas: Apostas Mais Modestas em Reforços:

Alex Silva voltou de empréstimo ao Cruzeiro, e foram contratados 5 jogadores: o lateral-esquerdo João Paulo, da Ponte Preta, o volante Elias, emprestado pelo Sporting, de Portugal, o meia Gabriel, revelação do Bahia, o zagueiro Wallace, terceiro reserva do Corinthians, e o meia Carlos Eduardo, emprestado pelo Rubin Kazan, da Rússia. Os dois principais reforços foram Elias e Carlos Eduardo, ambos com passagem pela Seleção Brasileira.

O 1º Time, a Revelação da Taça Guanabara:
O time começou o campeonato sob o comando de Dorival Júnior.
Na defesa, a única modificação frente ao time que terminou o Brasileiro 2012 foi a troca de Ramon por João Paulo na lateral-esquerda. Nos quatro primeiros jogos, Renato Santos foi titular (vitórias sobre Quissamã, Volta Redonda e Vasco, e empate com o Madureira), depois Wallace ganhou a posição e foi titular nas vitórias sobre Nova Iguaçu, Friburguense, Botafogo e Olaria, e na derrota na semi-final para o Botafogo.
No meio de campo, os titulares foram Cáceres, Elias e Ibson. Renato Abreu e Cléber Santana, titulares no Brasileiro, foram para o banco. O garoto Rodolfo entrou com bastante frequência nesta equipe.
No ataque, a grande inovação de Dorival, com três atacantes: Rafinha, Hernane e Nixon nos 6 primeiros jogos (5 vitórias e 1 empate). Depois Nixon se machucou e deu lugar a Carlos Eduardo, que não teve grandes atuações.
O time com melhor campanha da Taça Guanabara e depois eliminado pelo Botafogo na semi-final: Felipe, Leonardo Moura, Renato Santos (Wallace), Marcos González e João Paulo, Victor Cáceres, Elias e Ibson, Rafinha, Hernane e Nixon (Carlos Eduardo).


O 2º time, um Fiasco na Taça Rio:
Depois de perder a semi-final da Taça GB para o Botafogo e a estréia na Taça Rio para o Resende por 3 x 2 (após vencer o 1º tempo por 2 x 0), Dorival Júnior foi trocado por Jorginho.
E demorou para Jorginho acertar o time: derrota para o Audax Rio, empates com Boavista e Duque de Caxias, e vitória magra sobre o Bangu. O Flamengo não conseguiu se classificar para a semi-final da Taça Rio.
A defesa sofreu mudanças. Problemas por contusão de Léo Moura e por uma estabanada alçada de Alex Silva à posição de títular no lugar de Marcos González.
O meio de campo teve a promoção de Amaral à titularidade na cabeça-de-área. Ibson também acabou sacado da equipe.
E no ataque, Gabriel ganhou a posição de titular e jogou bem. Foi uma revelação, sendo dos 6 reforços para o Carioca 2013, o que teve melhor aproveitamento.
O time eliminado na 1ª fase da Taça Rio: Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Alex Silva e João Paulo, Amaral, Elias e Rodolfo, Rafinha, Hernane e Gabriel.


Um 3º time, Jorginho se encontrando?:
Na reta final da Taça Rio, já eliminado, o Flamengo melhorou a sequência de resultados. Venceu a Fluminense e Macaé, e eliminou o Remo na 1ª fase da Copa do Brasil. As mudanças que "azeitaram" o time foram feitas principalmente na zaga, com a volta da dupla Renato Santos e González ao miolo de zaga e a de Ramon à lateral-esquerda, trio titular na reta final do Brasileiro. E também ajustou-se o meio de campo com a entrada do veterano Renato.
O time que começou a melhorar o padrão: Felipe, Leonardo Moura, Renato Santos, Marcos González e Ramon, Amaral, Elias e Renato Abreu, Rafinha, Hernane e Gabriel (Rodolfo).


Apesar da surpresa com a campanha acima da expectativa na Taça Guanabara, a lição estava dada: menos nunca é mais. Diminuiu-se a qualidade técnica, os resultados pioraram.
Para o Brasileiro, a meta estava traçada: 5 reforços. Um lateral-direito que dê opção a eventuais lesões de Leonardo Moura, um zagueiro (desistiu-se de Alex Silva), um meia (deficiência explícita e claríssima desde o Brasileiro 2012) e dois atacantes (apesar do surpreendente desempenho do jovem Rafinha e do artilheiro do Carioca 2013, Hernane).

- Há uma leva promissora de jovens no elenco: Luiz Antônio, Rodolfo, Gabriel, Adryan e Rafinha são bastante promissores.
- Há uma estrutura central bastante madura e experiente: Felipe, Léo Moura, González, Elias e Renato Abreu.
- Se alguns dos reforços que chegaram no começo do ano melhorarem o desempenho - Elias e Carlos Eduardo principalmente - e com uma quina de novos reforços, há esperanças para este grupo! Difícil acreditar no título do Brasileiro 2013, até sonhar com Libertadores parece ser muito otimismo. Mas dá para ter um fio de otimismo sim!




Nenhum comentário:

Postar um comentário