sexta-feira, 24 de maio de 2013

Os jogadores sul-americanos não-Mercosul que jogaram no Flamengo


A longa lista de jogadores da América do Sul que passaram pelo Flamengo está concentrada principalmente nos três sócios originais do Brasil no Mercado Comum do Cone Sul, o Mercosul. A ampla maioria veio de Argentina, Paraguai e Uruguai, os três vizinhos mais próximos ao eixo Sul-Sudeste do Brasil.

Até 1996, nenhum jogador de outro país da América do Sul havia jogado na Gávea. O primeiro não-Mercosul foi contratado para o Campeonato Brasileiro de 1996, vindo do Equador. O lateral-direito Wagner Rivera era aclamado pela imprensa hispano-americana como melhor lateral do continente, titular absoluto da camisa 2 na Seleção do Equador. O Flamengo então contratou Rivera, que era jogador do Espoli, clube equatoriano. Ele defendeu a lateral-direita rubro-negra em 15 jogos daquele campeonato, mas não se firmou. Ao fim do Brasileiro foi negociado com o Barcelona de Guaiaquil, clube que defenderia nos dez anos seguintes.

Rivera

Uma segunda tentativa aconteceu em 2000, e com outro lateral-direito, quando o Flamengo contratou o titular da Seleção do Peru, Jorge Soto. Ele fe a pré-temporada daquele ano com o elenco rubro-negro mas não ficou. Alegando deficiencia técnica, o Flamengo o dispensou antes do início da temporada, não tendo ele entrado em campo uma vez sequer em vermelho e preto.

O segundo jogador não-Mercosul com a camisa do Flamengo deu início a uma leva vinda do Chile na Gávea. Foram três chilenos no Flamengo. Em 2008 o Flamengo contratou ao Colo Colo o meia Gonzalo Fierro. Ele ficou bastante tempo na Gávea, de 2008 a 2010, mas sempre como reserva. Mas jogou bastante, fez 93 jogos com a camisa do Flamengo, marcou 2 gols, e participou da campanha do título do Brasileiro de 2009.

Em 2009 chegou outro compatriota dele à Gávea, este um velho conhecido do futebol brasileiro, o volante Cláudio Maldonado. Revelado no Colo Colo, Maldonado chegou ao Brasil em 2000, defendeu e se destacou por São Paulo, Cruzeiro e Santos, foi jogar no Fenerbahce, da Turquia, e de lá veio jogar na Gávea. Chegou como reforço no fim do 1º turno do Brasileiro, e foi titular na equipe campeã daquele ano. Ficou na Gávea até o fim de 2012. Jogou 76 vezes pelo Flamengo e fez 1 gol.

O terceiro chileno foi o zagueiro Marcos González, que chegou à Gávea em 2012. Curiosamente, González nasceu no Rio de Janeiro, mas filho de pais chilenos, que estavam vivendo no Rio a trabalho à época de seu nascimento, viveu toda sua vida no Chile. Antes da Gávea, jogou por Universidad do Chile, Rangers, Palestino e Universidad Católica, jogou no Colón, da Argentina, e no Columbus Crew, dos Estados Unidos. Chegou ao Flamengo depois de ser campeão da Copa Sul-Americana com a Universidad do Chile e de ser aclamado pela imprensa hispano-americana como melhor zagueiro da América do Sul.


O Flamengo em 2010 teve um jogador vindo da Colômbia, o atacante Cristian Borja. De todos os sul-americanos não-Mercosul, ele foi o único que não vestia a camisa da seleção de seu país. Curiosamente, Borja foi contratado ao Caxias, do Rio Grande do Sul, após chamar atenção num Campeonato Gaúcho. No Flamengo jogou só 7 jogos, e não fez nenhum gol; defendeu mais o time rubro-negro que jogou o Brasileiro Sub-23 daquele ano. Em 2013, conseguiu algum destaque defendendo o Santa Fé, da Colômbia, na Libertadores.

Borja, na Libertadores 2013
      
O atacante Marcelo Moreno é, portanto, o sexto não-Mercosul. Moreno tem história inversa à de Marcos González. É filho de pais brasileiros, nasceu na Bolívia porque o pai foi jogar futebol lá. Cresceu no Brasil, defendeu a Seleção Brasileira nas categorias de base, mas ao profissionalizar-se optou por defender a seleção boliviana. Fala português sem qualquer sotaque. Antes do Flamengo, destacou-se por Cruzeiro e Grêmio. Chega á Gávea em 2013. Na Bolívia, só jogou nas categorias de base, quando defendeu o Oriente Petrolero, mas isto antes de defender as Seleções Brasileiras Sub-17 e Sub-20. Com a camisa do Flamengo, jogou 21 jogos e fez 5 gols.

Marcelo Moreno


Em 2014 foi a vez do zagueiro equatoriano Frickson Erazo, que naquele mesmo ano disputou a Copa do Mundo com a Seleção do Equador. No Flamengo, ele não deu certo, jogou apenas 5 jogos, cometeu falhas e acabou tendo seu contrato rescindido após poucos meses no clube 

Erazo


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