domingo, 9 de junho de 2013

Gestão Azul: Capítulo 2 - Todo o projeto seriamente a perigo

Quem acompanha a história do Flamengo sabe que o mau desempenho do futebol é o que define qualquer sucesso ou fracasso político dentro do clube. Decisões erradas, se derem em título do futebol, são perdoadas. Decisões acertadas, se conquistas não vierem, são demonizadas. É e sempre será assim.
Além do mais, em meio a seu processo de recuperação, várias das verbas conseguidas para o triênio 2013-2015 estão condicionadas a resultado. Cair para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, seria um vexame histórico sem precedentes, mas seria ainda pior, pois comprometeria gravemente os resultados financeiros futuros de um clube afundado numa situação financeira ainda gravemente desequilibrada.
O Flamengo eliminou o Remo e o Campinense nas duas primeiras fases da Copa do Brasil e se postulou para enfrentar o ASA, de Arapiraca, na terceira fase. Nem Carioca, nem o início de Copa do Brasil, mostravam uma avaliação da qualidade técnica do elenco à altura do Brasileiro, que teria 5 rodadas antes da paralisação para a Copa das Confederações.
Uma temporada atípica, na qual seriam "3 pré-temporadas". E o Flamengo foi para cada uma delas com um treinador diferente. Mas antes é preciso contar outra parte da história...

A necessidade era de pelo menos 5 reforços: um lateral-direito, um zagueiro, um meia e dois atacantes. A promessa inicial era de nomes que chegariam para ser titulares. Foi adquirido um atacante: Marcelo Moreno, emprestado pelo Grêmio. De resto um pacote do interior de São Paulo: os volantes Diego Silva (XV de Picacicaba) e Val (Mogi Mirim), o meia Bruninho (Atlético Sorocaba) e o atacante Paulinho (XV de Piracicaba). Um pacote de incógnitas. O número foi 5. Mas...

Menos nunca é mais...

E para dificultar, com o Maracanã finalizado mas entregue à FIFA para a Copa das Confederações 2013, e o Engenhão interditado por problemas estruturais, o Flamengo correu o Brasil para arrecadar mais. As cinco primeiras rodadas tiveram jogos em cinco cidades diferentes. Na estréia, com mando de campo do Santos, jogo em Brasília, na reinauguração do Estádio Mané Garrincha, para recorde de arrecadação da história do futebol brasileiro. Depois jogos em Juiz de Fora, Joinville, Florianópolis e Criciúma. Uma desgastante maratona de jogos.

A soma destes fatores já dificultava. E Jorginho tratou de complicar ainda mais, fazendo mudanças constantes, sem definir um time exato, mesmo após a inter-temporada em Pinheiral, Estado do Rio. Na estréia o Flamengo dominou o Santos, mas não saiu do zero a zero. Depois, levou o segundo jogo para Juiz de Fora e perdeu da Ponte Preta (2 x 0). Em Joinville, com mando do Atlético-PR, um empate em 2 x 2 depois de estar perdendo por 2 x 0. O Flamengo terminava a 3ª rodada na 16ª posição. Em Florianópolis, com mando rubro-negro, derrota para o Náutico por 1 x 0, com o time em 19º lugar na tabela, um time limitado, mas mais que isto, desorganizado. Jorginho não resistiu e foi demitido. A "Gestão Azul" reconheceu o erro da escolha e agiu rápido para corrigir.

O time das primeiras rodadas, entre os que foram mais vezes utilizados: Felipe, Leonardo Moura, Renato Santos, Marcos González e Ramon, Luiz Antônio, Elias, Renato e Gabriel, Paulinho e Marcelo Moreno.

Na 5ª rodada, a última antes da paralisação para a Copa das Confederações, o Flamengo, comandado por Jaime de Almeida Filho, venceu o Criciúma por 3 x 0 fora de casa e minimizou parte da tragédia.

Uma das piores campanhas do Flamengo nas cinco primeiras rodadas desde que o Brasileirão passou a ser disputado em pontos corridos:


Da receita de 5 reforços, um atacante já havia chegado. Um zagueiro indicado por Jorginho - Roger Carvalho - que trabalhou com ele no Figueirense e estava no Bologna da Itália, foi contratado, mas só poderia jogar depois da inter-temporada (já não mais tendo o treinador que o indicou no cargo). Um zagueiro que era uma incógnita.

O principal que restava da receita inicial era: um lateral-direito, um meia e mais um atacante. Seria necessário abandonar a humildade das contratações baratas ou todo o projeto estaria gravemente em risco. E antes, falatava repensar o treinador (caro ou barato?) e eleger um.





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