"O desafio de gestão do Flamengo: ser auto-sustentável"
por Fábio Balassiano no Blog Bala na Cesta, no UOL.
Todo mundo aqui sabe que o Flamengo foi sucesso de público, resultados e crítica nesta temporada do basquete que terminou no sábado. Ganhou o NBB com méritos, foi bem na Liga Sul-Americana e ficou perto das finais da Liga das Américas. Se não foi uma temporada perfeita, foi bem ótima, digamos assim.
por Fábio Balassiano no Blog Bala na Cesta, no UOL.
Todo mundo aqui sabe que o Flamengo foi sucesso de público, resultados e crítica nesta temporada do basquete que terminou no sábado. Ganhou o NBB com méritos, foi bem na Liga Sul-Americana e ficou perto das finais da Liga das Américas. Se não foi uma temporada perfeita, foi bem ótima, digamos assim.
E qual é o tamanho da missão da diretoria do Flamengo para a próxima temporada? Na minha opinião não é uma missão esportiva, técnica, mas sim de gestão, de administração mesmo. É “simples”: transformar o basquete do atual campeão do NBB em algo auto-sustentável.
Coloquei o simples entre aspas porque sei que não é moleza, obviamente, mas esta é a missão de Marcelo Vido, diretor de esportes olímpicos do clube cuja competência é imensa e tem sido vista nos primeiros meses de mandato (gestão racional, transparente, sem sobressaltos). Ele mesmo me disse isso em Brasília, no Jogo das Estrelas (releiam a entrevista, por favor), e é exatamente por aí que passa o sucesso do Fla nos próximos anos – conseguir fazer a conta fechar apenas e tão somente com verbas de patrocínio, bilheteria, produtos e qualquer coisa do basquete e somente do basquete.
O time rubro-negro hoje é caro, todo mundo sabe, e infelizmente o clube não consegue pagá-lo só com a grana dos patrocinadores apenas do basquete. Parte do dinheiro vem do futebol, e é algo que pode, e deve, ser revisto urgentemente para o bem do clube, do NBB e do esporte de modo geral.
O Flamengo encheu o Tijuca na fase de classificação, a HSBC Arena nos playoffs e estreitou ainda mais os laços com uma torcida que, apaixonada ao cubo, abraçou o basquete faz tempo. Os consumidores, portanto, são conhecidos e muitos (alguns que jamais foram ao ginásio estiveram lá pra apoiar o clube em uma época de vacas magras no futebol – o que é bom pra modalidade acariciar os mais carentes e ávidos por vitórias). Dá pra pensar, como João Henrique Areias já pensou, em promoções, camisas e formas de equacionar o orçamento sem precisar da grana do futebol.
O Flamengo é grande, imenso, esta nova diretoria está fazendo um grande trabalho, e será um presente muito grande pro basquete brasileiro se ela conseguir fazer do atual campeão do NBB um modelo de gestão sólido, auto-sustentável e virtuoso.
Talento na quadra o Fla mostrou que tem. Torcida fora dela para “bancar” o time, também. É hora de fechar o cerco e amarrar as contas para as próximas temporadas serem ainda melhores do que esta que terminou no sábado.
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