sábado, 13 de julho de 2013

O traumático "Dia de Cabañas"

Inacreditável! Nem o torcedor vascaíno esperava mais a eliminação do Flamengo na Libertadores da América. Após vencer o jogo de ida, fora de casa, por 4 a 2, o Flamengo conseguiu perder no Maracanã para o América, do México, por 3 a 0, na noite desta quarta-feira, e está eliminado.

Parte da torcida, que compareceu em grande número, já está apreensiva com o técnico Caio Júnior, que assume oficialmente na manhã desta quinta-feira. No comando do Goiás, o treinador, em seus dois últimos jogos, foi goleado por Corinthians (0 x 4) e Itumbiara (0 x 3), jogos que valerão a eliminação na Copa do Brasil e a perda do título Goiano. 

Agora, na primeira partida do Flamengo, logo depois do anúncio de sua contratação e com sua presença no estádio, o rubro-negro sofre esta goleada inesperada e dá adeus a chance do título sul-americano. Realmente a fase não anda boa para Caio Júnior.

Antes da bola rolar, o clima de oba-oba tomou conta do Estádio. O técnico Joel Santana recebeu camisa com o seu nome e até placa. Quando o jogo começou, o Flamengo foi para cima e dominava, mas não conseguia finalizar.

O que aconteceu?

Quem abriu o placar foi o América, aos 20 minutos, com Cabañas, que chutou da intermediária e viu a bola bater em Toró e encobrir Bruno. Ainda assim, a torcida continuou incentivando o time, mas com Souza desperdiçando várias chances, o nome de Obina passou a ser gritado a todo momento.

O Flamengo poderia ter empatado ainda no primeiro tempo, mas Ochoa fez defesa espetacular em cabeçada de Souza e no rebote pegou nova finalização do atacante.

Aos 38, Castro lançou Cabañas, que escorou de cabeça para Esqueda tocar por cobertura, na saída de Bruno e ampliar o marcador. A tragédia começa a ganhar formato.

Na volta para o segundo tempo, Joel pôs Obina no lugar de Kléberson. Com 10 minutos, Diego Tardelli entrou na vaga de Souza, mas o rubro-negro continuava pecando nas finalizações.

Aos 32 minutos, após o Fla perder inúmeras chances, aconteceu o que ninguém esperava: falta de longe cobrada por Cabañas, a bola bateu na cabeça de Diego Tardelli e o América fazia o terceiro gol, que lhe dava a classificação às quartas-de-final.

O técnico Joel Santana, no desespero, ainda pôs Renato Augusto em campo, mas Juan foi expulso infantilmente, aos 39, e selou a eliminação rubro-negra. Uma tragédia que entra para a história


Ficha Técnica:

Flamengo 0 x 3 América (MEX)
Maracanã, 07 de maio de 2008
Público: 47.115 pagantes.

Gols: Cabañas (20'/1T), Esqueda (38'1T) e Cabañas (32'/2T).

Flamengo
Bruno; Leonardo Moura, Leonardo, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Renato Augusto), Kléberson (Obina), Ibson e Toró; Marcinho e Souza (Diego Tardelli).
Téc: Joel Santana.

América-MEX
Ochoa; Sánchez, Sebá e Rodríguez; Castro, Villa, Argüello (Mosqueda), Silva e Rojas; Esqueda (Iñigo) e Cabañas (Higuaín). 
Técnico: Juan Luna.


Fonte: site Futebol do Interior, publicado em 8 de maio de 2008



O trágico fim de Salvador Cabañas

Na madrugada do dia 25 de janeiro de 2010, Cabañas foi baleado na cabeça, aproximadamente às 5 horas e 30 minutos, durante uma suposta tentativa de assalto em um banheiro de uma casa noturna na Cidade do México. Porém, mais tarde, a especulação mais aceita seria a de que Cabañas teria sido alvejado por um torcedor adversário, porém, também foram levantadas as possibilidades de um torcedor do seu próprio clube, o América do México, tê-lo feito. Poucos dias antes, o jogador tinha sido um dos principais responsáveis pela perda da vaga na Copa Libertadores da América de 2010 do seu time, após desperdiçar uma cobrança numa disputa por pênaltis. Conforme relatou a esposa do jogador à época, não houve briga corporal. Segundo os médicos, o atacante correu risco de morte.

Após a primeira e delicada cirurgia, realizada na manhã de 25 de janeiro de 2010 no hospital Ángeles del Pedregal, na Cidade do México, o paraguaio seguiu em estado grave, mas estável. Numa coletiva de imprensa após a operação, o neurocirurgião Ernesto Martínez afirmou que o atacante paraguaio sofreu um grave traumatismo craniano e que pedaços de ossos foram retirados do crânio, mas que a bala não havia sido removida para evitar causar mais danos ao atleta, como sequelas para o resto de sua vida. Martínez não assegurou que Cabañas estaria fora de perigo, e o jogador ainda correria sério risco de morte.

Em 2 de março de 2010, Cabañas teve alta do hospital. O jogador teve perda quase total de memória, sem conseguir se lembrar da maior parte dos fatos de sua vida acontecidos antes da estada no hospital.

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