É realmente vergonhoso! Dizer que o Maracanã não se sustenta com o futebol é um crime! É um caso de polícia esta história toda. Jamais seria tolerável tamanha estupidez num país minimamente normal. Insustentável é a roubalheira que te tentam empurrar no consumo dos bares internos do estádio. Muito dinheiro por nada, por um pão com salsicha vagabundo. A sordidez como se faz negócio no Brasil é deplorável! O modelo de privatização do Maracanã está errado. Não! É qualquer lugar onde máfias se juntam como exploradoras carniceiras não dá certo. Com um mínimo de atendimento ao CLIENTE, daria! Como tudo no Brasil, querem ser remunerados por um serviço mal prestado. A patotinha do Sr. Sérgio Cabral estava certa da mamata. Tomou conta de tudo dentro do Maracanã, com um processo inviezado, direcionado, mal-intencionado, safado! Esperavam fazer milhões às custas dos otários! Um processo sério, tecnicamente honesto e bem feito, teria dado certo.
Afastaram o dono do espetáculo do palco principal!
Como quase tudo no Brasil, sustentara-se em argumentos populistas para ter apoio do povo sob a pseudo-razão. Mas a verdade é que o Maracanã é insustentável só sem o Flamengo!
Tentaram, e de certa forma conseguiram, jogar o Flamengo para o meio do picadeiro, para ser explorado, usurpado e violado. Como o brasileiro é diariamente estuprado por todos os lados, tanto pelo público quanto pelo privado. Só muda o patrão. O governo mamou nas tetas do Flamengo por décadas e décadas. O grupinho privado, a patotinha, queria mamar também. Afinal, o Flamengo não tem casa, não teria outra opção.
O ÚNICO QUE ESPERO AGORA DO FLAMENGO É JOGO DURO!!! OU O ESTÁDIO É DO FLAMENGO, PARA ADMINISTRÁ-LO E USUFRUIR DA RECEITA QUE ELE PRÓPRIO GERA, OU QUE FIQUE ÀS MOSCAS, PORQUE PODE PASSAR DE DONO EM DONO QUE NÃO SE SUSTENTARÁ DE PÉ!
O texto abaixo é do jornalista Cosme Rimoli, da Record, publicado em 22/02/16 sob o título: "Um vexame chamado Maracanã. Odebrecht quer devolver. Governo do Rio não aceita. Olimpíada serve para disfarçar o fracasso do consórcio falido. Fla-Flu, pelo Carioca, é jogado em Brasília. É muita pouca vergonha…".
É a vitória da hipocrisia. Do fingimento. A 31ª Olímpiada começará no dia 5 de agosto. No Rio de Janeiro. O principal palco será o Maracanã. Onde acontecerão a abertura e a cerimônia de encerramento, no dia 21 de agosto. Mas o estádio que representa o futebol brasileiro está fechado. Em 2016 só Carnaval, 'Fextinha' de música eletrônica. E Rolling Stones. Em abril, Coldplay.
A previsão é que o Maracanã só volte a ser usado por clubes brasileiros em outubro.
O Comitê Olímpico assumirá o estádio a partir de março.
O grande incentivador para espantar o futebol do estádio é justamente quem deveria brigar por ele. A concessionária que ganhou o controle do estádio. Mas ela não tem o menor interesse. Os motivos são importantes.
A Odebrecht está por trás dessa concessionária. A construtora está implodindo graças às acusações da operação Lava-Jato. Não tem mais o menor interesse em seguir administrando o estádio. Já avisou ao governo estadual do Rio de Janeiro. Só que o contrato assinado em 2013 tem validade por 35 anos.
O sonho de grande faturamento acabou há muito tempo. Administrar o estádio foi um péssimo negócio. O prejuízo em 2013 foi de R$ 48 milhões. E em 2014, chegou a R$ 77 milhões. A Odebrecht tem 95% do consórcio e a AEG, os outros 5%. A AEG acaba de se desligar da arena do Palmeiras. Negociava com o Morumbi. Mas seus representantes se mostram desanimados com a recessão brasileira e pensam em abandonar o país.
A estimativa no balanço de 2015 é de enorme prejuízo. Talvez atingindo a marca de R$ 100 milhões. O governo do Rio de Janeiro desde 2014 vem repetindo que não aceita simplesmente o Maracanã de volta. A Odebrecht e a AEG garantem que não há multa estabelecida em caso de devolução. O que seria uma estranha omissão no contrato. O governo carioca também não confirma a obrigação de multa.
233 1024x647 Um vexame chamado Maracanã. Odebrecht quer devolver. Governo do Rio não aceita. Olimpíada serve para disfarçar o fracasso do consórcio falido. Fla Flu, pelo Carioca, é jogado em Brasília. É muita pouca vergonha...
Para a construtora, o problema é simples. A recessão fez o futebol brasileiro pobre de ídolos. E a população não tem dinheiro para desperdiçar. Rejeita pagar caro por espetáculos pobres. Os clubes alegam que os gastos são inviáveis com o Maracanã. Precisam gastar em média R$ 600 mil. E tentar ficar com o lucro. Mesmo nos clássicos isso deixou de valer a pena. Melhor levar para arenas como Brasília, onde os organizadores garantem R$ 1 milhão no mínimo para os clubes envolvidos. Como aconteceu entre Flamengo e Fluminense neste domingo. Válido pelo Campeonato Carioca, foi disputado no Distrito Federal. Fosse em Portugal, seria piada. Aqui é 'gestão'.
A Odebrecht e a AEG se dizem traídas pelo governo do Rio. O acordo previa construiria estacionamentos e lojas nos locais onde hoje permanecem o Museu do Índio, o Parque Aquático Júlio Delamare, o Estádio de atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Arthur Friedenreich. As demolições, previstas no edital de licitação, acabaram depois sendo suspensas pelo então governador Sérgio Cabral. Com as lojas e os estacionamentos, a previsão de lucro anual era de R$ 19 milhões.
Mas devido à repercussão política negativa, o governo carioca voltou atrás. E proibiu as demolições, que estavam combinadas.
Os gastos de manutenção do Maracanã chegam a R$ 32 milhões anuais.
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Por isso a hipocrisia de entregar o estádio em março. Mesmo com a Olimpíada marcada para agosto. O estádio está pronto. Foi reconstruído há três anos. Não haverá mudanças radicais para a competição. Só o ajuste político para que a construtora não perca mais dinheiro.
"É o maior espetáculo do planeta. A maior audiência esportiva da história é a cerimônia dos Jogos de Londres. Então, precisamos preparar essa cerimônia do jeito certo e com antecedência. Assumindo o Maracanã mais cedo, podemos fazer os ensaios maiores para a cerimônia de abertura. Desde 2014, estamos tentando negociar com o governo do estado para assumir o Maracanã mais cedo com foco na cerimônia", diz o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada.
Andrada faz seu trabalho bem. Por anos ele foi o responsável pela Nike na Seleção Brasileira. E sabe como usar as palavras para tentar disfarçar crises. Joga o jogo.
As cúpulas de Flamengo e Fluminense ficaram mais do que satisfeitas com a partida de ontem no Mané Garrincha. Os organizadores também. A renda foi de R$ 2.388.360,00. E 32.024 pagantes. Os preços cobrados foram entre R$ 60,00 e R$ 360,00. Para efeito de comparação. Fluminense e Tigres, pelo mesmo Carioca, levaram 799 pagantes a Volta Redonda. Os preços dos ingressos? R$ 20,00 e R$ 10,00.
A direção do Botafogo já avisou que também coloca à venda seus clássicos pelo Carioca. Joga onde for. Desde que a taxa chegue perto do R$ 1 milhão pago a Flamengo e Fluminense. O Vasco é o único que, por enquanto, não aceita sair do Rio de Janeiro no estadual.
Clássicos fora do estado de origem no Campeonato Nacional já é indecente. Por um torneio estadual é bizarro.
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O presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, era contrário em janeiro a esses clássicos do Estadual fora do Rio. Mas teve de ceder. A Globo não queria mostrar os jogos em Macaé, Volta Redonda ou em São Januário. Transmissão difícil, estádios pequenos, ultrapassados. Péssima propaganda do torneio.
Rubinho apenas não quer o que seria a desmoralização total do Carioca. A disputa das finais e semifinais fora do Rio de Janeiro. Como em Manaus, Belém, Teresina, Brasília.
A Odebrecht e a AEG não querem nem pensar em tirar o Maracanã do controle do Comitê Organizador da Olimpíada. A solução está na liberação do Engenhão, que também servirá à competição.
A situação da organização do futebol do Rio de Janeiro é caótica.
Mistura incompetência com ingerência política.
E afasta o estádio mais representativo do Brasil do futebol.
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Há a esperança que, depois da Paralimpíada (não se escreve mais Paraolimpíada) o governo carioca aja. E promova uma nova concorrência para o estádio. Livre a Odebrecht e a AEG do compromisso de mais 32 anos. Sem multa.
Seria fundamental que Flamengo e Fluminense se unissem de verdade.
E se comprometessem a administrar o estádio, já que não possuem os seus.
Esse é o sonho.
Para banir grupos aventureiros da administração do maior estádio do Brasil.
Fla-Flu, pelo Carioca, disputado em Brasília...
Maracanã fechado em fevereiro para Olimpíada em agosto.
É muita pouca vergonha...
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