segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

2016: A Maior Atuação do Flamengo em Pontos Corridos na História


Desempenho no Campeonato Brasileiro 2016

O time teve um desempenho muito bom da rodada 1 à 5, ainda mais nas circunstâncias de forte instabilidade e princípios de crise que viveu. O Flamengo pagou por um erro de planejamento dos gestores do futebol, e começou o campeonato sem zagueiros, mas conseguiu contornar. Superou também a saída, por questões de saúde, do técnico Muricy Ramalho, apostando no jovem Zé Ricardo. Na sequências, das rodadas 6 à 15, o desempenho foi médio. Fechando o returno, já com Diego acertado como badalada contratação, o time reacelerou seu desempenho, tendo novamente uma sequência muito boa da 16ª à 20ª rodada. Diego então entrou no time e o desempenho da 21ª à 30ª rodada foi excelente, fazendo o Flamengo sonhar com o título. Na hora das decisões, porém, fraquejou entre as rodadas 31 a 35. Muito por conta de ter começado a sentir as consequências de mais uma adversidade, pois jogou o campeonato inteiro fora do Rio de Janeiro. O time cansou. Mas atingiu a meta traçada no início da competição, se classificou à Libertadores 2017. Da rodada 36 à 38, no fechamento do campeonato, foram mais cinco pontos. Terminou o campeonato em 3º lugar, com 71 pontos, sua maior pontuação na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos (desde 2003).

Se tivesse convertido o pênalti aos 48 do 2º tempo contra o São Paulo, se tivesse vencido o Botafogo quando tinha 3 x 1 no placar. Se não tivesse sofrido a virada para Internacional e Atlético Mineiro, se tivesse vencido seus três primeiros jogos na volta ao Maracanã, contra Corinthians, Botafogo e Coritiba... um campeão se faz nos detalhes, e na hora decisiva o time do Flamengo mostrou que não mereceu nem teve porque ser o Heptacampeão Brasileiro em 2016. O "cheirinho" chegou, mas passou...

No gráfico abaixo, a linha verde superior representa o desempenho esperado de uma equipe com campanha para ser campeã, a linha azul representa o desempenho capaz de colocar o clube no G-4, obtendo a classificação para a Libertadores, e a linha rosa é o desempenho suficiente para livrar uma equipe do rebaixamento à Segunda Divisão. O desempenho rubro-negro foi de campeão entre as rodadas 1 e 5, e depois entre a 16 e a 30. Teve um desempenho mediano da rodada 6 à 15, que ainda assim não foi ruim. O pior desempenho aconteceu no hora-chave para decidir o título, entre as rodadas 31 e 35. Entre a 36 e a 38, teve um bom desempenho, mas aquém da "linha de título".



Desempenho Histórico

O Flamengo fez, em 2016, sua melhor campanha na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, superando em pontos seu desempenho em 2009, ano no qual e sagrou campeão!

O time rubro-negro alcançou 64 pontos em 2008 e 67 pontos em 2009, ano no qual se sagrou campeão. Em 2011 chegou a 61 pontos, assim como em 2007 também fez 61. Tinham sido as quatro últimas oportunidades nas quais o Flamengo fez mais de 60 pontos, tendo sido este ano de 2016, no qual chegou a 71, a quinta vez desde 2003 a superar 55 pontos, e a primeira a superar os 70 pontos.

Tomando o desempenho nos últimos Campeonatos Brasileiros, desde que foi implementado o sistema de pontos corridos, eis a seguir a pontuação rubro-negra em cada edição: 


Jogo a Jogo:

Rodadas 36 à 38

36ª Rodada - 20/11 - Flamengo 2 x 2 Coritiba
Local: Maracanã
Gols: Gabriel (2'1T), Diego (28'1T), Amaral (42'1T) e Kléber Gladiador (43'2T)

O Flamengo começou avassalador, dando a todos a impressão de que o domingo terminaria com goleada. Abriu 2 x 0, mas na segunda metade do primeiro tempo já era dominado pelo Coritiba, que já não tinha mais pretensões no campeonato, não correndo risco de rebaixamento, nem tendo chance de ir à Libertadores. Acabou levando um gol no fim do 1º tempo. Quando Zé Ricardo ttrocou Gabriel por Mancuello no intervalo, as coisas ficaram ainda piores. O Coritiba passou a ter controle total do jogo. Nos contra-ataques, porém, o time rubro-negro teve chance de matar o jogo, primeiro com Guerrero e depois com Fernandinho, mas não o fez, fora que Réver ainda mandou uma cabeçada na trave. Mas pelo que jogou, o Flamengo não mereceu vencer, e a bola puniu, o time acabou sofrendo o gol de empate no finzinho.

Com 67 pontos, o Flamengo passou a não ter mais chances matemáticas de título. Se tivesse vencido, teria ultrapassado o Santos e, o mais importante, teria se garantido matematicamente entre os três primeiros colocados, o que era preciso para entrar direto na 2ª fase da Libertadores. Ao líder Palmeiras, com 74 pontos, faltava só um empate para se garantir como campeão. O vice-líder, Santos, tinha 68 pontos, e era o adversário rubro-negro na rodada seguinte no Maracanã. O 4º colocado, Atlético Mineiro, empatou em 3 x 3 com o já rebaixado Santa Cruz, em Recife, e tinha 62 pontos, cinco a menos que o Flamengo.

Time titular: Alex Muralha, Pará, Rafael Vaz, Réver e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão, Diego e Everton; Gabriel e Paolo Guerrero.
Téc: Zé Ricardo
Entraram: Mancuello no lugar de Gabriel, Fernandinho no lugar de Everton e Felipe Vizeu no lugar de Márcio Araújo


37ª Rodada - 27/11 - Flamengo 2 x 0 Santos
Local: Maracanã
Gol: Guerrero (5'1T) e Diego (38'2T)

Vitória importante, pois garantiu matematicamente o Flamengo entre os três primeiros colocados do campeonato, colocando-o diretamente na 2ª fase da Libertadores. Importante também para calar a boca da imprensa, que tinha decidido passar a encher o saco alegando que seria a primeira vez na história em que o Flamengo terminaria um ano sem nenhuma vitória no Maracanã, numa apelação estúpida e idiota, dado que o ano terminaria com só três jogos disputados no estádio. O jogo era quase uma "Decisão de 2º lugar". O time rubro-negro se impôs e dominou a partida. Guerrero soube aproveitar uma falha da zaga santista no começo de jogo e pôs o Mengo em vantagem. No fim, Diego fez um golaço. O Flamengo ainda meteu bola na trave e teve outras oportunidades de fazer mais.

Com 77 pontos, o Palmeiras, com uma rodada de antecedência, garantiu matematicamente seu título. Agora, Flamengo, com 70, e Santos, com 68, disputariam o vice-campeonato na última rodada. O Atlético mineiro, parado em 62, já não podia alcançar ninguém, nem ser alcançado, terminando em 4º lugar. Foi a primeira vez na história do Brasileiro por pontos corridos que o Flamengo alcançou 70 pontos.

Time titular: Alex Muralha, Pará, Réver, Rafael Vaz e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão, Diego e Everton; Gabriel e Paolo Guerrero.
Téc: Zé Ricardo
Entraram: Juan no lugar de Rafael Vaz, Leandro Damião no lugar de Paolo Guerrero e Fernandinho no lugar de Gabriel


38ª Rodada - 11/12 - Flamengo 0 x 0 Atlético Paranaense
Local: Arena da Baixada
Gol: não houve

A rodada final do Brasileiro de 2016 foi toda adiada em uma semana por causa do fatídico acidente aéreo que matou a delegação da Chapecoense, que viajava para Medellin para jogar a final da Copa Sul-Americana.

O jogo foi disputado no gramado sintética da Arena da Baixada, em Curitiba. Para o Flamengo valia apenas a disputa do vice-campeonato. Desfalcado de Diego, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o time rubro-negro quase abriu o marcador no começo do jogo, quando acertou a trave, mas a partir de então criou muito pouco. O estádio, lotado, com recorde de público da Arena no campeonato de 2016, já que para os atleticanos valia a confirmação da vaga na Libertadores, empurrava o rubro-negro paranaense, que tinha mais controle do jogo. O Flamengo foi salvo pela grande atuação do goleiro Alex Muralha. No fim do jogo, ainda teve a oportunidade de quase sair com a vitória, num chute de longe de Mancuello que Wéverton tirou com  ponta dos dedos.

O empate sem gols fez o Santos ultrapassar o Flamengo e terminar vice-campeão, ambos fizeram 71 pontos, mas os santistas venceram mais vezes, desbancando o Flamengo nos critérios de desempate. O campeão Palmeiras fez 80 pontos. O 4º colocado, o Atlético Mineiro, que não jogou a última rodada, pois enfrentaria a Chapecoense e decidiu por um WO Duplo, ficou com 62 pontos.

Time titular: Alex Muralha, Pará, Juan, Réver e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão, Alan Patrick e Éverton; Gabriel e Paolo Guerrero.
Téc: Zé Ricardo
Entraram: Leandro Damião no lugar de Guerrero, Mancuello no lugar de Márcio Araújo e Felipe Vizeu no lugar de Alan Patrick.


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