Flamengo joga manhã, eu vou para lá. Vai haver mais um baile, no Maracanã. O Mais Querido tem Diego, Guerrero e Arão, eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão. Pode chover, pode o sol me queimar, que eu vou para ver, a Charanga do Jaime tocar. Flamengo, Flamengo, como tua glória não há, quando o Mengo perde eu não quero almoçar, eu não quero jantar.
A letra da música de Wilson Batista e Jorge de Castro, composta na segunda metade dos Anos 1950, e que tinha no refrão a "Rubens, Dequinha e Pavão", e que no finzinho dos Anos 1970 foi regravada por João Nogueira, pai do Diogo Nogueira, com o refrão "Zico, Adílio e Adão", poderia se encaixar perfeitamente na temporada rubro-negra em 2016, com o refrão adaptado por mim acima, não fosse um detalhe, em 2016 o Flamengo não teve o Maracanã, já que o estádio estava entregue à organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O time rubro-negro viveu um ano viajante, usou como casa o Estádio Mané Garrincha em Brasília, o estádio de Cariacica, no Espírito Santo, e até o Pacaembu, em São Paulo. Foi um ano sem título, mas no qual o Flamengo fez sua melhor campanha desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos.
O cenário no início do Campeonato Brasileiro 2016 era extremamente nebuloso. O Flamengo ficou fora da final do Carioca, e foi eliminado pelo Fortaleza na 2ª fase da Copa do Brasil, fazendo sua pior campanha na história desta competição. De quebra, viu o zagueiro e capitão Wallace Reis abandonar a nau na véspera da estréia, e perdeu o treinador Muricy Ramalho depois que este teve uma crise de arritmia cardíaca. Para piorar, por uma grotesca falha de planejamento da diretoria, ficou sem zagueiros no elenco nas primeiras rodadas, tendo tido que apelar à zaga dos juniores.
Para substituir Muricy, a gestão do futebol ousou, apostando na efetivação de Zé Ricardo, técnico dos juniores, que no começo do ano havia conquistado para o Flamengo o título da Copa São Paulo Sub-20. O elenco foi sendo ajustado ao longo do 1º turno. Mas apesar da fortíssima turbulência vindo da torcida e da mídia esportiva, não se refez todo o planejamento por completo. No começo do ano o clube havia contratado o goleiro Alex Muralha, ao Figueirense, o lateral-direito Rodinei, à Ponte Preta, o veterano zagueiro Juan, ao Internacional, o lateral-esquerdo Chiquinho, ao Santos, o volante colombiano Cuéllar, o armador Willian Arão, ao Botafogo, e o meia argentino Mancuello, ao Independiente. Sete nomes somados a uma base que vinha de 2015, com o goleiro Paulo Victor, o lateral-esquerdo Jorge, o volante Márcio Araújo, os meias Alan Patrick, Éverton, Éderson e Gabriel, e os atacantes Marcelo Cirino, Emerson Sheik e Paolo Guerrero. A única aquisição planejada inicialmente foi o empréstimo de Fernadinho, ao Grêmio. Durante o turno chegaram três peças que foram muito importantes, os zagueiros Réver, emprestado pelo Internacional, e Rafael Vaz, cujo contrato havia terminado junto ao Vasco, e o meia Diego, que voltava ao Brasil após 12 anos na Europa, onde defendeu Atlético de Madrid, Juventus, Werder Bremen, Wolfsburg e Fenerbahce. Foram contratados também, mas não conseguiram se firmar, o zagueiro argentino Donatti, adquirido ao Rosario Central, e o centroavante Leandro Damião.
Assim ficou o elenco de Zé Ricardo que construiu esta histórica campanha. Em elenco muito qualificado e muito equilibrado. Certamente o melhor elenco rubro-negro em décadas. Eis este grupo:
Goleiros:Alex Muralha e Paulo Victor
Letarais: Rodinei e Jorge; Pará e Chiquinho
Zagueiros: Réver, Rafael Vaz, Donatti e Juan
Volantes: Cuéllar, Márcio Araújo e Willian Arão
Meias: Diego, Mancuello, Allan Patrick, Adryan e Éderson
Meia-Atacantes: Gabriel, Éverton, Marcelo Cirino e Fernandinho
Atacantes: Paolo Guerrero, Leandro Damião, Emerson Sheik e Felipe Vizeu
A campanha rubro-negra se iniciou com uma magra vitória de 1 x 0 sobre o Sport em Volta Redonda, primeira casa usada para os jogos como mandante. Serviu para baixar a temperatura da panela de pressão. Na sequência, uma derrota por 1 x 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, e um empate em 2 x 2 diante da Chapecoense, também em Volta Redonda. Um início de campeonato morno. Na sequência, uma vitória por 2 x 1 sobre a Ponte Preta, em Campinas, e outra vitória, esta por 1 x 0, sobre o Vitória, na última vez em que usou a cidade do sul-fluminense para mandar seus jogos no campeonato. Na 6ª rodada, iniciou o uso de uma casa nova, e começou com derrota, perdendo para o Palmeiras por 2 x 1 em Brasília. Para piorar, na rodada seguinte perdeu de novo, por 1 x 0 para o Figueirense, em Florianópolis. Em sete rodadas, haviam sido três vitórias, um empate e três derrotas.
A campanha começou a melhorar a partir da 8ª rodada, não por acaso a qual teve a primeira partida da nova dupla de zaga, então recém-contratada, formada por Réver e Rafael Vaz. O Flamengo venceu o Cruzeiro por 1 x 0 no Mineirão, em Belo Horizonte. Depois empatou em 2 x 2 com o São Paulo, em Brasília, e venceu ao Santa Cruz, por 1 x 0, em Recife. O time ia aos poucos se afirmando, mas era uma equipe de resultados binários, diferença de um gol para lá, ou diferença de um gol para cá.
Nas três rodadas seguintes, porém, o time voltou a vacilar. Perdeu por 2 x 1 para o Fluminense em Natal, no Rio Grande do Norte. No jogo seguinte fez a estreia numa nova casa, tendo passado a mandar seus jogos em Cariacica, no Espírito Santo. Na primeira partida lá venceu ao Internacional por 1 x 0. Depois foi cruelmente castigado, sendo goleado por 4 x 0 pelo Corinthians em São Paulo. A campanha seguia instável, com seis vitórias, dois empates e cinco derrotas, em treze rodadas.
Nas sete rodadas seguintes, no entanto, o time esquentaria os motores e obteria uma bela sequência, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Venceu ao Atlético Mineiro por 2 x 0 em Brasília, empatou em 3 x 3 com o Botafogo (num jogo que estava ganho, com uma vantagem de 3 x 1 no segundo tempo), venceu ao América Mineiro por 2 x 1 em Cariacica, e ao Coritiba por 2 x 0 em plena Curitiba, empatou sem gols com o Santos em Cuiabá, no Mato Grosso, venceu ao Atlético Paranaense por 1 x 0 em Cariacica, e perdeu por 1 x 0 para o Sport em Recife. Ganhou posições com esta pequena arrancada, e entrou na disputa pelas vagas na Libertadores. Daí para frente ocorreria a estreia de Diego no meio-campo, e os resultados seriam ainda melhores, levando o time rubro-negro a aspirar a disputa pelo título.
Nas 10 rodadas seguintes, foram 8 vitórias e 2 empates, sem que o time sofresse nenhuma derrota pelo Brasileiro. Revertério apenas na disputa da Copa Sul-Americana, na qual a diretoria rubro-negra optou pela escalação do time reserva. O Flamengo eliminou ao Figueirense na 1ª fase, mas foi eliminado pelo modesto Palestino, do Chile, na 2ª fase.
Na 2ª rodada do Returno, a 21ª do campeonato, o time venceu ao Grêmio por 2 x 1 em Brasília. Depois fez 3 x 1 sobre a Chapecoense, em Chapecó, Santa Catarina, fez 2 x 1 sobre a Ponte Preta, em Cariacica, e 2 x 1 sobre o Vitória em Salvador, na Bahia. Conseguiu um empate por 1 x 1 contra o líder Palmeiras dentro de São Paulo, e venceu ao Figueirense por 2 x 0 no Pacaembu, partida na qual foi mandante e escolheu a capital paulistana como sede do jogo. Na sequência venceu ao Cruzeiro por 2 x 1 em Cariacica, e empatou sem gols contra o São Paulo, no Morumbi. Uma campanha digna de um aspirante ao título. E o time ainda conseguiu mais duas vitórias em sequência, vencendo ao Santa Cruz por 3 x 0 no Pacaembu, em São Paulo, na segunda partida que fez como mandante na capital paulistana, e fez 2 x 1 sobre o Fluminense.
A luta pelo troféu, no entanto, começou a esfriar a partir da 31ª rodada, um momento-chave na definição do campeão em qualquer competição. O time perdeu de virada por 2 x 1 para o Internacional em Porto Alegre, num momento no qual o rival colorado lutava desesperadamente para fugir do rebaixamento (o qual não conseguiu evitar). Depois empatou em 2 x 2 com o Corinthians na partida que marcou sua volta ao Maracanã. Foi a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro, saiu na frente, tomou a virada mas conseguiu heroicamente arrancar um 2 x 2 nos minutos finais. E no jogo seguinte no Maracanã, não saiu de um empate sem gols contra o Botafogo no Maracanã. Nesta sequência de quatro jogos, deixou de ser campeão.
Nas quatro últimas rodadas, uma vitória por 1 x 0 sobre o América Mineiro em Belo Horizonte, um empate em 2 x 2 contra o Coritiba no Maracanã, uma vitória por 2 x 0 sobre o Santos, também no Maracanã, e um empate sem gols contra o Atlético Paranaense em Curitiba.
O campeão foi o Palmeiras, que chegou a 80 pontos. Santos e Flamengo ficaram com 71 pontos, com o vice-campeonato escapando na última rodada pelos critérios de desempate. O Flamengo acabou em 3º, mas com uma boa vantagem sobre o Atlético Mineiro, que ficou com a quarta posição com 62 pontos. Botafogo e Atlético Paranaense completaram os times que obtiveram vaga na competição continental do ano posterior. O Flamengo fez, em 2016, sua melhor campanha na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, superando em pontos seu desempenho em 2009, ano no qual e sagrou campeão. O time rubro-negro alcançou 64 pontos em 2008 e 67 pontos em 2009, ano no qual se sagrou campeão. Em 2011 chegou a 61 pontos, assim como em 2007 também fez 61. Tinham sido as quatro últimas oportunidades nas quais o Flamengo fez mais de 60 pontos, tendo sido este ano de 2016, no qual chegou a 71, a quinta vez desde 2003 a superar 55 pontos, e a primeira a superar os 70 pontos.
Veja todos os detalhes sobre 2016: A Maior Atuação até então em Pontos Corridos
A campanha começou a melhorar a partir da 8ª rodada, não por acaso a qual teve a primeira partida da nova dupla de zaga, então recém-contratada, formada por Réver e Rafael Vaz. O Flamengo venceu o Cruzeiro por 1 x 0 no Mineirão, em Belo Horizonte. Depois empatou em 2 x 2 com o São Paulo, em Brasília, e venceu ao Santa Cruz, por 1 x 0, em Recife. O time ia aos poucos se afirmando, mas era uma equipe de resultados binários, diferença de um gol para lá, ou diferença de um gol para cá.
Nas três rodadas seguintes, porém, o time voltou a vacilar. Perdeu por 2 x 1 para o Fluminense em Natal, no Rio Grande do Norte. No jogo seguinte fez a estreia numa nova casa, tendo passado a mandar seus jogos em Cariacica, no Espírito Santo. Na primeira partida lá venceu ao Internacional por 1 x 0. Depois foi cruelmente castigado, sendo goleado por 4 x 0 pelo Corinthians em São Paulo. A campanha seguia instável, com seis vitórias, dois empates e cinco derrotas, em treze rodadas.
Nas sete rodadas seguintes, no entanto, o time esquentaria os motores e obteria uma bela sequência, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Venceu ao Atlético Mineiro por 2 x 0 em Brasília, empatou em 3 x 3 com o Botafogo (num jogo que estava ganho, com uma vantagem de 3 x 1 no segundo tempo), venceu ao América Mineiro por 2 x 1 em Cariacica, e ao Coritiba por 2 x 0 em plena Curitiba, empatou sem gols com o Santos em Cuiabá, no Mato Grosso, venceu ao Atlético Paranaense por 1 x 0 em Cariacica, e perdeu por 1 x 0 para o Sport em Recife. Ganhou posições com esta pequena arrancada, e entrou na disputa pelas vagas na Libertadores. Daí para frente ocorreria a estreia de Diego no meio-campo, e os resultados seriam ainda melhores, levando o time rubro-negro a aspirar a disputa pelo título.
Nas 10 rodadas seguintes, foram 8 vitórias e 2 empates, sem que o time sofresse nenhuma derrota pelo Brasileiro. Revertério apenas na disputa da Copa Sul-Americana, na qual a diretoria rubro-negra optou pela escalação do time reserva. O Flamengo eliminou ao Figueirense na 1ª fase, mas foi eliminado pelo modesto Palestino, do Chile, na 2ª fase.
Na 2ª rodada do Returno, a 21ª do campeonato, o time venceu ao Grêmio por 2 x 1 em Brasília. Depois fez 3 x 1 sobre a Chapecoense, em Chapecó, Santa Catarina, fez 2 x 1 sobre a Ponte Preta, em Cariacica, e 2 x 1 sobre o Vitória em Salvador, na Bahia. Conseguiu um empate por 1 x 1 contra o líder Palmeiras dentro de São Paulo, e venceu ao Figueirense por 2 x 0 no Pacaembu, partida na qual foi mandante e escolheu a capital paulistana como sede do jogo. Na sequência venceu ao Cruzeiro por 2 x 1 em Cariacica, e empatou sem gols contra o São Paulo, no Morumbi. Uma campanha digna de um aspirante ao título. E o time ainda conseguiu mais duas vitórias em sequência, vencendo ao Santa Cruz por 3 x 0 no Pacaembu, em São Paulo, na segunda partida que fez como mandante na capital paulistana, e fez 2 x 1 sobre o Fluminense.
A luta pelo troféu, no entanto, começou a esfriar a partir da 31ª rodada, um momento-chave na definição do campeão em qualquer competição. O time perdeu de virada por 2 x 1 para o Internacional em Porto Alegre, num momento no qual o rival colorado lutava desesperadamente para fugir do rebaixamento (o qual não conseguiu evitar). Depois empatou em 2 x 2 com o Corinthians na partida que marcou sua volta ao Maracanã. Foi a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro, saiu na frente, tomou a virada mas conseguiu heroicamente arrancar um 2 x 2 nos minutos finais. E no jogo seguinte no Maracanã, não saiu de um empate sem gols contra o Botafogo no Maracanã. Nesta sequência de quatro jogos, deixou de ser campeão.
Nas quatro últimas rodadas, uma vitória por 1 x 0 sobre o América Mineiro em Belo Horizonte, um empate em 2 x 2 contra o Coritiba no Maracanã, uma vitória por 2 x 0 sobre o Santos, também no Maracanã, e um empate sem gols contra o Atlético Paranaense em Curitiba.
O campeão foi o Palmeiras, que chegou a 80 pontos. Santos e Flamengo ficaram com 71 pontos, com o vice-campeonato escapando na última rodada pelos critérios de desempate. O Flamengo acabou em 3º, mas com uma boa vantagem sobre o Atlético Mineiro, que ficou com a quarta posição com 62 pontos. Botafogo e Atlético Paranaense completaram os times que obtiveram vaga na competição continental do ano posterior. O Flamengo fez, em 2016, sua melhor campanha na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, superando em pontos seu desempenho em 2009, ano no qual e sagrou campeão. O time rubro-negro alcançou 64 pontos em 2008 e 67 pontos em 2009, ano no qual se sagrou campeão. Em 2011 chegou a 61 pontos, assim como em 2007 também fez 61. Tinham sido as quatro últimas oportunidades nas quais o Flamengo fez mais de 60 pontos, tendo sido este ano de 2016, no qual chegou a 71, a quinta vez desde 2003 a superar 55 pontos, e a primeira a superar os 70 pontos.
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