domingo, 22 de outubro de 2017

Flamengo: está na hora de fazer uma investida no mercado europeu

Na postagem aqui publicada "Flamengo: em 3 trimestres de 2017, arrecadação do Sócio-Torcedor já supera todos os anos anteriores", eu terminei o texto falando que: "Para alimentar a saúde financeira do Programa de Sócio-Torcedor, é fundamental a conquista de títulos expressivos. Além disto, para manter o espírito de ousadia aceso, tão condizente com a história do Flamengo quanto títulos e estádios cheios, está na hora de fazer uma investida no mercado europeu e contratar um jogador de destaque no Velho Continente. Obviamente não sou lunático de achar que poderemos competir com Real Madrid, Barcelona, Paris St-Germain, Manchester United, Manchester City ou Chelsea, mas se olhar direito dá para fazer apostar interessantes e acessíveis à nova realidade rubro-negra do ponto de vista futebolístico olhando para Portugal, França, Holanda ou Turquia. Mas isto será tema para um post futuro...". Pois bem, agora é a hora de cumprir...

Para contratar um jogador não-sul-americano vindo do futebol europeu há um grande risco envolvido: adaptação ao estilo de jogo, o calor escaldante e as longas viagens no grande território brasileiro são alguns dos fatores de risco, a experiência na passagem de Clarence Seedorf pelo Botafogo mostra isto, a passagem do veterano meia holandês foi um grande sucesso até determinado ponto, mas acabou naufragando no final.

Dadas as características do elenco atual do Flamengo, eu creio que a aposta de menor risco seria apostar na contratação de um centroavante. Um especialista em fazer gols, se bem assistido pelo resto do time, teria menos dificuldades para se adaptar na minha opinião, do que um meia ou um zagueiro. Para mitigar o risco de adaptação ao calor, eu apostaria num jogador afro-descendente. Não elimina o risco, mas diminui. A própria experiência histórica do Flamengo, com o meia polonês Piekarski nos Anos 1990, mostra como é mais difícil a um jogador de pura descendência de europeus a adaptação. Certamente, alguém lembrará com propriedade do sucesso com o sérvio Dejan Petkovic, mas há dois pontos a serem lembrados: ele passou pelo Vitória antes do Flamengo (pressão por resultados muito menor) e quando chegou à Gávea, só brilhou na sua 2ª temporada, já que durante todo o ano 2000 foi reserva! O atual momento político do Flamengo não indica que haverá paciência para esperar uma adaptação mais lenta. Também bão acho que a renovação de Paolo Guerrero inviabiliza a idéia. Guerrero não é um centroavante de muitos gols. Ter um homem-gol jogando a seu lado na frente pode ajudar. Resta saber se o treinador acredita que é viável ter dois nomes com estas características jogando juntos no ataque...

Há um fator mais a ser considerado. O planejamento de contratações brasileiro é anual, janeiro-dezembro, enquanto o europeu é julho-junho. Assim, é quase impossível viabilizar uma contratação desta no começo de 2018, o planejamento teria que ser para que o nome chegasse com o Campeonato Brasileiro já iniciado. Se fizer um correto planejamento já no início da temporada, considerando esta aquisição no meio do ano, é um fator que em nada atrapalha esta viabilização.

Dentro da combinação de todas as características citadas acima, eis minhas três sugestões de nomes para jogar no Flamengo:

1. Vincent Aboubakar (Camarões)

O centroavante de 25 anos, nascido em Yaoundé, em Camarões, começou no Coton Sport, de seu país, e rapidamente chamou atenção do futebol europeu. Em 2010, com 18 anos, foi contratado pelo Valenciennes, da França, onde jogou por três temporadas. Transferiu-se para o Lorient na temporada 2013-14, e foi onde estourou, marcando 17 gols em 37 jogos, tendo na Ligue 1 2013/14 sido o vice-artilheiro com 16 gols, atrás apenas do sueco Zlatan Ibrahimović. A grande temporada levou o Porto a contratá-lo, pagando 3 milhões de euros. Após uma primeira temporada ruim em Portugal, na temporada 2015-16 ele marcou 13 gols e terminou em 7º na artilharia. Foi emprestado ao Besiktas, da Turquia, na temporada 2016-17, onde marcou 12 gols. Na temporada 2017-18 voltou ao Porto, passando a ser o principal goleador da equipe no Campeonato Português.



2. Bafétimbi Gomis (França)

O centroavante francês de 32 anos, nascido em La Seyne-sur-Mer, começou a carreira no Saint-Étienne, onde atuou até 2009. Ao final da temporada 2008-09, o Lyon desembolsou 13 milhões de euros pela contratação do jogador. Sua primeira grande temporada no clube foi a 2011-12, sua terceira pelo Lyon, quando fez 14 gols e terminou como 6º maior goleador da Ligue 1. Ele manteve o ritmo e ascendeu na temporada 2012-13, quando fez 16 gols e terminou em 4º lugar na tabela de goleadores do Campeonato Francês. Na temporada 2013-14 fez 14 gols, terminando em 8º na artilharia. Três temporadas boas despertaram a atenção do Swansea, da Premier League, que o adquiriu para a temporada 2014-15 do Campeonato Inglês, mas Gomis não repetiu a capacidade de goleador nestas duas temporadas. Foi emprestado ao Olimpique Marseille para a temporada 2016-17 e lá voltou a mostrar seu faro de gol na Ligue 1, fazendo 20 gols e terminando em 4º na artilharia, atrás do uruguaio Cavani, do francês Lacazette e do colombiano Falcao Garcia. Para a temporada 2017-18 o jogador se transferiu para o Galatasaray, e na Turquia voltou a se destacar, fazendo bastante gols.



3. Mario Balotelli (Itália)

O polêmico centroavante italiano, nascido em Palermo, e com 27 anos, dispensa apresentações, assim como dispensa que sejam contadas as diversas confusões e indisciplinas ao longo da carreira. Certamente o mais habilidoso e técnico dentre os centroavantes desta lista, mas certamente a contratação de maior risco nela também, dado o temperamento. Depois de passar por Internazionale, Manchester City, Milan e Liverpool e de já ter sido considerado o melhor atacante da temporada no futebol europeu, acabou a partir da temporada 2016-17 defendendo o modesto Nice, da França. É um "Adriano mais jovem", com potencial para ganhar um Campeonato Brasileiro como o vencido pelo Imperador em 2009, assim como para jogar uma Libertadores pela privada, como fez o Imperador, ao lado de Vágner Love, em 2010.


Quem concorda? Quem discorda? Quem tem outras sugestões de nomes para apresentar?

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