quinta-feira, 19 de abril de 2018

Escolhas de técnico: o ponto mais desastroso da Gestão Bandeira de Mello


Após a troca de comandoao com a eliminação no Carioca, a imprensa noticiou amplamente que o Flamengo havia sido o clube brasileiro que mais havia feito trocas de técnico no futebol brasileiro no Século XXI. Notícia publicada pelo Portal da Record, seguida por um levantamento feito pela mesma: "Paulo César Carpegiani durou apenas três meses à frente do comando do Flamengo e apenas 17 jogos. Assim, o Flamengo segue na liderança de trocas de técnicos entre os 12 grandes clubes do futebol brasileiro no século XXI, com 39 mudanças e 26 técnicos em 18 anos. Na temporada 2018, Carpegiani já foi o 4º técnico demitido entre os 12 grandes do futebol brasileiro, depois de Oswaldo de Oliveira (Atlético-MG), Felipe Conceição (Botafogo) e Dorival Júnior (São Paulo)".

Lista dos clubes que mais trocaram de técnicos no século XXI: Flamengo (39 trocas, 26 técnicos), Vasco (37 trocas, 24 técnicos), Fluminense (34 trocas, 24 técnicos), Internacional (32 trocas, 24 técnicos), Atlético Mineiro (32 trocas, 23 técnicos), Botafogo (30 trocas, 29 técnicos), Palmeiras (28 trocas, 25 técnicos), Cruzeiro (25 trocas, 21 técnicos), Santos (25 trocas, 20 técnicos), Grêmio (24 trocas, 21 técnicos), Corinthians (24 trocas, 18 técnicos) e São Paulo (23 trocas, 19 técnicos).

A lista de todas as mudanças no Flamengo desde 2001: Zagallo (2001), Carlos Alberto Torres (2001-2002), João Carlos Costa (2002), Lula Pereira (2002), Evaristo de Macedo (2002-2003), Nelsinho Baptista (2003), Oswaldo de Oliveira (2003), Waldemar Lemos (2003), Abel Braga (2004), Paulo César Gusmão (2004), Ricardo Gomes (2004), Júlio César Leal (2005), Cuca (2005), Celso Roth (2005), Andrade (2005), Joel Santana (2005), Valdir Espinosa (2006), Waldemar Lemos (2006), Ney Franco (2006-2007), Joel Santana (2007-2008), Caio Júnior (2008), Cuca (2009), Andrade (2009-2010), Rogério Lourenço (2010), Silas (2010), Vanderlei Luxemburgo (2010-2012), Joel Santana (2012), Dorival Júnior (2012-2013), Jorginho (2013), Mano Menezes (2013), Jayme de Almeida (2013-2014), Ney Franco (2014), Vanderlei Luxemburgo (2014-2015), Cristóvão Borges (2015), Oswaldo de Oliveira (2015), Muricy Ramalho (2016), Zé Ricardo (2016-2017), Reinaldo Rueda (2017) e Paulo César Carpegiani (2018)

Restringindo o período ao intervalo de 1º de janeiro de 2013 a 31 de março de 2018, indo, portanto, do início da Gestão Bandeira de Mello até à demissão de Carpegiani, variam as posições dos demais clubes, mas uma coisa não muda, o quadro em se tratando da gestão de treinadores a frente do Flamengo é o mesmo: o Flamengo é o clube com maior quatidade de mudança de treinadores no Brasil. A Gestão Eduardo Bandeira de Mello não mudou em nada esta realidade. Endossando ainda mais este aspecto - escolha de técnico - como o ponto mais desastroso de uma gestão que desde que chegou ao poder se propôs a ser mais moderna que todas as outras.

Eis o quadro resumido do intervalo citado:

Flamengo, 12 direções técnicas: Dorival Júnior (2013), Jorginho (2013), Mano Menezes (2013), Jayme de Almeida (2013-2014), Ney Franco (2014), Vanderlei Luxemburgo (2014-2015), Cristóvão Borges (2015), Oswaldo de Oliveira (2015), Muricy Ramalho (2016), Zé Ricardo (2016-2017), Reinaldo Rueda (2017) e Paulo César Carpegiani (2018)

Vasco, 11 direções técnicas: Gaúcho (2013), Paulo Autuori (2013), Dorival Júnior (2013), Adílson Batista (2013-2014), Joel Santana (2014), Doriva (2015), Celso Roth (2015), Jorginho (2015-2016), Cristóvão Borges (2017), Milton Mendes (2017) e Zé Ricardo (2017-2018)

Internacional, 11 direções técnicas: Dunga (2013), Clemer (2013), Abel Braga (2014), Diego Aguirre (2015), Argel Fucks (2015-2016), Paulo Roberto Falcão (2016), Celso Roth (2016), Luiz Carlos Lisca (2016), Antônio Carlos Zago (2017), Guto Ferreira (2017) e Odair Hellmann (2017-2018)

São Paulo, 10 direções técnicas: Ney Franco (2013), Paulo Autuori (2013), Muricy Ramalho (2013-2015), Juan Carlos Osório (2015), Doriva (2015), Edgardo Bauza (2016), Ricardo Gomes (2016), Rogério Ceni (2017), Dorival Júnior (2017-2018) e Diego Aguirre (2018)

Fluminense, 10 direções técnicas: Abel Braga (2013), Vanderlei Luxemburgo (2013), Dorival Júnior (2013), Renato Gaúcho (2014), Cristóvão Borges (2014-2015), Ricardo Drubscky (2015), Enderson Moreira (2015), Eduardo Baptista (2015-2016), Levir Culpi (2016) e Abel Braga (2017-2018)

Palmeiras, 9 direções técnicas: Gilson Kleina (2013-2014), Ricardo Gareca (2014), Dorival Júnior (2014), Oswaldo de Oliveira (2015), Marcelo Oliveira (2015-2016), Cuca (2016), Eduardo Baptista (2017), Cuca (2017) e Roger Machado (2018)

Atlético Mineiro, 8 direções técnicas: Cuca (2013), Paulo Autuori (2014), Levir Culpi (2014-2015), Diego Aguirre (2016), Marcelo Oliveira (2016), Roger Machado (2017), Oswaldo de Oliveira (2017-2018) e Thiago Larghi (2018)

Santos, 8 direções técnicas: Muricy Ramalho (2013), Claudinei Oliveira (2013), Oswaldo de Oliveira (2014), Enderson Moreira (2014-2015), Marcelo Fernandes (2015), Dorival Júnior (2015-2017), Levir Culpi (2017) e Jair Ventura (2018)

Botafogo, 8 direções técnicas: Oswaldo de Oliveira (2013), Eduardo Húngaro (2014), Vágner Mancini (2014), Renê Simões (2015), Ricardo Gomes (2015-2016), Jair Ventura (2016-2017), Felipe Conceição (2018) e Alberto Valentim (2018)

Cruzeiro, 6 direções técnicas: Marcelo Oliveira (2013-2015), Vanderlei Luxemburgo (2015), Mano Menezes (2015), Deivid (2016), Paulo Bento (2016) e Mano Menezes (2016-2018)

Grêmio, 6 direções técnicas: Vanderlei Luxemburgo (2013), Renato Gaúcho (2013), Enderson Moreira (2014), Luiz Felipe Scolari (2014-2015), Roger Machado (2015-2016) e Renato Gaúcho (2016-2018)

Corinthians, 6 direções técnicas: Tite (2013), Mano Menezes (2014), Tite (2015-2016), Cristóvão Borges (2016), Oswaldo de Oliveira (2016) e Fábio Carille (2017-2018)


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