O resultado publicado na Demonstração Financeira de 2017 do Flamengo endossava uma conclusão cristalinamente já visível desde a divulgação do Resultado Financeiro Consolidado de fechamento do 2º semestre de 2017: o Flamengo estava financeiramente sanado. Números de encher os olhos! E uma conclusão explícita: o problema da dívida estava definitivamente acabado, o Flamengo era um clube economicamente e financeiramente sanado pela Gestão Bandeira de Mello.
Ainda existia a dívida, obviamente, ela não tinha deixado de existir, mas estava totalmente equacionada, e assim estará enquanto a política interna do clube fizer valer sua Lei de Responsabilidade Fiscal.
A dívida bruta ao fim de 2017 chegou a R$ 334,7 milhões. Mas o valor real da dívida é outro (a imprensa sempre se alternou entre a divulgação de um e de outro, dependendo do que fosse mais conveniente para a matéria ou as comparações que o jornalista estivesse fazendo). Do valor da dívida bruta, há que se descontar os "Adiantamentos de Contrato", que são uma "dívida falsa", pois são um compromisso a ser honrado meramente contabilmente entre as duas partes envolvidas. Tanto não é dívida, que não há juros sobre eles. Assim o correto valor do endividamento a ser considerado é a Dívida Líquida, que fechou 2017 em R$ 262,4 milhões! Havendo-se atingido este patamar, é necessário reduzir ainda mais esta dívida? A resposta correta é: havendo fluxo de caixa para isto, por quê não? Dívida gera encargos financeiros, os famosos juros, que no Brasil são pesadíssimos! Se você paga dívida, você diminui a fatia da sua receita destinada a pagar juros, ou seja, sobra mais dinheiro para gastar com coias realmente importantes. Você deixa de transferir recursos para instituições financeiras e/ou bancos, e passa a destinar para investimentos no Centro de Treinamento, num Estádio Próprio, na aquisição de novos jogadores... Não era mais necessário seguir diminuindo a dívida em um ritmo de quase R$ 100 milhões a menos por ano, mas por que não levar o endividamento para um patamar inferior a R$ 150 milhões?
A Dívida Bruta do Flamengo ao fim de 2012 era de R$ 803,7 milhões. No final dos anos seguintes, encontrava-se em 757,4 em 2013, 697,9 em 2014, 579,3 em 2015, e 435,9 em 2016. Até chegar a 334,7 em 2017. Já a Dívida Líquida do Flamengo, ou seja a "dívida real", ao fim de 2012 era de R$ 714,9 milhões. No final dos anos seguintes, encontrava-se em 625,6 em 2013, 577,1 em 2014, 481,3 em 2015, e 366,1 em 2016. Até chegar a 262,4 em 2017. Quantos anos seguidos não foram passados escutando que na hora de ganhar dinheiro, a boa gestão não podia se empaturrar em gastos desmedidos e tinha que investir nas questões estruturais do clube? O ano de 2017 foi o mais simbólico neste sentido para o Flamengo. A alocação da venda de Vinícius Júnior para o Real Madrid, a maior transação de um jogador sub-20 na história do futebol mundial até então, foi mais uma aula desta gestão rubro-negra.
Da insolvência a um estado de plena solvência! A razão entre a dívida e a receita operacional anual, ou seja, quantos anos de receita eram necessários para se pagar toda a dívida, é a prova da caminhada do estado de insolvência ao de solvência. A razão entre dívida e receita era de 3,6 vezes no fim de 2012, passou a 2,4 vezes no fim de 2013, para 1,7 vez no fim de 2014, para 1,4 vez no fim de 2015, para 0,8 vez no fim de 2016, e terminou 2017 a 0,42 vez. Uma trajetória espetacular! Um estudo de caso de excelência em gestão.
Complementarmente, a melhora do volume de empréstimo junto ao setor financeiro traia a boa notícia de que não havia qualquer sinal de preocupação com a saúde financeira futura do clube. O volume total de empréstimos caiu fortemente pelo segundo ano consecutivo. Ao fim de 2015 era R$ 162,0 milhões, caindo para R$ 111,6 milhões em 2016, e chegando a R$ 44,9 milhões em 2017. Mais expressiva ainda era a melhora qualitativa destes números: os empréstimos de longo prazos foram zerados! Os empréstimos de curto prazo era R$ 101,4 milhões em 2015, caíram para R$ 92,9 milhões em 2016 e para R$ 44,9 milhões em 2017. Os empréstimos de longo prazo eram R$ 60,5 milhões em 2015, caíram para R$ 18,7 milhões em 2016, e foram zerados ao fim de 2017!
Pelo terceiro ano consecutivo o volume total de receitas do Flamengo foi o maior do futebol brasileiro! A receita operacional líquida total em 2015 foi de R$ 339,5 milhões, saltando para R$ 483,5 milhões em 2016 e chegando a R$ 623,7 milhões em 2017. Um crescimento vertiginoso! Nestes dois últimos anos houve fatores novos que inflaram os resultados (em 2016 o recebimento de luvas pelo novo contrato de televisionamento assinado com a Rede Globo, e em 2017 as vendas do lateral-esquerdo Jorge para o Monaco e, sobretudo, a do meia-atacante Vinícius Júnior, de 17 anos, para o Real Madrid.
Quebrando-se esta receita pela natureza de origem, para identificar qualitativamente sua evolução, conclui-se que houve melhora em amplas frentes, o que é altamente saudável do ponto de vista financeiro. Apresentando-se os números da receita bruta (sem descontar a carga tributária, como é descontado no resultado da receita líquida) o crescimento, obviamente, está concentrado no futebol. A receita bruta do futebol foi de R$ 308,7 milhões em 2015, passou a R$ 453,5 milhões em 2016 e chegou a R$ 599,8 milhões em 2017. Já a receita de esportes olímpicos e do clube social (receita não-futebol) foi de R$ 46,9 milhões em 2015, passando a R$ 56,5 milhões em 2016, e recuando para R$ 48,9 milhões em 2017.
Abrindo-se a receita bruta do futebol, a principal fonte, as receitas com transmissões da televisão, teve a única queda comparativa entre 2016 e 2017, tendo ficado em R$ 297,2 milhões naquele primeiro ano, um pico "fora da linha" em função das já citadas luvas recebidas da Rede Globo, e passando a R$ 199,1 milhões em 2017, um patamar significativamente superior aos R$ 127,9 milhões obtidos em 2015.
Ainda existia a dívida, obviamente, ela não tinha deixado de existir, mas estava totalmente equacionada, e assim estará enquanto a política interna do clube fizer valer sua Lei de Responsabilidade Fiscal.
A dívida bruta ao fim de 2017 chegou a R$ 334,7 milhões. Mas o valor real da dívida é outro (a imprensa sempre se alternou entre a divulgação de um e de outro, dependendo do que fosse mais conveniente para a matéria ou as comparações que o jornalista estivesse fazendo). Do valor da dívida bruta, há que se descontar os "Adiantamentos de Contrato", que são uma "dívida falsa", pois são um compromisso a ser honrado meramente contabilmente entre as duas partes envolvidas. Tanto não é dívida, que não há juros sobre eles. Assim o correto valor do endividamento a ser considerado é a Dívida Líquida, que fechou 2017 em R$ 262,4 milhões! Havendo-se atingido este patamar, é necessário reduzir ainda mais esta dívida? A resposta correta é: havendo fluxo de caixa para isto, por quê não? Dívida gera encargos financeiros, os famosos juros, que no Brasil são pesadíssimos! Se você paga dívida, você diminui a fatia da sua receita destinada a pagar juros, ou seja, sobra mais dinheiro para gastar com coias realmente importantes. Você deixa de transferir recursos para instituições financeiras e/ou bancos, e passa a destinar para investimentos no Centro de Treinamento, num Estádio Próprio, na aquisição de novos jogadores... Não era mais necessário seguir diminuindo a dívida em um ritmo de quase R$ 100 milhões a menos por ano, mas por que não levar o endividamento para um patamar inferior a R$ 150 milhões?
A Dívida Bruta do Flamengo ao fim de 2012 era de R$ 803,7 milhões. No final dos anos seguintes, encontrava-se em 757,4 em 2013, 697,9 em 2014, 579,3 em 2015, e 435,9 em 2016. Até chegar a 334,7 em 2017. Já a Dívida Líquida do Flamengo, ou seja a "dívida real", ao fim de 2012 era de R$ 714,9 milhões. No final dos anos seguintes, encontrava-se em 625,6 em 2013, 577,1 em 2014, 481,3 em 2015, e 366,1 em 2016. Até chegar a 262,4 em 2017. Quantos anos seguidos não foram passados escutando que na hora de ganhar dinheiro, a boa gestão não podia se empaturrar em gastos desmedidos e tinha que investir nas questões estruturais do clube? O ano de 2017 foi o mais simbólico neste sentido para o Flamengo. A alocação da venda de Vinícius Júnior para o Real Madrid, a maior transação de um jogador sub-20 na história do futebol mundial até então, foi mais uma aula desta gestão rubro-negra.
Da insolvência a um estado de plena solvência! A razão entre a dívida e a receita operacional anual, ou seja, quantos anos de receita eram necessários para se pagar toda a dívida, é a prova da caminhada do estado de insolvência ao de solvência. A razão entre dívida e receita era de 3,6 vezes no fim de 2012, passou a 2,4 vezes no fim de 2013, para 1,7 vez no fim de 2014, para 1,4 vez no fim de 2015, para 0,8 vez no fim de 2016, e terminou 2017 a 0,42 vez. Uma trajetória espetacular! Um estudo de caso de excelência em gestão.
Complementarmente, a melhora do volume de empréstimo junto ao setor financeiro traia a boa notícia de que não havia qualquer sinal de preocupação com a saúde financeira futura do clube. O volume total de empréstimos caiu fortemente pelo segundo ano consecutivo. Ao fim de 2015 era R$ 162,0 milhões, caindo para R$ 111,6 milhões em 2016, e chegando a R$ 44,9 milhões em 2017. Mais expressiva ainda era a melhora qualitativa destes números: os empréstimos de longo prazos foram zerados! Os empréstimos de curto prazo era R$ 101,4 milhões em 2015, caíram para R$ 92,9 milhões em 2016 e para R$ 44,9 milhões em 2017. Os empréstimos de longo prazo eram R$ 60,5 milhões em 2015, caíram para R$ 18,7 milhões em 2016, e foram zerados ao fim de 2017!
Pelo terceiro ano consecutivo o volume total de receitas do Flamengo foi o maior do futebol brasileiro! A receita operacional líquida total em 2015 foi de R$ 339,5 milhões, saltando para R$ 483,5 milhões em 2016 e chegando a R$ 623,7 milhões em 2017. Um crescimento vertiginoso! Nestes dois últimos anos houve fatores novos que inflaram os resultados (em 2016 o recebimento de luvas pelo novo contrato de televisionamento assinado com a Rede Globo, e em 2017 as vendas do lateral-esquerdo Jorge para o Monaco e, sobretudo, a do meia-atacante Vinícius Júnior, de 17 anos, para o Real Madrid.
Quebrando-se esta receita pela natureza de origem, para identificar qualitativamente sua evolução, conclui-se que houve melhora em amplas frentes, o que é altamente saudável do ponto de vista financeiro. Apresentando-se os números da receita bruta (sem descontar a carga tributária, como é descontado no resultado da receita líquida) o crescimento, obviamente, está concentrado no futebol. A receita bruta do futebol foi de R$ 308,7 milhões em 2015, passou a R$ 453,5 milhões em 2016 e chegou a R$ 599,8 milhões em 2017. Já a receita de esportes olímpicos e do clube social (receita não-futebol) foi de R$ 46,9 milhões em 2015, passando a R$ 56,5 milhões em 2016, e recuando para R$ 48,9 milhões em 2017.
Abrindo-se a receita bruta do futebol, a principal fonte, as receitas com transmissões da televisão, teve a única queda comparativa entre 2016 e 2017, tendo ficado em R$ 297,2 milhões naquele primeiro ano, um pico "fora da linha" em função das já citadas luvas recebidas da Rede Globo, e passando a R$ 199,1 milhões em 2017, um patamar significativamente superior aos R$ 127,9 milhões obtidos em 2015.
As receitas com patrocínio tiveram em 2017 o melhor resultado da história rubro-negra, tendo sido arrecadados R$ 90,4 milhões. Valores praticamente triplicados frente ao resultado de 2012, quando a arrecadação bruta com patrocínio foi de R$ 34,4 milhões. Nos anos seguintes o movimento só não foi crescente em 2016, quando houve retração frente ao ano anterior. Em 2014 arrecadou-se 53,3 e nos anos seguintes em 79,9 e 85,5, recuando para 66,3 e saltando para 90,4 em 2017. Forte aumento correlacionado à conquista de credibilidade financeira junto ao mercado publicitário com a transformação da insolvência à solvência.
Impressionante também o incremento de receita com a torcida, que gerou R$ 105,3 milhões em 2017. Ponto máximo na história do Flamengo! Um salto qualitativo impressionante frente a 2012, quando a receita com torcida era de apenas R$ 9,5 milhões. Um crescimento transformador.
A receita com torcida se divide entre aquela obtida com bilheteria e a obtida com o Programa de Sócio-Torcedor. A receita com bilheteria foi de R$ 9,5 milhões em 2012, saltando nos anos seguintes para 48,9 em 2013, 40,1 em 2014, 43,7 em 2015, 39,3 em 2016, e saltando para impressionantes R$ 62,3 milhões em 2017, impulsionado pelas fases de mata-mata da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, tendo o Flamengo chegado à final em ambas.
Em termos de receita bruta, os R$ 62,3 milhões arrecadados em bilheteria foram obtidos da seguinte forma: R$ 14,0 milhões com 19 jogos como mandante no Campeonato Brasileiro, R$ 11,8 milhões em 4 jogos como mandante na Copa do Brasil, R$ 11,4 milhões com 5 jogos como mandante da Copa Sul-Americana, R$ 10,3 milhões com 3 jogos como mandante na Libertadores, R$ 9,2 milhões com 17 jogos pelo Campeonato Carioca, R$ 1,6 milhões com 3 jogos da Copa da Primeira Liga, R$ 200 mil com 2 amistosos, e R$ 3,8 milhões com outras receitas indiretas relacionadas a bilheteria.
Fazendo a média de receita bruta por jogo: na Libertadores se obteve R$ 3,4 milhões por partida, na Copa do Brasil foram R$ 2,9 milhões, na Copa Sul-Americana foram R$ 2,3 milhões, no Campeonato Brasileiro rendeu R$ 738 mil por jogo, no Campeonato Carioca foram R$ 540 mil, e na Copa da Primeira Liga deu R$ 523 mil por partida.
Descontando-se os custos cobrados pelas Concessionárias Privadas e pelas Federações de Futebol, restaram como receita líquida: R$ 5,9 milhões com a Copa do Brasil, R$ 4,5 milhões com a Copa Sul-Americana, R$ 3,5 milhões com o Campeonato Brasileiro, R$ 1,5 milhões com o Campeonato Carioca, R$ 900 mil com a Copa da Primeira Liga, e R$ 200 mil com os amistosos.
Fazendo a média de receita líquida por jogo: na Copa do Brasil se obteve R$ 1,5 milhão por jogo, na Libertadores deu R$ 1,0 milhão por partida, na Copa Sul-Americana foram 900 mil, na Copa da Primeira Liga se obteve R$ 297 mil, no Campeonato Brasileiro se recebeu R$ 184 mil, nos amistosos foram R$ 100 mil, e, em último lugar, o Campeonato Carioca que rendeu míseros R$ 89 mil por jogo.
A falta de um estádio próprio custa muito ao Flamengo! Destes R$ 62,3 milhões com bilheteria, sobraram só R$ 17,2 milhões líquidos (descontadas as despesas) nos cofres rubro-negros. Ou seja, 27,6%. Nos jogos no Maracanã pela Libertadores, sobrou 29% da receita com bilheteria no resultado final do exercício (renda bruta de R$ 10,339 milhões em três jogos e lucro de R$ 3,036 milhões). Os números do Campeonato Carioca foram os piores: o Flamengo ficou só com 17% da bilheteria de seus jogos. Para efeito de comparação, Corinthians e Palmeiras, com seus estádios novos, têm lucro superior a 60% da renda bruta. Se ficasse com 60% e não 27,6% do que arrecada, o Flamengo teria mais R$ 20 milhões por ano. Isto é, em 10 anos deixa-se de se ter R$ 200 milhões!
O resultado com Sócios-Torcedores também chegou ao nível mais alto desde a criação do programa. Uma receita que não existia em 2012. Em 2013 foi de 16,5, passando em 2014 a 30,4 (que era o volume recorde antes do obtido em 2017), e a 29,6 e 26,5 nos anos seguintes. Em 2017 a receita com sócios-torcedores atingiu a impressionantes R$ 43,1 milhões, impulsionados também pelas campanhas na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, além da participação na Libertadores.
Qualitativamente, as receitas do futebol rubro-negro foram consolidadas em 2017 em três fatias, pois 33% foram geradas pela TV, outros 33% pela composição de patrocínio mais torcida, e 34% foram outras receitas (volume inflado pelas vendas de Jorge e Vinícius Júnior). Um sinal de saúde financeira muito positivo, pela diversificação da capacidade de geração de receita alcançada pelo clube.
Desde 2013, todos os resultados operacionais do Flamengo foram superavitários, e sempre com crescimento positivo frente ao ano anterior. Em 2013 o resultado operacional foi positivo em R$ 26,9 milhões, saltando a 104,6 em 2014, para 126,8 em 2015, para 191,8 em 2016, e fechando 2017 em R$ 192,4 milhões.
Já o Resultado Líquido do Exercício também manteve uma tendência crescente, com superávits consecutivos a partir de 2014. O resultado saltou de um superávit de R$ 153,5 milhões em 2016 para R$ 159,1 milhões em 2017. Resultado obtido graças à venda de Vinícius Júnior, porém não é correto dizer que não haveria superávit sem a venda dele, pois também foram feitas contratações que foram totalmente condicionadas à consumação do negócio com o Real Madrid, principalmente a compra de Everton Ribeiro.
Entre 2015 e o início de 2018, o Flamengo investiu, arredondando casas decimais, o expressivo montante de R$ 157 milhões em contratações de jogadores (direitos econômicos + comissões + luvas), dos quais foram gastos R$ 64,8 milhões só no ano de 2017, sendo R$ 31,7 milhões, o que é praticamente a metade do gasto no ano, só na aquisição de Everton Ribeiro.
No início de 2015 foi fechada a contratação de Marcelo Cirino junto ao Fundo Doyen Sports por 3,5 milhões de euros, montante ainda não pago ("não efetivamente realizado") porque foi condicionado em contrato a uma expectativa de revenda após 3 anos. Este montante equivalia, no início de 2018 a aproximadamente R$ 14,8 milhões na taxa de câmbio então vigente. No efetivamente realizado em 2015, o investimento em contratações foi de R$ 4,6 milhões, mas houve R$ 22,6 milhões gastos em direitos de imagem pagos como luvas na aquisição de Paolo Guerrero, maior contratação daquele ano (total corrigido de 2015 foi, portanto, de R$ 27,2 milhões). Os investimentos no elenco do futebol saltaram em 2016 para R$ 39,2 milhões. E no exercício de 2017 voltaram a ter expressivo aumento, fechando o ano em R$ 64,8 milhões. Por fim, já em 2018, o Flamengo investiu R$ 11,0 milhões na aquisição de Henrique Dourado junto ao Fluminense. A soma acumulada entre 2015 e o início de 2018 fica, assim, em aproximadamente R$ 157 milhões.
A folha de pagamentos do futebol dobrou de 2015 para 2017. Em 2015 o total anual em salários e despesas foi de R$ 133,8 milhões (excluídas depreciações e amortizações). Em 2017, este valor saltou para R$ 287,0 milhões.
Impressionante também o incremento de receita com a torcida, que gerou R$ 105,3 milhões em 2017. Ponto máximo na história do Flamengo! Um salto qualitativo impressionante frente a 2012, quando a receita com torcida era de apenas R$ 9,5 milhões. Um crescimento transformador.
A receita com torcida se divide entre aquela obtida com bilheteria e a obtida com o Programa de Sócio-Torcedor. A receita com bilheteria foi de R$ 9,5 milhões em 2012, saltando nos anos seguintes para 48,9 em 2013, 40,1 em 2014, 43,7 em 2015, 39,3 em 2016, e saltando para impressionantes R$ 62,3 milhões em 2017, impulsionado pelas fases de mata-mata da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, tendo o Flamengo chegado à final em ambas.
Em termos de receita bruta, os R$ 62,3 milhões arrecadados em bilheteria foram obtidos da seguinte forma: R$ 14,0 milhões com 19 jogos como mandante no Campeonato Brasileiro, R$ 11,8 milhões em 4 jogos como mandante na Copa do Brasil, R$ 11,4 milhões com 5 jogos como mandante da Copa Sul-Americana, R$ 10,3 milhões com 3 jogos como mandante na Libertadores, R$ 9,2 milhões com 17 jogos pelo Campeonato Carioca, R$ 1,6 milhões com 3 jogos da Copa da Primeira Liga, R$ 200 mil com 2 amistosos, e R$ 3,8 milhões com outras receitas indiretas relacionadas a bilheteria.
Fazendo a média de receita bruta por jogo: na Libertadores se obteve R$ 3,4 milhões por partida, na Copa do Brasil foram R$ 2,9 milhões, na Copa Sul-Americana foram R$ 2,3 milhões, no Campeonato Brasileiro rendeu R$ 738 mil por jogo, no Campeonato Carioca foram R$ 540 mil, e na Copa da Primeira Liga deu R$ 523 mil por partida.
Descontando-se os custos cobrados pelas Concessionárias Privadas e pelas Federações de Futebol, restaram como receita líquida: R$ 5,9 milhões com a Copa do Brasil, R$ 4,5 milhões com a Copa Sul-Americana, R$ 3,5 milhões com o Campeonato Brasileiro, R$ 1,5 milhões com o Campeonato Carioca, R$ 900 mil com a Copa da Primeira Liga, e R$ 200 mil com os amistosos.
Fazendo a média de receita líquida por jogo: na Copa do Brasil se obteve R$ 1,5 milhão por jogo, na Libertadores deu R$ 1,0 milhão por partida, na Copa Sul-Americana foram 900 mil, na Copa da Primeira Liga se obteve R$ 297 mil, no Campeonato Brasileiro se recebeu R$ 184 mil, nos amistosos foram R$ 100 mil, e, em último lugar, o Campeonato Carioca que rendeu míseros R$ 89 mil por jogo.
O resultado com Sócios-Torcedores também chegou ao nível mais alto desde a criação do programa. Uma receita que não existia em 2012. Em 2013 foi de 16,5, passando em 2014 a 30,4 (que era o volume recorde antes do obtido em 2017), e a 29,6 e 26,5 nos anos seguintes. Em 2017 a receita com sócios-torcedores atingiu a impressionantes R$ 43,1 milhões, impulsionados também pelas campanhas na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, além da participação na Libertadores.
Qualitativamente, as receitas do futebol rubro-negro foram consolidadas em 2017 em três fatias, pois 33% foram geradas pela TV, outros 33% pela composição de patrocínio mais torcida, e 34% foram outras receitas (volume inflado pelas vendas de Jorge e Vinícius Júnior). Um sinal de saúde financeira muito positivo, pela diversificação da capacidade de geração de receita alcançada pelo clube.
Desde 2013, todos os resultados operacionais do Flamengo foram superavitários, e sempre com crescimento positivo frente ao ano anterior. Em 2013 o resultado operacional foi positivo em R$ 26,9 milhões, saltando a 104,6 em 2014, para 126,8 em 2015, para 191,8 em 2016, e fechando 2017 em R$ 192,4 milhões.
Já o Resultado Líquido do Exercício também manteve uma tendência crescente, com superávits consecutivos a partir de 2014. O resultado saltou de um superávit de R$ 153,5 milhões em 2016 para R$ 159,1 milhões em 2017. Resultado obtido graças à venda de Vinícius Júnior, porém não é correto dizer que não haveria superávit sem a venda dele, pois também foram feitas contratações que foram totalmente condicionadas à consumação do negócio com o Real Madrid, principalmente a compra de Everton Ribeiro.
Entre 2015 e o início de 2018, o Flamengo investiu, arredondando casas decimais, o expressivo montante de R$ 157 milhões em contratações de jogadores (direitos econômicos + comissões + luvas), dos quais foram gastos R$ 64,8 milhões só no ano de 2017, sendo R$ 31,7 milhões, o que é praticamente a metade do gasto no ano, só na aquisição de Everton Ribeiro.
No início de 2015 foi fechada a contratação de Marcelo Cirino junto ao Fundo Doyen Sports por 3,5 milhões de euros, montante ainda não pago ("não efetivamente realizado") porque foi condicionado em contrato a uma expectativa de revenda após 3 anos. Este montante equivalia, no início de 2018 a aproximadamente R$ 14,8 milhões na taxa de câmbio então vigente. No efetivamente realizado em 2015, o investimento em contratações foi de R$ 4,6 milhões, mas houve R$ 22,6 milhões gastos em direitos de imagem pagos como luvas na aquisição de Paolo Guerrero, maior contratação daquele ano (total corrigido de 2015 foi, portanto, de R$ 27,2 milhões). Os investimentos no elenco do futebol saltaram em 2016 para R$ 39,2 milhões. E no exercício de 2017 voltaram a ter expressivo aumento, fechando o ano em R$ 64,8 milhões. Por fim, já em 2018, o Flamengo investiu R$ 11,0 milhões na aquisição de Henrique Dourado junto ao Fluminense. A soma acumulada entre 2015 e o início de 2018 fica, assim, em aproximadamente R$ 157 milhões.
A folha de pagamentos do futebol dobrou de 2015 para 2017. Em 2015 o total anual em salários e despesas foi de R$ 133,8 milhões (excluídas depreciações e amortizações). Em 2017, este valor saltou para R$ 287,0 milhões.
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