sábado, 21 de outubro de 2023

Seis vezes contra equipes da NBA, não é para qualquer um no planeta. Uma marca imensa!


Em 20 de outubro de 2023 o time de basquete do Flamengo entrou em quadra no Amway Center, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, para obter uma expressiva marca: ainda que não tenha conseguido vencer ao Orlando Magic, foi a 6ª que o basquete rubro-negro enfrentou a uma franquia da NBA.

Foi o 188º duelo entre uma franquia da NBA e uma equipe de basquete de outro país. Somente 5 agremiações no planeta tinham enfrentado mais vezes a equipe da NBA até então: os espanhóis Real Madrid e Barcelona, o russo CSKA Moscou, e os israelenses Maccabi Tel Aviv e Maccabi Haifa. O Flamengo foi uma das 56 instituições que duelaram no basquete contra equipes da NBA.

Foram 12 duelos de franquias NBA contra adversários da América do Sul, metade dos quais contra o Flamengo, tendo havido dois jogos contra o San Lorenzo, da Argentina, e todos os demais adversários tendo sido também brasileiros: Bauru duas vezes, e Franca e Vasco uma vez cada um.  

Ambos os fatos dão um posicionamento enorme internacional para a marca Flamengo!




O basquete brasileiro, embora tenha sido superado nesta quantidade de duelos por adversários de Austrália e China enfrentados pelas franquias NBA, também tem uma posição de destaque. Estes 188 jogos foram contra equipes de 19 países diferentes. Foram 49 confrontos contra equipes de Israel, 24 contra Espanha, 21 contra Itália, 16 contra Austrália e 13 contra China. Somente estes 5 países tiveram equipes suas enfrentando adversários da NBA mais vezes do que o Brasil. Depois aparecem os times brasileiros ao lado da Rússia, com 10 duelos cada. A Turquia teve 8 confrontos, Alemanha e Grécia 6, e Nova Zelândia 5 vezes.


O Flamengo chegava para mais uma vez jogar uma Pré-Temporada da NBA não num momento ideal, porque o elenco tinha sido quase integralmente modificado frente ao que fora 3º lugar na Liga Brasileira na Temporada 2022/23, e teve pouco tempo de treinamento nas semanas anteriores. Para os duelos anteriores, o time rubro-negro tinha se apresentado mais entrosado e com maior tempo de treinamento. Em outubro de 2014, enfrentou Pheonix Suns (88 x 100), Orlando Magic (88 x 106) e Memphis Grizzlies (72 x 112), tendo nos três jogos nos Estados Unidos sofrido derrotas por 12, 18 e 40 pontos de diferença. Em outubro de 2015 foi a vez do Orlando Magic ir ao Rio de Janeiro; o Flamengo foi derrotado por 73 x 90 (17 pontos de diferença). O quinto confronto, novamente contra o Orlando Magic na cidade de Orlando, foi em outubro de 2018, e terminou em derrota rubro-negra por 82 x 119 (37 pontos de diferença). Com este histórico, e nesta situação, com equipe reformulada e que treinou pouco junta, o Flamengo foi mais uma vez ao estado da Flórida para enfrentar ao Orlando Magic, que após uma semana cheia de amistosos contra outras franquias da NBA, optou por preservar as suas duas principais estrelas, Paolo Banchero e Franz Wagner.

Errando muito, nos primeiros minutos de jogo o Flamengo simplesmente não conseguiu jogar, e o jovem time do Orlando abriu 16-0 no marcador. A primeira cesta rubro-negra só saiu depois de mais de cinco minutos de bola em jogo, através do pivô húngaro recém contratado pelo Flamengo, Marko Filipovity. O time rubro-negro errava demais, principalmente o armador argentino Franco Balbi, que estava numa noite bastante infeliz. Com o jogo estando fácil para a equipe norte-americana, o restante do quarto foi de muita trocação de pontuação, com a vantagem se mantendo nos 16 pontos da margem inicialmente aberta, até se encerrar em 14 x 30.



Foi o pior primeiro quarto de uma equipe sul-americana nos 12 confrontos contra franquias da NBA realizados até então. Os dois piores primeiros quartos nos 11 confrontos anteriores entre equipes da América do Sul contra franquias da NBA terminaram em desvantagem de 15 pontos, em 2015 com o Bauru perdendo por 19-34 para o Washington Wizards, e em 2018 com o Flamengo perdendo para o Orlando Magic por 16-31.


No início do segundo quarto, duas bolas consecutivas de três pontos deram uma animada nos rubro-negros, primeiro com Gui Deodato, e depois a mais bonita, com o ala argentino Martin Cuello arremessando de bem longe, que diminuiu a vantagem para 33-20. O time passou a pontuar mais se comparado ao desempenho do quarto inicial, mas em compensação, defensivamente não conseguia parar a velocidade do jovem time de Orlando, que fez 35 pontos no quarto, com Jett Howard e Caleb Houstan inspirados, ampliando a vantagem para 29 pontos, e fazendo parecer que o Flamengo sofreria uma derrota humilhante. Fim do 1º tempo: Magic 65 x 36 Flamengo



Foi o pior 1º tempo de uma equipe sul-americana contra a NBA. Os dois piores primeiros tempos nos 11 confrontos anteriores de equipes da América do Sul contra franquias da NBA foram em dois jogos do Flamengo, em 2014 contra o Memphis Grizzlies, que terminou 41-62, uma desvantagem de 21 pontos, e em 2018 contra o próprio Orlando Magic, que terminou 43-67, uma desvantagem de 24 pontos.


O Flamengo equilibrou um pouco as ações no terceiro quarto. Nos primeiros sete minutos jogados, a parcial estava empatada em 12-12. Numa bela enterrada de Gabriel Jaú, o Flamengo chegou a passar a frente no resultado da parcial, mas não conseguiu sustentar. O Flamengo poderia ter tido uma reação maior caso não tivesse cometido muitos erros nos minutos finais. A boa atuação de Scott Machado, nascido nos Estados Unidos mas filho de brasileiros, foi importante para o time rubro-negro impedir que o Orlando Magic aumentasse a sua liderança. O quarto terminou com 20 pontos marcados por cada uma das duas equipes, com o time norte-americano mantendo os 29 pontos de vantagem: 85 x 56.



O último quarto foi em ritmo menos intenso, e com cara de verdadeiro treinamento. Foi um período muito fraco tecnicamente, principalmente na sua primeira metade. O time do Orlando só administrou o placar, tendo ainda aumentado a margem na liderança à base de bolas de três pontos. Os pontos do jovem Felipe Motta ajudaram o Flamengo a reduzir o prejuízo que já era grande no marcador. Em sua 6ª experiência na Pré-Temporada da NBA, o time rubro-negro perdeu por 109 x 76. Com uma melhora no segundo tempo, combinada e uma acomodação da equipe da NBA, evitou-se um vexame maior.


Com a derrota por 33 pontos de desvantagem, esta partida conseguiu ficar de fora da lista de 5 piores diferenças de placar na história dos duelos de equipes da América do Sul contra a NBA, sendo estas cinco: em 2019 Franca perdeu por 48 pontos para o Brooklyn Nets (89 x 137), o pior resultado, seguido por quando o Flamengo perdeu por 40 pontos para o Memphis Grizzlies (72 x 112) e quando o Flamengo perdeu por 37 pontos para o Orlando Magic (82 x 119), em 1999 quando o Vasco perdeu por 35 pontos para o San Antonio Spurs (68 x 103), e quando o Bauru perdeu por 34 pontos para o Washington Wizards (100 x 134).



Ficha do Jogo
20/10/2023 - FLAMENGO 76 x 109 ORLANDO MAGIC
Local: Amway Center, Orlando, Flórida
Público: 16.624 torcedores
Parciais: 14 x 30 / 22 x 35 (36 x 65) / 20 x 20 (56 x 85) / 20 x 24 (76 x 109)
Flamengo: Franco Balbi (5), Gui Deodato (16), Didi Louzada (5), Marko Filipovity (0) e Gabriel Jaú (9). Téc: Gustavo De Conti. Banco: Scott Machado (13), Matheus Leoni (0), Martin Cuello (7), Felipe Motta (8), Caio Brandão (0), Alexandre Olivinha (6) e Maique Tavares (7).
Orlando Magic: Trevelin Queen (24), Jeff Howard (21), Caleb Houstan (15), Chuma Okeke (2) e Goga Bitadze (11). Téc: Jamahl Mosley. Banco: Mac McClung (11), Anthony Black (7), Brandon Williams (13), Daeqwon Plowden (3) e Admiral Schofield (2).


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