quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Calcanhar de Aquiles da Gestão Patrícia Amorim

Haverá quem diga que o Calcanhar de Aquiles de Patrícia Amorim foi a gestão futebol, ou das dívidas. Não foi nem um nem outro, pois ambos foram consequências. Seu Calcanhar de Aquiles foi a incompetência na Captação de Recursos de Patrocínio. É justo que seja dito qua uma parte da responsabilidade, além da Presidente do Vice de Marketing, é também dos Conselhos do clube, especialmente o Fiscal. Ou alguém não se lembra de Capitão Léo, presidente do Conselho Fiscal mandando recado para potencial patrocinador via imprensa?
 
Excelente pesquisa publicada no Blog Teoria dos Jogos, do GloboEsporte. Eis o Panorama 2012 da arrecadação de patrocínio na camisa de futebol:

1)  Corinthians – R$ 42 milhões
(CEF – R$ 30 milhões; Fisk – R$ 10 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

2)  Santos – 33,5 milhões
(BMG – R$ 20 milhões; Netshoes – R$ 5,5 milhões, Seara – R$ 3 milhões; Marabraz – R$ 3 milhões;  CSU CardSystem – R$ 2 milhões)

3)  São Paulo – R$ 32,5 milhões
(Semp Toshiba – R$ 23 milhões; Wizard – R$ 6 milhões*; Tim – R$ 3,5 milhões)

4)  Palmeiras – Entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões*

(Kia – Entre R$ 18 milhões e R$ 25 milhões*; Tim – R$ 2 milhões)

5)  Vasco – R$ 22 milhões
(Eletrobras – R$ 16 milhões; BFG – R$ 4 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

6)   Botafogo – R$ 20 milhões
(Guaraviton – R$ 16 milhões; Havoline – R$ 2 milhões; Herbalife – R$ 2 milhões*)

7 )  Flamengo – R$ 19 milhões
(BMG – R$ 9 milhões; Mobil Super – R$ 5 milhões; Triunfo Logística – R$ 3 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

8)   Grêmio e Internacional – Entre R$ 15 e R$ 20 milhões *

(Banrisul + Tramontina + Tim)

10)  Cruzeiro – Entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões*

(BMG + Guará Mix)

11)  Atlético-MG – Entre R$ 12,5 milhões e R$ 15 milhões*

(BMG + MRV)
*Valores estimados
Comentários do blog Teoria dos Jogos:

Obs: Os valores acima foram divulgados na mídia – incluindo estimativas devido às cláusulas de confidencialidade. Não foram consideradas parcerias pontuais firmadas ao longo do ano, bem como aquelas recém-acordadas (caso do Vasco da Gama com a empresa Fertilize). O patrocínio do Palmeiras pelo BMG se dá a título de abatimento de dívidas, não constando nos balanços como “receita” – sendo assim desconsiderado. Por fim, os termos finais dos contratos são variados, com diversos deles se encerrando ao final de dezembro.

Ainda que os valores angariados pelo Corinthians sejam substancialmente inferiores aos da “era Ronaldo” – quando batiam na casa dos R$ 50 milhões – pode-se dizer que a situação atual é favorável, posto que o craque abocanhava fatias consideráveis dos acordos da época. Sendo assim, o Corinthians volta a fazer valer a máxima de “camisa mais valiosa” – desta vez se baseando em um patrocínio estatal calcado em questões bem mais políticas do que mercadológicas. 

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