Carreira: 1974-76 Confiança (SE), 1976-78 Santa Cruz (PE), 1978-79 Fluminense, 1979-80 Monterrey (México), 1980-1982 Flamengo, 1983 Botafogo, 1984 Flamengo, 1985 Náutico (PE), 1985 Boavista (Portugal), 1985-86 Santos, 1986 Atlético Mineiro, 1986-1987 Flamengo, 1988 Volta Redonda (RJ), 1989-91 Deportivo Tiburones (México) e 1992 Olaria (RJ).
João Batista Nunes de Oliveira jogou, com a camisa do Flamengo, 212 jogos e fez 99 gols.
Dos 99 gols feitos com a camisa rubro-negra, 49% deles foram feitos em 1981, que foi sua grande temporada! Em 1980 fez 19 gols, em 1981 fez 48, em 1982 fez 14. Em 1984, em sua segunda passagem, fez mais 14. Na última passagem, fez 4 gols em 1987.
"Era a base que seria campeã nacional, sul-americana e mundial nos dois anos seguintes. Faltavam apenas três peças, que chegaram no início da temporada de 1980, todos três escolhidos a dedo por Coutinho, que, com seu olho clínico, foi “descobri-los”, já não mais tão jovens, jogando em clubes de menor expressão. O zagueiro Marinho foi comprado ao Londrina, do Paraná; o ponta-esquerda Lico, já com 27 anos, contratado ao Joinville, de Santa Catarina, e o centroavante goleador Nunes, que começara a carreira no Santa Cruz, passara em 1978 pelo Fluminense, sem brilhar, e estava no Monterrey, do México. Os três chegaram para fechar o time que entraria para a história rubro-negra como o maior de todos os tempos". (A NAÇÃO, pg. 124)
"O rubro-negro abriu o placar na finalíssima, no dia 28 de maio de 1980, diante de 154 mil torcedores que lotavam o Maracanã, logo aos sete minutos do primeiro tempo, com gol de Nunes. Dada a saída para recomeço de jogo, o Atlético imediatamente empatou, no minuto de jogo seguinte à abertura do placar, através de Reinaldo. Antes do intervalo, Zico fez o segundo gol rubro-negro. Mas no segundo tempo, Reinaldo voltou a pôr números iguais na partida. O empate dava o título nacional ao clube mineiro. Até que, aos 37 minutos do segundo tempo, Nunes é lançado pelo lado esquerdo da área. Já quase na linha de fundo, ele consegue desvencilhar-se do marcador e, quase sem ângulo, toca a bola entre o goleiro e a trave atleticana. Gol do Flamengo! O Maracanã explode de emoção. Pela primeira vez em sua história, a Gávea comemorava o título de campeão nacional". (A NAÇÃO, pgs. 127-128)
"Foi assim que o rubro-negro chegou ao Japão, vestido de humildes chuteiras com trava de borracha frente às poderosas e mais caras chuteiras de trava de metal dos ingleses do Liverpool, que entrou em campo cheio de empáfia. Os sorrisos irônicos de seus jogadores, destes que fogem pelos cantos da boca, mexeram com os brios rubro-negros. Aos treze minutos do primeiro tempo, Nunes aproveitou lançamento de Zico para fazer 1 a 0, transformando os sorrisos irônicos em olhares preocupados. Aos 36 minutos, Adílio fez 2 a 0. Aos 42, Nunes, de novo, sacramentou o 3 a 0. Os times desceram para o intervalo já com a conquista explicitada. E poderia ter sido de mais, se o Flamengo não houvesse passado o segundo tempo administrando o resultado, esperando o tempo correr, diante de um Liverpool que ainda não conseguia entender muito bem o que se passava, cuja empáfia se transformara em abatimento e desorientação. Mengão campeão do mundo! Coisa que, até então, só o Santos de Pelé havia logrado entre as equipes brasileiras". (A NAÇÃO, pg. 131)
"(Na final do Brasileiro de 1982:) Um confronto acirradíssimo. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 no Maracanã. No segundo, novo empate, agora sem gols, no Olímpico. As duas equipes foram para o terceiro jogo, também em Porto Alegre. O Flamengo mostrou a força de seu time, muito aguerrido e cheio de talentos. Vitória por 1 a 0, com um gol de Nunes logo aos dez minutos do primeiro tempo. O vermelho e o preto, mais uma vez, tingiam o troféu máximo do futebol nacional". (A NAÇÃO, pg. 133)
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