sábado, 24 de novembro de 2012

Radamés Lattari propõe Modelo de Gestão para o Flamengo

Mais uma excelente entrevista do blog Ninho da Nação, desta vez com Radamés Lattari.

Eis abaixo a descrição da entrevista:

- Há quanto tempo é sócio do Flamengo? Qual sua história com o Clube?
Eu fui criado dentro do clube, meu pai já falecido, foi Vice- Presidente de Futebol em 61 e 72, foi Vice - Presidente Social, Diretor de Atletismo, Diretor de Basquete, e Benemérito e em 77 foi candidato a Presidente. O meu avô, Nicola Lattari, me deu nos anos 60 o título de sócio aspirante, categoria que hoje não existe mais, em 1992 transferi o título de sócio proprietário do meu avô para o meu nome.


 - Você exerceu o cargo de diretor executivo de futebol em 2003, mas depois saiu pela questão da hierarquia que o vice de futebol tinha. Qual é o melhor modelo para a gestão profissional do futebol, visto que hoje é comum um clube ter um profissional remunerado, mas os cargos amadores terem ainda força e o trabalho não funcionar? 

Olha, num clube como o Flamengo, eu acredito que o ideal é você ter os seus dirigentes amadores num conselho gestor ocupando as Vice-Presidências e cada um deles com um diretor executivo remunerado, um regime profissional, se as metas forem alcançadas ele recebe prêmios, caso contrário, deve ser demitido.

Que fique claro: o Flamengo não precisa virar empresa, mas deve ser administrado como uma empresa.

Em 2003 o Hélio Ferraz e eu já achávamos que este deveria ser o caminho, mas era um período muito difícil, o clube estava destruído moralmente e financeiramente.


Sua imagem é ligada ao vôlei, aos esportes olímpicos. Porque o apoio à Chapa Azul? 

Eu trabalho desde os 16 anos como profissional do vôlei, mas sempre acompanhei todos os esportes em especial o futebol e o basquete, trabalhei no vôlei do clube em 77 e 84, era um período em que todos os treinadores e atletas de todas as modalidades esportivas tinham um ótimo relacionamento, cito o exemplo do meu amigo Cláudio Coutinho que, todos os dias depois do treino do futebol, vinha treinar vôlei junto com os meus atletas.

Eu tenho diversos motivos para votar na Chapa Azul:

- Todos os componentes estão envergonhados e indignados com a atual situação do clube, muita gente se acomodou, eles não;
- São executivos vitoriosos e com CREDIBILIDADE no mercado;
- A chapa une modernidade e tradição;
- Vai implantar uma filosofia profissional na administração do clube;
- Vai trazer novos ares, novos nomes para a política do Flamengo;
- Vai recuperar o orgulho de ser rubro negro.


 - Dizem que a gestão de Patrícia Amorim investe nos esportes olímpicos/clube social. Mas o balanço divulgado pela diretoria, indica que a receita em 2010 foi de R$ 18 milhões e em 2011 foi de R$ 19 milhões. Ou seja, a gestão Patrícia Amorim não aumentou a receita, mas utilizou dinheiro de outras áreas para cobrir gastos. Como fazer os esportes olímpicos funcionarem pra valer?

Olha eu li uma entrevista do Alexandre Póvoa futuro Vice de Esportes Olímpicos da Chapa Azul e achei muito boa. Eu acredito que a saída é a independência de cada modalidade, o clube deve procurar patrocínio para cada esporte, deve fazer um grande trabalho nas escolinhas do clube, para isso precisa melhorar as instalações, e fazer um trabalho com a categoria Máster, pois é importante que os ex-atletas continuem convivendo e passando suas experiências aos mais jovens.

É precisa cobrar também ajuda do governo federal por tudo que o Flamengo fez e faz pelos esportes olímpicos do Brasil. Nas delegações brasileiras em Olimpíadas, Pan-Americanos e Sul-Americanos o Flamengo sempre cedeu seus atletas sem nada receber, está na hora do governo federal abater as nossas dívidas em troca da utilização dos nossos atletas, que nas comemorações não podem nem vestir a camisa do nosso clube.


- O Conselho de Gestão formado por executivos renomados é a melhor proposta de governo para um clube como o Flamengo? 

 Acho que com este grupo e com este conceito o Flamengo recupera o seu lugar de vanguarda no esporte, e acima de tudo volta a ter credibilidade.


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