terça-feira, 2 de abril de 2013

Programa de Sócio-Torcedor do Flamengo deixa muito a desejar!

O Programa de Sócio-Torcedor do Flamengo foi cercado de expectativas. O pool de renomados executivos de marketing que assumiram o clube prometiam uma grande revolução na capacidade de manter sócios-torcedores. O produto final apresentado, no entanto, na minha opinião deixa MUUUITO a desejar.
 
 
O benchmark eram os programas de Internacional e Corinthians, cada um com aproximadamente 100 mil adeptos. O Flamengo pretende chegar a 200 mil. Mas a meu ver as ações foram modestas, não trouxeram inovação, e sem retoques, dificilmente conseguirá adesões tão expressivas assim.
 
O principal diferencial de um Programa de Sócio-Torcedor do Flamengo, deveria ser atrair o principal capital rubro-negro: a torcida espalhada pelo Brasil fora do Rio de Janeiro. Este é o grande diferencial do Flamengo frente a qualquer outro clube brasileiro. Mas o Programa Nação Rubro-Negra não apresenta nenhuma vantagem para este público.
 
A principal chamada é: "A maior torcida do mundo precisa fazer a diferença". Mas não será só com amor. Se não houver contra-partidas dignas, nenhum programa alçará vôo, como muitas tentativas no passado não tiveram sucesso. No marketing modero, não há mais espaço para o argumento: "se cada um der R$ 1,00".
 
O programa oferece somente dois benefícios: descontos na aquisição de ingressos (o que praticamente beneficia só o torcedor flamenguista do Rio de Janeiro) e 5% a 10% de desconto nos produtos das marcas filiadas ao Movimento por um Futebol Melhor, organizado pela cerveja Brahma, marca da AMBEV (nenhuma inovação além do que a Brahma estava oferecendo? Frustrante!).
 
Nenhum dos dois benefícios dá sequer um passo a mais do que outros clubes já fazem. Até o Vasco, em meio à maior crise administrativa de sua história, oferece exatamente os mesmos benefícios. NENHUMA inovação! É muito pouco para a expectativa e para a fama po trás dos executivos que o alardearam.
 
O mínimo para atrair massivamente torcedores de outros estados, fora do Rio de Janeiro, seria oferecer produtos. O sócio-torcedor poderia receber uma vez por ano, em sua casa, produtos oficiais do clube. Isto seria o mínimo. Fora outras ações ao estilo "títulos de capitalização", sorteando sócios-torcedores para viajarem junto com a delegação, entre tantas outras ações que os renomados e bem remunerados executivos tem mais capacidade do que eu para pensar.
 

Isto tudo sem entrar no mérito da questão "direito a voto nas eleições". Entendo que é um quesito complexo, onde não não há espaço para "achismos" ou "palpitismos", pois envolve desafios complexos de logística e segurança, afinal é não só levar a cédula ao sócio-torcedor, como garantir que não existirá margem para fraude. Portanto, é um assunto mais complicado, no qual não entrarei no mérito. O Flamengo precisa sim expandir o direito de voto na eleição, e neste quesito, as melhores práticas no Brasil a servirem de referência são os rivais de Porto Alegre, Internacional e Grêmio. Mas este já é um outro assunto...
  

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