quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Covarde - Parte II

A carta estava mais do que cantada. Quando Mano Menezes pediu demissão do Flamengo há alguns meses, ele já tinha destino certo, já estava apalavrado com o Corinthians para substituir a Tite.

Tudo foi armado para dissimular a troca e tentar minimizar os efeitos financeiros de rompimento de contrato. Pede-se demissão antes, porque o povo brasileiro é otário e desmemoriado, e nem vai associar uma coisa com a outra.

E na quase totalidade das vezes é assim mesmo. À época do pedido de demissão de Mano, lembro de ter ouvido um jornalista dizer "Como quando o Muricy saiu do Fluminense, não ficou muito tempo desempregado, logo foi contratado pelo Santos". Como se uma coisa não houvesse sido condicionada à outra. Muricy Ramalho ele só pediu o chapéu para ir embora no Fluminense quando já estava acertado verbalmnte com o Santos.

É o preço que se paga por estar finaceira e estruturalmente com problemas, os quais Fluminense e Flamengo, em escalas diferentes, compartilham. A questão não é esta! A questão é o caráter do cidadão, pois não estamos falando de profissionais mal remunerados. Passam meses recebendo cifras astronômicas e depois rasgam seus compromisos e, no caso específico de Muricy, ainda saem cuspindo na instituição (os ratos das Laranjeiras)...

Mano Menezes está no direito dele. Cada profissional tem que ter a liberdade de decidir onde quer trabalhar. Justo! O único ponto é a forma covarde como a decisão foi tomada e apresentada. Para o Flamengo a história terminou bem, pois é inquestionável que a situação com Jayme de Almeida está melhor do que estaria com Mano, financeiramente e tecnicamente também (aconteça o que acontecer nas próximas semanas). Mas poderia não ter sido assim, tudo poderia ter ruído pela forma covarde como a atitude de Mano Menezes foi tomada e no momento em que foi tomada (às vésperas do confronto com o Cruzeiro pela Copa do Brasil). Por ordem dos deuses do futebol, o fim de ano rubro-negro não foi catastrófico. Mas poderia ter sido e Mano teria uma enorme parcela de culpa. Disse, repito e reforço: COVARDE!

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