segunda-feira, 25 de julho de 2016

A profissionalização definitiva da gestão de futebol do Flamengo

Em entrevista ao site Fla+, Flávio Godinho deu um esclarecedor detalhamento, explicando o organograma do futebol do Flamengo em 2016 e as funções de cada envolvido, que assim é, segundo suas próprias palavras:

Fred Luz: CEO do Flamengo envolvido direta ou indiretamente em todos os assuntos.

Flávio Godinho: Vice-presidente responsável pela pasta que cuida do Planejamento e ajuda na execução.

Rodrigo Caetano: Diretor profissional que ajuda no planejamento e cuida da execução.

Fernando Gonçalves: Contratado para um trabalho pontual de montagem do centro de excelência, mas auxilia no trabalho psicológico dos atletas.

Mozer: Deveria ser apenas um comandante fora de campo para os atletas, mas se mostrou muito mais capaz. Hoje é um braço do treinador, do diretor e exerce inúmeras outras funções como ajudar na preleção, etc.

Noval: É o Rodrigo Caetano da Base.

Reveladora também a entrevista dada ao jornal Extra de domingo, 24 de julho de 2016, pelo novo contratado a fazer parte do corpo de gestão do Flamengo, Marcelo Frazão, a partir de agora Diretor de Novos Negócios do Flamengo, ele, em 2012, ingressou na Odebrecht como Diretor de Negócios da Área de Entretenimento, e desde 2014 foi o Diretor de Marketing do Consórcio Maracanã. No Flamengo, será diretamente responsável pelos negócios relacionados ao futuro estádio do clube. (Como já destacado aqui: Os Verdadeiros Planos para um Estádio do Flamengo)

O mais importante na entrevista é a determinação e clara diretriz que a diretoria do clube tem sobre o Maracanã: o Flamengo não mais mandará os jogos no Maracanã a partir de 2017 caso não participe de uma maneira ativa da gestão dos jogos do Maracanã como um todo. Muito bom saber, atitude 100% acertada!

EXTRA: A experiência na operação do Maracanã te indicou qual é o modelo de gestão ideal?
MARCELO FRAZÃO: O Maracanã pós-reforma foi concebido como parte de um complexo que acabou descaracterizado. São diversos os desafios de readequação ao novo cenário. A principal lição sobre o modelo de gestão é a necessidade de participação ativa dos clubes em sua administração: são os donos do conteúdo e da torcida que devem ser os protagonistas.

EXTRA: Um clube como o Flamengo teria que rever que tipo de procedimento e estrutura do estádio para operar?
MF: Seja o atual ou um novo gestor do estádio, é fundamental rever a estrutura de operações e de serviços para buscar equilíbrio entre custos/despesas com a real capacidade de geração de receita.

EXTRA: O clube vai priorizar o estádio mesmo com seu alto custo?
MF: Todos os clubes hoje são impedidos pelo edital de participar da gestão do Maracanã. Hoje temos um contrato até o fim deste ano com o atual concessionário. A partir de 2017, tudo dependerá da permanência ou não da Odebrecht e de quais serão as condições de sucessão ou nova licitação, caso mude.

EXTRA: E que modificações são indispensáveis para viabilizar?
MF: O estádio foi reformado e organizado apenas para os jogos da Copa do Mundo. Para ser viável para a realidade do futebol brasileiro e carioca o equipamento precisaria de mais flexibilidade em setorização, para se adequar à baixa média de ocupação dos 74 mil lugares, além de evitar jogos de baixo apelo.

EXTRA: Há estudo para se lucrar em outras frentes no estádio?
MF: Mesmo com a instabilidade e incertezas da concessão, o Maracanã mostrou um bom potencial em geração de receitas em patrocínios, tour e eventos. Em um cenário com a participação dos clubes, tais receitas tendem a crescer.

EXTRA: Haverá a preocupação em popularizar a casa do Flamengo?
MF: Há a ambição, caso participemos diretamente da gestão do estádio, em termos de ambiente adequado para que o estádio seja a casa do Flamengo em seus jogos. Maior identificação torcedor-estádio, maior integração com o programa de sócio e um Flamengo mais forte em campo aumentarão a presença da torcida no Maracanã.

EXTRA: A geral será remodelada?
MF: Não há planos para isso. O que existe é a intenção de transformar a curva norte, setor mais popular do estádio, em arquibancadas com terraços, sem assentos, e com um provável ganho de capacidade neste segmento, o que permitiria preços melhores.

EXTRA: Depois de sinalizar ao poder público, como estão hoje as conversas do Flamengo com autoridades sobre o uso do Maracanã?
MF: O Flamengo já colocou de maneira clara e pública sua condição de ser protagonista na gestão do Maracanã. Estamos acompanhando de perto o processo de definição da relação entre o atual concessionário e o poder público.

EXTRA: Caso o Flamengo não seja o operador, um contrato de aluguel ou para jogos esporádicos é uma saída?
MF: Não. O Flamengo não mais mandará os jogos no Maracanã a partir de 2017 caso não participe de uma maneira ativa da gestão dos jogos do Maracanã como um todo, incluindo todas as ações relacionados aos jogos.

EXTRA: Qual sua avaliação do projeto para reforma da Gávea para jogos de menor porte?
MF: É um projeto de médio prazo que depende de uma série de processos de aprovação com a Prefeitura. Seria complementar ao Maracanã para jogos menores, além de um patrimônio importante para o clube e torcida que nos traria mais independência.


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