Nos dias 27 de abril e 4 de maio, o Flamengo sagrava-se Bi-campeão Carioca de forma incontestável, batendo o Botafogo nos dois jogos da final por 1 x 0 e 3 x 1, com gols de Obina e Diego Tardelli.
Pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, em 30 de abril o time jogou na cidade do México e conseguiu uma vitória incontestável sobre o América por 4 x 2, a classificação parecia encaminhada. Em 7 de maio, porém, aconteceu uma catástrofe no Maracanã. Era a despedida do técnico Joel Santana, que largava o time rubro-negro para assumir a Seleção da África do Sul, que se preparava para sediar a Copa das Confederações de 2009 e a Copa do Mundo de 2010. Naquela noite, o América, com três gols de Cabañas, conseguiu o que parecia impossível, metendo 3 x 0 e eliminando o Flamengo.
Em 11 de maio o Flamengo fez sua primeira partida pelo Brasileiro daquele ano. Era o início de trajetória do técnico Caio Júnior, que dirigiu o Flamengo de ponta a ponta no campeonato.
Da equipe que jogaria o 1º Turno frente à que havia disputado o Carioca, foi feita uma limpa de jogadores que vinham sendo pouco aproveitados, e foram ou emprestados ou tiveram seus contratos rompidos. Neste processo, o Flamengo se desfez dos zagueiros Rodrigo e Rodrigo Arroz, dos dois volantes estrangeiros, o paraguaio Gavilán e o argentino Hugo Colace, e dos meias Léo Medeiros, Vinicius Pacheco e Felipe Gabriel.
A única baixa não planejada foi a saída do meia Renato Augusto, vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha. Aproveitando uma oportunidade de mercado, o Flamengo também vendeu o centroavante Souza, que foi para o Panathinaikos, da Grécia.
Foi contratado um único jogador, o zagueiro Dininho, do Palmeiras, chegava para fortalecer o elenco, que era formado pelos seguintes jogadores:
Goleiros: Bruno e Diego
Laterais: Leonardo Moura e Juan; Luizinho e Egídio
Zagueiros: Fábio Luciano, Ronaldo Angelim, Dininho e Leonardo
Volantes: Airton, Cristian, Jailton e Toró
Meias: Kléberson, Jônatas, Ibson e Erick Flores
Atacantes: Maxi Biancucchi, Diego Tardelli, Marcinho e Obina
O Flamengo fez um 1º turno excelente, sobretudo pelo excepcional desempenho de Marcinho. Mas o time todo era muito equilibrado: um grande goleiro, excelentes laterais, um grande líder, que era Fábio Luciano, uma boa zaga, um meio de campo equilibrado e com peças de reposição, e atacantes que sabiam fazer gol.
O problema da campanha foi o desempenho entre as rodadas 11 e 20, quando o time teve um desempenho sofrível.
A estreia foi com uma boa vitória de 3 x 1 sobre o Santos no Maracanã. Na sequência, empate sem gols com o Grêmio no Olímpico, vitórias por 2 x 1 no Internacional, 1 x 0 no Fluminense e 5 x 0 no Figueirense. Com 13 pontos em 15 possíveis, o time rubro-negro teve um excepcional sprint inicial, assumindo a ponta do Brasileiro 2008.
Na 6ª rodada, o primeiro revés, uma derrota de 4 x 2 para o São Paulo, que era bi-campeão brasileiro 2006-07 e viria a ser mais uma vez o campeão naquele ano, uma derrota sofrida em pleno Maracanã. Mas houve recuperação nas rodadas seguintes, com mais uma sequência de 13 pontos em 15 possíveis: duas vitórias seguidas fora de casa, 3 x 1 no Ipatinga, de Minas Gerais, e 2 x 1 no Sport Recife, seguidas por um 3 x 0 no Náutico, no Maracanã, um empate por 1 x 1 com o Atlético Mineiro, dentro do Mineirão, e uma vitória por 3 x 1 sobre o Vasco. O Flamengo chegava à 11 à rodada com 26 pontos e se mantinha na briga pela ponta do campeonato.
Só que então veio uma sequência catastrófica de 7 jogos sem vitória. Derrotas por 1 x 0 para o Coritiba no Couto Pereira, por 1 x 0 para o Vitória no Maracanã, empates em 2 x 2 com a Portuguesa no Canindé, em São Paulo, e sem gols com o Botafogo, e mais derrotas, por 1 x 0 para o Palmeiras, em São Paulo, por 2 x 1 para o Cruzeiro, no Maracanã, e por 2 x 1 para o Goiás no Serra Dourada. Com a sequência ruim, começou a pressão por demissão de Caio Júnior. A piadinha predileta do jornalista Renato Maurício Prado toda segunda-feira era a mesma: "E agora? Cai o Júnior?"
Na 19ª e última rodada do 1º turno, o time rubro-negro se recuperou, vencendo ao Atlético Paranaense por 1 x 0 no Maracanã. Vitória magra e sofrida.
O principal motivo da queda de rendimento do time foi a saída do atacante Marcinho, que aceitou proposta do Qatar Sport Club. Sua saída coincidiu exatamente com o início da sequência de 7 jogos sem vencer. Depois de se destacar por Cruzeiro, Grêmio e Atlético Mineiro, Marcinho chegou ao Flamengo no início da temporada 2008. Com 17 gols, era o artilheiro do time na temporada, e acabou como maior goleador rubro-negro no ano, já que no resto do 2º semestre ninguém atingiu esta marca. Ele jogou pelo Qatar de 2008 a 2014, quando voltou ao futebol brasileiro para passagens sem sucesso por Vitória e Vasco.
Para recompor o elenco, foram contratados três meias e três atacantes. Para dar mais qualidade no meio, chegou o argentino Rubens Sambueza, para tentar ser o sonhado camisa 10, além do ala-esquerda Everton, contratado ao Paraná (o mesmo que voltaria ao clube em 2014 e estaria na histórica campanha de 2016) e do ala-direito chileno Gonzalo Fierro. Para o ataque, chegaram Marcelinho Paraíba, do Wolfsburg, da Alamanha, Josiel, do Al Wahda, dos Emirados Árabes, e Vandinho, do Avaí. A recomposição do elenco surtiu efeito e o Flamengo fez uma grande Returno.
Nas cinco primeiras rodadas do 2º turno, o time não perdeu: empate em 2 x 2 com o Santos fora de casa, vitória por 2 x 1 no Grêmio no Maracanã, empate em 1 x 1 com o Internacional no Beira-Rio, empate em 2 x 2 com o Fluminense, e vitória por 3 x 2 no Figueirense, em Florianópolis. Até que na 6ª rodada voltou a perder, caindo novamente perante o São Paulo, 2 x 0 no Morumbi.
Depois o Flamengo venceu três seguidas: 1 x 0 no Ipatinga, 2 x 1 no Sport e 2 x 0 no Náutico, recuperando-se na tabela de classificação. Perdeu depois por 3 x 0 para o Atlético Mineiro em pleno Maracanã, interrompendo a boa sequência.
Porém, logo a seguir veio uma sequência de seis jogos sem perder: 1 x 0 no Vasco, 5 x 0 no Coritiba, empates em 0 x 0 com Vitória e 2 x 2 com a Portuguesa, 1 x 0 no Botafogo e 5 x 2 no Palmeiras. Embalado, o time de Caio Júnior entrava na disputa por uma vaga na Libertadores 2009, competição para a qual o Flamengo obteve a classificação e tinha disputado as edições de 2007 e 2008.
Nas três rodadas finais, no entanto, o Flamengo só obteve 1 ponto, deixando escapar a classificação e terminando em 5º lugar. Perdeu por 3 x 2 para o Cruzeiro, no Mineirão, empatou em 3 x 3 com o Goiás em pleno Maracanã, e foi goleado por 5 x 3 pelo Atlético Paranaense, em Curitiba. Terminou com 64 pontos, contra 67 do Cruzeiro, 3º colocado, e 65 do Palmeiras, o 4º colocado.
Foi a primeira grande e sólida campanha rubro-negra desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, a partir de 2003. Foi uma campanha brilhante, na qual o time poderia até ter brigado ainda mais alto na tabela se não fosse o lapso ocorrido na segunda metade do primeiro turno. A grande lição da temporada 2008 foi que tendo um elenco ligeiramente mais encorpado desde o início torneio, teria sido possível brigar na ponta. Porém, a situação financeira ainda debilitada atrapalhava em muito a consolidação do planejamento. Fosse outra, talvez não tivesse havido a perda de Marcinho no meio da campanha, nem tivesse sido necessária uma recomposição de elenco em pleno campeonato. Um ponto positivo foi a manutenção do mesmo treinador do inicio ao fim.
Na 6ª rodada, o primeiro revés, uma derrota de 4 x 2 para o São Paulo, que era bi-campeão brasileiro 2006-07 e viria a ser mais uma vez o campeão naquele ano, uma derrota sofrida em pleno Maracanã. Mas houve recuperação nas rodadas seguintes, com mais uma sequência de 13 pontos em 15 possíveis: duas vitórias seguidas fora de casa, 3 x 1 no Ipatinga, de Minas Gerais, e 2 x 1 no Sport Recife, seguidas por um 3 x 0 no Náutico, no Maracanã, um empate por 1 x 1 com o Atlético Mineiro, dentro do Mineirão, e uma vitória por 3 x 1 sobre o Vasco. O Flamengo chegava à 11 à rodada com 26 pontos e se mantinha na briga pela ponta do campeonato.
Só que então veio uma sequência catastrófica de 7 jogos sem vitória. Derrotas por 1 x 0 para o Coritiba no Couto Pereira, por 1 x 0 para o Vitória no Maracanã, empates em 2 x 2 com a Portuguesa no Canindé, em São Paulo, e sem gols com o Botafogo, e mais derrotas, por 1 x 0 para o Palmeiras, em São Paulo, por 2 x 1 para o Cruzeiro, no Maracanã, e por 2 x 1 para o Goiás no Serra Dourada. Com a sequência ruim, começou a pressão por demissão de Caio Júnior. A piadinha predileta do jornalista Renato Maurício Prado toda segunda-feira era a mesma: "E agora? Cai o Júnior?"
Na 19ª e última rodada do 1º turno, o time rubro-negro se recuperou, vencendo ao Atlético Paranaense por 1 x 0 no Maracanã. Vitória magra e sofrida.
O principal motivo da queda de rendimento do time foi a saída do atacante Marcinho, que aceitou proposta do Qatar Sport Club. Sua saída coincidiu exatamente com o início da sequência de 7 jogos sem vencer. Depois de se destacar por Cruzeiro, Grêmio e Atlético Mineiro, Marcinho chegou ao Flamengo no início da temporada 2008. Com 17 gols, era o artilheiro do time na temporada, e acabou como maior goleador rubro-negro no ano, já que no resto do 2º semestre ninguém atingiu esta marca. Ele jogou pelo Qatar de 2008 a 2014, quando voltou ao futebol brasileiro para passagens sem sucesso por Vitória e Vasco.
Para recompor o elenco, foram contratados três meias e três atacantes. Para dar mais qualidade no meio, chegou o argentino Rubens Sambueza, para tentar ser o sonhado camisa 10, além do ala-esquerda Everton, contratado ao Paraná (o mesmo que voltaria ao clube em 2014 e estaria na histórica campanha de 2016) e do ala-direito chileno Gonzalo Fierro. Para o ataque, chegaram Marcelinho Paraíba, do Wolfsburg, da Alamanha, Josiel, do Al Wahda, dos Emirados Árabes, e Vandinho, do Avaí. A recomposição do elenco surtiu efeito e o Flamengo fez uma grande Returno.
Nas cinco primeiras rodadas do 2º turno, o time não perdeu: empate em 2 x 2 com o Santos fora de casa, vitória por 2 x 1 no Grêmio no Maracanã, empate em 1 x 1 com o Internacional no Beira-Rio, empate em 2 x 2 com o Fluminense, e vitória por 3 x 2 no Figueirense, em Florianópolis. Até que na 6ª rodada voltou a perder, caindo novamente perante o São Paulo, 2 x 0 no Morumbi.
Depois o Flamengo venceu três seguidas: 1 x 0 no Ipatinga, 2 x 1 no Sport e 2 x 0 no Náutico, recuperando-se na tabela de classificação. Perdeu depois por 3 x 0 para o Atlético Mineiro em pleno Maracanã, interrompendo a boa sequência.
Porém, logo a seguir veio uma sequência de seis jogos sem perder: 1 x 0 no Vasco, 5 x 0 no Coritiba, empates em 0 x 0 com Vitória e 2 x 2 com a Portuguesa, 1 x 0 no Botafogo e 5 x 2 no Palmeiras. Embalado, o time de Caio Júnior entrava na disputa por uma vaga na Libertadores 2009, competição para a qual o Flamengo obteve a classificação e tinha disputado as edições de 2007 e 2008.
Nas três rodadas finais, no entanto, o Flamengo só obteve 1 ponto, deixando escapar a classificação e terminando em 5º lugar. Perdeu por 3 x 2 para o Cruzeiro, no Mineirão, empatou em 3 x 3 com o Goiás em pleno Maracanã, e foi goleado por 5 x 3 pelo Atlético Paranaense, em Curitiba. Terminou com 64 pontos, contra 67 do Cruzeiro, 3º colocado, e 65 do Palmeiras, o 4º colocado.
Foi a primeira grande e sólida campanha rubro-negra desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, a partir de 2003. Foi uma campanha brilhante, na qual o time poderia até ter brigado ainda mais alto na tabela se não fosse o lapso ocorrido na segunda metade do primeiro turno. A grande lição da temporada 2008 foi que tendo um elenco ligeiramente mais encorpado desde o início torneio, teria sido possível brigar na ponta. Porém, a situação financeira ainda debilitada atrapalhava em muito a consolidação do planejamento. Fosse outra, talvez não tivesse havido a perda de Marcinho no meio da campanha, nem tivesse sido necessária uma recomposição de elenco em pleno campeonato. Um ponto positivo foi a manutenção do mesmo treinador do inicio ao fim.
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