terça-feira, 5 de outubro de 2021

Rumo ao Enea! Pelo Tri consecutivo, o Déficit após 20 jogos é de 3 pontos


Com três jogos adiados no 1º Turno, contra Grêmio, Athlético Paranaense e Atlético Goianiense, os dois primeiros como visitante e o último como mandante, a avaliação do 16º ao 20º jogo é referente ao desempenho entre as rodadas 18 e 23, na virada do 1º para o 2º Turno. Dentro dos critérios analíticos apresentados aqui em "A Ciência para ser Campeão Brasileiro", neste nível de dificuldade:


Rodadas 1 a 15 acumulavam um Déficit de 5 pontos frente à Meta


Rodada 16 a 20: o nível de dificuldade nestes jogos pedia que fossem feitos 8 pontos, o time fez 10 pontos, dois acima do esperado numa campanha necessária para ser campeão, reduzindo o déficit acumulado de 5 para 3 pontos.


Acumulado nos 20 primeiros jogos: Déficit de 3 pontos


O Flamengo ainda está bastante vivo na luta pelo título. Entretanto, o Atlético Mineiro faz uma campanha muito acima do normal. Para efeito de referência: em 22 jogos disputados, o Galo tem 15 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, tendo feito 49 pontos. Na campanha rubro-negra de 2019, a melhor da história do Campeonato Brasileiro, nas 22 primeiras partidas disputadas, o Flamengo havia conquistado os mesmos 49 pontos hoje obtidos pelos atleticanos.


Desempenho Histórico:


O Flamengo daz em 2021 sua 3ª melhor campanha em 20 primeiras partidas disputadas na história do Campeonato Brasileiro por Pontos Corridos. Perde apenas para as campanhas feitas em 2018 e em 2019, na primeira das quais acabou vice-campeão, e na segunda delas como o campeão. Embora tenha um desempenho inferior ao da conquista do título de 2019, tem um resultado acumulado melhor - três pontos a mais - do que o obtido em 2020, quando também acabou vindo a ser o campeão.  



A HISTÓRIA NO BRASILEIRÃO 2021


Jogos 1 ao 5


Jogos 6 ao 10


Jogos 11 a 15


18ª Rodada - 28/08/2021 - Flamengo 4 x 0 Santos

Local: Vila Belmiro, Santos (Público: 0; em função da pandemia de coronavírus)

Gols: Gabriel Barbosa (5'2T), (25'2T) e (34'2T), e Andreas Pereira (38'2T)

Depois do tropeço no empate fora de casa com o Ceará na rodada anterior, o time rubro-negro recuperou a confiança com uma goleada fora de casa por 4 a 0 sobre o Grêmio no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Sem nem ter tido tempo de regressar ao Rio de Janeiro, o time seguiu para Santos. A partida marcaria estreia do meia belgo-brasileiro Andreas Pereira, cedido por empréstimo pelo Manchester United.

No 1º tempo, o Flamengo teve pleno domínio do jogo, quase não tendo sido ameaçado, mas não conseguindo converter o domínio em gols. Na volta para o 2º tempo, no entanto, o time se ajustou, e voltou a golear. A defesa santista, é bem verdade, ajudou bastante. Começou errando e deixando Michael recuperar uma bola perdido dentro da área. Ele foi puxado pelo zagueiro, e o árbitro não titubeou em marcar o pênalti, que Gabigol converteu. Sem continuar a dar qualquer chance ao alvi-negro praiano, os gols foram saindo em sequência, com Gabigol marcando mais duas vezes. Por fim, em mais um erro de passe da zaga, o estreante Andreas recebeu frente a frente ao goleiro e fechou o placar: 4 a 0. Mais uma goleada na incrível sequência de bons resultados desde a chegada de Renato Gaúcho.

Vitória importante, porque Palmeiras e Corinthians venceram, com o primeiro não escapando, e o segundo sendo mantido a quatro pontos de distância na tabela, em 6º lugar. O Flamengo se mantinha em 5º, agora novamente um ponto atrás de Red Bull Bragantino e dois do Fortaleza, os dois imediatamente à sua frente na tabela. O líder Atlético empatou em Bragança Paulista, tendo a diferença para a ponta diminuído também, estando em 8 pontos (e o Flamengo com dois jogos a menos).

Ficha Técnica:

Fla: Diego Alves, Isla (Matheuzinho), Bruno Viana, Gustavo Henrique e Filipe Luís; Willian Arão, Diego (Thiago Maia), Arrascaeta (Vitinho) e Éverton Ribeiro (Andreas Pereira); Michael e Gabriel Barbosa (Pedro).

Téc: Renato Gaúcho

Santos: João Paulo, Mádson, Róbson, Wágner Palha e Felipe Jonatan; Camacho, Jean Mota (Ivonei), Gabriel Pirani e Carlos Sánchez (Luiz Henrique); Lucas Braga (Marcos Guilherme) e Marcos Leonardo.

Téc: Fernando Diniz


20ª Rodada - 12/09/2021 - Flamengo 3 x 1 Palmeiras

Local: Allianz Parque Arena (Arena do Palmeiras), São Paulo (Público: 0; em função da pandemia de coronavírus)

Gols: Wesley (15'1T), Michael (16'1T), Pedro (11'2T) e Michael (35'2T)

Depois de ter uma terceira partida no 1º turno postergada, e após duas semanas só treinando, em função da disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo, o time voltou desfalcado para uma partida importante, um confronto direto, e como visitante. Bruno Henrique ainda não havia se recuperado da lesão muscular sofrida, Gabigol mais uma vez regressou após seu período com a Seleção Brasileira sentindo um desconforto muscular, e foi poupado. Durante os treinamentos, Filipe Luís e Diego Ribas também sentiram desconfortos musculares e também foram poupados. Rodrigo Caio e Renê seguiam fora após lesão muscular da qual ainda não estavam plenamente recuperados. A opção para a lateral-esquerda recaía ou no jovem Ramon, ou no improviso pela esquerda de Rodinei, tendo Renato optado por começar com o primeiro. O atacante Kenedy ainda não estava em condições físicas ideais desde sua apresentação, e Piris da Motta também estava de fora. Assim, ao todo, eram 8 desfalques. O clube vivia dias agitados, tendo no dia anterior anunciado a bombástica contratação do zagueiro David Luiz, como mais um reforço para a reta final do Brasileirão.

O Flamengo começou a partida com mais posse de bola e mais controle do jogo, porém foi o alvi-verde paulista quem saiu na frente, numa jogada em que Wesley passou sem muita dificuldade por Mauricio Isla e bateu cruzado para abrir o marcador. Dada a saída para o reinício de jogo após o gol, e levou apenas 14 segundos para Éverton Ribeiro cruzar na área e encontrar Michael livre para testar em diagonal e empatar o jogo. Após o início agitado, a dinâmica da partida mudaria por completo a partir dos 22 minutos do 1º tempo, quando De Arrascaeta sentiria o músculo posterior da coxa e pediria substituição, dando lugar a Vitinho. A partir de então, o time rubro-negro perdeu o meio de campo, não conseguindo mais fazer a transição da defesa para o ataque. Dali até o fim do jogo, o maior controle da posse de bola ficaria a maior parte do tempo com o time do Palmeiras.

Mas no 2º tempo, após o português Abel Ferreira e Renato Gaúcho fazerem modificações em suas equipes, foi o Flamengo quem levou vantagem. Primeiro com uma linda cabeçada de Pedro após cobrança de escanteio, e depois em contra-ataque puxado por Michael, que passou fácil por Marcos Rocha e fuzilou a queima-roupa para decretar a vitória definitiva. Resultado importantíssimo para as pretensões rubro-negras!

O líder Atlético Mineiro manteve-se distante, avançando a 42 pontos, após vencer ao Fortaleza na capital cearense. Com a vitória, o Flamengo passou Red Bull Bragantino e Fortaleza, saltando à 3ª colocação, com 34 pontos, um ponto atrás apenas do vice-líder Palmeiras, ainda que com dois jogos a menos.

Ficha Técnica:

Fla: Diego Alves, Isla (Matheuzinho), Bruno Viana, Gustavo Henrique e Ramon; Willian Arão, Andreas Pereira (João Gomes), Arrascaeta (Vitinho) e Éverton Ribeiro (Thiago Maia); Michael e Pedro (Rodinei).

Téc: Renato Gaúcho

Palmeiras: Wéverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Piquerez (Willian Bigode); Danilo (Patrick de Paula), Zé Rafael e Raphael Veiga (Gustavo Scarpa); Dudu, Rony (Luiz Adriano) e Wesley (Breno Lopes).

Téc: Abel Ferreira


21ª Rodada - 19/09/2021 - Flamengo 0 x 1 Grêmio

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (Público: 0; em função da pandemia de coronavírus)

Gol: Miguel Borja (45+3'1T)

Mais uma vez sofrendo com desfalques, desta vez com as ausências de Arrascaeta, Diego e Filipe Luís, com Bruno Henrique como opção de banco, por voltar de lesão e ainda não estar no melhor de suas condições físicas, e ainda sem a estreia de David Luiz, o Flamengo entrou em campo para mais um duelo frente ao Grêmio, a quem havia eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil, após vencer duas vezes, por 4 x 0 em Porto Alegre e por 2 x 0 no Maracanã. O rubro-negro estava havia 10 jogos sem perder para o rival.

O 1º tempo foi bastante morno, com o time rubro-negro sentindo demais a ausência de Arrascaeta, estando o meio de campo muito lento e apático. A posse de bola era maior do time gremista, mas ainda assim quase não foram criadas chances reais de gol de ambas as partes. Na única chance real rubro-negra, a bola sobrou para Éverton Ribeiro na entrada da área e ele isolou. O castigo chegou no último lance de bola rolando da primeira etapa, um cruzamento para a área que encontrou à cabeça do colombiano Borja entre os zagueiros, para desviar para longe do alcance de Diego Alves, abrindo o placar.

No 2º tempo, a apatia de parte a parte foi a marca maior, sem que nenhuma das duas equipes conseguisse agredir às defesas adversárias. Melhor para o tricolor gaúcho, que estava em vantagem no placar. Quando Renato Gaúcho tentou mudar a dinâmica, foi infeliz: tirou Vitinho e Éverton Ribeiro, que realmente não estavam bem, para lançar BH e Pedro. Sem ninguém de criação no meio, e com quatro atacantes, a equipe ficou sem capacidade de criação, e completamente incapaz de reagir.

Nos acréscimos, num contra-ataque, Léo Pereira meteu a mão na bola dentro da área, e o Grêmio ainda teve a oportunidade de ampliar, mas Diego Alves defendeu a cobrança de Borja. Mas assim terminou a partida. Com a derrota, e tendo visto Atlético e Palmeiras vencerem seus respectivos jogos, o Flamengo se manteve em 3º lugar, agora 11 pontos atrás do líder, inda que com dois jogos a menos. Mas o foco se voltava para a semi-final da Libertadores, na qual o time enfrentaria ao Barcelona de Guayaquil.

Ficha Técnica:

Fla: Diego Alves, Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, Léo Pereira e Renê; Willian Arão, Andreas Pereira (Thiago Maia), Vitinho (Pedro) e Éverton Ribeiro (Bruno Henrique); Michael (Kenedy) e Gabriel Barbosa.

Téc: Renato Gaúcho

Grêmio: Gabriel Chapecó (Brenno), Vanderson, Ruan, Rodrigues e Rafinha (Bruno Cortez); Thiago Santos, Villasanti, Lucas Silva (Mateus Sarará) e Alisson (Diogo Barbosa); Ferreira (Léo Pereira) e Miguel Borja.

Téc: Luiz Felipe Scolari


22ª Rodada - 26/09/2021 - Flamengo 1 x 1 América Mineiro

Local: Estádio Independência, Belo Horizonte (Público: 0; em função da pandemia de coronavírus)

Gols: Michael (43'2T) e Alê Egêa (45+4'2T)

Entre os dois duelos contra o Barcelona de Guayaquil pela semi-final da Libertadores, o Flamengo viajou para Minas Gerais poupando grande parte dos titulares para a decisão três dias depois no Equador. Após vencer por 2 a 0 no Maracanã, o objetivo era viajar com as melhores condições físicas para ter pernas até o final para garantir seu lugar na disputa pelo título continental.

Sem seus principais jogadores, e atuando no ingrato horário de 11 horas da manhã, o time rubro-negro não conseguiu impor o volume de jogo que vinha impondo nos jogos anteriores. No dia anterior, o Atlético Mineiro havia empatado fora de casa contra o São Paulo, e o Palmeiras havia sido derrotado pelo Corinthians. Assim era importantíssimo para se manter na cola dos líderes a conquista dos três pontos.

O Flamengo lutou mais na raça do que na técnica e na organização tática, e numa jogada individual de Michael conseguiu marcar seu gol aos 43 minutos do 2º tempo. Quando parecia que a vitória estava assegurada, aos 49 minutos o lateral-esquerdo Renê errou na saída de bola, e o ataque resultou no gol de empate, após cruzamento na área no qual o próprio Renê, mal posicionado, não conseguiu impedir a cabeçada do atacante adversário. Dois pontos desceram pelo ralo...

Ao fim da rodada, o Flamengo foi ultrapassado pelo Fortaleza e caiu para a 4ª posição. Manteve-se 11 pontos atrás do Atlético, com dois jogos a menos disputados.

Fichas Técnicas:

Fla: Gabriel Batista, Matheuzinho (Rodinei), Gustavo Henrique, Léo Pereira e Renê; Willian Arão (Lázaro), Thiago Maia, Diego (Andreas Pereira) e Vitinho (Michael); Bruno Henrique (Kenedy) e Pedro.

Téc: Renato Gaúcho

América: Matheus Cavichioli, Patric, Ricardo Silva, Lucas Kal, Eduardo Bauermann e Marlon (Alan Ruschel); Juninho (Ribamar), Felipe Azevedo (Rodolfo) e Ademir; Mauro Zárate (Isaque) e Fabrício Daniel (Alê Egêa).

Téc: Vágner Mancini


23ª Rodada - 03/10/2021 - Flamengo 3 x 0 Athlético Paranaense

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (Público: 7.715 pagantes e 8.408 presentes; ainda sob restrições em função da pandemia de coronavírus)

Gols: Éverton Ribeiro (4'1T), Bruno Henrique (9'1T) e Andreas Pereira (45+3'1T)

O Flamengo chegou às 23ª rodada após garantir sua classificação à final da Libertadores, por ser disputada em 27 de novembro contra o Palmeiras em Montevidéu, no Uruguai. E o time entrava em campo sob a pressão de saber que o líder Atlético havia vencido seu jogo um dia antes. A rodada também marcava a volta de público aos estádios no campeonato.

Frente à maratona de jogos do insano calendário brasileiro, o Athlético optou por poupar diversos titulares para o duelo no Maracanã. O Flamengo se aproveitou, e iniciando a partida em ritmo intenso e acelerado, marcou dois gols logo nos dez primeiros minutos.

Até os 35 minutos do 1º tempo, foi dono absoluto do jogo, com amplo domínio da posse de bola e todas as criações de oportunidades de gol. A partir de então o Athlético ensaio uma pressão, mas nos acréscimos foi o rubro-negro carioca quem marcou, num contra-ataque "de almanaque", em alta velocidade, Andreas Pereira concluiu os 88 metros que percorreu de uma área a outra concluindo o passe de Arrascaeta com um único toque para dentro da rede. No 2º tempo, o time tirou o pé do acelerador e administrou a vitória.

Com os três pontos, o time recuperou a 3ª colocação, um ponto atrás do vice-líder Palmeiras, com dois jogos a menos, e ainda 11 pontos atrás do líder Atlético Mineiro.

Fichas Técnicas:

Fla: Diego Alves, Isla (Rodinei), Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Andreas Pereira, Arrascaeta e Éverton Ribeiro (Michael); Bruno Henrique (Kenedy) e Gabriel Barbosa (Pedro).

Téc: Renato Gaúcho

Athlético: Santos, Erick (Khellven), Pedro Henrique, Lucas Fasson, Nico Hernández e Nicolas; Christian (Fernando Canesin) e Léo Cittadini; Carlos Eduardo (Juninho), Renato Kayzer (Vinicius Mingotti) e Pedro Rocha (Jader).

Téc: Bruno Lazaroni




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