SÃO VERGONHOSAS AS ATITUDES DA IMPRENSA BRASILEIRA - TENDENCIOSA, MANIPULADORA, SÍNICA & CONCHAVISTA - E A IMPRENSA ESPORTIVA É SÓ UM SUBCONJUNTO DESTE CONTEXTO.
IMAGINE SE AS AMEAÇAS GRAVÍSSIMAS PROFANADAS PELO IRMÃO DE CUCA TIVESSEM SIDO DITAS POR OUTRO. FOI NULA A REPERCUSSÃO DIANTE DO TAMANHO DA GRAVIDADE DAS PALAVRAS DITAS:
O irmão e auxiliar de Cuca, Amauri Stival, ameaçou de morte o torcedor do Flamengo Giuliano Cosenza, que tinha feito uma publicação nas redes sociais se manifestando contra uma possível contratação do treinador pelo clube, citando uma condenação por estupro do técnico (caso explicado no fim do texto). A postagem gerou a ira de "Cuquinha" e AMEAÇAS DE MORTE GRAVÍSSIMAS!
Pelo seu perfil do Instagram, Cuquinha entrou em contato com Giuliano e mandou mensagem proferindo ofensas ao torcedor e com ameaça "você está na minha mira, fica esperto". Cosenza, então, respondeu com "sabe que ameaça dá processo, né?", o que revoltou ainda mais o irmão de Cuca.
Cuquinha então enviou consecutivos áudios, com ameaças e ofensas ao torcedor:
"Você vai fugir, porque agora eu vou te catar. É uma questão de honra. Eu vou te catar. Eu tenho casa aí no Rio de Janeiro. Eu vou te catar", palavras seguidas por xingamentos homofóbicos.
Cuquinha também deixou claro que não se importa se for processado e continuou as ameaças em cima de Giuliano:
"Você vai ver aonde você mexeu. Eu nunca me alterei tanto na minha vida. Procura, vê quem eu sou aí, pesquisa o meu nome. É mais um B.O que eu vou ter nas minhas costas. Eu "só" tenho 42. Com o teu vai ser 43".
Para finalizar, o irmão de Cuca fez ainda mais ameaças para o torcedor:
"Você vai se fuder, cara. Você virou meu alvo. Você vai ser minha caça. Escuta o que eu estou falando. A minha finalidade de vida é te catar".
Após receber as mensagens, Giuliano Cosenza afirmou que foi até a delegacia para registrar a queixa contra Cuquinha: "Boletim de Ocorrência registrado. Agora vamos tomar as medidas cabíveis juridicamente. A gente deu risada, mas é sempre bom se preocupar com ameaças, ainda mais nos dias de hoje", publicou Cosenza no Twitter.
Além das gravíssimas e intoleráveis ameaças ao torcedor, o irmão de Cuca mandou nos áudios ofensas ao Clube de Regatas do Flamengo:
"Quem quer treinar esse time de bosta, esse time que não ganha de ninguém? O prazer nosso é tirar título de vocês, igual nós tiramos de vocês. Vocês meteram a mão no Atlético em uma Libertadores e agora nós estamos vingando nossa nação".
Entendendo o caso:
Cuca foi acusado, preso e condenado pela justiça da Suíça por estupro da menor de idade Sandra, de 13 anos
Como contou reportagem do UOL: "O caso policial ocorreu em 1987 em Berna, na Suíça. Na ocasião, o agora técnico era jogador do Grêmio e acabou detido com os também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de terem estuprado Sandra Pfaffli, na época com 13 anos.
Os quatro jogadores ficaram presos durante quase 30 dias. Eles voltaram para o Brasil após prestarem depoimento por mais de uma vez e ser encerrada a fase de instrução do processo. A condenação aconteceu dois anos mais tarde, mas nenhum deles chegou a ser preso.
O Grêmio excursionava pela Europa quando os quatro atletas foram presos no Hotel Metropolitano, em Berna, na Suíça. Em depoimento, Sandra Pfaffli afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir uma camisa do Grêmio. Na sequência, eles teriam expulsado os colegas dela e a forçado durante 30 minutos a manter relações sexuais. Os quatro foram levados para prisões distintas e mantinham contato apenas com os advogados selecionados pelo clube gaúcho para cuidar do caso.
Em 7 de agosto de 1987, o jornal O Estado de São Paulo publicou que Eduardo e Henrique haviam admitido ter tido relação sexual com a jovem, mas afirmavam que havia sido consensual. Fernando e Cuca, por outro lado, negavam qualquer participação.
"Não lembro se admitiram, mas apenas um teve relação sexual consensual com ela", diz Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, o Cacalo, ex-presidente do Grêmio e então vice-presidente jurídico do clube na época.
Fernando foi o primeiro dos jogadores a ser colocado em liberdade condicional em 27 de agosto daquele ano. O atacante teria tido pouca participação no crime, atuando como vigia do quarto enquanto os outros atletas estavam com Sandra. Ele acabou pagando uma fiança de US$ 1 mil. Um dia depois, os demais jogadores também pagaram fianças e retornaram ao Brasil.
Os quatro jogadores foram enquadrados no artigo 187 do Código Penal da Suíça, que prevê prisão de até cinco anos para "qualquer pessoa que se envolva em um ato sexual com uma criança menor de 16 anos, ou incite a criança a cometer tal atividade ou envolva uma criança em um ato sexual". O artigo faz parte da seção "Atos sexuais com pessoas dependentes".
A Justiça, no entanto, entendeu que não houve violência por parte dos jogadores. Por isso, eles não foram enquadrados no artigo 191, que prevê pena de até 10 anos a "qualquer pessoa que, tendo conhecimento que a outra pessoa está incapaz de discernir ou oferecer resistência, tenha relação sexual ou cometa um ato similar à relação sexual".
Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil cada. Fernando, no entanto, acabou absolvido da acusação e foi condenado a três meses de prisão e ao pagamento de uma multa de U$ 4 mil por ter sido considerado cúmplice do crime.
Todos foram condenados pela participação. Um deles teve relação consentida. Os outros, como não houve uma prova definitiva e, na verdade, não mantiveram relação, foram condenados por estarem ali", explicou Cacalo. A lei suíça, contudo, não fala em consentimento das relações com menores de idade para a condenação. Pelo código penal, qualquer pessoa com mais de três anos de diferença para o menor de idade deve ser punida pelo ato. Na época, Sandra tinha 13 anos, enquanto Cuca tinha 24 anos, Eduardo, 20, Henrique, 21, e Fernando, 22.
As penas dos quatro jogadores prescreveram quando o crime completou 15 anos. Assim, eles podem voltar para a Suíça sem risco de serem presos.
Durante os 30 dias em que os jogadores do Grêmio ficaram presos em Berna, as autoridades brasileiras tentaram uma solução diplomática para que eles fossem libertados. Em entrevista ao "Estadão" na época, pessoas de dentro do Ministério das Relações Exteriores consideraram o caso "delicado e difícil". Mas segundo Cacalo, nenhum lobby foi bem-sucedido. Os jogadores foram liberados depois que todo o rito inicial do processo foi feito.
"A Justiça era muito radical, muito dura, muito severa. Houve pedidos do embaixador, do cônsul, mas nada, absolutamente nada, fez com que o juiz liberasse os atletas sem que estivesse exatamente dentro da lei. Não funciona lobby, não funciona nenhuma atividade, não serve para nada que não seja exatamente dentro do processo", prosseguiu o então vice-presidente do Grêmio.
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