sábado, 13 de abril de 2013

Casos & Acasos do Futebol do Flamengo

Não falta folclore à cultura do Clube de Regatas do Flamengo. Desde dias simples que ganham proporções históricas, até personagens que só o Mais Querido do Brasil é capaz de gerar, como Berico, o "Novo Pelé" que chegou ao Flamengo em 1964, e como Fio Maravilha, o personagem clássico que só o Flamengo coloca para sempre na história, ou nomes menos conhecidos como os de Radar e seus 4 gols no mesmo jogo, uma nova revelação na Gávea?, e a história de Beijoca e o assédio à aeromoça que quase faz o time inteiro do Flamengo acabar preso, e as histórias com Peu, talvez quem mais sofreu na mão de Zico, mas num bom sentido, com folclóricas históricas narradas pelo próprio Galinho de Quintino. Como não ficar para os anais da eternidade algo como O Flamengo de "Bigu e mais 10". Que torcida além desta, no mundo, pode produzir o fenômeno Obina, melhor do que o Eto'o.

Fatos mitológicos. Mitologias reais. Alguns que beiraram o inacreditável. Até a Passagem de Garrincha pelo Flamengo foi completamente diferente e fora de padrão. Montanhas-russas de emoção como o Mengo 1970 que foi mais do que era, aquele mesmo Mengo 1970 que foi menos do que era. Paixões ardentes que tomam uma proporção incomum, como o amor do vermelho e preto e do craque argentino Doval, ou o amor entre a torcida e o paraguaio Reyes. E paixões que nascem discretas e tomam proporções surreais, como o amor pelo Garoto Franzino que estreou em 1971. Além de muitas confusões e muitos sentimentos sentimentos controversos, como no caso dos Irmãos Ditão. Casos e acasos que só a história do Flamengo tem. Grandes clubes há vários; diferenciado, há apenas um. O espírito em sincronia de uma multidão dá a estas cores a dimensão diferenciada que ela tem. Teu nome é Flamengo.



Em 1956, a Maior Goleada da História do Maracanã: Flamengo 12 x 2 São Cristóvão.



Jogos que pareciam estar ganhos e cuja reversão de resultado parecia impossível, mas que o Flamengo conseguiu deixar de vencer. Foram algumas vezes que aconteceram, e espalhadas por toda a história rubro-negra: assim foi em duas derrotas para o São Cristóvão em 1932 e em 1975, num empate contra o Campo Grande em 1967 e contra o Botafogo em 1989, numa derrota nos minutos finais para o Fluminense em 1993, num empate contra o Olimpia na Libertadores 2012, e numa derrota para o Resende em 2013. No link acima, os detalhes de todas estas histórias.



A história do primeiro importado a defender a camisa do Flamengo é bastante curiosa, muito pouco conhecida, e extremamente carente de mais detalhes e informações, sem qualquer registro fotográfico e com várias lacunas nos pormenores em torno dos fatos passados.



Aluspah Brewah: uma aventura africana
O jogador de Serra Leoa ficou 6 meses treinando na Gávea, mas nunca entrou em campo. Era veloz, muito veloz. Mas a técnica não foi aprovada e ele acabou dispensado. Foi o 3º africano a vestir a camisa do Flamengo na história.



Lundblad, Axelsson e Magnusson: aventureiros loiros de olhos azuis vindos do norte
Três suecos viveram uma curta experiência na Gávea em 1966. O que mais durou, ficou 3 meses e entrou 2 vezes em campo com a camisa rubro-negra.



A passagem pela Gávea de Florian Albert, eleito o melhor jogador do mundo de 1967, recebendo a Bola de Ouro da revista francesa France Football. Pela seleção da Hungria, Albert despontou no time medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960. Marcou cinco gols naquele torneio, incluindo dois na goleada de 7 a 0 sobre a França. Brilhou também em sua primeira Copa do Mundo, no Chile em 1962, quando marcou quatro gols e terminou entre os artilheiros da competição, além de ser eleito a revelação do Mundial com apenas 21 anos de idade.



Pelé jogou o primeiro tempo apenas. E foi no segundo, com ele já substituído por Cláudio Adão, que o Flamengo aplicou uma avassaladora goleada por 5 a 1. Este dia será eternamente lembrado pelas imagens de Pelé trajando rubro-negro. Esse fato acabou ofuscando uma outra marca histórica daquela noite. Com os três gols que fez nesta goleada, Zico tornou-se o maior goleador da história do Flamengo, superando a marca de até então, daquele que até hoje é o segundo maior goleador da história rubro-negra, Dida, com 264 gols. Com os três daquela nostálgica noite, Zico chegou aos 265.



ZICO contra o Flamengo
Há um jogo perdido na história do Flamengo, como aquele assunto de família mal resolvido, sobre o qual se evita falar na esperança de que morra de inanição. Mas a dor faz parte de quem somos, não? Vem no fio até 83. Resgato o jogo perdido: Zico contra o Flamengo. Contra ele próprio. O primeiro jogo pós venda de Zico foi um triste amistoso contra o Uberlândia, no Parque do Sabiá, em 19/6/83. Houve uma falta na entrada da área, e no rádio disseram: “Já dói a saudade do Zico”. Júnior mostrou que havia vida: bateu na gaveta e fez 1 x 0. No dia seguinte, a delegação se apresentou no Galeão com 18 jogadores e uma ausência imensa: Zico, que já estava em Udine. Dois dias depois, pela cota de 50 mil dólares, o Fla enfrentaria a Udinese e ele entraria em campo por 5 minutos, alegando que só conseguiria isso porque estava com desconforto muscular. Não aliviava a dor que sentíamos: sem Zico e, meu Deus, CONTRA Zico.



Cândido de Oliveira: o fracasso de um renomado técnico português a frente do Flamengo
Cândido de Oliveira era um nome renomado no futebol português quando foi trazido ao Brasil pelo Flamengo para ser o técnico do time rubro-negro em 1950. Foi buscar em Além-Mar a um estrategista português, capaz de dar um diferencial tático e estratégico ao time flamenguista. Chegava ao Brasil como o técnico Bi-Campeão Português. Foi um retumbante fracasso!



Polonês com a camisa do Flamengo
Mariusz Piekarski nasceu na Polônia e jogou 13 vezes com a camisa rubro-negra em 1997, 10 das quais começando como titular do time. Os poloneses Mariusz Piekarski (meia de contenção) e Krzysztof Nowak (atacante) destacaram-se em 1996 com a camisa do Atlético Paranaense e chamaram a atenção do futebol brasileiro. Nowak fez três gols e Pierkarski um gol no Brasileiro de 96. O Flamengo então decidiu contratar Piekerski em 1997.



Lev Yashin no Flamengo, em 1965
Em 1965, depois das férias, o Flamengo se reapresentou para a temporada que estava por ser iniciada. Estoura então a notícia nos jornais do Rio de Janeiro: estava confirmada a chegada do mitológico goleiro Lev Yashin ao Rio para passar férias e treinar pelo Flamengo. O governo da União Soviética acabava de autorizar sua viagem. Lev Yashin, o monstro sagrado, o "Aranha Negra", o "Melhor Goleiro do Mundo", estava a caminho da Gávea. Yashin estava em plena forma física e técnica. Um ano antes a revista France Football o havia dado o prêmio de melhor jogador do mundo, único goleiro na história a ter recebido tal honraria.






A longa lista de jogadores da América do Sul que passaram pelo Flamengo está concentrada principalmente nos três sócios originais do Brasil no Mercado Comum do Cone Sul, o Mercosul. A ampla maioria veio de Argentina, Paraguai e Uruguai, os três vizinhos mais próximos ao eixo Sul-Sudeste do Brasil. De fora deste eixo, foram poucos. O primeiro chegou em 1996. O segundo em 2008. 



A longa tradição de paraguaios que brilharam com a camisa do Flamengo
Onze jogadores paraguaios vestiram a camisa do Flamengo até 2013. O primeiro foi o cabeça de área Modesto Bria, que jogou no Flamengo de 1943 a 1953, tendo disputado 360 jogos e marcado 8 gols. Depois dele, Severo Rivas não fez sucesso, mas o goleiro Garcia, o atacante Benítez e o treinador Fleitas Solich deixaram seus nomes na história do clube. Nos anos 1960, teve primeiro a Carlos Monin e depois a outro que pôs seus nomes entre os maiores da história rubro-negra: Reyes. Na história mais recente: Juan Daniel Cáceres, Gamarra, "El Tigre" Ramírez, Gavilán e Victor Cáceres.


O país que deu origem à maior quantidade de jogadores estrangeiros a terem passado pelo Flamengo foi a Argentina. A longa tradição foi iniciada no fim dos Anos 1930. Até meados dos Anos 1940 pode-se que houve ma "Era de Platinismo" na Gávea, havendo de três a cinco argentinos vestindo rubro-negro a cada temporada. Dentre os que mais se destacaram nestes primeiros tempos foram Arcádio López, Carlos Volante, Agustín Valido, Agustín Cosso e Alfredo González. Um em especial virou ídolo: Valido, herói que marcou o gol sobre o Vasco de consagração do 1º Tri em 1944. Mas muitos passaram sem sucesso, e a tradição arrefeceu. Nos Anos 1950, quem marcou foi o goleiro Eusébio Chamorro. No fim dos Anos 1960, o goleiro Rogelio Domínguez e um atacante que se tornou o maior dentre todos os argentinos que vestiram rubro-negro: Narciso Doval. Nos Anos 1980, o goleiro Ubaldo Fillol defendeu a meta rubro-negra por 2 anos. Nos Anos 1990, foi marcante a raça do volante Alejandro Mancuso. No Século XXI, os que conseguiram um pouco de destaque foram Maxi Biancucchi (primo de Lionel Messi), Dario Bottinelli, Héctor Canteros e Federico Mancuelllo, sem, no entanto, qu nenhum deles se firmasse plenamente entre os titulares.


O 7 x 1 que impediu um título carioca do Flamengo
O Campeonato Carioca de 1994 foi decidido num Quadrangular Final, no qual jogaram todos contra todos em Ida e Volta. Após a disputa da Taça Guanabara, o Quadrangular que dicidiria o Campeão Carioca de 1994. Fluminense 7 x 1 Botafogo! Os tricolores poderiam ter terminado a rodada matematicamente fora da briga, mas a goleada implacável por 7 a 1 sobre o Botafogo deu novo ânimo ao clube na briga pelo título, fazendo-o renascer na disputa. O gás extra daquele improvável 7 a 1, somado à ação da aliança política entre Vasco e Federação Carioca, mudaram os rumos da reta final do campeonato.



Santo André, um trauma amargo na final da Copa do Brasil 2004
O Santo André calou os mais de 70 mil torcedores que foram ao estádio no Maracanã na noite desta quarta-feira na expectativa de comemorar o título da Copa do Brasil-2004 com o Flamengo. Depois de empatar o primeiro jogo, em São Paulo, a equipe do ABC venceu por 2 a 0, conquistou o primeiro título expressivo de sua história e garantiu a vaga na Taça Libertadores-2005.



Em 1975, o Santa Cruz derrubou o "mito-raiz" do Maracanã lotado
A Era Zico ganhou quase tudo e criou a imagem de que "o Flamengo é um time de chegada", do "Deixou chegar, já era". Aquele Flamengo, quando embalava, realmente chegava atropelando, e raramente perdia um jogo decisivo no Maracanã cheio. Outro mito, mais moderno, pós reforma geral do Maracanã, foi o de que o Flamengo só perderia em estádio cheio porque as arquibancadas estavam tomada de gente rica, e não mais do povão pobre, e esta gente não torcia igual. Na época do "futebol raiz", a energia do povão não deixaria o Flamengo perder no Maracanã cheio. Mas numa época "raiz", Anos 1970, a arquibancada ainda era de cimento e sem lugar fixo, Zico e Júnior estavam vestindo vermelho e preto, e o Flamengo entrou em campo para enfrentar o Santa Cruz diante de uma massa de 74 mil torcedores no Maracanã, com um simples empate o time avançaria à semi-final. O Santa Cruz passou por cima de tudo isso...



Brasil de Pelotas elimina o Flamengo nas quartas de final do Brasileiro de 1985
No Campeonato Brasileiro de 1985, o time rubro-negro parecia ter potencial para conquistar mais uma vez o título. Terminou o primeiro turno na liderança do campeonato, jogando com um time base que tinha Cantarele, Jorginho, Leandro, Mozer e Adalberto; Andrade, Adílio e Gilmar; Bebeto, Chiquinho e Marquinho. Parecia que daria para brigar pelo campeonato, mas não deu. O Flamengo acabou eliminado pelo Brasil de Pelotas.



O traumático "Dia de Cabañas"
Inacreditável! Nem o torcedor vascaíno esperava mais a eliminação do Flamengo na Libertadores da América. Após vencer o jogo de ida, fora de casa, por 4 a 2, o Flamengo conseguiu perder no Maracanã para o América, do México, por 3 a 0, na noite de quarta-feira. Antes da bola rolar, o clima de oba-oba tomou conta do Estádio. O técnico Joel Santana recebeu camisa com o seu nome e até placa. Quando o jogo começou, o Flamengo foi para cima e dominava, mas não conseguia finalizar.



Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? No Flamengo cai!
O Flamengo sofreu três gols de goleiros adversários em . Dois deles feitos de cabeça pelo goleiro Lauro, no último lance do jogo, e numa diferença de 10 anos e quatro dias entre um e outro. Foram os dois únicos gols marcados por Lauro em toda sua carreira. O link acima traz todos os detalhes desta história, a ficha técnica destes dois jogos e um pouco de Lauro, o goleiro-carrasco que fez dois gols em cima do Flamengo.



Desde 1990 para cá, só 5 treinadores conseguiram ficar mais de 1 ano no Flamengo
Carlinhos, Zagallo, Ney Franco, Vanderlei Luxemburgo e Zé Ricardo. Nos últimos tempos, só estes 5 nomes conseguiram vingar mais de 1 ano como Diretor-Técnico do futebol do Flamengo.


O link acima tem a história completa. Em resumo: desde 2004, quando o Campeonato Carioca passou a ser disputado nos moldes atuais, com semi-finais e finais de Taça Guanabara e Taça Rio, o Flamengo ficou fora da semi-final, eliminado na 1ª fase do turno (até 2013) em 6 oportunidades, sendo que isto não acontecia desde 2007, ainda sim numa circunstância especial, pois naquela oportunidade o Flamengo havia sido campeão do 1º turno, estava jogando a Libertadores e jogou o 2º turno com o time reserva.

Flamengo: Melhor Carioca na História da Copa do Brasil
No link acima está contada a história completa do desempenho dos clubes cariocas na Copa do Brasil de 1989 até 2012. A partir de 2013, a competição mudou de formato.
O Flamengo é o clube de melhor desempenho entre os cariocas no histórico da Copa do Brasil. Não só por ser o carioca com mais títulos (dois, em 1990 e 2006), mas é o com melhor desempenho em cada fase da competição.

Veja tambémAs 10 primeiras semi-finais de Copa do Brasil da história do Flamengo e As 6 primeiras finais de Copa do Brasil da história do Flamengo.



Os Grandes Títulos na categoria Sub-20 e o futuro de cada uma das gerações que ergueue estes títulos, desde a Copa São Paulo de Juniores de 1990, primeira Copinha conquistada pelo Flamengo, passando às competições nacionais organizadas pela CBF no Século XXI. Nos lonks abaixo, cada uma destas gloriosas conquistas:











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