100 Anos de Futebol do Flamengo: Grandes Conquistas
Em 2011 o Flamengo voltou a levantar o título da Taça São Paulo de Juniores, que conquistara pela primeira vez em 1990.
A campanha na 1ª Fase começou com um empate em 0 x 0 contra o Mogi-Mirim, de São Paulo. Este, porém, foi o último jogo em que o time enfrentou dificuldade naquela fase inicial. Nas duas rodadas seguintes, o time rubro-negro goleou por 7 x 1 ao Gurupi, do Tocantins, e confirmou sua classificação com uma vitória por 3 x 0 sobre o São José, de São Paulo. Na 2ª Fase, a equipe empatou em 2 x 2 com o Cruzeiro, batendo o adversário nos pênaltis por 5 x 3. Vaga garantida nas Oitavas de Final, fase na qual o time venceu por 1 x 0 ao São Paulo. A atuação mais contundente, entretanto, veio nas Quartas de Final, com uma goleada sobre o Coritiba por 6 x 2, com três gols do centroavante Lucas e dois do meia Adryan. Na Semi-Final, a parada foi muito mais dura, tendo havido um empate por 0 x 0 contra o Desportivo Brasil, clube de empresários de São Paulo, de propriedade da empresa de marketing esportivo Traffic, e que servia de plataforma para o cadastro de jogadores ligados a fundos de investimento que eram emprestados. Nos pênaltis, o time rubro-negro não teve dificuldades, vencendo por 3 x 0, e avançando para mais uma vez jogar uma Final da mais antiga e tradicional competição sub-20 do futebol brasileiro. O título veio com uma vitória por 2 x 1 sobre o Bahia.
Time Campeão: César, Alex, Marllon, Frauches e Anderson, Luis Philipe Muralha, Lorran e Adryan, Rafinha, Guilherme Negueba e Lucas. Com Thomás tendo sido bastante usado também.
COPA SÃO PAULO DE 2011
FINAL: Flamengo 2 x 1 Bahia (BA)
Local: Pacaembu
Gols: Frauches (7'1T), Rafael (30'1T) e Negueba (22'2T)
Flamengo: César; Alex, Marllon, Frauches e Anderson; Muralha, Lorran e Adryan (Pedrinho); Rafinha (China), Negueba e Lucas (Thomás). Téc: Paulo Henrique
Bahia: Renan; João Marcos (Valson), Eduardo, Everton e Laércio; Anderson, Fernando (Joeliton), Brendon (Rodrigo) e Felipe; Fábio e Rafael. Téc: Laelson Lopes
Diferentemente da geração que conquistou pela primeira a Copa São Paulo para o Flamengo em 1990, quando vários jogadores estouraram rápido no profissional, tendo participado ativamente das campanhas que culminaram nos títulos de Campeão Carioca de 1991 e Campeão Brasileiro de 1992, esta geração não teve o mesmo aproveitamento no profissional.
O goleiro César foi o terceiro goleiro do elenco até 2015, chegando a disputar 25 partidas com a camisa rubro-negra nessa passagem e depois tendo sido emprestado, primeiro para a Ponte Preta, durante o Campeonato Brasileiro de 2016, onde não conseguiu ser titular, e depois para a Ferroviária de Araraquara, por quem disputou o Campeonato Paulista de 2017, após o qual voltou ao Flamengo para passar a ser o reserva imediato, tendo feito parte da histórica campanha do título da Libertadores de 2019. Já os laterais, os irmãos Alex Santos e Anderson Santos, foram vendidos para o Vitesse, da Holanda, no mesmo ano de 2011; em 2014 estiveram ambos, juntos, emprestados pelos holandeses ao Botafogo, onde também não conseguiram espaço. Daí em diante migraram por diversos times de pequena expressão do futebol brasileiro. Alex jogou no Tombense no Campeonato Mineiro de 2015, no Tigres do Brasil na Série B do Campeonato Carioca de 2016, e depois defendeu ao Atlético Tubarão, de Santa Catarina, e ao Itumbiara, de Goiás. Anderson passou por Tombense (MG), Sampaio Correa (MA), Portuguesa de Desportos (SP), Caldense (MG), Tupynambás (MG), XV de Piracicaba (SP) e Cianorte (PR).
A dupla de zaga era formada por Marllon e Frauches. Marllon jogou poucas vezes no profissional (foram só17 jogos) tendo depois jogado em diversos clubes pequenos, no futebol carioca (Duque de Caxias e Boavista) e no futebol paulista (Rio Claro e Capivariano), passando depois por Atlético Goianiense, Cianorte e Ponte Preta. Em 2018 foi contratado pelo Corinthians, onde jogou 16 partidas sem ter se firmado. Em 2019 acabou emprestado ao Bahia. Frauches - jogador que era titular da Seleção Brasileira sub-20 - no profissional do Flamengo entrou em campo 27 vezes. Depois disto, em 2016, migrou para o futebol da Tailândia, onde defendeu ao Army United e ao Navy.
Na proteção à zaga, o cabeça de área Lorran não vingou no profissional, tendo a partir de então migrado como nômade pelo futebol brasileiro: Audax Osasco (SP), Madureira (RJ), Tupi (MG), Rio Branco (PR), Bangu (RJ), depois indo para o Al Tadhamon, dos Emirados Árabes; jogou o Campeonato Gaúcho de 2019 pelo São Paulo, da cidade de Rio Grande.
Outro que não teve chances no profissional da Gávea foi o centroavante Lucas, que em 2014 migrou para o futebol português, mas sem ter tido sucesso, voltou ao Brasil para jogar o Campeonato Carioca de 2015 pelo Bangu e o de 2016 pelo Macaé. Em 2017, aos 25 anos, chegou a anunciar aposentadoria. Ficou 2 anos longe do futebol, e em 2019 voltou para defender ao Itumbiara no Campeonato Goiano.
Fechando a equipe, o quarteto que mais oportunidades conseguiu na Gávea: o volante Luiz Philipe Muralha, o meia Adryan, e os pontas Rafinha e Negueba.
Muralha entrou em campo 68 vezes com a camisa rubro-negra entre 2011 e 2014, tendo depois sido emprestado para Bragantino, em 2015, e Luverdense, do Mato Grosso, por quem jogou a Série B do Campeonato Brasileiro de 2015 e de 2016, e posteriormente foi vendido ao Pohang Steelers, da Coréia do Sul, país onde também defendeu ao Seongnam; depois foi para o Al Hazm, da Arábia Saudita.
O meia Adryan entrou em campo 48 vezes entre 2011 e 2013, marcando 3 gols, passando em seguida, por empréstimo, por Cagliari, da Itália, Leeds United, da Inglaterra, e Nantes, da França. Voltou ao Flamengo em 2016, mas foi pouquíssimas vezes aproveitado (apenas outros 9 jogos, sem ter feito gols). Em 2017 foi para o Sion, da Suíça, e em 2020 voltou ao Brasil para jogar pelo Avaí.
Já o arisco Guilherme Negueba, deste time, foi quem mais vezes vestiu o manto rubro-negro, entrando em campo 90 vezes com a camisa do Flamengo entre 2011 e 2014, tendo marcado 6 gols. Em 2013 esteve emprestado ao São Paulo e depois passou por Coritiba (2015) e Grêmio (2016). Ainda passou por Atlético Goianiense e Londrina, e em 2018 foi jogar no Gyeongnam, da Coréia do Sul.
As maiores expectativas mesmo estiveram em torno do ponta-direita Rafinha, que explodiu como revelação no Campeonato Carioca de 2013, tendo jogado 44 jogos e feiro 3 gols durante aquele ano. Mas não tardou em cair de produção. Acabou emprestado, jogando por Bahia (2014) e Atlético Goianiense, e passando depois pelo futebol da Coréia do Sul e da Tailândia, onde defendeu ao Thai Honda. Depois passou pelo Avaí e foi para o Cafetaleros de Tapachula, da 2ª Divisão do México.
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