Na introdução de seu livro Histórias do Flamengo, o jornalista Mário Filho escreveu, ainda em fins dos anos 1940:
“Ninguém discute que o Flamengo seja o clube mais popular do Brasil. Quem é Flamengo prefere dizer o mais querido. Está certo: escolhe-se um clube como se escolhe uma mulher. Para toda a vida ou até que Deus separe. É mais difícil deixar de amar a um clube do que a uma mulher. Qualquer um de nós conhece mais bígamos ou polígamos do que torcedores que mudaram de clube. Ou que o traíram, mesmo que em pensamento. Talvez porque um clube nunca se entrega a um torcedor. O torcedor é que se entrega ao clube ou ao amor por ele. Também pode ser porque o sex appeal do clube não se desgasta com os anos. Daí que exista um amor como de lua de mel: violento, absorvente, exaustivo.”
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