sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eleições 2012: o que vem por aí no Flamengo?

Patrícia Amorim, Ronaldo Gomlevsky, Wallim Vasconcellos, Marcos Braz, Lysias Itapicurú e Jorge Rodrigues. Ao que parece estes serão os 6 candidatos à presidência do Clube de Regatas do Flamengo para a gestão do triênio 2013-2015.

Os esportes amadores apoiarão Patrícia Amorim, mas terão alguma representatividade também na chapa de Marcos Braz, já que o ex-judoca Frederico Flexa será o vice-presidente da chapa de Braz. Mas como quem ganha eleição no clube historicamente é o futebol, vejamos quem é quem nesse pleito.

A candidatura que se postula como revolucionária é a do candidato à presidência Wallim Vasconcellos, que é ex-diretor do BNDES e é sócio-diretor da Iposera Investimentos. Sua chapa promete "profissionalização total" da gestão. O que mais chama atenção é o seu grupo de suporte: o carro-chefe de sua candidatura é o apoio oficialmente declarado de Zico. Isso, dentro do Flamengo, por si só é uma grande bandeira. Mas não é só isso, a lista de empresários renomados no meio empresarial do Rio de Janeiro que o apóiam e prometem assesorá-lo é impressionante: Carlos Langoni (ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Projeta), Rodolfo Landim (ex-presidente da Petrobras Distribuidora, e atual presidente da YXC Óleo e Gás) e David Zylbersztajn (ex-diretor-geral da ANP, e atual sócio-diretor da DZ Negócios com Energia), três nomes muito reconhecidos por qualquer um familiarizado com o meio empresarial brasileiro; e não fica nisso, o grupo tem ainda Luís Eduardo Baptista (presidente da Sky), Rômulo Dias (presidente da Cielo) e Ruben Osta (presidente da Visa). Tem ainda Frederic Kachar (diretor-geral da Editora Globo), Flávio Godinho (conselheiro do grupo EBX) e Sérgio Brandão (presidente da G2 Brasil). Um grupo que, sem dúvida alguma, tem plenas condições de realizar a dita "profissionalização total". Resta saber o quanto cada um do grupo conseguiria de fato dedicar à gestão do Flamengo.

Tamanha "movimentação profissionalizante" não passará pelo processo eleitoral sem tumulto. Os grupos "amadores" de dentro da política rubro-negra já começaram a se mobilizar para impedir a ascensão deste grupo. A argumentação (como sempre é) se baseia em alguma norma de algum regimento interno que impediria a candidatura. Artimanhas políticas velhas e conhecidas não só dentro do Flamengo, como das raízes clientelistas e patrimonialistas estruturais do Brasil: os ratos que sobrevivem roendo migalhas se levantam e se levantarão sempre contra toda e qualquer bandeira reformista e modernizadora. Mas isso na minha opinião não passará de burburinho e alarmismo...

O risco para Wallim Vascocellos e seu "grupo empresariado" é o desconhecimento da política interna do clube (ele mesmo reconhece que desconhece, e assume que pouquíssimas vezes freqüentou o clube). Isso sim pode ser crucial! João Henrique Areias, por exemplo, viu sua candidatura (sob o mesmo discurso reformista-profissionalizante) naufragar na última eleição. Será o apoio de Zico suficiente para reverter isso? O passado empresarial e de ex-diretor do BNDES ao mesmo tempo não é garantia de eficiência na gestão de um clube. É só ver o resultado da passagem do renomado economista Luíz Gonzaga Belluzo pela presidência do Palmeiras; além de ter tido Luxemburgo, Muricy Ramalho e Scolari como treinadores em sua gestão e mesmo assim não ter vencido nada, o renomado economista se envolveu em polêmicas fanfarrônicas quando se mostrou falastrão, não conseguiu liderar a política do clube e nem melhorar as contas palmeirenses. Por outro lado, outro renomado economista, Luís Paulo Rosenberg, como diretor de marketing do Corinthians, é um exemplo de gestão profissionalizante bem sucedida. Para qual destes dois extremos estaria inclinado Wallim? Vamos esperar que Wallim pormenorize suas idéias para uma melhor avaliação...

Entre os demais candidatos, Lysias Itapicurú será candidato pela segunda eleição consecutiva. Não conseguiu estar entre os primeiros em 2009 e acredito que novamente não estará. Também não acredito que Marcos Braz terá força suficiente para ter representatividade, não me surpreenderia se durante a corrida eleitoral acabasse unindo sua chapa à de Ronaldo Gomlevsky, até porque Marcos Braz é candidato a vereador nas Eleições Municipais. Outro candidato é Jorge Rodrigues, conselheiro do clube, e sócio da Triunfo Logística, empresa que patrocina os ombros da camisa do futebol. Sua presença no pleito, na minha opinião, mostra o tremendo conflito de interesses que existe em torno do Flamengo e por trás de seus Conselhos Fiscal e Deliberativo. O futebol do Flamengo está movimentando enormes somas de dinheiro, e junto a todo este dinheiro há uma enorme quantidade de interesses pessoais e empresariais. De qualquer forma, na minha opinião nenhum destes três candidatos conseguirá representatividade significativa nos votos.

Se Wallim Vasconcellos desconhece a política interna do clube e não tem apoio de "políticos rubro-negros", Ronaldo Gomlevsky deverá ser o oposto. Sua candidatura terá apoio de nomes fortes da política da Gávea, como dos grupos políticos de Márcio Braga e Kléber Leite. Ele tenderá a ser o principal opositor a Patrícia Amorim.

Patrícia Amorim, ainda não confirmou se sai candidata ou se apóia alguém. Dos ex-presidentes só lhe restou o apoio de Hélio Ferraz, mas este já descartou participar da corrida eleitoral. Não vejo outros nomes em torno de Patrícia que tivessem chances de vencer. Na minha opinião, ela virá candidata. Mas o que seria seu grande trunfo poderá ser na verdade seu calcanhar de Aquiles, as conclusões e inaugurações do Centro de Treinamento e do Museu. Ambas as obras só deverão estar 100% concluídas após as eleições rubro-negras.

Na minha opinião - e que fique claro que estou falando do que imagino que vai acontecer e não do que creio que deveria acontecer - a disputa estará entre situação (Patrícia Amorim), oposição (Ronaldo Gomlevsky) e a terceira-via (Wallim Vasconcellos). Vamos esperar o fim de setembro, que é o limite para as inscrições de chapa, para ter certeza. Os grandes cabos eleitorais de Patrícia Amorim, na minha opinião, serão, mesmo sem querer, Zinho e Dorival Júnior. Creio que ela ainda é a favorita, pois, apesar de vários erros na gestão do futebol, são inquestionáveis as melhorias do ponto de vista de gestão e profissionalização do clube. E, com meses de antecipação, já previno que a vitória dela fará ressurgir a velha ladainha de que não só os sócios, mas todos os torcedores do clube deveriam ser aptos para votar. Eu discordo desse ponto de vista, mas isto é tema para quem sabe um dia um outro post.

Se você que conseguiu chegar até aqui na leitura e ainda não tem opinião formada para essa eleição, sugiro ler o artigo: Uma Breve História da Política do Flamengo.

SRN. Marcel Pereira.
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LEONARDO: um legítimo Multi Funções

Carreira: 1987-1989 Flamengo, 1990-91 São Paulo, 1992-93 Valência (Espanha), 1993-94 São Paulo, 1994-96 Kashima Anthlers (Japão), 1996-97 Paris St-Germain (França), 1997-2001 Milan (Itália), 2001 São Paulo e 2002 Flamengo.

Pelo Flamengo foram 176 jogos e 10 gols.


"O Flamengo voltou a revelar uma geração vencedora de grande potencial, entre 1986 e 1987. Neste grupo, emergiram nomes como o goleiro Zé Carlos, o zagueiro Aldair, o lateral esquerdo Leonardo, o cabeça de área Ailton, o meia Zé Ricardo, o centroavante Vinícius e o ponta-esquerda Zinho". (A NAÇÃO, pg. 170)

"No início dos anos 80, um dos maiores segredos do maior time rubro-negro de todos os tempos estava exatamente nas laterais, com Leandro pela direita e Júnior pela esquerda. Sem dúvida os maiores na posição na história do clube e seguramente entre os maiores na história do Brasil, titulares absolutos na seleção brasileira que disputou a Copa de 1982. Seus sucessores também ocuparam a posição mantendo o carimbo tipo seleção brasileira: Jorginho na lateral direita e Leonardo na lateral esquerda". (A NAÇÃO, pg. 256)

"A política, suja como sempre, lançou sombras sobre uma conquista brilhante e maravilhosa. Flamengo, campeão da Copa União de 1987! O Flamengo tinha um timaço, com: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Um time no qual, até aquele momento, só três jogadores não haviam vestido a camisa da seleção brasileira (Leonardo, Ailton e Zinho – porém, dois deles vieram a vestir depois: Leonardo e Zinho). O time ainda tinha Aldair, que viria a ser titular do Brasil nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, no banco de reservas". (A NAÇÃO, pgs. 147-148)

"Em 1990 (...) fez ainda um troca-troca por empréstimo com o São Paulo, no qual cedeu Leonardo e Alcindo e recebeu o veterano lateral esquerdo Nelsinho e o meia Bobô, grande destaque do Bahia em 1988". (A NAÇÃO, pg. 157)

"A diretoria ainda assim não estava nada satisfeita e, em 1991, promoveu uma nova reformulação do elenco. Bobô e Nelsinho foram devolvidos ao São Paulo – este último fraturou a perna e quase não jogou pelo Flamengo – e o atacante Alcindo também foi devolvido pelo clube paulista. Mas os são-paulinos manifestaram interesse em continuar com Leonardo. O Flamengo então recebeu um pacote de três jogadores em troca do lateral esquerdo: o experiente goleiro Gilmar, que havia perdido a vaga de titular por lá para Zetti, o zagueiro Adílson e o meia Paulo César Stênico". (A NAÇÃO, pg. 158)

"Em estado de semifalência, depois do fracasso da parceria multimilionária com a ISL, o Flamengo enxugou custos e tentou, para 2002, o sucesso com uma política ao estilo bom, bonito e barato. No primeiro semestre, ainda apostou na contratação dos meias Juninho Paulista e Leonardo (que voltava para encerrar a carreira no clube). Não foi suficiente, principalmente com uma dupla de ataque composta pelos ex-juniores Andrezinho e Roma. Carente de experiência, a dupla foi incapaz de marcar os gols de que o time tanto necessitava". (A NAÇÃO, pg. 219)




Leonardo Nascimento de Araújo também teve uma brilhante carreira no futebol após sua aposentadoria como jogador. De 2003 a 2008 trabalhou na Fundação Milan, da qual chegou a se tornar Presidente. Em 2006, durante a Copa do Mundo, trabalhou como comentaista da BBC de Londres. Como treinador, comandou o Milan na temporada 2009-10 e a Internazionale de Milão na temporada 2010-11. Desde 2011 é Diretor Executivo do Paris St-Germain.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

JORGINHO: o Atleta de Cristo

Carreira: 1984 América (RJ), 1985-1989 Flamengo, 1989-92 Bayer Leverkusen (Alemanha), 1992-95 Bayern Munique (Alemanha), 1995-98 Kashima Anthlers (Japão), 1999 São Paulo, 2000 Vasco e 2001 Fluminense

Pelo Flamengo foram 246 jogos e 8 gols.


"No início dos anos 80, um dos maiores segredos do maior time rubro-negro de todos os tempos estava exatamente nas laterais, com Leandro pela direita e Júnior pela esquerda. Sem dúvida os maiores na posição na história do clube e seguramente entre os maiores na história do Brasil, titulares absolutos na seleção brasileira que disputou a Copa de 1982. Seus sucessores também ocuparam a posição mantendo o carimbo tipo seleção brasileira: Jorginho na lateral direita e Leonardo na lateral esquerda". (A NAÇÃO, pg. 256)

"Para o Campeonato Carioca de 1983, o clube contratou, com boa parte do dinheiro da venda de Zico, três jogadores: Lúcio, Edmar e Cléo, todos considerados promessas do futebol brasileiro. O ponta-direita Lúcio destacou-se pela Ponte Preta, onde jogou de 1979 a 1982. Depois, teve rápidas passagens por Palmeiras e Guarani, sem obter o mesmo sucesso, até chegar ao Flamengo. Cléo revelou-se como grande sensação no Internacional de Porto Alegre, onde atuou de 1978 a 1982, quando foi contratado pelo Barcelona, da Espanha. Fracassou no futebol espanhol e foi trazido de volta pelo Palmeiras, onde jogou por seis meses em 1983, e então foi comprado pelo Flamengo. Estes dois acabaram sendo repassados ao América em 1984, numa troca pelo jovem lateral direito Jorginho, que viria a ser um dos maiores craques da história rubro-negra". (A NAÇÃO, pg. 136)

"Poderia ter sido essa uma geração a fazer um papel semelhante, de início de fomento, ao da geração de 1974 e 1975. Ainda mais porque a ela se somavam nomes de enorme potencial, como o lateral direito Jorginho e o atacante Bebeto. Adicionando experiência à mistura desta geração com a seguinte, que venceu a Taça São Paulo de 1990". (A NAÇÃO, pg. 170)

Jorginho brilhou na Europa e foi titular absoluto da Seleção Brasileira que conquistou a Copa do Mundo de 1994.

domingo, 26 de agosto de 2012

RONDINELLI: o Deus da Raça

Carreira: 1971-1980 Flamengo, 1981 Corinthians, 1981 Vasco e 1982 Bonsucesso (RJ)

Com a camisa rubro-negra foram 396 jogos e 14 gols.



"A estratégia de apostar na garotada das divisões de base não deu certo no começo, mas logo gerou seus frutos, ainda que o resultado só viesse a ser visto muitos anos depois. Subiram para o time principal, no segundo semestre (de 1971), para a disputa do primeiro Campeonato Brasileiro, os garotos Zico, Júnior e Rondinelli". (A NAÇÃO, pg. 102)

"Do mesmo time de juniores, todos nascidos entre 1953 e 1955, anos do segundo tricampeonato, emergiram para a equipe principal: o goleiro Cantarelli, os zagueiros Rondinelli e Jaime, o lateral Júnior, o cabeça de área Merica, o meia-atacante Zico e o centroavante Rui Rei". (A NAÇÃO, pg. 110)

"O Deus da Raça, Rondinelli, viveu o auge de sua virilidade defensiva entre 1978 e 1979, quando formou a dupla de zaga com a intimidante figura de Manguito. Na clássica mesa de rubro-negros ilustres, certamente a voz de Jorge Ben Jor exaltaria: “Ai que saudades de Manguito e Rondinelli”, a dupla de zaga do terceiro tri". (A NAÇÃO, pg. 255)

"Em 1978, foi o Flamengo que faturou a Taça Guanabara. A final da Taça Rio foi, novamente, entre os dois rivais, com o Vasco jogando com a vantagem do empate para faturar o segundo turno e forçar a realização de uma final, em dois jogos. O empate por 0 a 0 perdurou até os 45 minutos do segundo tempo, quando um escanteio cobrado por Zico encontrou a cabeça do zagueiro Rondinelli, que entrava correndo pela área por trás da zaga vascaína. Gol do título! Mengão campeão carioca de 1978". (A NAÇÃO, pg. 122)

 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

GERALDO: a Promessa na Eternidade

Carreira: 1973-1976 Flamengo

Foram 168 jogos e 13 gols no Flamengo.


Apostava-se mais no talentoso Geraldo do que em Zico, sobretudo pela elegância com que conduzia a bola, a facilidade para distribuir o jogo, a cabeça sempre erguida. Numa época de que o ícone do futebol mundial passava a ser Johann Cruyff, da Holanda, esperava-se em Geraldo o Cruyff brasileiro. Tanto que ele, Geraldo, chegou à Seleção Brasileira antes de Zico.

"Do mesmo time de juniores, todos nascidos entre 1953 e 1955, anos do segundo tricampeonato, emergiram para a equipe principal: o goleiro Cantarelli, os zagueiros Rondinelli e Jaime, o lateral Júnior, o cabeça de área Merica, o meia-atacante Zico e o centroavante Rui Rei. Pouco depois, ainda emergiu o meia-armador Geraldo, este nascido em 1956" (A NAÇÃO, pg. 110)

"Geraldo foi um dos maiores meio-campistas da história rubronegra, mas morreu jovem, aos 22 anos, em 1976, de choque anafilático, durante uma cirurgia simples de redução de amídalas". (A NAÇÃO, pg. 110)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DOVAL: o Gringo Boêmio

Carreira: 1962-68 San Lorenzo (Argentina), 1968 Elche (Espanha), 1969-1970 Flamengo, 1971 Huracán (Argentina), 1972-1975 Flamengo, 1976-78 Fluminense, 1979 San Lorenzo (Argentina), 1980 New York United (EUA).

Pelo Flamengo foram 115 jogos e 95 gols.


Com Narciso Doval aconteceu o mesmo que com Reyes, a adaptação ao futebol brasileiro demorou, a transformação em craque em terras brasileiras não foi imediata. Sua primeira passagem pela Gávea foi ruim, na segunda passagem ele estourou como sucesso.

"O futebol rubro-negro seguia enrolado e fraquejado. Para a temporada de 1969, chegou um novo pacote de reforços. Vieram o goleiro argentino Dominguez, o atacante argentino Doval, contratado ao San Lorenzo, e o também atacante Bianchini, que havia brilhado no Bangu e no Botafogo, e estava no Vasco. Naquele campeonato, o clube tinha novamente quatro estrangeiros na equipe, numa explícita tentativa de reeditar o sucesso dos anos 40/50: Dominguez, Manicera, Reyes e Doval". (A NAÇÃO, pg. 98)

"Para a temporada de 1972, o Flamengo teve a volta de Doval, que estava emprestado ao Huracán. Mas a grande aposta foi feita sobre o craque de um rival: Paulo César Caju, do Botafogo". (A NAÇÃO, pg. 104)


"(Em 1973) fez uma campanha muito ruim no Campeonato Brasileiro, mesmo com uma linha de frente que tinha Zico, Doval, Dadá Maravilha e Paulo César Caju. O time ficou sem vencer entre 3 de outubro e 11 de novembro". (A NAÇÃO, pg. 107)

"Em 1976, foi montada a segunda versão da Máquina Tricolor. Novamente, o elenco do Flamengo seria alvo das investidas de Horta. Desta vez com um troca-troca que fez história no futebol carioca. O Flamengo cedeu o goleiro Renato, o lateral esquerdo Rodrigues Neto e o atacante argentino Doval, em troca chegaram ao Flamengo o goleiro Roberto, o lateral direito Toninho Baiano e o ponta Zé Roberto. Dos três, só Toninho vingou de titular. Roberto foi reserva de Cantarelli (como já era reserva no Fluminense) e Zé Roberto acabou na reserva de Luís Paulo". (A NAÇÃO, pg. 112)


Veja também aqui: Doval, o ídolo argentino



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

REYES: um Indio Chefe da Área

Carreira: 1962-63 Olimpia (Paraguai), 1964 River Plate (Argentina), 1965 Olimpia (Paraguai), 1966 Atlético de Madrid (Espanha), 1967-1973 Flamengo, 1974-75 Olimpia (Paraguai).

Com a camisa do Flamengo foram 194 jogos e 7 gols.


Francisco Reyes demorou para se adaptar ao futebol brasileiro. Chegou em 67, contratado como cabeça-de-área. Firmou-se titular só em 1970. Depois migrou para a posição de zagueiro e nela se tornou um dos maiores da história rubro-negra.

"Em 1967, chegou ao Flamengo o paraguaio Francisco Reyes, contratado ao Olímpia, de Assunção. Ele chegou como cabeça de área, mas sua primeira temporada não foi muito boa. Na verdade, as primeiras, porque depois sofreu contusões e ficou um tempo afastado. Só em 1971, quatro anos depois, ele conseguiu efetivamente tornar-se titular na equipe, e como zagueiro. E foi na zaga que ele entrou para a história do Flamengo. Foi, sem dúvidas, um dos maiores zagueiros da história do clube". (A NAÇÃO, pg. 93)

"Desde 1933, na era amadora, o Flamengo não fazia tão poucos gols em um ano (e jogou muito mais vezes do que fazia nos tempos do amadorismo). Foi a pior média de gols de sua história: apenas 1,07 por jogo. Fio, artilheiro na temporada, fez só doze gols durante todo aquele ano. O desempenho só não foi ainda pior porque a defesa, capitaneada pelo paraguaio Reyes, salvava a retaguarda. As médias de gols sofridos por jogo nas temporadas de 1970 e de 1971 foram as melhores já obtidas pelo Flamengo até então. Por isso, Reyes passou a ser idolatrado e tido como um dos maiores zagueiros que vestiram a camisa rubro-negra". (A NAÇÃO, pg. 102)

As duplas de zaga ... "Washington e Reyes (1970/72), Chiquinho Pastor e Reyes (1973)".

Reyes morreu prematuramente, por conta de uma leucemia, em 1976. Ele descobriu a doença um ano depois de deixar o Flamengo e voltar a jogar no Paraguai.


Veja também aqui: Reyes, o ídolo paraguaio


sábado, 18 de agosto de 2012

ROMÁRIO: o Maior dos Matadores

Carreira: 1985-88 Vasco; 1988-93 PSV Eindhoven (Holanda); 1993-94 Barcelona (Espanha); 1995 Flamengo; 1995 Valência (Espanha); 1996 Flamengo; 1996 Valência (Espanha); 1997-1999 Flamengo; 2000-02 Vasco; 2002-03 Fluminense; 2003 Al Sadd (Qatar); 2004 Fluminense; 2005-06 Vasco; 2006 Miami (EUA); 2007 Adelaide United (Austrália); e 2007-08 Vasco.

Com a camisa 11 do Flamengo foram 240 jogos e 204 gols.


"As duas grandes cartadas que pretendiam dar ao Flamengo um ano de grandes conquistas foram as contratações do atacante Romário, do Barcelona, da Espanha, eleito melhor jogador do mundo pela FIFA em dezembro de 1994, e do técnico Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras, então detentor dos títulos de bicampeão brasileiro e bicampeão paulista, em 1993 e 1994". (A NAÇÃO, pg. 174)

"A chegada de Romário, eleito pela FIFA como Melhor Jogador do Mundo em 1994, gerou um alvoroço no futebol brasileiro. A única contratação, muitos anos depois, que talvez tenha chegado perto de gerar algo similar foi a de Rivaldo pelo Cruzeiro.

Criou-se uma expectativa imensa de resultados positivos e de futebol espetáculo, como se bastasse colocar umas feras juntas e elas já gerassem uma intimidade de grupo de velhos conhecidos. Por tudo o que foi feito e alardeado, grande parte da torcida ficou muito ansiosa. A contratação de Romário gerou tamanha expectativa e tamanha inquietação que já não bastava vencer com folga, era inadmissível qualquer tropeço ou atuação que não fosse nota 10.

Antes da estreia no Maracanã, num Fla-Flu, o primeiro jogo de Romário pelo Flamengo foi na partida oficial de celebração do Ano do Centenário, frente à seleção uruguaia, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Em 27 de janeiro de 1995, Flamengo e Uruguai empataram por 1 a 1". (A NAÇÃO, pg. 175)

"Até mesmo a chegada de Romário foi dita como um insucesso, apesar dos 42 gols que ele fez naquele ano – desde Zico, em 1982, um jogador não fazia mais de quarenta gols em uma temporada com a camisa rubro-negra. As torcidas adversárias diziam que Romário, que chegou ao Flamengo com 30 anos, já estava velho. A ironia é que ele estava velho o suficiente para fazer, nos cinco anos em que jogou pelo clube, 204 gols com a camisa do Flamengo e tornar-se o quinto maior artilheiro da história do clube. Ele saiu ao fim de 1999, foi para o Vasco e fez 75 gols numa única temporada. Em seguida, ele ainda foi para o Fluminense, voltou ao Vasco e só encerrou a carreira em 2008, com 42 anos, ainda tendo se consagrado, às vésperas de cumprir 40 anos, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2005". (A NAÇÃO, pg. 180)

"Romário. Só nos seis primeiros meses do ano ele havia feito 37 gols, o que lhe foi suficiente para se garantir como artilheiro do time naquela temporada, mesmo estando todo o segundo semestre fora". (A NAÇÃO, pg. 205)

"Foi um ano muito instável, cheio de altos e baixos. Campeão carioca e da Mercosul, e figurante no Brasileirão, o Flamengo ainda viu seu artilheiro alcançar uma marca histórica: Romário fez 48 gols na temporada de 1999. Um feito majestoso, já que só Zico conseguiu fazer mais que isso em uma única temporada sob o vermelho e o preto". (A NAÇÃO, pg. 209)


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

BEBETO: o Ágil Garoto Franzino

Carreira: 1983 Vitória (BA); 1983-1989 Flamengo; 1989-92 Vasco; 1992-96 Deportivo La Coruña (Espanha); 1996 Flamengo; 1997 Sevilla (Espanha); 1997 Vitória (BA); 1998 Botafogo; 1999 Toros Neza (México); 2000 Gavilanes de Tampico (México); 2000 Kashima Anthlers (Japão); 2001 Vasco; e 2002 Al Ittihad (Arábia Saudita). 

Foram 310 jogos e 151 gols com a camisa do Flamengo.


"A tradição de grandes goleadores seguiu com Bebeto, artilheiro da equipe por cinco temporadas consecutivas, entre 1985 e 1989". (A NAÇÃO, pg. 260)

"O clube voltou-se então, mais uma vez, para as pratas da casa, imaginando repetir o sucesso que levou à formação da geração de ouro do início dos anos 80. A seleção brasileira bicampeã do Mundial Sub-20 (1983 e 1985) e medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles de 1984 (sub-23) tinha vários representantes rubro-negros. Era o caso do goleiro Hugo, do lateral direito Heitor, do camisa 10 Gilmar e do atacante Bebeto. Eles foram imediatamente promovidos ao profissional, e junto a eles emergiram, também da categoria de juniores, o meia Valtinho, o meia-atacante Vinícius, o centroavante Wallace e o atacante Heider". (A NAÇÃO, pg. 140)

"A final seria entre as duas equipes que mais haviam conquistado títulos nacionais até então, cada uma com três troféus. Dali sairia o primeiro clube do Brasil a sustentar quatro títulos nacionais. O primeiro jogo, em Porto Alegre, terminou com um empate por 1 a 1. O duelo final foi no Maracanã, diante de 125 mil torcedores. Bebeto fez, aos dezessete minutos do primeiro tempo, o gol que deu uma vitória magra, por 1 a 0, para o manto vermelho e preto. Mengão tetracampeão!!!!" (A NAÇÃO, pg. 148)

domingo, 12 de agosto de 2012

MOZER: a Marcação Impecável

Carreira: 1980-1986 Flamengo; 1987-89 Benfica (Portugal); 1989-92 Olimpique de Marseille (França); 1992-95 Benfica (Portugal); e 1995-96 Kashima Anthlers (Japão).
 
 
No Flamengo, jogou 292 jogos e marcou 14 gols.


Carlos Mozer foi algumas eleitos o melhor zagueiro da Europa no início dos anos 90. No total participou de 35 jogos pela Seleção Brasileira, de 1983 a 1994, não participando da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, devido a uma contusão.
"Maior, provavelmente, seria a saudade dos zagueiros daquele time que ganhou tudo que se podia imaginar entre 1980 e 1983: Marinho e Mozer, ora com a presença também de Figueiredo". (A NAÇÃO, pg. 255)
"Tudo que eu tenho, eu devo ao Flamengo. É lindo demais. Se hoje tenho uma casa com piscina e conforto, eu devo ao Flamengo e ao Zico. Obrigado, Flamengo. Obrigado, Zico". (Mozer, às lágrimas, em depoimento dado em dezembro de 2008).

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

RAUL: O Velho, a Voz da Experiência

Carreira: 1964 Atlético (PR); 1965 São Paulo; 1966-1978 Cruzeiro; e 1978-1983 Flamengo.
 
 
Raul Plasmann, no Flamengo, jogou 228 jogos.



"Para 1978, o Flamengo apostou na contratação de um goleiro veterano: chegava ao clube, aos 34 anos, Raul Plasmann. Paranaense, Raul começou a carreira em Curitiba, onde esteve por pouco tempo. Depois foi titular absoluto do Cruzeiro entre 1965 e 1978, defendendo tanto a genial geração cruzeirense da segunda metade dos anos 60, com Dirceu Lopes, Tostão e Natal, quanto o time campeão da Taça Libertadores da América de 1976. No Flamengo, ele ficou por cinco anos, até o final de 1983, quando se aposentou. Foi campeão brasileiro de 1980, 1982 e 1983, campeão da Taça Libertadores da América de 1981 e do Mundial Interclubes de 1981, quando então já estava com 37 anos. Aposentou-se às vésperas de cumprir quarenta anos com a faixa de tricampeão brasileiro ainda no peito". (A NAÇÃO, pg. 122)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ADÍLIO: o Muleque Bom de Bola

Carreira: 1979-1987 Flamengo; 1987-1988 Coritiba; 1989-1990 Barcelona de Guaiaquil (Equador); 1991 Itumbiara (GO); 1992-93 Alianza Lima (Peru); 1994 América de Três Rios (RJ); 1995 Serrano (RJ); 1996 Barreira (RJ) e 1997 Friburguense (RJ).

No Flamengo, foram 611 jogos e 128 gols.

"Até que surgiu Adílio, que, ao lado de Zico, foi o dono do meio de campo rubro-negro por muitos anos (...) o grande parceiro do Galinho de Quintino nos anos dourados do vermelho e do preto, que vestia a camiseta de número oito: Adílio.". (A NAÇÃO, pg. 258)
"Curiosa também foi a história de Adílio, que quando garoto foi acompanhar um amigo que tinha teste marcado nas divisões de base rubro-negra. Sem autorização para entrar no clube, ele pulou o muro. Meteu-se no meio dos garotos e recebeu colete para treinar. Terminado o treino foi selecionado, mas, para surpresa geral, ele não estava na relação dos garotos que tinham teste marcado. Essa quebra de protocolo não foi um empecilho para que ele voltasse nos treinos seguintes". (A NAÇÃO, pg. 120)

"O Flamengo sempre conservou uma longa tradição de manter exjogadores como responsáveis pela formação de novos craques nas categorias sub-17 e sub-20. Foi assim entre os anos 50 e 1980, quando estiveram cuidando do time de juniores nomes como Jaime de Almeida, Modesto Bria, Nilton Canegal, Joubert, Jaime Valente e Carlinhos. Esta tradição foi interrompida nos anos 90, quando o time sub-20 foi dirigido por técnicos como Ernesto Paulo, Sebastião Rocha, Toninho Barroso, Carlos César e Marcos Paquetá. Nos anos 2000, voltou-se a ela, com Andrade e Adílio comandando a garotada.


Adílio merece menção especial, pois foi com este técnico que o clube conquistou o tricampeonato carioca de juniores (2005-2007), a Copa Cultura, o Torneio Octavio Pinto Guimarães de 2006, e ainda, em 2007, ganhou pela terceira vez em sua história a Taça Belo Horizonte de Juniores (1986, 2003 e 2007)". (A NAÇÃO, pg. 237)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Meu Flamengo de Todos os Tempos II

Já tinha feito minha escolha dentre as opções dadas pelo site Globoesporte.com: Meu Flamengo de Todos os Tempos.

Agora segue meu voto na eleição organizada pelo site oficial do Flamengo. Abaixo estão minhas escolhas:



Eis quais eram as opções de voto dadas pelo site do clube:

Goleiros - Amado, Zé Carlos, Raul, Jurandyr e Julio Cesar;

Laterais - Toninho, Paulo Henrique, Léo Moura, Leonardo, Leandro, Júnior, Jorginho, Jordan, Jayme de Almeida e Biguá;

Zagueiros - Reyes, Píndaro, Newton Canegal, Nery, Mozer, Jadir, Juan, Domingos da Guia, Aldair e Rondinelli;

Volantes - Dequinha, Carpegiani, Carlinhos, Bria e Andrade;

Meias - Perácio, Rubens, Zico, Benítez, Zinho, Zizinho, Moacyr, Petkovic, Adílio, Lico, Geraldo, Dida e Borgerth;

Atacantes - Evaristo, Pirillo, Romário, Henrique, Silva Batuta, Doval, Valido, Índio, Joel, Nunes, Júlio Cesar "Uri Geller" e Leônidas.

domingo, 5 de agosto de 2012

Taça Guanabara de 1995

100 Anos de Futebol do Flamengo: Grandes Conquistas

"A pressão sobre o time diminuiu um pouco depois que ele conseguiu conquistar a Taça Guanabara, num confronto inesquecível frente ao Botafogo. Romário fez dois gols, abrindo 2 a 0 no primeiro tempo. O Botafogo reagiu no segundo tempo e empatou. Então, a pouco menos de quinze minutos do fim do jogo, o zagueiro botafoguense Márcio Theodoro errou na tentativa de recuar a bola de cabeça para o goleiro Wagner e deixou Romário cara a cara. Ele, certeiro como de costume, não desperdiçou a oportunidade. Flamengo 3 a 2, campeão da Taça Guanabara de 1995. E a torcida do Flamengo, com a criatividade que lhe é peculiar, logo entoou o coro: “Márcio te adoro! Márcio te adoro.” (A NAÇÃO, pg. 175)

O time campeão: Roger, Marcos Adriano, Gélson, Jorge Luís e Branco; Fabinho, Charles Guerreiro e Marquinhos; Mazinho Oliveira, Romário e Sávio. O time tinha ainda Válber na reserva da zaga e o meia Willian. O técnico era Vanderlei Luxemburgo.  

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Copa Mercosul de 1999

100 Anos de Futebol do Flamengo: Grandes Conquistas

"A Mercosul era restrita a equipes do Brasil, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e do Chile. A edição daquele ano parecia estar caprichosamente reservada para o Flamengo. A campanha rubro-negra foi majestosa. Na primeira fase, venceu o Olímpia no Maracanã e depois perdeu em Assunção; goleou o Colo-Colo por 4 a 0 em Santiago e depois empatou no Maracanã; e ainda perdeu para o Universidad do Chile por 2 a 0 em Santiago. O time chegou à última rodada, para enfrentar “La U” no Maracanã, precisando vencer por quatro gols para ir adiante. Venceu por 7 a 0, com quatro gols de Romário! Nas quartas de final, enfrentou o Independiente, da Argentina. Empatou em Avellaneda e meteu 4 a 0 no Maracanã, com mais uma atuação inesquecível, a terceira goleada durante aquela campanha vitoriosa. Na semifinal, o adversário foi o Peñarol: 3 a 0 no Maracanã na primeira partida bastou para que o rubro-negro administrasse o resultado em Montevidéu e se classificasse para a final, depois de um fim de jogo com uma pancadaria generalizada envolvendo rubro-negros e uruguaios. Na final, o Flamengo venceu a forte equipe do Palmeiras, que no primeiro semestre havia sido seu algoz ao eliminar o rubro-negro carioca da Copa do Brasil. O Palmeiras jogou com o paraguaio Arce, o meia Alex, o zagueiro Júnior Baiano, o atacante Paulo Nunes e era dirigido pelo técnico Luís Felipe Scolari. No primeiro jogo, vitória por 4 a 3 do Flamengo no Maracanã, graças a um gol de Reinaldo aos 39 minutos do segundo tempo. Em São Paulo, jogando no Parque Antarctica, o Mengão empatou por 3 a 3, graças a um gol do meia Lê aos 38 minutos do segundo tempo, e levantou assim, depois de dezoito anos, um troféu sul-americano de novo". (A NAÇÃO, pg. 209)

Time Campeão da Mercosul: Clemer, Maurinho, Juan, Célio Silva e Athirson; Leandro Ávila, Marcelo Rosa, Fábio Baiano e Leonardo Inácio; Leandro Machado (Caio) e Romário. Técnico: Carlinhos.


Campanha:
27/07/99 - 2 x 1 Olimpia (PAR) - Romário (2) - Maracanã
04/08/99 - 4 x 0 Colo-Colo (CHL) - Rodrigo Mendes (2), Romário e Fabio Baiano - Est. Monumental, Santiago
26/08/99 - 0 x 2 Universidad do Chile (CHL) - Est. Nacional, Santiago
08/09/99 - 1 x 3 Olimpia (PAR) - Leonardo Inácio - Defensores del Chaco, Assunção
21/09/99 - 2 x 2 Colo-Colo (CHL) - Caio e Marco Antonio - Maracanã
07/10/99 - 7 x 0 Universidad do Chile (CHL) - Romário (4), Caio, Marco Antonio e Rodrigo Mendes - Maracanã
02/11/99 - 1 x 1 Independiente (ARG) - Fabio Baiano - Avellaneda, Buenos Aires
05/11/99 - 4 x 0 Independiente (ARG) - Leandro Machado (2), Fabio Baiano e Romário - Maracanã
25/11/99 - 3 x 0 Peñarol (URU) - Leandro Machado, Maurinho e Lê - Maracanã
09/12/99 - 2 x 3 Peñarol (URU) - Athirson e Reinaldo - Est. Centenário, Montevidéu
16/12/99 - 4 x 3 Palmeiras - Caio (2), Juan e Reinaldo - Maracanã
20/12/99 - 3 x 3 Palmeiras - Caio, Rodrigo Mendes e Lê - Parque Antarctica



Ficha Técnica: Campeão da Copa Mercosul 1999


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Copa São Paulo Sub 20 de 2011

100 Anos de Futebol do Flamengo: Grandes Conquistas

Em 2011 o Flamengo voltou a levantar o título da Taça São Paulo de Juniores, que conquistara pela primeira vez em 1990.

A campanha na 1ª Fase começou com um empate em 0 x 0 contra o Mogi-Mirim, de São Paulo. Este, porém, foi o último jogo em que o time enfrentou dificuldade naquela fase inicial. Nas duas rodadas seguintes, o time rubro-negro goleou por 7 x 1 ao Gurupi, do Tocantins, e confirmou sua classificação com uma vitória por 3 x 0 sobre o São José, de São Paulo. Na 2ª Fase, a equipe empatou em 2 x 2 com o Cruzeiro, batendo o adversário nos pênaltis por 5 x 3. Vaga garantida nas Oitavas de Final, fase na qual o time venceu por 1 x 0 ao São Paulo. A atuação mais contundente, entretanto, veio nas Quartas de Final, com uma goleada sobre o Coritiba por 6 x 2, com três gols do centroavante Lucas e dois do meia Adryan. Na Semi-Final, a parada foi muito mais dura, tendo havido um empate por 0 x 0 contra o Desportivo Brasil, clube de empresários de São Paulo, de propriedade da empresa de marketing esportivo Traffic, e que servia de plataforma para o cadastro de jogadores ligados a fundos de investimento que eram emprestados. Nos pênaltis, o time rubro-negro não teve dificuldades, vencendo por 3 x 0, e avançando para mais uma vez jogar uma Final da mais antiga e tradicional competição sub-20 do futebol brasileiro. O título veio com uma vitória por 2 x 1 sobre o Bahia.

Time Campeão: César, Alex, Marllon, Frauches e Anderson, Luis Philipe Muralha, Lorran e Adryan, Rafinha, Guilherme Negueba e Lucas. Com Thomás tendo sido bastante usado também.


COPA SÃO PAULO DE 2011
FINAL: Flamengo 2 x 1 Bahia (BA)
Local: Pacaembu
Gols: Frauches (7'1T), Rafael (30'1T) e Negueba (22'2T)

Flamengo: César; Alex, Marllon, Frauches e Anderson; Muralha, Lorran e Adryan (Pedrinho); Rafinha (China), Negueba e Lucas (Thomás). Téc: Paulo Henrique
Bahia: Renan; João Marcos (Valson), Eduardo, Everton e Laércio; Anderson, Fernando (Joeliton), Brendon (Rodrigo) e Felipe; Fábio e Rafael. Téc: Laelson Lopes


Diferentemente da geração que conquistou pela primeira a Copa São Paulo para o Flamengo em 1990, quando vários jogadores estouraram rápido no profissional, tendo participado ativamente das campanhas que culminaram nos títulos de Campeão Carioca de 1991 e Campeão Brasileiro de 1992, esta geração não teve o mesmo aproveitamento no profissional.

O goleiro César foi o terceiro goleiro do elenco até 2015, chegando a disputar 25 partidas com a camisa rubro-negra nessa passagem e depois tendo sido emprestado, primeiro para a Ponte Preta, durante o Campeonato Brasileiro de 2016, onde não conseguiu ser titular, e depois para a Ferroviária de Araraquara, por quem disputou o Campeonato Paulista de 2017, após o qual voltou ao Flamengo para passar a ser o reserva imediato, tendo feito parte da histórica campanha do título da Libertadores de 2019. Já os laterais, os irmãos Alex Santos e Anderson Santos, foram vendidos para o Vitesse, da Holanda, no mesmo ano de 2011; em 2014 estiveram ambos, juntos, emprestados pelos holandeses ao Botafogo, onde também não conseguiram espaço. Daí em diante migraram por diversos times de pequena expressão do futebol brasileiro. Alex jogou no Tombense no Campeonato Mineiro de 2015, no Tigres do Brasil na Série B do Campeonato Carioca de 2016, e depois defendeu ao Atlético Tubarão, de Santa Catarina, e ao Itumbiara, de Goiás. Anderson passou por Tombense (MG), Sampaio Correa (MA), Portuguesa de Desportos (SP), Caldense (MG), Tupynambás (MG), XV de Piracicaba (SP) e Cianorte (PR).

A dupla de zaga era formada por Marllon e Frauches. Marllon jogou poucas vezes no profissional (foram  só17 jogos) tendo depois jogado em diversos clubes pequenos, no futebol carioca (Duque de Caxias e Boavista) e no futebol paulista (Rio Claro e Capivariano), passando depois por Atlético Goianiense, Cianorte e Ponte Preta. Em 2018 foi contratado pelo Corinthians, onde jogou 16 partidas sem ter se firmado. Em 2019 acabou emprestado ao Bahia. Frauches - jogador que era titular da Seleção Brasileira sub-20 - no profissional do Flamengo entrou em campo 27 vezes. Depois disto, em 2016, migrou para o futebol da Tailândia, onde defendeu ao Army United e ao Navy.

Na proteção à zaga, o cabeça de área Lorran não vingou no profissional, tendo a partir de então migrado como nômade pelo futebol brasileiro: Audax Osasco (SP), Madureira (RJ), Tupi (MG), Rio Branco (PR), Bangu (RJ), depois indo para o Al Tadhamon, dos Emirados Árabes; jogou o Campeonato Gaúcho de 2019 pelo São Paulo, da cidade de Rio Grande.

Outro que não teve chances no profissional da Gávea foi o centroavante Lucas, que em 2014 migrou para o futebol português, mas sem ter tido sucesso, voltou ao Brasil para jogar o Campeonato Carioca de 2015 pelo Bangu e o de 2016 pelo Macaé. Em 2017, aos 25 anos, chegou a anunciar aposentadoria. Ficou 2 anos longe do futebol, e em 2019 voltou para defender ao Itumbiara no Campeonato Goiano.

Fechando a equipe, o quarteto que mais oportunidades conseguiu na Gávea: o volante Luiz Philipe Muralha, o meia Adryan, e os pontas Rafinha e Negueba.

Muralha entrou em campo 68 vezes com a camisa rubro-negra entre 2011 e 2014, tendo depois sido emprestado para Bragantino, em 2015, e Luverdense, do Mato Grosso, por quem jogou a Série B do Campeonato Brasileiro de 2015 e de 2016, e posteriormente foi vendido ao Pohang Steelers, da Coréia do Sul, país onde também defendeu ao Seongnam; depois foi para o Al Hazm, da Arábia Saudita.

O meia Adryan entrou em campo 48 vezes entre 2011 e 2013, marcando 3 gols, passando em seguida, por empréstimo, por Cagliari, da Itália, Leeds United, da Inglaterra, e Nantes, da França. Voltou ao Flamengo em 2016, mas foi pouquíssimas vezes aproveitado (apenas outros 9 jogos, sem ter feito gols). Em 2017 foi para o Sion, da Suíça, e em 2020 voltou ao Brasil para jogar pelo Avaí.

Já o arisco Guilherme Negueba, deste time, foi quem mais vezes vestiu o manto rubro-negro, entrando em campo 90 vezes com a camisa do Flamengo entre 2011 e 2014, tendo marcado 6 gols. Em 2013 esteve emprestado ao São Paulo e depois passou por Coritiba (2015) e Grêmio (2016). Ainda passou por Atlético Goianiense e Londrina, e em 2018 foi jogar no Gyeongnam, da Coréia do Sul.

As maiores expectativas mesmo estiveram em torno do ponta-direita Rafinha, que explodiu como revelação no Campeonato Carioca de 2013, tendo jogado 44 jogos e feiro 3 gols durante aquele ano. Mas não tardou em cair de produção. Acabou emprestado, jogando por Bahia (2014) e Atlético Goianiense, e passando depois pelo futebol da Coréia do Sul e da Tailândia, onde defendeu ao Thai Honda. Depois passou pelo Avaí e foi para o Cafetaleros de Tapachula, da 2ª Divisão do México.