100 Anos de Futebol do Flamengo
Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.
Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.
Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.
Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.
Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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Casas rivais: General Severiano, Laranjeiras, São Januário, Caio Martins e Engenhão
"Apesar da ainda pequena popularidade deste esporte, já nos primórdios, era o Flamengo o clube a conseguir aglomerar mais gente para ver um jogo de futebol. A partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 30 de maio de 1915, em General Severiano, levou cerca de 15 mil expectadores ao estádio, um recorde para aqueles tempos, numa época em que a população do Rio de Janeiro ainda era de pouco menos de 1,5 milhão de habitantes. O Flamengo vinha de duas vitórias consecutivas por 5 a 0 sobre Fluminense e São Cristóvão, deixando sua torcida empolgada. E venceu mais uma, por 2 a 1. Começava a florescer a popularidade do vermelho e preto". (A NAÇÃO, pg. 32)
Casas rivais: General Severiano, Laranjeiras, São Januário, Caio Martins e Engenhão
"Apesar da ainda pequena popularidade deste esporte, já nos primórdios, era o Flamengo o clube a conseguir aglomerar mais gente para ver um jogo de futebol. A partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 30 de maio de 1915, em General Severiano, levou cerca de 15 mil expectadores ao estádio, um recorde para aqueles tempos, numa época em que a população do Rio de Janeiro ainda era de pouco menos de 1,5 milhão de habitantes. O Flamengo vinha de duas vitórias consecutivas por 5 a 0 sobre Fluminense e São Cristóvão, deixando sua torcida empolgada. E venceu mais uma, por 2 a 1. Começava a florescer a popularidade do vermelho e preto". (A NAÇÃO, pg. 32)
"O Flamengo carecia, com urgência, de um estádio. De 1912 a 1915, mandava seus jogos no campo do Botafogo, em General Severiano. De 1916 a 1932, passou a mandá-los em seu próprio campo, na rua Paissandu, no bairro do Flamengo, em um terreno pertencente à família Guinle, a mesma que era dona do Copacabana Palace. Ao fim de 1932, os proprietários solicitaram o terreno, e o Flamengo voltou a ficar sem casa. Foi então que se conseguiu o terreno na Gávea, onde começou a construção do novo estádio. Entre 1933 a 1938, antes da conclusão da obra, o Flamengo teve que mandar seus jogos no campo do Fluminense, nas Laranjeiras, que ficava em frente – literalmente do outro lado da rua – ao campo da rua Paissandu.". (A NAÇÃO, pg. 49)
"Os clubes que disputaram os primeiros torneios se dividiam entre o norte e o sul da cidade. Entre os times da Zona Sul estavam o Fluminense e o Botafogo, pioneiros do futebol carioca, o próprio Flamengo e seu vizinho de bairro, o Paysandu – da colônia inglesa – e o Carioca, do Jardim Botânico. Os jogos destes times eram mandados nas Laranjeiras, campo do Fluminense, ou em General Severiano, do Botafogo. Foi neste último que o rubro-negro jogou suas primeiras partidas como mandante". (A NAÇÃO, pg. 34)
"Nos anos de 1910, foi um Flamengo e Botafogo que lotou General Severiano e mostrou, pela primeira vez, que o futebol estava superando o remo no gosto e no conceito popular. Nos anos de 1920, um Flamengo x Vasco superlotou as Laranjeiras de uma forma que não havia acontecido nem na final do Sul-Americano para a gente ver a conquista da seleção brasileira. Ao final dos anos 40, foi um jogo do Flamengo em São Januário, contra o Southampton, que marcou o recorde de público em jogos de futebol na era pré-Maracanã". (A NAÇÃO, pg. 76)
"Até 1932, o Flamengo havia enfrentado adversários estrangeiros só cinco vezes (três jogos nas Laranjeiras, um em São Januário e um na rua Paissandu): uma vitória (sobre o Peñarol), um empate (com o Barracas, da Argentina) e três derrotas (duas vezes para o Universal e uma para o Montevidéu Wanderers, ambos do Uruguai)". (A NAÇÃO, pg. 45)
"Foi igualmente em 1948 que o Flamengo enfrentou pela primeira vez um clube europeu. O Southampton, da Inglaterra, veio em excursão ao Brasil. A partida contra o Flamengo foi em 6 de junho de 1948, em São Januário, e juntou, segundo estimativa da Polícia Militar feita à época, 40 mil pessoas no estádio do Vasco (que tem capacidade oficial para 35 mil). Foi o acontecimento do ano. O Flamengo perdeu por 3 a 1, mas a torcida saiu satisfeita, dizendo que o Mengo havia conseguido jogar de igual para igual contra os ingleses, inventores do futebol". (A NAÇÃO, pgs. 66-67)
"Esta era de tantas glórias cariocas terminou no final do primeiro semestre de 1992, com a final do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo – campeonato no qual o Vasco ainda terminou em terceiro lugar. Neste jogo, por alguns segundos, o Gigante ficou mudo, em silêncio absoluto: minutos antes de começar a partida, a plateia assustada viu parte da grade da arquibancada despencar, um episódio no qual morreram três torcedores e cerca de noventa saíram com ferimentos. Esta tragédia forçou o fechamento do estádio por seis meses. Os jogos do Campeonato Carioca de 1992 foram disputados em São Januário, estádio do Vasco. Depois de reaberto, o estádio teve uma significativa redução em sua capacidade, e o menor poder de faturamento através da arrecadação junto ao público pagante mexeu com as finanças dos clubes cariocas". (A NAÇÃO, pg. 149)
"Antes da inauguração do Maracanã, o Flamengo também usou muitas vezes o São Januário. De 1938 e 1950, jogou 66 vezes por lá em partidas contra outros adversários que não o Vasco, que era proprietário do estádio, e, obviamente, lá mandava seus jogos". (A NAÇÃO, pg. 201)
"Para fugir deste ônus, a primeira alternativa tentada no período posterior à inauguração do Maracanã foi com a utilização do estádio Caio Martins – pertencente à prefeitura de Niterói, com capacidade para 12 mil pessoas, e que, nos anos 90, foi concedido ao Botafogo. Entre 1985 e 1994, a equipe rubro-negra atuou 42 vezes nele como mandante". (A NAÇÃO, pg. 201)
Em Campeonatos Brasileiro foram alguns poucos jogos em Caio Martins, incluindo um duelo contra o Santos em 1991 e um contra o Corinthians em 1993. O estádio era mais utilizado para jogos contra os pequenos do Campeonato Carioca.
Estádio de Caio Martins, pertencente à Prefeitura de Niterói, foi o estádio do Canto do Rio até 1963, depois foi cedido ao Botafogo na década de 1990. Tinha capacidade para 12 mil torcedores
A última casa rival utilizada foi o Engenhão, estádio construídopelo poder público para os Jogos Pan-Americanos de 2007, e que o Botafogo ganhou concessão para utilização por 20 anos.
Estádio joão Havenlange, o Engenhão, no bairro do Engenho de Dentro, no Rio
Capacidade para 45 mil torcedores
A relação do Flamengo com o Engenhão começou avassalora: nos 23 primeiros jogos no estádio, entre 2008 e 2011, foram 15 vitórias, 7 empates e só 1 derrota. Depois uma sequência de 6 jogos sem vencer no estádio (5 empates e 1 derrota) e 6 vitórias consecutivas. Até o fim de 2011, eram 24 vitórias no Engenhão, 18 empates e apenas 5 derrotas, em 47 duelos.
Saudades de ver o Flamengo e o meu America RJ no Caio Martins!
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