"O Flamengo em 1964 havia contratado, ao Juventus da rua Javari, de São Paulo, o jovem zagueiro Ditão. Ele era irmão de outro zagueiro que vinha se destacando em São Paulo, só que pela Portuguesa de Desportos, mas que também havia iniciado sua carreira no Juventus. Dele, o irmão mais novo herdou o mesmo apelido. Geraldo Freitas Nascimento, nascido em 1938, era o Ditão da Portuguesa, contratado em 1966 pelo Corinthians. Gilberto Freitas Nascimento, nascido em 1942, era o irmão mais novo, o Ditão zagueiro do Flamengo. Pois bem, em 1966, nos preparativos para a Copa do Mundo, o técnico Vicente Feola convocou Ditão, já do Corinthians, para a seleção. Só que na hora de divulgar os chamados por Feola, anunciou-se o Gilberto e não o Geraldo. No dia da apresentação, já no aeroporto, chegou o Ditão do Flamengo, só então se percebendo a confusão. A CBD (Confederação Brasileira de Desportos) reconheceu o erro, mas não quis desfazer a troca; quem viajou para a Europa com a seleção brasileira foi o Ditão do Flamengo e não o do Corinthians, para a indignação paulistana". (A NAÇÃO, pg. 92)
Errata: diferentemente do que foi publicado na 1ª edição do livro A NAÇÃO, o zagueiro Ditão não foi contratado pelo Flamengo junto ao Juventus da Rua Javari, mas sim junto ao XV de Piracicaba. O zagueiro Ditão que defendeu o Juventus foi o pai deles. Dos irmãos também conhecidos como Ditão, assim como o pai, um defendeu XV, Flamengo e Cruzeiro, e o outro defendeu Portuguesa de Desportos e Corinthians. O outro irmão, conhecido como Flávio, ou algumas vezes Flávio de Freitas, também foi zagueiro, como o pai e os dois irmãos, tendo jogado por Saad, Bragantino e Santo André. O quarto irmão foi jogador de basquete, Adilson, tendo defendido a Seleção Brasileira durante os anos 1970.
Abaixo, matéria sobre os irmãos no blog Tardes de Pacaembu
(https://tardesdepacaembu.wordpress.com/2016/01/14/ditao-os-zagueiros-da-familia-freitas-nascimento/)
Eles eram os quatro irmãos da família Freitas Nascimento. Três jogaram futebol e um jogou basquete.
Os três do futebol atuaram como zagueiro central, talvez levados pelo exemplo do pai, Benedito Freitas Nascimento, que durante mais de uma década defendeu o C.A Juventus nessa posição.
Dos três, dois carregaram o apelido do pai, “Ditão”, sem saber explicar direito como foram parar no miolo da área. Na várzea, os irmãos jogaram como laterais, meio campistas e até como atacantes.
Matéria da Revista Placar
Adilson também treinou no juvenil do C.A Juventus como meia direita, mas em razão dos estudos foi parar no time de basquete do colégio e não voltou mais aos gramados.
Além dos quatro irmãos, lembramos de Maria Elisa, a irmã mais jovem que jogou vôlei. Em entrevista concedida para a revista Placar, o patriarca da família Ditão tentava resolver o mistério do surgimento da zagueirada:
– Eu ia assistir os meninos treinarem e ficava no alambrado orientando: Cai aqui, cobre ali, antecipa agora… E eles foram pegando o jeito da marcação… Com o tamanho deles é até natural que sejam zagueiros né ?
Ditão & Ditão
Gilberto de Freitas Nascimento, o Ditão, nasceu em São Paulo (SP), no dia 29 de janeiro de 1942. Criado no bairro do Belém, também iniciou sua trajetória no C.A Juventus antes de despontar na cidade de Piracicaba.
Depois de boas temporadas no XV de Novembro de Piracicaba, seu passe foi comprado pelo Flamengo por 15 milhões de cruzeiros, em 26 de janeiro de 1964.
Seu grande momento jogando pelo Rubro-Negro aconteceu na conquista do campeonato carioca de 1965. Ditão também participou do elenco que perdeu o campeonato de 1966 para o Bangu.
Ditão & Ditão
Apesar de ter participado da preparação para o mundial de 1966, essa honraria não deveria ter sido sua.
Seu irmão, Geraldo Freitas Nascimento, também conhecido como Ditão e que na época já defendia o Corinthians, seria o verdadeiro convocado para esses compromissos de preparação da Seleção Brasileira.
No entanto, os nomes foram trocados por engano na secretaria da CBD, que não se preocupou em desfazer o vergonhoso mal-entendido: Erro cometido, erro mantido!
Pelo time da Gávea foram 184 participações com 2 gols marcados até o ano de 1968, quando deixou o futebol carioca.
Depois do Flamengo, Ditão defendeu o Cruzeiro e no início dos anos setenta foi parar no futebol alagoano jogando pelo CSA.
Ao contrário de Ditão do Corinthians, Gilberto sempre teve um temperamento exaltado. Nunca gostou de levar desaforos para casa.
Ditão & Ditão
Em sua passagem pelo Cruzeiro de Belo Horizonte, Ditão foi vítima de um atentado contra sua vida, sendo alvejado por 5 disparos de arma de fogo pelo pai de sua namorada, que não aceitava o namoro.
Felizmente, Ditão se recuperou e continuou normalmente com sua carreira.
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