quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Basquete Histórico: virada épica do Flamengo sobre o Peñarol de Mar del Plata em 2012


Momento relembrado pelos sites Garrafão Rubro-Negro e Ninho da Nação, cujos textos se mesclam abaixo:

No Final Four da Liga Sul-Americana 2012, o Flamengo conseguiu uma virada épica na Argentina. Foi Épico! Só essa palavra para descrever o que foi a reação do Flamengo na abertura do Final Four em Corrientes, na Argentina. Depois de perder o primeiro tempo por 20 pontos, a equipe rubro-negra mostrou poder de reação, empatou a partida e conseguiu virar o jogo nos segundos finais. O primeiro tempo foi um show do time argentino, liderado por Facundo Campazzo e Marcos Mata souberam fazer a diferença no ataque e na defesa. E o Flamengo só acordou para a partida no segundo tempo e uma reação na base da raça e entrega defensiva em quadra. E contou com as excelentes atuações de Olivinha e Marquinhos para vencer a partida por 79 x 78.

Em 5 de dezembro de 2012, o Flamengo enfrentava o tradicional Peñarol da Argentina, pelo Final Four da Liga Sul-Americana. Naquele jogo, o adversário chegou a abrir 26 pontos, cuja diferença foi reduzida a 20 no intervalo: 49 x 29. E teve outro ingrediente sensacional: a equipe Rubro-Negra simplesmente não acertou nenhuma bola de três nesse jogo: foram 15 chutes e 15 erros.

Foi uma vitória construída no garrafão, com a força de Caio Torres, tijolo a tijolo, mas também da dupla que ontem fez histórica no Maracanãzinho: Olivinha anotou 23 pontos e 15 rebotes e Marquinhos fez 19 pontos e 7 rebotes. David Teague, jogador norte-americano que teve passagem pela Gávea, foi o destaque do Peñarol com 18 pontos. Marcos Mata pegou 7 rebotes e Facundo Campazzo deu 9 assistências.

O primeiro quarto resumiu muito bem o que representava na época a diferença entre o basquete brasileiro e o argentino. A consistência defensiva do Peñarol no primeiro quarto acabou fazendo grande diferença no placar da partida, além de apresentar um equilíbrio ofensivo com as jogadas tramadas por Facundo Campazzo e Marcos Mata. E o Flamengo só teve um certo equilíbrio dentro da partida nos quatro minutos iniciais, com os arremessos de Marquinhos, mas depois disso o time acabou se precipitando ofensivamente e teve a limitação de não contar com Caio Torres que ficou pendurado com 3 faltas pessoais somente no quarto inicial da partida. E para piorar o desempenho rubro-negro no quarto, nos segundos finais, o time acabou levando uma bela cesta de três de David Teague no estouro do cronometro: 29 x 17.

E o Peñarol começou o segundo quarto como terminou o primeiro quarto, com uma outra cesta de três de David Teague. E o Flamengo não conseguia encontrar uma forma de sair da defesa imposta pelo time argentino. Com ataque inoperante em praticamente todo período, o Flamengo viu o Peñarol se distanciar cada vez mais no placar, inclusive no momento que o time argentino estava com seus jogadores reservas em quadra. Na metade do quarto, a vantagem do time argentino estava em 20 pontos: 40 x 20. E para a sorte rubro-negra, Olivinha acertou uma cesta nos segundos finais do primeiro tempo e a vantagem argentina permaneceu em 20 pontos, tudo graças a uma palavra – intensidade: 49 x 29.

O Flamengo no terceiro quarto mostrou que queria a vitória na partida de abertura do Final Four. E melhorou sua defesa e contou com o bom quarto de Olivinha e Marquinhos, conseguindo cortar a diferença do Peñarol no decorrer do quarto. O nome do time argentino no terceiro período foi Facundo Campazzo, que com bolas de três acabou ajudando a sua equipe a se manter na liderança com uma diferença de 10 pontos no placar: 66 x 56.

No último quarto, o Flamengo fez história na Liga Sul-Americana. Uma reação defensiva e sabendo dosar bem seu ataque (ressaltando que o time rubro-negro não acertou nenhuma cesta de três em toda a partida). A vantagem despencou para dez pontos no último quarto. No período derradeiro, o psicológico argentino, tão elogiado, sucumbiu à raça do Flamengo, até Léo Gutierrez perdeu lance livre.

Caio Torres vs Marcos Mata

E essa reação do Flamengo no último quarto tem um nome em especial, Caio Torres, o pivô fez a diferença no garrafão e ajudou o time rubro-negro no ataque. E o Peñarol, atônito dentro de quadra, errou lances-livres com os experientes Facundo Campazzo e Léo Gutierrez. E o Flamengo confirmou uma vitória épica no Final Four da Liga Sul-Americana. Placar final: 79 x 78.

O Flamengo ainda venceria outro time argentino, o Regatas Corrientes, mas perderia o título para o Brasília. Foi à Argentina, conseguiu o mais difícil, que foi superar aos dois times argentinos que enfrentou, mas não voltou campeão. Uma pena!

A 1ª rodada do Quadrangular Final terminou com a vitória rubro-negra (79-78) e com o Regatas Corrientes vencendo por 74 x 61 ao UniCeub Brasília. Na 2ª rodada, no dia seguinte, um resultado que viria a ser determinate para a definição do título, o UniCeub Brasília superou ao Flamengo por 85 x 74. No outro jogo, o anfitrião Regatas venceu ao Peñarol por 65 x 58, passando a ser o único com duas vitórias em dois jogos. Na última rodada, no dia 6, o UniCeub Brasília venceu ao Peñarol por 87 x 77. O tri-campeão argentino, Peñarol, parece ter sucumbido emocionalmente à virada sofrida para o Flamengo, e não venceu nenhum jogo. Com a vitória brasilense, uma vitória rubro-negra geraria um tríplice empate, valendo como critério de desempate o saldo de cestas apenas dos confrontos entre os três empatados. O Brasília venceu ao Flamengo por 11 pontos de vantagem, e perdeu do Regatas por 13 pontos (tinha portanto um saldo de -2). O Regatas só ficaria atrás dos brasilienses se perdessem para o time rubro-negro por 16 pontos de diferença, porém, uma vitória do Flamengo por essa diferença seria suficiente para dar-lhe o título. Logo, o UniCeub Brasília não tinha mais chances matemáticas de ser campeão. Como o Flamengo havia perdido para o Brasília por 11 pontos, e este por sua vez tinha vencido ao UniCeub por 13, o time rubro-negro tinha que reverter uma desvantagem de 24 pontos de saldo. Como era um confronto direto, só uma vitória rubro-negra por 13 pontos de vantagem contra os donos da casa lhe daria o título. O Flamengo venceu ao Regatas por 82 x 81, e o título ficou na Argentina.


Ficha Técnica do Jogo:
05/12/2012 - FLAMENGO 79 x 78 PEÑAROL DE MAR DEL PLATA (Argentina)
Local: Gimnásio José Jorge Conte, Corrientes, Argentina
Parciais: 17 x 29 / 12 x 20 (29 x 49) / 27 x 17 (56 x 66) / 23 x 12 (79 x 78)
Flamengo: Kojo Mensah (6), Vítor Benite (9), Marquinhos Souza (19), Alexandre Olivinha (23) e Caio Torres (18). Téc: José Neto. Banco: Gegê (0), Duda Machado (2) e Shilton (2).
Peñarol: Facundo Campazzo (16), David Teague (18), Marcos Mata (9), Léo Gutiérrez (14) e Thomas Terrell (13). Téc: Sérgio "Oveja" Hernández. Banco: Lisandro Rasio (2), Selem Safar (4), Matías Ibarra (0) e Martin Leiva (2).


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