quinta-feira, 24 de junho de 2021

Hall da Fama do C.R. Flamengo: NEWTON CANEGAL


CANEGAL: o Parceiro do Divino

Carreira: 1936-38 Portuguesa (RJ); 1938-39 Bonsucesso (RJ); 1939-1952 Flamengo

"O grande defensor da história rubro-negra foi Domingos da Guia, dono absoluto da área do Flamengo entre 1936 e 1943. Seu grande companheiro de zaga foi Newton Canegal, titular entre 1941 e 1949. Esta era a dupla de zaga do primeiro tri: clássica, fria, com toque de bola refinado e elegância". (A NAÇÃO, pg. 255)

Pelo Flamengo fez 389 jogos e marcou 1 gol.


Abaixo, texto sobre a carreira do jogador extraído do site "Heróis do Mengão":

Newton foi um zagueiro que conquistou um total de 16 títulos pelo clube, sendo os mais importantes o Campeonato Carioca de 1939 e o Tricampeonato Carioca de 1942/43/44, quando formou com Jurandir e Domingos da Guia uma das melhores zagas da história do clube. Participou também da campanha do Torneio Rio-São Paulo de 1940, título que o clube luta atualmente pelo reconhecimento da CBF. Disputou 389 jogos pelo clube e fez apenas um gol, na goleada de 6 x 1 sobre o São Cristóvão, em 21 de outubro de 1945. Além disso, foi técnico das categorias de base e comandou o time principal em 8 partidas.

Newton Canegal nasceu no Rio de Janeiro em 1917. Iniciou no futebol jogando pelo Tijuca, um clube de estudantes. No ano de 1936 jogou pela Portuguesa, de onde saiu em 1938 para o Bonsucesso. Vem para o Flamengo, em 1939, contratado a pedido de Flávio Costa, e fica no clube até 1952, ano em que se aposenta do futebol.

Na época de sua contratação, o clube vivia um jejum de títulos cariocas, e Newton foi contratado graças à nova política do presidente José Bastos Padilha de abrir as portas do clube a jogadores negros. Assim, jogadores como Domingos da Guia, Médio, Jarbas, Fausto, Leônidas e o próprio Newton são contratados. Com um time mais forte e dirigido pela primeira vez pelo técnico Flávio Costa, o Flamengo foi Campeão Carioca com uma rodada de antecedência, no que se tornou o primeiro título levantado no estádio da Gávea.

Quando Flávio Costa pediu a sua contratação junto ao Bonsucesso, considerava o único zagueiro no futebol carioca com características de complementar a Domingos da Guia. Ele foi o grande parceiro do "Divino Mestre" na proteção à área de 1939 a 1943. E quando Domingos da Guia saiu para o Corinthians, Newton passou a ser o seu substituto como referência na zaga, papel que fez sem comprometer, passando a ter Quirino como companheiro de zaga na campanha do Tri-Carioca em 1944.

As boas atuações com o Manto Sagrado levaram Newton até a Seleção Brasileira, disputando o Campeonato Sul-Americano de 1945 e 1946, e conquistando a Copa Roca em 1945.

Assim que deixou o futebol, Newton começou a treinar os juvenis e auxiliar o treinador Flávio Costa no time profissional. Em 1965, dirigiu durante um mês e meio a equipe principal, de 25 de julho até 18 de agosto de 1965, antes da chegada do treinador argentino Armando Renganeschi, que viria a ser o técnico campeão naquele ano. De 28 de maio até 10 de junho de 1971, tem nova oportunidade no comando do time principal, sendo nessa passagem técnico junto com Modesto Bria. Apesar das duas oportunidades, Newton Canegal dizia que sua preferência era ser assistente, auxiliando o técnico. No total de suas passagens como técnico, foram 8 jogos, sendo 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota.

Newton morreu em 2003 de insuficiência cardíaca aos 85 anos. Ele lutava contra o Mal de Parkinson e deixou quatro filhos.


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