domingo, 25 de julho de 2021

Hall da Fama do C.R. Flamengo: FLÁVIO COSTA


FLÁVIO COSTA: Estrategista e Disciplinador

Carreira como jogador: 1924-1925 Helênico (RJ); e 1926-1936 Flamengo

Carreira como técnico: 1934-1937 Flamengo; 1937 Portuguesa (RJ); 1938 Santos (SP); 1938-1946 Flamengo; 1945-1950 Seleção Brasileira; 1947-1950 Vasco; 1951-1952 Flamengo; 1953-1956 Vasco; 1955-1956 Seleção Brasileira; 1956-57 Porto (Portugal); 1957-1958 Portuguesa de Desportos (SP); 1959-1960 Colo Colo (Chile); 1960-1961 São Paulo; 1962-1965 Flamengo; 1965-66 Porto (Portugal); e 1970 Bangu

Ele tinha um perfil extremamente exigente, era um rígido disciplinador, para muitos até autoritário, e tudo sempre regido por uma personalidade sempre polêmica, que nunca fugia de uma briga. Mas ao mesmo tempo foi um astuto estrategista. Insatisfeito com a diretoria do Flamengo que em 1937 decidiu o substituir pelo húngaro Izidor Kurschner, ele não deixou que o descorforto, a mágoa, e até a raiva por ter sido relegado, impedissem que ele aprendesse lições valiosas, que o fizeram ser um pioneiro no Brasil em sistemas táticos. Ele adotou o sistema tático "WM", introduzido no país pelo húngaro, e o adaptou ao estilo ao futebol brasileiro, criando a chamada "diagonal", um sistema tático que fazia com que a equipe fosse mais ofensiva por um lado e mais defensiva pelo outro. Era quase um WM em movimento. Por conta desta adaptação, há muitos registros históricos que dão a ele, Flávio Costa, e não ao húngaro Dori Kurschner, o mérito pela implementação do Sistema WM no futebol brasileiro. Mas ele foi acima de tudo um vitorioso. Entre 1939 e 1950, ele foi campeão de 7 das 12 edições do Campeonato Carioca disputadas neste período, tendo sido o treinador com mais títulos cariocas no Século XX. Foi também campeão sul-americano de 1949 com a Seleção Brasileira, e vice-campeão da Copa do Mundo em 1950, perdendo o título no Maracanã para o Uruguai.

Flávio Costa é o técnico que mais vezes comandou o Flamengo na história, estando a frente da equipe em 775 partidas, nas quais obteve 442 vitórias, 150 empates e 183 derrotas.

Flávio Costa


Abaixo, a mescla de diversos textos sobre a carreira do treinador publicados em diferentes sites:

No dia 14 de setembro de 1906 nascia na cidade de Carangola, no interior de Minas Gerais, Flávio Rodrigues Costa. Ele se mudou para o Rio de Janeiro na sua juventude para se iniciar na carreira militar, mas acabou tentando a sorte no futebol. Foi lateral-direito e meia-direita no Flamengo nos Anos 1920 e 1930, ainda que não tenha sido como jogador que deixou seu legado no esporte. Ele começou como jogador no Helênico em 1924, um clube pequeno da cidade, mas logo depois transferiu-se para o Flamengo. Fez sua estreia com a camisa rubro-negra em 14 de março de 1926, e sua última dez anos e três meses depois. Vestindo vermelho e preto, disputou 148 jogos e marcou 16 gols. Era chamado pelos companheiros de "Alicate", em razão da curvatura das pernas e do costume de aplicar carrinhos temerários nas disputas de bola. Mas foi fora das quatro linhas que brilhou. Flávio Costa já tinha tanto conhecimento prévio da organização de um time de futebol, que foi ao mesmo tempo técnico e jogador do Flamengo de 1934 a 1936. Depois disto foi só treinador, sendo um dos mais exigentes, disciplinadores e polêmicos da história do futebol brasileiro. Conhecido pela personalidade forte, tomava conta de tudo o que dizia respeito ao elenco: escalação, concentração, horários, preparo físico, uniformes, alimentação e até medicina. Os jogadores e a crônica esportiva da época brincavam que dirigir o ônibus e cozinhar eram as únicas tarefas que Flávio Costa não cumpria. E foi assim que ele se destacou no mundo da bola.

Depois de encerrar a carreira no Flamengo, ele ganhou uma chance da diretoria para tentar a sorte na carreira de treinador na Gávea, onde conquistou o sucesso à beira do gramado, sendo Campeão Carioca pelo Flamengo cinco vezes, em 1939, 1942, 1943, 1944 e 1963. Mas sua trajetória inicial como técnico não deu muito certo, e só depois de uma influência estrangeira, que sofreu de Izidor "Dori" Kurschner, ele conseguiu ser campeão e conhecer à glória. No tempo, entre 1937 e 1938, em que esteve fora do Flamengo, teve passagens rápidas como treinador da Portuguesa, da Ilha do Governador, do Rio de Janeiro, em 1937, e no futebol paulista em 1938, quando comandou o time do Santos Futebol Clube.

O húngaro Dori Kurschner chegou ao Flamengo em 1937, e foi o responsável por trazer ao Brasil o esquema tático "WM", que já vinha sendo usado há algum tempo na Europa. No Brasil, o 2-3-5 ainda era a opção tática mais usada. Na Gávea, porém, o húngaro queria a mudança para o WM. Para que o time atuasse da forma tática que ele queria, teve que colocar a Fausto, o "Maravilha Negra", mais recuado em campo, entre os zagueiros. Fausto não gostou. As críticas surgiram de todas as partes, o húngaro estava querendo ensinar futebol aos jogadores. E na voz das ruas: "onde já se viu alguém querer ensinar futebol". É dito, embora não haja provas contundentes, que Flávio Costa, destituído do posto para a chegada do treinador estrangeiro, aproveitou-se do fato dele não falar português para minar a seu trabalho. Defendeu Fausto e fez de tudo para Kurschner ir embora, o que de fato aconteceu após uma derrota para o Vasco da Gama, no Estádio da Gávea, na partida que fora a primeira disputada no estádio. 

Flávio Costa, então, voltou a assumir a função de treinador do Flamengo, mas esteve longe de jogar fora o trabalho de Kurschner. Resolveu adotar ao WM, mas de forma a adaptar o esquema ao futebol brasileiro, com a chamada diagonal, um sistema tático que fazia com que a equipe fosse mais ofensiva por um lado e mais defensiva pelo outro. Por conta desta adaptação, há muitos registros históricos que dão a ele, Flávio Costa, e não ao húngaro, o mérito pela implementação do WM no futebol brasileiro. Ademais, Flávio criou a posição do "volante" no futebol brasileiro, com as funções táticas dadas ao argentino Carlos Volante, contratado pelo Flamengo, onde foi por alguns anos o titular absoluto da posição (a ponto de seu nome ter virado sinônimo da função tática que executava). As mudanças de Flávio Costa surtiram efeito e o time do Flamengo engrenou. Entre 1939 e 1944, o time comandado por ele conquistou quatro das seis edições do Campeonato Carioca disputadas, obtendo um pequeno período de hegemonia na cidade que era então a capital federal. E assim aquele ex-sargento do exército, com fama de disciplinador e que queria ter o controle de tudo, tornou-se o primeiro grande treinador brasileiro de futebol. Essa fama de rígido e disciplinador foi crucial para que a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) o chamasse para comandar a Seleção Brasileira a partir de 1944. Com liberdade total. Na época, comentava-se muito nos jornais que o técnico tinha mais poder que muito dirigente da CBD.

Em dezembro de 1946, ele trocou o Flamengo pelo Vasco, de quem passou a receber o maior salário já pago a um treinador no Brasil até então. O Vasco tinha uma verdadeira seleção e chamou Flávio para domar a seus leões. Sua passagem a frente da equipe cruzmaltina de São Januário foi muito vitoriosa, a frente do time que ficou conhecido como o "Expresso da Vitória", sendo mais três vezes Campeão Carioca, em 1947, 1949 e 1950 (conquistando, portanto, três das quatro primeiras edições que disputou) além de haver sido o Campeão do Sul-Americano de Clubes Campeões, torneio disputado em 1948. Mas no período, o treinador se envolveu em diversas polêmicas, chegando a trocar tapas e socos com o meia Ipojucan no vestiário durante o intervalo de um jogo, já que o atacante se recusava a voltar a campo, porque segundo ele próprio estava jogando muito mal. Também ganhou as manchetes dos jornais ao partir para cima do craque Heleno de Freitas, ídolo botafoguense que teve breve passagem pelo Vasco, quando o goleador apareceu armado no clube, cabendo a Flávio Costa tirar o revólver da mão dele.

A temporada de 1949 foi a mais vitoriosa na vida de Flávio Costa. A Seleção Brasileira começou ganhando o Campeonato Sul-Americano, finalizando com uma brilhante vitória sobre os paraguaios por 7 a 0 no Estádio de São Januário. Depois o Vasco foi campeão carioca invicto. A frente da Seleção Carioca, o treinador Flávio Costa foi Campeão Brasileiro de Seleções, vencendo à Seleção Paulista na final.

Mas o que marcaria sua carreira e sua vida seria o desenrolar dos fatos no ano de 1950. E a história é contada na versão do próprio Flávio Costa: "Como treinador da seleção brasileira, minha primeira providência foi observar os nossos prováveis adversários. Para isso, fiz uma viagem à Europa, acompanhado dos radialistas Oduvaldo Cozzi, Luiz Mendes, Pedro Luiz e Gagliano Neto, e do jornalista Geraldo Romualdo da Silva. Assisti a Portugal x Espanha, em Lisboa; a Espanha x Portugal, em Madrid; e a Escócia x Inglaterra, em Glasgow. Quando voltei de minha viagem à Europa, com observador, antes da Copa, fiz um relatório ao presidente da CBD, informando que todos tinham muito medo de vir ao Brasil. Eles pensavam que veriam cobras na Avenida Rio Branco e que, em qualquer esquina, poderiam encontrar um tigre. Alertei, na ocasião, ao presidente que teríamos de fazer uma Copa do Mundo perfeita e isso realmente aconteceu. O Brasil jogou limpo, ganhou e perdeu limpo. Apesar da nossa tremenda decepção com a derrota, os uruguaios, vitoriosos, não foram hostilizados. Voltando à comissão técnica, em sua primeira reunião, uma verdadeira assembleia, fiquei sentado numa pequena mesa ao lado do Dr. Castelo Branco, presidente da comissão, com as outras pessoas colocadas à nossa frente. No início dos trabalhos o Dr. Castelo Branco perguntou a mim quando poderia dar a lista dos jogadores convocados. Esse documento sempre foi um tabu no futebol brasileiro. Meti a mão no bolso e tirei um pedaço de papel, com os nomes escolhidos. Li a relação dos 25 convocados. O comandante Martinelli, almirante e desportista do Botafogo, pediu a palavra e declarou: "Eu quero discordar de dois nomes que estão na lista e fazer uma indicação". Imediatamente retruquei que, como tinha sido pedido, anunciara a lista, que poderia merecer explicações, mas não estava sob discussão e nem para ser vetada. O comandante Martinelli não ficou satisfeito e respondeu: "Isto é uma imposição?". Novamente lembrei a todos que era um técnico diplomado que estava ocupando provisoriamente uma posição, amparado por lei, e que meu trabalho estava encerrado. Criado o impasse, o comandante Martinelli afirmou: "Minha função, como membro da comissão técnica, está acabada, porque ela não vale nada". O comandante Martinelli pediu realmente demissão na reunião seguinte.

O jornalista e desportista Mário Filho, que era meu amigo, também tinha um projeto de preparação da Seleção Brasileira, que não coincidia com o meu, que previa três meses de trabalho. Mário Filho achava que eu deveria parar tudo e começar imediatamente o que estabelecia o seu projeto, o que daria seis meses de treinamento. Ele não aceitou minha posição e saiu da comissão técnica. Eu defendia a tese de que três meses eram suficientes, para não entediar os jogadores. No meu esquema tínhamos que chegar a 80% do rendimento no começo da competição para, durante os jogos, atingirmos o ápice da preparação física, evitando o retorno. Esse programa de treinamento, que começava com um rigoroso exame médico e dentário, eliminou Rubens, que não quis se submeter a esse tratamento. Tudo foi feito no regime de rigorosa concentração, na cidade de Poços de Caldas.

Chegou a Copa do Mundo e levamos a campo um grande time. Ganhamos do México (4 a 0), da Iugoslávia (2 a 0) e empatamos com a Suíça (2 a 2). Nos classificamos para as semi-finais e vencemos a Suécia (7 a 1) e a Espanha (6 a 1). Desgraçadamente perdemos a chance de nos sagrarmos campeões mundiais, pela primeira vez, como todos esperavam, ao sermos derrotados pela seleção uruguaia na final (1 a 2), levando muita tristeza a todo o país. O Maracanã estava lotado, com mais de 200 mil pessoas que foram ver a vitória brasileira, baseadas em nossas atuações anteriores, como francos favoritos. No time uruguaio despontaram os veteranos Maspoli, Tejera, Gambetta e Obdúlio Varela, que se postaram muito bem em campo, não permitindo as ações de nossos jogadores, tornando o jogo difícil e decepcionando o grande público. No segundo tempo, logo após a saída, num ataque bem coordenado, fizemos o nosso gol, mas por falha no sistema defensivo brasileiro (Juvenal não dava a necessária cobertura a Bigode) na marcação da ala direita uruguaia, muito boa (Ghiggia e Julio Perez), num contra-ataque veloz, Ghiggia, depois de bater Bigode, correu isolado até a linha de fundo e atrasou a bola para Schiafino, que chegava pela meia-direita, batendo um chute reto, que entrou no ângulo esquerdo de Barbosa. Esse gol, que ainda não representava nossa derrota, emudeceu o público, que não estava preparado para essa surpresa. O silêncio no Maracanã foi tão assustador, que irradiou nos jogadores um complexo de culpa, tirando-lhes todo o natural espírito de reação. Os uruguaios, sentindo isso, cresceram no jogo e pressionaram. Novamente Ghiggia escapa livre, depois de bater Bigode, e a uns seis metros da baliza esquerda do gol, quase na linha de fundo, mete a bola no canto. Barbosa, que se adiantara um pouco, saltou para trás, mas a bola só chegara naquele canto porque vinha com efeito, raspou-lhe nas mãos e decretou nossa derrota. É bom lembrar que naquele tempo não havia substituições. A gritaria também foi muita no túnel, impossibilitando que minhas instruções chegassem aos jogadores. Isto me deixou bastante nervoso. Reagimos e, nos dez minutos seguintes, atacamos desordenados e perdemos duas ou três oportunidades de empatar. Nossa sorte estava selada e, para nosso desgosto, perdemos o jogo e o título com dignidade, em um campeonato que tinha tudo para ser do Brasil. Coisas do futebol... Foi o dia mais triste em toda a minha carreira de treinador de futebol. Decidimos a Copa de 50 em uma partida, mas se jogássemos dez vezes, ganharíamos nove".

No início de 1951, Flávio Costa destrocou o Vasco pelo Flamengo, regressando à Gávea, estando a frente da equipe no Torneio Rio-São Paulo e no Campeonato Carioca daquele ano e do ano seguinte. Mas a nova passagem pelo clube não o reconduziu à conquista de títulos, acabando por ser relativamente curta. No início de 1953, ele voltou a aceitar proposta do Vasco, regressando a São Januário para substituir ao demitido Gentil Cardoso. Sua saída acabou abrindo as portas no Flamengo para o início de uma nova dinastia no banco de reservas, permitindo a chegada do paraguaio Fleitas Solich, que seria o técnico rubro-negro de 1953 a 1961.

Flávio Costa ficou em sua segunda passagem pelo Vasco de 1953 a 1956. Neste período, também voltou a comandar à Seleção Brasileira em 1955 e 1956, período no qual foi o campeão da Taça Oswaldo Cruz nestes dois anos, e conquistou também o título da Taça do Atlântico em 1956. Foi então que recebeu um convite para ir trabalhar na Europa, tendo sido o técnico do Porto, em Portugal, na temporada 1956/57, terminando vice-campeão, um ponto atrás do Benfica.

Seu auge como treinador foi entre 1939 e 1950, período no qual foi campeão de 7 das 12 edições do Campeonato Carioca disputadas neste período, além de haver sido campeão do Campeonato Sul-Americano com a Seleção Brasileira em 1949, e vice-campeão da Copa do Mundo em 1950. Quando regressou de Portugal, já não estava mais em seus maiores dias. Foi técnico da Portuguesa de Desportos em 1957 e 1958, do Colo Colo, do Chile, em 1959 e 1960, e do São Paulo em 1960 e 1961. Porém, em clubes, todos os seus títulos foram conquistados ou com o Flamengo ou com o Vasco.

No início de 1962, o Corinthians contratou a Fleitas Solich, e sem treinador, o Flamengo voltou a recorrer ao velho Flávio Costa. Entre 1962 e 1965, ele viveu seu último período produtivo na Gávea. Mas o temperamento explosivo ainda seguiria levando-o a gerar confusões e descontentamentos, que custaram a saída de dois grandes nomes da história rubro-negra. No fim de 1962, o jovem promissor ponta de lança Gérson, revelada nas divisões de base rubro-negras, desentendeu-se com Flávio por discordar de ele tê-lo forçado a recuar para marcar Garrincha na partida final contra o Botafogo. A briga entre os dois acabou gerando a saída de Gérson para o Botafogo, onde foi ídolo e construiu uma grande história para o futebol brasileiro. Posteriormente a isto, o desentendimento foi com o principal ídolo da torcida rubro-negra, o já veterano Dida, que também causou sua saída da Gávea, rumo à Portuguesa de Desportos, em São Paulo.

Mas esta sua última passagem pela Gávea mostrou como o veterano treinador ainda tinha suas cartas na manga e habilidades que o faziam um técnico diferenciado. Em tempos que o Botafogo dominava no Rio de Janeiro, ele levou o Flamengo ao título de Campeão Carioca de 1963, quebrando um jejum de oito anos sem título do clube. A partida que definiu o título, um empate sem gols no Fla-Flu no Maracanã, detém o recorde mundial de público recebido num estádio de futebol numa partida entre clubes. Neste dia, de um lado estava Flávio Costa, e do outro, como treinador do Fluminense, estava o paraguaio Fleitas Solich. Um duelo épico em um dia histórico!

Após o Torneio Rio-São Paulo de 1965, Flávio Costa voltou a receber uma proposta financeiramente atrativa do Porto, seguindo para Portugal para comandar a equipe na temporada 1965/66 do Campeonato Português, na qual terminaria em 3º lugar, atrás do campeão Sporting e do Benfica. Para o seu lugar, o Flamengo contratou ao argentino Armando Renganeschi como seu novo treinador. Seu último ato como treinador foi como técnico do Bangu no Carioca de 1970. Foi seu último ato dentro do futebol.

Flávio Costa faleceu em 22 de novembro de 1999, aos 93 anos, vítima de aneurisma abdominal (dilatação das artérias do abdômen). Ele estava internado na Policlínica de Botafogo, Zona Sul do Rio, desde o dia 15 de novembro, data de aniversário do Clube de Regatas do Flamengo, seu primeiro grande clube como jogador e como treinador, além de seu time de coração. Uma bandeira do time cobriu o caixão do ex-treinador. Ele foi enterrado no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Flávio Costa foi o técnico que domou feras, o técnico que conseguiu implementar uma revolução tática no Brasil, um técnico com um currículo invejável. Apesar de ter conquistado o primeiro tricampeonato carioca da história do Flamengo (1942-1943-1944), o Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 pelo Vasco, e a Campeonato Sul-Americano de 1949 pela Seleção Brasileira, ele ficou marcado na história do futebol brasileiro como o treinador da seleção na Copa do Mundo de 1950. Tudo isso diz quase tudo sobre a carreira do treinador, embora muita gente lembre dele por apenas um jogo... a derrota de virada para o Uruguai e o gol de Ghiggia. Mas na história do Flamengo, ele é um gigante. É o treinador que mais vezes comandou o time rubro-negro em toda a história, estando a frente da equipe em 775 partidas.



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