SILVA: o Batuta
Carreira: 1957-1958 São Paulo; 1958 Batatais (SP); 1959-1960 Botafogo de Ribeirão Preto (SP); 1961-1964 Corinthians; 1965-1966 Flamengo; 1966-1967 Barcelona (Espanha); 1967 Santos; 1968 Flamengo; 1969 Racing (Argentina); 1970 Vasco; 1971 Botafogo; 1972 Vasco; 1973 Rio Negro (AM); 1974 Junior de Barranquila (Colômbia); 1975 Tiqueres Flores (Venezuela)
Tinha uma forte composição física e era jogador de boa técnica, que se colocava muito bem na grande área. Inteligente e com forte espírito de liderança, Silva ficou conhecido como Silva "Batuta", um apelido criado pelo radialista Jorge Cury. Silva foi um dos casos menos comuns de jogadores que se fizeram ídolos do Flamengo quando já contavam com passagens por outros clubes em sua carreira. Mas naqueles meados dos Anos 1960, mesmo em duas passagens relativamente curtas, construiu uma identificação com o clube e com a Nação Rubro-Negra como poucos. Silva era um ponta de lança completo. Além da elegância de seu jogo, simbolizado pela clássica matada no peito, atuava com rara inteligência tanto no meio dos zagueiros quanto fora da área, tinha chute forte, era exímio cobrador de faltas, e tinha um cabeceio preciso.
Como jogador do Flamengo, ele fez 132 jogos e marcou 69 gols.
Abaixo, o texto sobre a carreira do jogador publicado pelo site "Tardes de Pacaembu", complementado por trechos de dois textos de Emmanuel do Valle, publicados um no site "Flamengo Alternativo" e outro no "Mundo Rubro-Negro", e por um trecho de um texto de Caio Brandão no site "Futebol Portenho":
Wálter Machado da Silva nasceu na cidade de São Paulo em 2 de janeiro de 1940. Família pobre, de origem mineira, o pequeno Silva foi criado na Rua Tabatinguera, no centro da capital paulista. O pai, Seu Machadão, era uma figura muito popular em seu trabalho no Mercado Municipal. Mas Seu Machadão morreu cedo, em 1947. A mãe, para conseguir criar os filhos, arrumou emprego em uma fábrica de cigarros. Vivendo em um antigo casarão de vários cômodos, Silva teve que trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Foi entregador de açougue, sapateiro e tintureiro. Estudante da Escola Romão Purgari e torcedor do São Paulo, Silva passou a mocidade trabalhando e jogando futebol. Nas poucas vezes em que tinha algum dinheirinho, sua diversão era o "Trem Fantasma", no Parque de Diversões Shangai.
Ele jogou pelo infantil do time da Indústria Nadir Figueiredo e pelo Aristrocrata, um clube próximo da Avenida 9 de Julho. Apresentado para um olheiro de nome Osvaldo, Silva foi encaminhado aos quadros amadores do São Paulo Futebol Clube. O primeiro "Contrato de Gaveta" foi assinado em 1956 e rendia 1.500 cruzeiros mensais. Aos 17 de idade, o centroavante Silva já fazia parte do elenco campeão paulista de 1957 pelo São Paulo. Conforme os registros publicados pelo Almanaque do São Paulo, do autor Alexandre da Costa, Silva disputou apenas 8 compromissos pelo time do Morumbi e não marcou nenhum gol.
Sem muitas oportunidades no São Paulo, Silva foi emprestado ao Batatais Futebol Clube em 1958. Em seguida, seu passe foi negociado com o Botafogo Futebol Clube, de Ribeirão Preto, estado de São Paulo.
Enquanto Silva se destacava em Ribeirão Preto, o refrão do bolero da cantora Edith Veiga ficou marcado na sofrida torcida do Corinthians: "Faz me rir o que andas dizendo, que te adoro e morro por ti". O apelido "Faz Me Rir" colocado pelos rivais representava muito bem o limitado time do Corinthians, que nos 11 primeiros compromissos do Campeonato Paulista de 1961, perdeu 7 vezes. A péssima campanha fez com que os dirigentes do alvi-negro paulista fossem atrás de um salvador para tentar mudar o cenário.
No início de 1962, depois de muito sucesso pelo Botafogo de Ribeirão Preto, o Corinthians conseguiu firmar compromisso com o atacante Silva. De acordo com matéria da Revista do Esporte em 18 de agosto de 1962, Silva assinou com o Corinthians por 2 anos, até 29 de abril de 1964. Os valores foram registrados na Federação Paulista em 40 mil cruzeiros de salário e 800 mil cruzeiros de luvas. Com uma atmosfera de muita esperança, Silva chegou ao Parque São Jorge com fama de goleador. Ao lado de Nei Oliveira e Flávio Minuano, Silva formou ótimas linhas ofensivas enquanto esteve no clube.
Apesar de todo o empenho, Silva não segurou por muito tempo o rótulo de salvador. Afastado pelo técnico Oswaldo Brandão, o atacante permaneceu treinando, ao mesmo tempo em que dizia desconhecer os motivos de seu desligamento do elenco. Na imprensa, os boatos davam conta que Brandão não tolerava mais o "estrelismo" de Silva, o que foi determinante na discutida decisão do treinador. Enquanto o presidente Wadih Helu esperava por propostas concretas para negociar o passe de Silva. Em maio de 1965, seu passe foi vendido em definitivo ao Clube de Regatas do Flamengo. Pelo Corinthians foram 143 jogos com 77 vitórias, 31 empates, 35 derrotas e 89 gols marcados.
Em 1965, o Flamengo era presidido pelo comerciante Fadel Fadel, com a vice-presidência de futebol ocupada pelo carismático sueco Gunnar Goransson (representante no Brasil da Facit, empresa de máquinas para escritório), e Flávio Soares de Moura no cargo de diretor de futebol. Vivendo período de transição, o time rubro-negro não era considerado favorito no começo do campeonato, ao contrário das equipes mais bem azeitadas de Botafogo e Vasco, pelas apostas em nomes recém-chegados e tratados como incógnitas.
Para o lugar do veterano Flávio Costa – no comando do time desde o início de 1962, mas que havia aceitado proposta dos portugueses do Porto durante a Taça Guanabara, chegou o argentino Armando Renganeschi, 52 anos, lembrado no Rio de Janeiro apenas por ter sido zagueiro do Fluminense nos Anos 1940.
Os principais reforços rubro-negros chegaram do futebol paulista: Silva, trocado por Aírton, e Almir, jogador experiente, rodado, campeão carioca em 1958 com o Vasco e mundial em 1963 com o Santos, de onde migrou para a Gávea. A camisa 10 foi vestida durante toda a campanha por Silva. Em fase esplendorosa, aliando simplicidade e elegância, força e técnica, perfeito nas cabeçadas e no controle de bola (como em seu clássico domínio no peito), o Batuta foi fundamental, além de artilheiro do time (7 gols, todos decisivos) e eleito quase por unanimidade entre a crônica como o craque do campeonato.
Na quarta rodada viria o duelo com o Vasco, que, surpreendentemente, fazia campanha irregular até ali. O Flamengo foi amplamente superior no primeiro tempo: aos 16 minutos, Silva acertou a trave de Gainete; aos 28, Rodrigues foi à linha de fundo, cruzou para trás e Fefeu arrematou com violência, abrindo o placar. Aos 43, porém, Mário foi lançado por Oldair num contra-golpe e tocou por baixo de Valdomiro para empatar a partida. A igualdade injusta, no entanto, não resistiu ao começo da etapa final: Silva arrancou da intermediária em jogada individual e chutou forte para colocar de novo o Fla na frente logo aos cinco minutos.
Na última rodada do turno, uma vitória categórica rubro-negra sobre o Botafogo por 2 x 0. Com total controle do jogo no meio-campo, onde Carlinhos e Nelsinho se revezavam para anular Gérson, e Paulo Henrique tomava conta de Jairzinho pelo lado esquerdo da defesa, o Flamengo bombardeou o gol de Manga, que evitou pelo menos três chances claras. Não pôde evitar, porém, o primeiro tento do time de Renganeschi aos 35 minutos. Silva aproveitou a indecisão entre Rildo e o goleiro alvi-negro, tomou a bola e tocou antes da chegada do arqueiro. Na etapa final, aos 42, Nelsinho sofreu falta de Mura a poucos passos da linha da grande área. O camisa 10 rubro-negro cobrou a falta enchendo o pé, fazendo a bola passar ao lado da barreira e morrer quase no ângulo da meta alvi-negra.
No novo duelo decisivo contra os cruzmaltinos, numa partida muito disputada, com as defesas prevalecendo inteiramente sobre os ataques, foi a malícia de Silva quem decidiu a vitória rubro-negra. Um chutaço da intermediária aos 27 minutos da etapa final, explodindo no canto das redes do surpreso e estático goleiro Gainete. Ou, nas palavras de Nélson Rodrigues no Jornal dos Sports: "Foi um tiro mortífero, tão inapelável, que o goleiro não esboçou um gesto, não exalou um suspiro, não piscou um olho. A bola já saíra dos pés de Silva com a predestinação das redes. O gol foi trabalho dele, intuição dele, imaginação dele".
Uma vitória rubro-negra no Fla-Flu da penúltima rodada deixaria o time de Renganeschi com o título praticamente assegurado, mesmo após a vitória banguense por 3 x 0 diante de um Botafogo já eliminado na véspera do grande clássico. Jogando no estilo típico implementado por Armando Renganeschi, sufocando o adversário, o Flamengo dominava amplamente as ações e abriu o placar aos 12 minutos, com o ponta Neves. Cedeu o empate quatro minutos depois em jogada individual de Samarone, passando como um tanque por meio da defesa rubro-negra. Mas Silva, o decisivo, deixaria novamente o Fla na frente aos 31, matando no peito magistralmente a bola levantada na área, batendo o zagueiro Valdez pelo alto e fuzilando o arqueiro tricolor. Um golaço! Depois de fazer um primeiro tempo intenso, espetacular, quando mereceu até golear, o Flamengo baixou o ritmo na etapa final, mas ainda assim teve as melhores chances. Vitória categórica, que manteve o time dois pontos à frente do Bangu após a penúltima rodada.
Na última rodada, antes mesmo de entrar em campo, o título já estava garantido. Os banguenses morreram de véspera. O Fluminense venceu ao Bangu, com um gol de sem-pulo marcado por Evaldo logo aos dois minutos, enterrando as esperanças alvi-rubras na noite de sábado. E no domingo, 19, não foi outra coisa que não uma comemoração intensa e ruidosa. Antes do jogo o Flamengo já exibia as faixas de campeão, saudado pela galera rubro-negra, que cantou e festejou nas arquibancadas do Maracanã. Nem mesmo a não marcação de um pênalti claro em Almir a perturbou. A nove minutos do fim, Gérson aproveitou uma rebatida mal executada por Jaime Valente e marcou o gol botafoguense. A torcida silenciou por um instante, mas logo voltou a celebrar o que aquele detalhe não lhe tiraria.
Em seu primeiro ano de Flamengo, Silva marcou 21 gols em 39 jogos disputados. No ano seguinte, 1966, sua grande fase foi reconhecida na Seleção Brasileira. Sua primeira participação com a camisa canarinho aconteceu no dia 1 de maio de 1966, no amistoso vencido frente ao selecionado do Rio Grande do Sul pelo placar de 2 x 0. No primeiro jogo oficial, fez um gol no 3 x 1 contra o País de Gales. Em outros amistosos pré-Copa, ainda atuaria no 1 x 0 contra o Chile, no 3 x 1 sobre o Peru (marcou gol), no 2 x 2 com a Tchecoslováquia, no 1 x 1 com a Escócia e num 8 x 2 em amistoso não-oficial contra os suecos do Atvidabergs, quando conseguiu um hat trick (três gols). Ele entrou na lista final que jogou a Copa na Inglaterra. Em seu único jogo na Copa do Mundo de 1966, Silva participou da derrota para Portugal por 3 x 1, o que custou nossa desclassificação antecipada da competição. No geral, foram 8 partidas pelo escrete com 5 gols marcados.
Depois de duas temporadas brilhantes no Flamengo, Silva foi transferido para o Futbol Club Barcelona da Espanha. Mas Silva não vingou na Espanha como esperado. O brasileiro foi prejudicado pela burocracia nas formalidades de sua transferência, o que custou um tempo precioso em seu aproveitamento. Enquanto sua documentação não era regularizada no Barcelona, Silva foi utilizado com maior regularidade em partidas amistosas. Além disso, Silva foi vítima de declarações racistas do presidente Enric Llaudet, que irritado pelos acontecimentos que envolveram sua contratação, declarou que pretendia usar o atacante como seu Motorista, já que sempre desejou possuir um chofer negro: "Pues si Silva no puede jugar, lo usaré como chófer. Siempre he querido tener un chofer negro".
No regresso ao Brasil, ele foi emprestado e jogou pelo Santos Futebol Clube, onde faturou o título paulista de 1967. No início de 1968 o Barcelona cogitou vendê-lo. O Bangu, do bicheiro Castor de Andrade, apareceu como interessado. Mas a coisa mudou de figura quando o Flamengo surgiu novamente em seu horizonte. Silva estava de volta à Gávea.
No jogo da reestréia de Silva pelo Flamengo, um amistoso que valeria como entrega das faixas ao Cruzeiro, tri-campeão mineiro, vencedor da Taça Brasil dois anos antes, que contava com um time histórico, dos mais fortes do país, com Raul no gol (mais tarde ídolo e campeão pelo Flamengo), Pedro Paulo, Vicente, Procópio e Neco na defesa; Zé Carlos e Dirceu Lopes no meio, e Natal, Evaldo, Tostão e Hilton no ataque. Num domingo ensolarado, dia de festa no Maracanã, com arquibancadas a três cruzeiros novos, o público ultrapassou os 86 mil presentes, incluindo muitas crianças. Com a Charanga Rubro-Negra tocando furiosamente desde a abertura dos portões, o estádio recebeu com enorme ovação o anúncio de Silva como camisa 10 pelos alto-falantes do estádio.
Quando a bola começou a rolar, só deu Flamengo. Aos 26 minutos, Silva apanhou uma sobra de bola na área, limpou a marcação e soltou um petardo que estufou as redes de Raul. Aos 38, César Lemos, o "César Maluco", apareceu no mano a mano com a defesa adversária, avançou e chutou para ampliar. E aos 42, Silva, num foguete em cobrança de falta, anotou mais um. A torcida rubro-negra presente cantava em uníssono o samba de Osvaldo Nunes, "Voltei", sucesso daquele Carnaval encerrado uma semana antes, que dizia: "Voltei, aqui é meu lugar, minha emoção é grande, a saudade era maior, e voltei para ficar".
Cansado, mas realizado, Silva não voltou para o segundo tempo, substituído por Almir (que não era o velho parceiro Pernambuquinho, também campeão em 1965). O show de bola continuou na etapa final. O garoto Luís Carlos marcou dois belos gols aos 10 e aos 20 minutos, antes do cruzeirense Zé Carlos cobrar um pênalti no travessão e de Natal descontar enfim para os mineiros, aos 28 minutos. Mas o placar não deixava dúvida de quem tinha dominado as ações: Flamengo 5 x 1 Cruzeiro.
Na véspera, Silva comentava: "Para ser franco, eu sempre tive a intuição de que mais cedo ou mais tarde eu voltaria. Isso porque me sinto mais confiante e certo de ser ídolo quando estou na equipe do Flamengo. Gosto muito da confiança que a torcida tem em mim e da maneira como me recebe. Foi no Flamengo que atingi a minha melhor forma técnica e foi aqui que fiz muitos amigos. Nunca cheguei a me afastar do Flamengo, mesmo após vendido ao Barcelona". Após o jogo, num êxtase que já era completo: "Essa torcida me deixa maluco. Quando ela começa a gritar, sou até capaz de morrer em campo", confessava o Batuta. Um dia para não se esquecer.
Mas a temporada rubro-negra não foi boa. O clube já atravessava uma forte crise e teve dois anos, em 1968 e 1969, para serem esquecidos. Ao deixar o Flamengo, Silva foi defender o Racing Club, da Argentina, em 1969. Conhecido na Argentina como "Machado da Silva", ou em outras referências aparecendo como "Wálter", mesmo com uma passagem efêmera, é muito bem lembrado até hoje em Avellaneda. A ponto de, mesmo não alcançando títulos ou 30 jogos, estar entre os cem maiores ídolos racinguistas eleitos em edição especial da Revista El Gráfico em 2011 (enquanto João Cardoso, autor de gol do título na Libertadores 1967, não está).
Silva começou mal: expulso em plena estreia, contra o Los Andes. Mas no seu jogo seguinte, fez seu primeiro gol, um 2 x 0 no forte Estudiantes (tri seguido na Libertadores no período e que havia acabado de ser campeão mundial em 1968 sobre o Manchester United em Old Trafford). Foi a primeira vitória racinguista, na terceira rodada. Mas só a partir da nona rodada é que o Batuta viraria de vez El Negro Exquisito, palavra esta que na Argentina tem sentido diferente, significando de "requintado" e não de "estranho", como tem em português. Ao todo, foram 14 gols de Silva em 22 jogos daquela fase inicial, da qual seu Racing foi a melhor equipe: somou 35 pontos de 44 possíveis, enquanto os líderes do outro grupo, Boca Juniors e Chacarita Juniors, ficaram nos 30. "Era delicioso vê-lo jogar: tinha um grande domínio da bola, um drible vistoso, uma pegada de outro planeta e um soberbo cabeceio", relatou a Revista El Gráfico especial de 2011 sobre o desempenho do "brasileiro luxuoso que esteve só um ano, mas ninguém o esqueceu". Aquele Racing cairia na semi-final para o Chacarita Juniors. Apesar de não ter sido campeão, Silva foi o único brasileiro artilheiro na Argentina.
O vitorioso técnico daquele Racing, Juan José Pizzuti, que acabaria chamado para treinar a Seleção Argentina nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, indagado pela mesma Revista El Gráfico, mas naquele ano de 1969, perguntado sobre Silva, respondeu assim: "um grande jogador. O que nós precisávamos para dar força ao ataque. O brasileiro tem qualidade e experiência. Sabe regular o jogo e pode regular toda a equipe (...) Machado vai muito bem acima. Tem a característica clássica dos grandes jogadores brasileiros: o salto duplo. Se eleva, pára no ar e segue subindo. Tem marcado gols magníficos arqueando-se e cabeceando por cima do defensor".
Depois do sucesso na Argentina, ele voltou ao Rio de Janeiro, para defnder ao Vasco, por quem se sagrou Campeão Carioca de 1970. Esteve ainda por empréstimo no Botafogo em 1971, e passou também pelo Rio Negro, do Amazonas, em 1973. O contrato com o Vasco se encerrou em janeiro de 1974. Vestiu depois a camisa do Atlético Junior de Barranquilla, da Colômbia, e do Tiquire Flores, da Venezuela, onde encerrou a carreira como jogador profissional em 1975.
Formado em Direito e morador de Copacabana, Silva colecionava pentes na mesma velocidade com que "garfava" o cabelo várias vezes por dia. O hábito rendeu o apelido de "Toni Tornado", ator e cantor que também não descuidava da cabeleira. Voltou à Gávea, onde trabalhou por muitos e muitos anos como funcionário do Flamengo. Em 1986, viu seus dois filhos ascenderem da catergoria juniores e defenderem o time profissional do Flamengo, Valtinho com a camisa 10 e Wallace com a camisa 9.
Em 29 de setembro de 2020, aos 80 anos, o ex-atacante faleceu no Rio de Janeiro. Ele estava internado do Hospital Pró-Cardíaco, no bairro de Botafogo, infectado pelo coronavírus em meio à pandemia de covid-19. Era o último ato do recital em vida dado pelo Batuta.
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