quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

As Comissões Técnicas Europeias do Flamengo entre 2019 e 2022


Entre 2019 e 2022, por três vezes o Flamengo contratou um técnico europeu, que trouxe suas respectivas Comissões Técnicas, umas maiores e outras menores, para comandar ao futebol do Clube de Regatas do Flamengo. Eis o perfil destas três comissões:


2019

O técnico português Jorge Jesus comandou o Flamengo na temporada 2019/20 e ganhou quase tudo que disputou: Campeão da Libertadores 2019, Campeão Brasileiro de 2019, Campeão Carioca de 2020 e Campeão da Supercopa do Brasil de 2020, só não conquistou a Copa do Brasil de 2019 e o Mundial Interclubes, perdido na prorrogação para o Liverpool. O técnico chegou ao Flamengo tendo sido Tri-Campeão Português com o Benfica nas temporadas 2009/10, 2013/14 e 2014/15, além de Campeão da Copa Intertoto da UEFA com o Braga em 2008, Campeão da Taça de Portugal com o Benfica na temporada 2013/14, e 6 vezes Campeão da Taça da Liga de Portugal, cinco vezes com o Benfica, nas temporadas 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2013/14 e 2014/15, e com o Sporting na temporada 2017/18.

Com carreira como treinador iniciada nos Anos 1990, sempre em clubes de Portugal, o ex-jogador ganhou projeção como técnico no cenário nacional de seu país justamente com seus três últimos trabalhos em Portugal antes de assumir ao Flamengo, a frente de Braga (2008-2009), Benfica (2009-2015) e Sporting (2015-2018). Antes de aportar no Ninho do Urubu, passou pelo Al Hilal, da Arábia Saudita.

Sua Comissão Técnica contava com 6 outros portugueses. Seu auxiliar-técnico principal foi João de Deus, outro ex-jogador e também com experiência como técnico em Portugal, além de experiências no futebol de Angola, Cabo Verde, Chipre e Índia, e que havia passado a ser o auxiliar do "Mister Jorge Jesus" a partir de seu trabalho no Al Hilal. Seu outro auxiliar era Tiago Oliveira, também junto a Jesus desde sua passagem pelo Al Hilal, e com passagens em comissões técnicas - sem nunca ter sido efetivamente técnico - em Portugal e na Polônia. O preparador-físico foi Mário Monteiro, de 55 anos, que fazia parte da equipe de JJ desde a temporada 2005/06, tendo trabalhado com ele em suas passagens por União de Leiria, Belenenses, Braga, Benfica, Sporting e Al Hilal. O responsável pelo trabalho de prevenção e recuperação de lesões era Márcio Sampaio, parte da equipe de JJ desde a temporada 2015/16, tendo trabalhado com ele no Sporting e no Al Hilal, depois de ter passado pelo futebol de Suíça, Emirados Árabes, Albânia e Egito. A equipe tinha ainda a participação de Rodrigo Araújo e Gil Henriques, responsáveis por auxiliar ao treinador na preparação de estratégias de treinamento e de análise dos adversários. Só um membro de sua comissão técnica não era português, o brasileiro Evandro Mota, responsável pelo trabalho de "coaching" psicológico, e que ter feito parte dos trabalhos do "Mister" no Benfica e no Sporting, e de ter sido parte da comissão técnica da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994.




2020

Com a saída de Jorge Jesus, o técnico rubro-negro passou a ser o espanhol Domenec Torrent, que ficou a frente da equipe durante todo o 1º Turno do Campeonato Brasileiro de 2020. Auxiliar-técnico de Pep Guardiola no Barcelona, da Espanha, no Bayern Munique, da Alemanha, e no Manchester City, da Inglaterra, chegava ao clube após uma única experiência como treinador, a frente do New York City, dos Estados Unidos.

Sua Comissão Técnica foi mais enxuta que a de Jorge Jesus, contando com uma equipe de outros 3 espanhóis. Seu auxiliar-técnico principal foi Jordi Guerrero, que trabalhou pela primeira vez com Domenec no Flamengo, depois de ter tido a mesma responsabilidade nas comissões técnicas do técnico Pablo Machin em suas passagens por Girona, Sevilla e Espanyol, todos da Espanha. Seu outro auxiliar, este especialista em análise de desempenho, foi Jordi Gris, e junto a eles chegou o preparador-físico Julián Jiménez, com histórico de passagens no futebol de Espanha, Bélgica e Romênia.





2022

Para a temporada 2022, a aposta foi na contratação do português Paulo Sousa, um ex-jogador de carreira vitoriosa com as camisas de Internazionale e Juventus, da Itália, e do Borussia Dortmund, da Alemanha, e tendo como treinador tido passagens não vitoriosas pela Fiorentina, da Itália, pelo Bordeaux, da França, e pela Seleção da Polônia, e com títulos a frente do Videoton, da Hungria, do Maccabi Tel Aviv, de Israel, e do Basel, da Suíça. Tudo isto após iniciar a carreira de técnico na 2ª Divisão do Campeonato Inglês, onde comandou a Queens Park Rangers, Swansea e Leicester. 

Sua Comissão Técnica reuniu outros 6 estrangeiros: dois outros portugueses, três espanhóis e um italiano. Seu auxiliar-técnico principal era o português Manuel Cordeiro, que vinha trabalhando com ele desde 2012, responsável pelo planejamento estratégico de organização tática do time. Ao lado dos dois trabalhava o espanhol Victor Sánchez Lladó, parte da equipe desde 2013, após ter sido treinador das divisões de base do Barcelona, da Espanha, entre 2006 e 2009 (passagem pelo Sub-15, Sub-16 e Sub-19). Sánchez Lladó era o responsável pelo planejamento dos treinos. Junto a eles estava o italiano Cosimo Cappagli, analista de desempenho e de preparação dos vídeos de análise dos adversários, e junto a Paulo Sousa desde sua passagem pela Fiorentina, que se iniciou na temporada 2015/16. Fechando a equipe outros três estrangeiros, o treinador de goleiros português Paulo Grilo, e dois preparadores-físicos, os espanhóis Antonio Gómez, que trabalhou no Barcelona entre 2012 e 2020, além de ter passagens por Liverpool e Sunderland, da Inglaterra, e Lluis Sala-Pérez.




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