quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Hall da Fama do C.R. Flamengo: JUAN M.


JUAN MALDONADO: o Marrentinho

Carreira: 2001-2003 Arsenal (Inglaterra); 2003 Millwall (Inglaterra); 2003-2004 Arsenal (Inglaterra); 2004-2005 Fluminense; 2006-2010 Flamengo; 2011 São Paulo; 2012 Santos; 2013 São Paulo; 2013-2015 Vitória (BA); 2015-2016 Coritiba; 2017 Goiás; 2017 Avaí (SC); 2018 CSA (AL); 2019 Tombense (MG); 2019 Boavista (RJ)

Titular absoluto da lateral-esquerda do Flamengo de 2006 a 2010. Em cinco anos atuando com a camisa 6 rubro-negra, conquistou cinco títulos de expressão: Tri-Carioca, Copa do Brasil e Brasileirão. Impossível uma trajetória mais vitoriosa.

Como jogador do Flamengo, ele fez 256 jogos e marcou 32 gols.


Abaixo, a combinação de diversos textos sobre a carreira do jogador extraídos de diferentes sites da internet:

Juan Maldonado Jaimez Júnior nasceu em 6 de fevereiro de 1982 na cidade de São Paulo, filho de mãe brasileira e pai espanhol (o Sr. Juan Maldonado Jaimez). Começou a jogar futebol nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube, onde chegou com 12 anos em 1994, e aonde esteve até o fim de 2000, sem ter entrado em campo como profissional pelo clube. Recebeu então a oportunidade, aos 19 anos recém completados, de migrar para o time sub-20 do Arsenal, em Londres, na Inglaterra, aproveitando a vantagem de já ter passaporte europeu, em função da nacionalidade do pai.

Com a camisa do Arsenal, jogou apenas duas partidas, ambas na temporada 2001/02. A primeira oportunidade recebida foi em 27 de novembro de 2001, em partida válida pelas oitavas de final da Copa da Liga Inglesa (League Cup), na qual o time venceu ao Grimsby Town - que havia eliminado ao Liverpool na fase anterior - por 2 a 0 em Highbury, no Arsenal Stadium, com gols marcados pelo brasileiro Edu Gaspar, e por Wiltord. Sua melhor atuação foi na segunda aparição com a camisa do clube londrino, em 16 de fevereiro de 2002 pelas oitavas de final da Copa da Inglaterra (FA Cup). Formou a linha defensiva ao lado de Tony Adams, Sol Campbell e Lee Dixon. O Arsenal venceu ao Gillingham por 5 a 2, com Juan cansando a defesa adversário com seus avanços pelo lado esquerdo do campo, e coroando sua atuação com um cruzamento preciso para o gol marcado por Ray Parlour.

Após o fim da temporada 2001/02, sem espaço no elenco, com Ashley Cole e Gael Clichy como donos da lateral-esquerda, o Arsenal optou por emprestar o jovem, e terceiro reserva, para jogar uma temporada pelo Millwall, na Segunda Divisão do Campeonato Inglês. Foi uma passagem curta, de apenas dois meses, no primeiro semestre de 2003, na qual atuou em apenas três partidas, todas válidas pela Copa da Liga Inglesa. De volta ao Arsenal, Juan não teve nenhuma chance durante a temporada 2003/04. Frustrado, decidiu voltar ao Brasil.

Juan fechou contrato com o Fluminense para a disputa do Campeonato Brasileiro de 2004. Adaptou-se rápido, e imediatamente se tornou o titular da posição no time tricolor. Mas seria no ano seguinte que teria os melhores resultados nas Laranjeiras, sendo Campeão Carioca de 2005, Vice-campeão da Copa do Brasil e no mesmo ano 5° lugar no Brasileirão 2005. Suas boas atuações despertaram o interesse do Flamengo, que anunciou sua contratação no final daquela temporada, ainda em dezembro, como reforço para 2006.

O lateral-esquerdo Juan fez sua estreia na equipe rubro-negra num jogo contra a Portuguesa, da Ilha, pelo Carioca de 2006, marcando um gol logo na sua primeira partida. O técnico Waldemar Lemos logo o efetivou como titular absoluto da camisa 6, e assim ele permaneceria pelos cinco anos seguintes. O Flamengo fez uma péssima campanha naquele Estadual, mas a dupla de laterais formada por Léo Moura e Juan se destacava como o que havia de melhor no elenco rubro-negro.

A qualidade foi premiada com uma conquista: Campeão da Copa do Brasil de 2006, com o Flamengo superando ao Vasco duas vezes na final, a primeira por 2 a 0, e na segunda, sacramentando a conquista, com 1 a 0, gol do "marrentinho" Juan. No ano seguinte, ele se manteria em alto nível, sendo Campeão Carioca de 2007, e no segundo semestre sendo um dos destaques da inesquecível arrancada rubro-negra que com uma sequência de vitórias impressionante se alçou do 19º para o 3º lugar. Uma arrancada que parecia ser o prenúncio de que havia coisas boas por chegar.

Juan mais uma vez foi um dos destaques quando o Flamengo foi Campeão Carioca de 2008. O alto nível de suas atuações o premiou naquele ano. Embora o Flamengo não tenha feito uma grande campanha no Campeonato Brasileiro de 2008, Juan viveu naquela temporada o melhor momento de toda sua carreira. Ao final do Brasileirão, foi reconhecido como melhor lateral-esquerdo em atividade no Brasil ao receber os dois principais prêmios do futebol nacional, entrando para o "onze ideal da temporada" tanto do Troféu Bola de Prata da Revista Placar, quanto no Prêmio Craque do Brasileirão. Durante a temporada, seu desempenho em alto nível já lhe havia dado a única oportunidade na carreira de uma convocação para a Seleção Brasileira. Foi chamado pelo técnico Dunga para dois jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, estreando com a camisa canarinho na vitória por 3 a 0 sobre o Chile.

Mas em termos de erguer troféus, nenhuma temporada foi mais especial do que a de 2009. Formando uma histórica linha defensiva com Leonardo Moura, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, uma das melhores da história do Flamengo, conquistou pela terceira vez consecutiva o Estadual, sagrando-se Tri-Campeão Carioca de 2007, 2008 e 2009. No segundo semestre, com os reforços de Adriano e Petkovic, o time foi Campeão Brasileiro de 2009. Em sua quarta temporada com a camisa rubro-negra, Juan ganhava seu quinto título expressivo: três Cariocas, uma Copa do Brasil e um Brasileirão.

O temperamento explosivo do "marrentinho" o levaria a ter alguns problemas de relacionamento no elenco durante 2010, assim como acumularia algumas polêmicas com parte das torcidas organizadas do clube. Culminando com a primeira temporada sem títulos desde que ele aportara no clube. Ao final da temporada, seu contrato se encerrou, apareceu uma proposta do São Paulo, e sem muito esforço pela continuação na Gávea de ambas as partes, Juan migrou para o clube do Morumbi, pelo qual havia sido revelado para o futebol nas divisões de base.

Entretanto, na temporada 2011, ele não conseguiu repetir com a camisa tricolor as boas atuações que havia tido com a camisa rubro-negra. Foi um dos jogadores mais criticados pela torcida são-paulina durante o ano, perdendo a condição de titular durante o Campeonato Brasileiro para Bruno Cortês. Com a camisa tricolor, disputou 60 jogos e marcou 4 gols.

Ficou todo o ano de 2012 emprestado ao Santos, aonde chegou a pedido do técnico Muricy Ramalho. Na estreia pelo "Peixe", em 18 de fevereiro, marcou um dos gols vitória santista por 3 x 1 sobre o Mirassol. Seria titular durante toda a campanha na qual o Santos, liderado por Neymar e Paulo Henrique Ganso, sagrou-se Campeão Paulista de 2012. Em seu 8º Campeonato Estadual desde que regressara do futebol europeu, era o 5º título do lateral-esquerdo: Campeão Carioca em 2005, 2007, 2008 e 2009 e Paulista em 2012. Disputou 42 jogos e marcou 2 gols com a camisa do alvi-negro praiano.

Regressou ao São Paulo e 2013, onde reencontrou Ney Franco, que já havia sido seu treinador no Flamengo em 2006 e 2007. Mas o técnico não contava com o lateral, então com 31 anos, e ele acabou passando a treinar em separado do restante do elenco. Em maio, porém, após as eliminações do São Paulo no Campeonato Paulista e na Libertadores, houve o afastamento de sete jogadores, entre eles o lateral Cortês. Juan foi então reintegrado e recebeu uma nova chance sob o comando de Ney Franco. Assumiu a titularidade após a lesão de Thiago Carleto, mas não convenceu. Foram apenas 7 partidas com a camisa tricolor.

Ainda em agosto de 2013 foi cedido por empréstimo ao Vitória, rumando para Salvador. No rubro-negro baiano firmou-se rapidamente como titular absoluto da lateral-esquerda, ajudando o clube a fazer boa campanha e terminar em 5º lugar no Brasileirão 2013, atuando em 21 jogos e marcando 3 gols. Foi então contratado em definitivo pelo Vitória. Em 2014, logo em sua terceira partida no ano, fez 3 gols na goleada por 5 a 1 sobre o Confiança, de Sergipe, em jogo válido pela Copa do Nordeste de 2014. Quando chegou, o treinador era Caio Júnior, com quem havia trabalhado no Flamengo em 2008. Mas logo após sua chegada o técnico foi substituído por Ney Franco, que o havia descartado no São Paulo. Mas ele reconquistou a confiança do treinador. Defendeu a camisa do clube baiano até o fim de 2014, tendo disputado um total de 57 partidas pelo Vitória, e marcando 12 gols com a camisa rubro-negra.

Em julho de 2015 foi contratado pelo Coritiba, juntamente a pedido do técnico Ney Franco, que assumia o time do "Coxa". Ficaria até o final de 2016 jogando na capital paranaense, tendo disputado 62 jogos e marcando 13 gols com a camisa alvi-verde. No início de 2017 acertou sua transferência para o Goiás, por quem disputou o Campeonato Goiano daquele ano. Posteriormente se transferiu para o Avaí, de Santa Catarina, chegando ao clube como reforço para o Brasileirão de 2017. O clube catarinense terminou como 18º colocado entre os 20 participantes, sendo rebaixado à Série B. No ano seguinte foi contratado pelo CSA, de Alagoas, fazendo parte da campanha na qual o clube foi Vice-campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 2018. Mas não teve seu contrato renovado ao fim da temporada. Antes de aposentar-se disputou o Campeonato Mineiro de 2019 pelo Tombense, e a Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro de 2019 pelo Boavista, da cidade de Bacaxá, no estado do Rio de Janeiro.



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