sexta-feira, 21 de julho de 2023

Melhores Anos do Flamengo entre 1950 e 1979


Para facilitar a comparação histórica, já que a pontuação do futebol mudou ao longo do tempo, a referência aqui será batizada como "Taxa de Satisfação", a qual nada mais será do que o percentual de aproveitamento com a vitória valendo três pontos.

A comparação não será por Temporada, mas por Ano, ou seja, considerando os jogos disputados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Como muitas vezes foi comum, campeonatos de um ano só vieram a ser terminados no início do ano seguinte; assim há algumas vezes pedaços de campeonato caindo num ano e outro em outro.

Por fim, como critério de comparação, não será utilizado ou considerado a quantidade de títulos conquistados. O único critério de definição do ordenamento é a já citada "Taxa de Satisfação" nos moldes explicados.


MELHORES ANOS

A distribuição por Década destes 10 maiores anos do Flamengo entre 1950 e 1979 ficou assim definida: 5 nos Anos 1950, apenas 1 nos Anos 1960, e 4 nos Anos 1970.



10º LUGAR: 1956
Taxa de Satisfação: 66,1%
Ataque nesse período: 2º lugar
Defesa neste período: 19º lugar

Uma temporada que lamentavelmente terminou sem títulos, desperdiçando-se a oportunidade de ser Tetra-campeão Carioca, já que havia sido o Campeão de 1953-1954-1955. Com o segundo melhor ataque e a terceira melhor defesa do Flamengo nos Anos 1950, era um time equilibrado nos dois lados do campo, mas que não conseguiu transformar isto em título. Jogou 61 jogos, vencendo 38 vezes, empatando 7 vezes e perdendo 16 vezes (o excesso de derrotas sacrificou o ano). Fez 180 gols, equivalente a 2,95 por partida (quase três por jogo!), e levou apenas 75 gols, equivalente a 1,23 por partida.

Foi um ano em que não houve a disputa do Torneio Rio-São Paulo. O time ainda treinado pelo paraguaio Fleitas Solich, no Campeonato Carioca de 1956 terminou em 3º lugar, jogando com Ari, Tomires, Milton Copolillo, Pavão e Jordan; Dequinha e Paulinho; Joel, Índio, Evaristo e Zagallo.



9º LUGAR: 1951
Taxa de Satisfação: 66,2%
Ataque nesse período: 8º lugar
Defesa neste período: 23º lugar

Um ano no qual o time rubro-negro deixou a desejar sobretudo em sua capacidade de atacar o adversário, tendo um desempenho relativo fraco frente às suas outras temporadas neste período. Jogou 66 jogos, vencendo 39 vezes, empatando 14 vezes e perdendo 13 vezes. Fez 161 gols, equivalente a 2,44 por partida, e levou apenas 86 gols, equivalente a 1,30 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo de 1951, sob o comando de Flávio Costa, terminou com um 4º lugar, jogando com Cláudio, Juvenal e Modesto Bria; Biguá, Válter Miraglia e Bigode; Aloísio, Hermes, Durval, Adãozinho e Esquerdinha. No Campeonato Carioca de 1951 terminou em 4º lugar, jogando com Garcia, Modesto Bria e Pavão; Biguá, Dequinha e Bigode; Joel, Rubens (Adãozinho), Índio, Hermes e Esquerdinha.



8º LUGAR: 1964
Taxa de Satisfação: 66,7%
Ataque nesse período: 18º lugar
Defesa neste período: 11º lugar

O ano no qual teve a Melhor Defesa Rubro-Negra nos Anos 1960! Jogou 69 jogos, vencendo 41 vezes, empatando 15 vezes e perdendo 13 vezes. Fez 128 gols, equivalente a 1,86 por partida, e levou apenas 61 gols, equivalente a 0,97 por partida. Mas terminou a temporada sem levantar um troféu!

Durante todo o ano foi treinado por Flávio Costa. No Torneio Rio-São Paulo terminou em 3º lugar, jogando com Marcial, Joubert (Murilo), Luís Carlos Freitas, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Airton, Paulo Alves e Carlos Alberto. No Campeonato Carioca também foi 3º lugar, jogando com Marcial, Murilo, Ditão, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho (Nélson); Amauri (Carlos Alberto), Airton, Paulo Alves e Osvaldo Ponte-Aérea. No final do ano ainda participou pela única vez em sua história da Taça Brasil, acabando com o 2º lugar, sendo o vice-campeão ao perder a final para o Santos de Pelé.



7º LUGAR: 1959
Taxa de Satisfação: 67,7%
Ataque nesse período: 5º lugar
Defesa neste período: 25º lugar

Foi um ano com um time que apresentava um certo equilíbrio dos dois lados do campo, mas no qual faltava um pouco mais de poder defensivo para ter conseguido transformar este equilíbrio numa conquista, que não aconteceu. Jogou 67 jogos, vencendo 41 vezes (bastante), empatando 13 vezes e perdendo 13 vezes. Fez 177 gols, equivalente a 2,64 por partida, e levou apenas 93 gols, equivalente a 1,39 por partida.

No Torneio Rio-São Paulo de 1959, sob o comando do paraguaio Fleitas Solich, terminou com um 3º lugar, jogando com Fernando, Joubert, Milton Copolillo, Jadir e Jordan; Dequinha e Moacir; Luís Carlos (Roberto), Henrique Frade, Dida e Babá. No Campeonato Carioca de 1959 terminou em 6º lugar, jogando com Mauro, Joubert (Bolero), Milton Copolillo (Santana), Jadir e Jordan; Carlinhos e Moacir; Luís Carlos, Henrique Frade, Dida e Babá.



6º LUGAR: 1978
Taxa de Satisfação: 70,7%
Ataque nesse período: 21º lugar
Defesa neste período: 2º lugar

Um ano no qual o time rubro-negro foi inferior aos anos próximos em sua capacidade de atacar o adversário, mas que teve um ótimo desempenho defensivo. Jogou impressionantes 82 jogos, vencendo 52 vezes, empatando 18 vezes e perdendo 12 vezes. Fez 146 gols, equivalente a 1,78 por partida, e levou apenas 50 gols, equivalente a 0,61 por partida.

Começou o ano no Campeonato Brasileiro sob o comando de Joubert, terminando em 16º lugar, e atuando com Cantareli, Sérgio Ramirez, Rondinelli, Nélson e Júnior; Merica, Carpegiani e Adílio; Júnior Brasília, Cláudio Adão e Luís Paulo. No Campeonato Carioca conquistou um título histórico, já sob o comando de Cláudio Coutinho, e jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli (Nélson) e Júnior; Carpegiani, Adílio e Zico; Tita, Cláudio Adão e Marcinho.



5º LUGAR: 1957
Taxa de Satisfação: 71,6%
Ataque nesse período: 4º lugar
Defesa neste período: 17º lugar

Um time bastante equilibrado e eficiente, mas que lamentavelmente não conseguiu transformar esta eficiência em troféus. Foi o 4º melhor ataque rubro-negro entre 1950 e 1959, e a 2ª melhor defesa. Jogou 61 jogos, vencendo 40 vezes, empatando 11 vezes e perdendo 10 vezes. Fez 163 gols, equivalente a 2,67 por partida, e levou apenas 71 gols, equivalente a 1,16 por partida, uma média excepcional.

O time organizado pelo treinador paraguaio Fleitas Solich, no Torneio Rio-São Paulo de 1957 terminou com o 2º lugar, sendo vice-campeão, e jogando com Ari, Tomires (Joubert), Milton Copolillo, Jadir e Jordan; Luís Roberto (Édson) e Moacir; Joel, Henrique Frade, Luís Carlos e Babá. No Campeonato Carioca de 1957 terminou em 3º lugar, jogando com Ari, Joubert, Pavão, Jadir e Jordan; Dequinha e Moacir; Joel, Henrique Frade, Dida e Zagallo.



4º LUGAR: 1977
Taxa de Satisfação: 71,8%
Ataque nesse período: 12º lugar
Defesa neste período: 1º lugar

O ano de 1977 terminou sem títulos, mas a qualidade do trabalho que veio a culminar no período épico de conquistas iniciado a partir de 1978 já se percebia. O Flamengo teve neste ano o 2º melhor ataque dos Anos 1970, atrás apenas do ano de 1979, no qual se jogaram duas edições do Campeonato Carioca, tendo havido, portanto, praticamente Estadual o ano inteiro. Jogou 71 jogos, vencendo 45 vezes, empatando 18 vezes e perdendo apenas 8 vezes. Fez 156 gols, equivalente a expressivos 2,20 por partida, e levou apenas 41 gols, equivalente a só 0,58 por partida.

No Campeonato Carioca de 77, treinado por Cláudio Coutinho, acabou vice-campeão, jogando com Cantareli, Sérgio Ramirez (Toninho Baiano), Rondinelli, Dequinha e Júnior; Merica, Carpegiani e Zico; Osni, Cláudio Adão (Luisinho Lemos) e Luís Paulo. No Campeonato Brasileiro, quando perdeu Coutinho para a Seleção Brasileira, sendo treinado por Jaime Valente, terminou em 9º lugar, atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Rondinelli, Dequinha e Júnior; Merica, Carpegiani (Adílio) e Zico; Osni, Cláudio Adão e Luís Paulo.



3º LUGAR: 1976
Taxa de Satisfação: 74,0%
Ataque nesse período: 13º lugar
Defesa neste período: 3º lugar

Um time bastante equilibrado e eficiente dos dois lados do campo, mas que lamentavelmente não conseguiu transformar esta eficiência em troféus. Foi o 3º melhor ataque rubro-negro entre 1970 e 1979, e a 3ª melhor defesa. Jogou impressionantes 86 jogos, vencendo 57 vezes, empatando 20 vezes e perdendo apenas 9 vezes no ano. Fez 185 gols, equivalente a 2,15 por partida, e levou apenas 59 gols, equivalente a 0,69 por partida.

No Campeonato Carioca de 1976, o time de Carlos Froner terminou em 5º lugar, jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Jayme de Almeida, Rondinelli e Vanderlei Luxemburgo; Merica, Tadeu e Zico; Paulinho, Luisinho Lemos e Luís Paulo. No Campeonato Brasileiro de 76, durante o qual Cláudio Coutinho veio a substituir a Froner, terminou em 5º lugar, atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Jayme de Almeida, Rondinelli e Júnior; Merica, Tadeu e Zico; Paulinho, Luisinho Lemos e Luís Paulo.



2º LUGAR: 1955
Taxa de Satisfação: 74,3%
Ataque nesse período: 3º lugar
Defesa neste período: 24º lugar

O Grande Ano Rubro-Negro nos Anos 1950! A temporada que terminou com a consolidação do Segundo Tri! E com um trabalho que foi defensivamente relativamente fraco frente ao desempenho do Flamengo neste período, tendo tão só a 6ª melhor defesa do Flamengo entre 1950 e 1959. Jogou 61 jogos, vencendo 43 vezes, empatando 7 vezes e perdendo 11 vezes. Fez 164 gols, equivalente a 2,69 por partida, e levou apenas 80 gols, equivalente a 1,31 por partida.

O grande time do técnico paraguaio Fleitas Solich, no Torneio Rio-São Paulo de 1955 terminou com um 4º lugar, jogando com Ari (Chamorro), Jorge David, Pavão, Jadir e Jordan; Luís Roberto e Rubens; Evaristo, Henrique Frade (Índio), Paulinho e Babá. No Campeonato Carioca de 1955 foi campeão, terminando em 1º lugar, jogando com Chamorro, Tomires, Pavão, Jadir e Jordan; Dequinha e Paulinho; Joel, Índio, Evaristo (Dida) e Zagallo.



1º LUGAR: 1979
Taxa de Satisfação: 80,9%
Ataque nesse período: 7º lugar
Defesa neste período: 6º lugar

Foi um ano atípico, porque houve duas edições de Campeonato Carioca, e um Campeonato Brasileiro bem curto. A marca rubro-negra no ano foi o fortíssimo poder ofensivo liderado por Zico. Jogou 82 jogos, vencendo majoritariamente 62 vezes, empatando 13 vezes e perdendo somente 7 vezes. Fez incríveis 205 gols, equivalente a 2,50 por partida, e levou apenas 60 gols, equivalente a 0,73 por partida.

O ano todo foi sob o comando de Cláudio Coutinho. Na 1ª edição do Carioca, foi campeão jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli e Júnior; Carpegiani, Adílio e Zico; Reinaldo, Cláudio Adão (Luisinho das Arábias) e Júlio César. Na 2ª edição do Carioca, voltou a ser campeão, desta vez atuando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Rondinelli e Júnior; Andrade (Carpegiani), Adílio e Zico; Tita, Cláudio Adão e Júlio César (Reinaldo). No Campeonato Brasileiro, terminou em 12º lugar, jogando com Cantareli, Toninho Baiano, Manguito, Dequinha e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Reinaldo, Cláudio Adão e Adílio.




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