sábado, 29 de julho de 2023

Melhores Anos do Flamengo entre 1990 e 1999


Para facilitar a comparação histórica, já que a pontuação do futebol mudou ao longo do tempo, a referência aqui será batizada como "Taxa de Satisfação", a qual nada mais será do que o percentual de aproveitamento com a vitória valendo três pontos.

A comparação não será por Temporada, mas por Ano, ou seja, considerando os jogos disputados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Como muitas vezes foi comum, campeonatos de um ano só vieram a ser terminados no início do ano seguinte; assim há algumas vezes pedaços de campeonato caindo num ano e outro em outro.

Por fim, como critério de comparação, não será utilizado ou considerado a quantidade de títulos conquistados. O único critério de definição do ordenamento é a já citada "Taxa de Satisfação" nos moldes explicados.



MELHORES ANOS


10º LUGAR: 1994
Taxa de Satisfação: 50,8%
Ataque nesse período: 10º lugar
Defesa neste período: 6º lugar

O pior ano nos Anos 1990 foi aquele no qual o time rubro-negro teve seu Pior Ataque. Jogou 63 jogos, vencendo 25 vezes, empatando 21 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 83 gols, equivalente a apenas 1,32 por partida, e levou 70 gols, equivalente a 1,11 por partida.

No Campeonato Carioca de 1994, o time treinado por Júnior, o Maestro, terminou em 2º lugar, tendo jogado com Gilmar, Charles Guerreiro, Gélson Baresi, Rogério Lourenço e Marcos Adriano; Fabinho, Marquinhos, Boiadeiro e Nélio; Sávio (Valdeir) e Charles Baiano. Já no Campeonato Brasileiro de 1994, a equipe começou com um time jovem e treinado por Carlinhos, que durante a campanha foi substituído por Edinho, tendo terminado em 14º lugar, um time que jogava com Gilmar, Isael (Henrique), Gélson Baresi, Índio e Marcos Adriano; Charles Guerreiro, Fabinho (Hugo), Marquinhos e Nélio; Sávio e Magno.



9º LUGAR: 1998
Taxa de Satisfação: 51,0%
Ataque nesse período: 8º lugar
Defesa neste período: 10º lugar

Uma equipe que teve um desempenho ruim tanto ofensiva quanto defensivamente. Foi a pior defesa que o Flamengo teve nos Anos 1990. Jogou 64 jogos, vencendo 26 vezes, empatando 20 vezes e perdendo 18 vezes. Fez 99 gols, equivalente a 1,55 por partida, e levou 82 gols, equivalente a 1,28 por partida.

No Campeonato Carioca terminou em 2º lugar, treinado por Joel Santana, e jogando com Clemer, Pimentel (Alberto Valentim), Júnior Baiano, Luiz Alberto e Zé Roberto; Jorginho, Marcos Assunção, Palhinha e Cleisson; Rodrigo Fabri e Romário. No Campeonato Brasileiro foi o 11º lugar, tendo tido três treinadores ao longo da campanha, primeiro Joel Santana, depois Toninho Barroso, e por fim Evaristo de Macedo, e jogando com Clemer, Eduardo, Ricardo Rocha, Luiz Alberto e Wágner; Jorginho, Marcos Assunção, Beto e Iranildo; Rodrigo Fabri (Caio Ribeiro) e Romário.



8º LUGAR: 1993
Taxa de Satisfação: 54,9%
Ataque nesse período: 5º lugar
Defesa neste período: 8º lugar

Com um time bastante vulnerável defensivamente, e também sem tanta força ofensiva, o time jogou impressionantes 102 jogos ao longo do ano, vencendo 46 vezes, empatando 30 vezes e perdendo 26 vezes. Fez 179 gols, equivalente a 1,75 por partida, e levou 120 gols, equivalente a 1,18 por partida.

No Campeonato Carioca de 1993 foi o 3º colocado, iniciou sendo treinado por Carlinhos, e terminou sob o comando de Jair Pereira, tendo jogado com Gilmar, Fabinho, Wilson Gottardo, Júnior Baiano e Piá (Andrei); Marquinhos, Júnior, Djalminha e Nélio; Marcelinho Carioca e Nílson. Na Copa Libertadores foi eliminado nas quartas de final pelo São Paulo. No Campeonato Brasileiro terminou em 8º lugar, começando treinado por Evaristo de Macedo, e terminando treinado por Júnior, e tendo jogado com Gilmar, Jorge Antônio, Júnior Baiano, Rogério Lourenço e Marcos Adriano; Charles Guerreiro, Fabinho e Marquinhos (Nélio); Renato Gaúcho, Casagrande e Marcelinho Carioca. Ainda foi vice-campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores, perdendo a final para o São Paulo.



7º LUGAR: 1995
Taxa de Satisfação: 58,2%
Ataque nesse período: 3º lugar
Defesa neste período: 7º lugar

No ano que ficou marcado pelos festejos do Centenário e pela formação do Ataque dos Sonhos, o time pecou por um desempenho defensivo ruim. No ano, jogou 87 jogos, vencendo 44 vezes, empatando 20 vezes e perdendo 23 vezes. Fez 156 gols, equivalente a 1,79 por partida, e levou 100 gols, equivalente a 1,15 por partida.

No Campeonato Carioca de 1995, treinado por Vanderlei Luxemburgo, terminou em 2º lugar, jogando com Roger, Marcos Adriano, Jorge Luís, Gélson Baresi (Válber) e Branco; Charles Guerreiro, Fabinho, Marquinhos e Willian (Mazinho Oliveira); Sávio e Romário. No Campeonato Brasileiro de 1995 terminou num péssimo 21º lugar, treinado primeiro por Edinho e depois pelo jornalista Washington Rodrigues, o Apolinho, e jogando com Paulo César, Luís Carlos Winck, Cláudio, Ronaldão e Alexandre (Lira); Pingo, Márcio Costa e Djair; Edmundo, Romário e Sávio. Ainda foi vice-campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores, perdendo a final para o Independiente, da Argentina.



6º LUGAR: 1997
Taxa de Satisfação: 59,8%
Ataque nesse período: 7º lugar
Defesa neste período: 5º lugar

Um ano no qual nem ataque nem defesa estiveram entre os melhores da década. Jogou 92 jogos, vencendo 47 vezes, empatando 24 vezes e perdendo 21 vezes. Fez 155 gols, equivalente a 1,68 por partida, e levou apenas 91 gols, equivalente a 0,99 por partida.

No Campeonato Carioca de 1997 foi o 3º lugar, quando foi treinado primeiro por Júnior, e depois por Sebastião Rocha, e jogando com Zé Carlos, Fábio Baiano, Fabiano (Juan), Júnior Baiano e Athirson; Bruno Quadros, Maurinho (Marcelo Ribeiro) e Iranildo; Lúcio, Romário e Sávio. Foi vice-campeão da Copa do Brasil, perdendo a final para o Grêmio. No Campeonato Brasileiro obteve um 5º lugar, que na época foi tido como um desempenho bem ruim, apesar de outros muito piores nos anos bem próximos. O time começou treinado por Sebastião Rocha, substituído ao longo da campanha por Paulo Auturori, e com uma equipe que jogava com Clemer, Fábio Baiano (Leandro Neto), Júnior Baiano, Luiz Alberto e Gilberto; Jamir, Bruno Quadros, Iranildo e Evandro; Lúcio e Sávio.



5º LUGAR: 1999
Taxa de Satisfação: 60,3%
Ataque nesse período: 2º lugar
Defesa neste período: 9º lugar

O Flamengo apresentou uma eficiência em seu sistema ofensivo, com o 2º melhor desempenho naquela década, mas deixou muito a desejar na defesa, a 2ª pior daquela década. Mas foi um ano de glórias: Campeão Carioca e Campeão da Copa Mercosul. Jogou 73 jogos, vencendo 40 vezes, empatando 12 vezes e perdendo 21 vezes. Fez 139 gols, equivalente a 1,90 por partida, e levou 91 gols, equivalente a 1,25 por partida.

No Campeonato Carioca de 1999 ficou com o 1º lugar, superando ao favorito Vasco numa final de epopeia, com uma equipe treinada por Carlinhos e que jogava com Clemer, Pimentel, Fabão, Luiz Alberto e Athirson; Leandro Ávila (Vágner), Jorginho, Beto e Rodrigo Mendes; Leandro Machado e Romário. No Campeonato Brasileiro obteve um 12º lugar, ainda sob o comando de Carlinhos, e jogando com Clemer, Pimentel, Fabão (Célio Silva), Luiz Alberto e Athirson; Leandro Ávila, Maurinho, Marcelo Rosa e Fábio Baiano (Beto); Leandro Machado (Caio Ribeiro) e Romário. Terminou o ano vencendo ao Palmeiras na final para ser campeão da Copa Mercosul.



4º LUGAR: 1992
Taxa de Satisfação: 61,0%
Ataque nesse período: 4º lugar
Defesa neste período: 2º lugar

Um ano com um bom equilíbrio entre as forças defensiva e ofensiva, culminando com o 5º título Brasileiro. Jogou 71 jogos, vencendo 37 vezes, empatando 19 vezes e perdendo 15 vezes. Fez 126 gols, equivalente a 1,77 por partida, e levou apenas 69 gols, equivalente a 0,97 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1992 obteve o 1º lugar, sendo campeão sob o comando do técnico Carlinhos e jogando com Gilmar, Charles Guerreiro, Wilson Gottardo, Júnior Baiano (Rogério Lourenço) e Piá; Uidemar, Júnior, Nélio (Fabinho) e Zinho; Paulo Nunes (Júlio César Goiano) e Gaúcho. No Campeonato Carioca foi 2º lugar, ainda treinado por Carlinhos, e jogando com Gilmar, Cláudio, Júnior Baiano, Rogério Lourenço e Piá; Fabinho, Marquinhos, Júnior e Júlio César Goiano; Paulo Nunes e Gaúcho.



3º LUGAR: 1991
Taxa de Satisfação: 61,2%
Ataque nesse período: 9º lugar
Defesa neste período: 3º lugar

Foi um ano no qual foi campeão carioca, mas não teve resultados ainda melhores porque tinha uma fragilidade ofensiva grande, o 2º pior ataque dos Anos 1990. Jogou 79 jogos, vencendo 41 vezes, empatando 22 vezes e perdendo 16 vezes. Fez 117 gols, equivalente a 1,48 por partida, e levou 77 gols, equivalente a 0,97 por partida.

No Campeonato Brasileiro de 1991 foi treinado por Vanderlei Luxemburgo e terminou em 9º lugar, jogando com Gilmar, Ailton, Wilson Gottardo, Rogério Lourenço e Piá; Charles Guerreiro, Júnior, Marcelinho Carioca e Zinho; Alcindo (Nélio) e Gaúcho. Na Copa Libertadores foi eliminado nas quartas de final pelo Boca Juniors, da Argentina. No Campeonato Carioca de 1991, treinado por Carlinhos, terminou em 1º lugar, jogando com Gilmar, Charles Guerreiro, Wilson Gottardo, Júnior Baiano e Piá; Uidemar, Júnior, Nélio e Zinho; Paulo Nunes e Gaúcho.



2º LUGAR: 1996
Taxa de Satisfação: 63,0%
Ataque nesse período: 6º lugar
Defesa neste período: 4º lugar

Ano no qual foi Campeão Carioca. Foi apenas o 6º melhor ataque rubro-negro entre 1990 e 1999, e a 4ª melhor defesa. Jogou 81 jogos, vencendo 44 vezes, empatando 21 vezes e perdendo 16 vezes no ano. Fez 138 gols, equivalente a 1,70 por partida, e levou 79 gols, equivalente a 0,98 por partida.

No Campeonato Carioca de 1996, treinado por Joel Santana, foi campeão invicto, jogando com Roger, Zé Maria, Jorge Luís, Ronaldão e Gilberto; Márcio Costa, Mancuso e Nélio; Marques, Romário e Sávio. No meio do ano foi campeão da Copa Ouro da Conmebol. No Campeonato Brasileiro de 1996 foi 13º lugar, treinado por Joel Santana, e jogando com Zé Carlos, Fábio Baiano (Rivera), Fabiano (Júnior Baiano), Ronaldão e Athirson (Gilberto); Pingo (Mancuso), Márcio Costa, Iranildo (Caíco) e Sávio (Willian); Marques e Bebeto (Aloísio Chulapa).



1º LUGAR: 1990
Taxa de Satisfação: 64,3%
Ataque nesse período: 1º lugar
Defesa neste período: 1º lugar

Um ano que após o período repleto de glórias nos Anos 1980, foi dado como um retumbante fracasso; no entanto foi o de melhor aproveitamento, com o melhor ataque e a melhor defesa do período de 1990 a 1999! Jogou 83 jogos, vencendo 47 vezes, empatando 19 vezes e perdendo 17 vezes. Fez 164 gols, equivalente a 1,98 por partida, e levou apenas 69 gols, equivalente a só 0,83 por partida. Não venceu nem o Carioca e nem o Brasileiro, mas foi pela primeira vez Campeão da Copa do Brasil!

No Campeonato Carioca de 1990 terminou em 4º lugar, era treinado por Valdir Espinosa, e jogava com Zé Carlos, Mário Carlos (Uidemar), André Cruz, Fernando e Leonardo; Ailton, Júnior, Marcelinho Carioca (Edu Marangon) e Zinho; Renato Gaúcho e Gaúcho. Foi campeão da Copa do Brasil, ao bater ao Goiás na final. No Campeonato Brasileiro de 1990 foi apenas o 11º lugar, treinado por Jair Pereira e jogando com Zé Carlos, Ailton, Vítor Hugo, Rogério Lourenço e Piá (Nelsinho); Uidemar, Júnior, Bobô (Nélio) e Zinho; Renato Gaúcho e Gaúcho.


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