sexta-feira, 30 de novembro de 2012

FÁBIO LUCIANO: o Capitão do Tri

Carreira: 1996-99 Ponte Preta (SP), 2000 Corinthians, 2001 Internacional (RS), 2002-03 Corinthians, 2003-06 Fenerbahce (Turquia), 2007 Colônia (Alemanha) e 2007-2009 Flamengo.
 
Fez 74 jogos e 6 gols com a camisa do Flamengo. Uma trajetória relativamente curta, mas extremamente marcante, sobretudo por sua liderança dentro e fora de campo.
 
 
"(Em 2007) Depois das derrotas nos dois primeiros jogos de Joel, o time se acertou, e aí se materializou a maior arrancada já vista no futebol. Nos 24 jogos que restavam até o fim do torneio, o rubro-negro venceu quinze, empatou quatro e perdeu apenas cinco. Saltou da 19ª para a terceira posição, conseguindo uma gloriosa classificação para jogar a Taça Libertadores do ano seguinte. Por muito pouco o time não terminou como vice-campeão. Teve a chance de ultrapassar o Santos na última rodada, mas se acomodou e perdeu para o Náutico, em Recife. O time que sacramentou o milagre formava com: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson e Toró; Renato Augusto e Souza. No banco: Roger, Maxi e Obina". (A NAÇÃO, pg. 234)
 
"Os sinais da reconstrução pela qual passava o Flamengo ficaram ainda mais nítidos a partir de 2008. O rubro-negro carioca contratou, para o lugar de Joel Santana, o técnico Caio Júnior. Ele havia conseguido terminar o Brasileiro de 2006, dirigindo o Paraná, na 5ª colocação, e o Brasileiro de 2007, dirigindo o Palmeiras, em sétimo lugar, mas figurou o campeonato inteiro nas primeiras posições. Com ele, o Flamengo se manteve na liderança até a 13ª rodada. A equipe era a mesma que faturara o bi carioca, escalada com: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Toró, Ibson e Renato Augusto (Kléberson); Marcinho e Souza. Na reserva ainda tinha nomes fortes, como: Jônatas, Diego Tardelli, Maxi e Obina". (A NAÇÃO, pg. 239)
 
"Assim como em 2007, os treinadores Ney Franco e Cuca se encontravam, só que desta vez sob camisas opostas: agora Ney era o treinador botafoguense e Cuca, o flamenguista. Em 2007, as finais foram decididas nos pênaltis, após dois empates seguidos por 2 a 2. Em 2009, a história se repetiu, com os mesmos dois placares. No primeiro jogo, rubro-negros abriram o placar, os alvinegros viraram, mas um gol de Willians, a seis minutos do final, selou o empate. No segundo jogo, o primeiro tempo terminou 2 a 0, com gols de Kléberson, e parecia que a sorte estava selada e o tri assegurado. Mas o Botafogo empatou o jogo com menos de vinte minutos do segundo tempo. Novo empate por 2 a 2. Assim como em 2007, nas mãos do goleiro Bruno, que pegou três pênaltis, o título foi assegurado. Flamengo tricampeão carioca!!! Botafogo, trivice-campeão!!! O time tricampeão jogava com: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Airton, Willians, Kléberson e Ibson; Emerson e Josiel". (A NAÇÃO, pgs. 244-245)
 
O jogo do Quinto Tri-Campeonato rubro-negro foi o último da carreira de Fábio Luciano, que naquele dia se aposentou dos gramados.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PETKOVIC: o Magistral Gringo

Carreira: 1988–91 Radnicki Nis (Iugoslávia), 1991–95 Estrela Vermelha (Iugoslávia), 1995 Real Madrid (Espanha), 1996 Sevilla (Espanha), 1996–97 Racing Santander (Espanha), 1997–99 Vitória (BA), 1999–00 Venezia (Itália), 2000-2002 Flamengo, 2002-03 Vasco, 2003-04 Shanghai Shenhua (China), 2004 Vasco, 2004–05 Al-Ittihad (Arábia Saudita), 2005-06 Fluminense, 2007 Goiás, 2007 Santos, 2008 Atlético Mineiro, e 2009-2011 Flamengo.

O sérvio Dejan Petkovic fez 196 jogos e 57 gols com a camisa do Flamengo.

 
Um caso raro e excepcional de sucesso de um jogador europeu no futebol brasileiro.

Petkovic, o segundo agachado da esquerda para a direita, pelo Estrela Vermelha, da Sérvia

"Em janeiro de 2000, o Flamengo assinou um contrato milionário de parceria com a ISL, empresa suíça de marketing esportivo, com duração de quinze anos. No papel: a quitação total de todas as dívidas rubro-negras, cotas anuais para a contratação de jogadores e a construção de um estádio e um centro de treinamentos. Com um pouco mais de um ano da assinatura do contrato, a parceria desmoronou: a matriz suíça entrou em concordata em abril de 2001 e deixou de enviar recursos ao Flamengo. Os grandes sonhos que giravam em torno da milionária parceria acabaram ruindo com o fim dela, sem estádio, sem CT e com uma dívida ainda mais volumosa. Com a parceria em vigor, o Flamengo montou uma verdadeira seleção para disputar o Campeonato Brasileiro de 2000: Clemer, Maurinho, Juan, Gamarra e Athirson; Leandro Ávila, Rocha, Alex e Petkovic; Denilson e Edilson". (A NAÇÃO, pg. 212)
 
"Em meio a dias tão tumultuados, ao menos houve uma grande alegria para amenizar as mazelas que se acumulavam. E que alegria! Num jogo histórico, o Mengão faturou o tricampeonato e fez o Vasco tornar-se “trivice”. O time campeão tinha: Júlio César, Alessandro, Juan, Gamarra e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto e Petkovic; Reinaldo e Edilson. Apesar da força de seu time, a conquista foi dramática. O gol da vitória só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, numa cobrança de falta magistral do sérvio Petkovic. Foi a união da dramaticidade do gol de Rondinelli em 1978, no último minuto, com o inesquecível gol de Rodrigo Mendes em 1999. Ambos, juntos, foram invocados naquele instante. O Flamengo havia perdido o primeiro jogo por 2 a 1, e o Vasco tinha a vantagem de dois resultados iguais. O Fla vencia por 2 a 1, com dois gols de Edilson, até Pet se preparar para aquela cobrança. A bola, caprichosamente, entrou no ângulo do goleiro Helton. Um tiro absolutamente indefensável... mais uma taça na Gávea! Flamengo tricampeão carioca!!! Vasco, trivice-campeão!!! Porém, apesar da histórica conquista, aqueles tempos não eram nada tranquilos. O ano de 2001 foi, todo ele, marcado por dois problemas crônicos: atrasos de salário (por conta da falência da ISL) e um clima ruim no elenco por conta dos constantes desentendimentos entre os dois principais jogadores do time: Petkovic e Edilson". (A NAÇÃO, pg. 213)

 
"A história rubro-negra naquele ano, entretanto, começou a mudar na 22ª rodada, passando por três personagens em especial, contratados ao fim do primeiro turno. O primeiro deles foi o zagueiro Álvaro, contratado ao Internacional, que chegava para tentar suprir a ausência de Fábio Luciano. O segundo foi o cabeça de área chileno Maldonado, ex-jogador de São Paulo, Cruzeiro e Santos, e que estava jogando no Fenerbahce, da Turquia. O terceiro foi o meia sérvio Petkovic, herói do quarto tricampeonato rubro-negro em 2001. O trio chegava para dar experiência ao grupo. O mais velho dos três era Petkovic, que voltava ao Flamengo aos 37 anos. A mídia esportiva foi unânime em levantar dúvidas sobre a aposta feita nele, já o davam como vencido para o futebol". (A NAÇÃO, pg. 245)

"A campanha rubro-negra teve atuações memoráveis da dupla Petkovic e Adriano, que obtiveram resultados gloriosos, dentre os quais o mais reluzente foi a vitória por 2 a 0 sobre o então líder Palmeiras, dentro do Parque Antarctica, em São Paulo, com dois gols do meia sérvio, um dos quais tendo sido um gol olímpico. Uma rodada antes, os rubro-negros já haviam batido os são-paulinos, de virada, por 2 a 1 no Maracanã". (A NAÇÃO, pg. 246)
 
"Só a vitória faria o troféu ir parar na Gávea. Até que, aos 26 minutos do segundo tempo, Petkovic cobrou escanteio e o zagueiro Ronaldo Angelim subiu mais do que todos e testou para as redes: 2 a 1. Mengão hexacampeão!!!!!! O futebol do clube voltou a bater marcas: nunca em sua história o rubro-negro carioca havia terminado três Campeonatos Brasileiros consecutivos entre os três primeiros colocados. De quebra, voltou a ter o artilheiro da competição, Adriano, com dezenove gols (desde 1982 o artilheiro máximo do Brasil não era rubro-negro). E outra marca histórica: pela primeira vez ganhou um título estadual e um nacional no mesmo ano". (A NAÇÃO, pg. 249)

 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

JÚLIO CÉSAR: o Salvador de Catástrofes

Carreira: 1997-2004 Flamengo, 2005-12 Internazionale (Itália), e 2012-13 Queens Park Rangers (Inglaterra).
 
Júlio César Espíndola fez 285 partidas com a camisa do Flamengo, tendo estreiado tão só aos 17 anos em 1997. Pela Seleção Brasileira, foram 64 jogos como titular do gol.
 
Suas defesas milagrosas impediram dias ainda piores nos Anos de Martírio vividos na Gávea entre 2002 e 2004. Fora que sua atuação foi determinante na vitória de 3x1 sobre o Vasco que determinou o Tricampeonato Carioca em 2001, ano em que ele assumiu a camisa 1 de titular do Flamengo.
 
 

"A disparidade técnica em relação ao time do Vasco, contra quem o Flamengo, pelo terceiro ano consecutivo, habilitou-se para disputar a final do Campeonato Carioca, não era tão grande como em 1999 e 2000. Em meio a dias tão tumultuados, ao menos houve uma grande alegria para amenizar as mazelas que se acumulavam. E que alegria! Num jogo histórico, o Mengão faturou o tricampeonato e fez o Vasco tornar-se “trivice”. O time campeão tinha: Júlio César, Alessandro, Juan, Gamarra e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto e Petkovic; Reinaldo e Edilson. Apesar da força de seu time, a conquista foi dramática. O gol da vitória só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, numa cobrança de falta magistral do sérvio Petkovic". (A NAÇÃO, pg. 213)
 
"Nestes dias de escassez, sem dinheiro para investir, a aposta rubro-negra para a base do elenco recaía sobre um grupo formado por jogadores oriundos da geração que emergiu dos juniores entre 2001 e 2003. Nele constavam o goleiro Júlio César, o lateral direito Alessandro, os zagueiros André Bahia e Fernando, o lateral esquerdo Cássio, o meia Felipe Melo e os atacantes Andrezinho e Roma". (A NAÇÃO, pg. 220)
 
"Para 2004, o ex-jogador e ex-técnico Júnior, um dos maiores ídolos da história rubro-negra, foi escolhido pela diretoria como coordenador técnico. O novo diretor apostou então no técnico Abel Braga para reerguer a tradição do clube. O começo foi promissor. O Flamengo conquistou o Campeonato Carioca, apesar de ter um time tecnicamente bastante limitado. A principal contratação envolveu a volta do veterano meia Zinho. O time acabou conseguindo ser campeão, formando com: Júlio César, Rafael, Henrique, Fabiano Eller e Roger; Da Silva, Ibson, Douglas Silva (Diogo) e Felipe; Zinho e Jean. Na final, venceu o Vasco. Entre tantas tragédias, houve ali uma breve oportunidade de se ter o que comemorar. Depois dos “vices” vascaínos no tricampeonato rubro-negro de 1999/2000/2001, a torcida rubro-negra fez ecoar nas arquibancadas do Maracanã, com a conquista em 2004, o grito: “Ôôôôô... Vice de Novo!” (A NAÇÃO, pg. 221)
 
"O time, comandado por Abel Braga, que perdeu por 2 a 0 para o Santo André no Maracanã, e deu adeus à Copa do Brasil de 2004 diante de um Maracanã todo em vermelho e preto, entrou em campo com: Júlio César, Reginaldo Araújo, André Bahia, Fabiano Eller e Roger; Da Silva, Douglas Silva, Róbson e Ibson; Felipe e Jean". (A NAÇÃO, pg. 221) 
 
"De 1991 a 1994, o dono da posição foi Gilmar. Com a saída deste, entre 1995 e 1997, houve uma grande sucessão de nomes: Roger, Emerson, Adriano, Sérgio, Paulo César e novamente Zé Carlos passaram por lá. A posição voltou a ter um titular absoluto nas mãos de Clemer, entre 1997 e 2000. Seu sucessor foi Júlio César, arqueiro e ídolo da torcida entre 2001 e 2004. Em seguida, Diego foi titular por um ano e meio, até ser barrado por Bruno, que ficou um longo período defendendo o gol rubro-negro". (A NAÇÃO, pg. 254)

sábado, 24 de novembro de 2012

Radamés Lattari propõe Modelo de Gestão para o Flamengo

Mais uma excelente entrevista do blog Ninho da Nação, desta vez com Radamés Lattari.

Eis abaixo a descrição da entrevista:

- Há quanto tempo é sócio do Flamengo? Qual sua história com o Clube?
Eu fui criado dentro do clube, meu pai já falecido, foi Vice- Presidente de Futebol em 61 e 72, foi Vice - Presidente Social, Diretor de Atletismo, Diretor de Basquete, e Benemérito e em 77 foi candidato a Presidente. O meu avô, Nicola Lattari, me deu nos anos 60 o título de sócio aspirante, categoria que hoje não existe mais, em 1992 transferi o título de sócio proprietário do meu avô para o meu nome.


 - Você exerceu o cargo de diretor executivo de futebol em 2003, mas depois saiu pela questão da hierarquia que o vice de futebol tinha. Qual é o melhor modelo para a gestão profissional do futebol, visto que hoje é comum um clube ter um profissional remunerado, mas os cargos amadores terem ainda força e o trabalho não funcionar? 

Olha, num clube como o Flamengo, eu acredito que o ideal é você ter os seus dirigentes amadores num conselho gestor ocupando as Vice-Presidências e cada um deles com um diretor executivo remunerado, um regime profissional, se as metas forem alcançadas ele recebe prêmios, caso contrário, deve ser demitido.

Que fique claro: o Flamengo não precisa virar empresa, mas deve ser administrado como uma empresa.

Em 2003 o Hélio Ferraz e eu já achávamos que este deveria ser o caminho, mas era um período muito difícil, o clube estava destruído moralmente e financeiramente.


Sua imagem é ligada ao vôlei, aos esportes olímpicos. Porque o apoio à Chapa Azul? 

Eu trabalho desde os 16 anos como profissional do vôlei, mas sempre acompanhei todos os esportes em especial o futebol e o basquete, trabalhei no vôlei do clube em 77 e 84, era um período em que todos os treinadores e atletas de todas as modalidades esportivas tinham um ótimo relacionamento, cito o exemplo do meu amigo Cláudio Coutinho que, todos os dias depois do treino do futebol, vinha treinar vôlei junto com os meus atletas.

Eu tenho diversos motivos para votar na Chapa Azul:

- Todos os componentes estão envergonhados e indignados com a atual situação do clube, muita gente se acomodou, eles não;
- São executivos vitoriosos e com CREDIBILIDADE no mercado;
- A chapa une modernidade e tradição;
- Vai implantar uma filosofia profissional na administração do clube;
- Vai trazer novos ares, novos nomes para a política do Flamengo;
- Vai recuperar o orgulho de ser rubro negro.


 - Dizem que a gestão de Patrícia Amorim investe nos esportes olímpicos/clube social. Mas o balanço divulgado pela diretoria, indica que a receita em 2010 foi de R$ 18 milhões e em 2011 foi de R$ 19 milhões. Ou seja, a gestão Patrícia Amorim não aumentou a receita, mas utilizou dinheiro de outras áreas para cobrir gastos. Como fazer os esportes olímpicos funcionarem pra valer?

Olha eu li uma entrevista do Alexandre Póvoa futuro Vice de Esportes Olímpicos da Chapa Azul e achei muito boa. Eu acredito que a saída é a independência de cada modalidade, o clube deve procurar patrocínio para cada esporte, deve fazer um grande trabalho nas escolinhas do clube, para isso precisa melhorar as instalações, e fazer um trabalho com a categoria Máster, pois é importante que os ex-atletas continuem convivendo e passando suas experiências aos mais jovens.

É precisa cobrar também ajuda do governo federal por tudo que o Flamengo fez e faz pelos esportes olímpicos do Brasil. Nas delegações brasileiras em Olimpíadas, Pan-Americanos e Sul-Americanos o Flamengo sempre cedeu seus atletas sem nada receber, está na hora do governo federal abater as nossas dívidas em troca da utilização dos nossos atletas, que nas comemorações não podem nem vestir a camisa do nosso clube.


- O Conselho de Gestão formado por executivos renomados é a melhor proposta de governo para um clube como o Flamengo? 

 Acho que com este grupo e com este conceito o Flamengo recupera o seu lugar de vanguarda no esporte, e acima de tudo volta a ter credibilidade.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NUNES: o Artilheiro das Decisões

Carreira: 1974-76 Confiança (SE), 1976-78 Santa Cruz (PE), 1978-79 Fluminense, 1979-80 Monterrey (México), 1980-1982 Flamengo, 1983 Botafogo, 1984 Flamengo, 1985 Náutico (PE), 1985 Boavista (Portugal), 1985-86 Santos, 1986 Atlético Mineiro, 1986-1987 Flamengo, 1988 Volta Redonda (RJ), 1989-91 Deportivo Tiburones (México) e 1992 Olaria (RJ).
 
João Batista Nunes de Oliveira jogou, com a camisa do Flamengo, 212 jogos e fez 99 gols.
 
Dos 99 gols feitos com a camisa rubro-negra, 49% deles foram feitos em 1981, que foi sua grande temporada! Em 1980 fez 19 gols, em 1981 fez 48, em 1982 fez 14. Em 1984, em sua segunda passagem, fez mais 14. Na última passagem, fez 4 gols em 1987.
 
 
 
"Era a base que seria campeã nacional, sul-americana e mundial nos dois anos seguintes. Faltavam apenas três peças, que chegaram no início da temporada de 1980, todos três escolhidos a dedo por Coutinho, que, com seu olho clínico, foi “descobri-los”, já não mais tão jovens, jogando em clubes de menor expressão. O zagueiro Marinho foi comprado ao Londrina, do Paraná; o ponta-esquerda Lico, já com 27 anos, contratado ao Joinville, de Santa Catarina, e o centroavante goleador Nunes, que começara a carreira no Santa Cruz, passara em 1978 pelo Fluminense, sem brilhar, e estava no Monterrey, do México. Os três chegaram para fechar o time que entraria para a história rubro-negra como o maior de todos os tempos". (A NAÇÃO, pg. 124)
 
"O rubro-negro abriu o placar na finalíssima, no dia 28 de maio de 1980, diante de 154 mil torcedores que lotavam o Maracanã, logo aos sete minutos do primeiro tempo, com gol de Nunes. Dada a saída para recomeço de jogo, o Atlético imediatamente empatou, no minuto de jogo seguinte à abertura do placar, através de Reinaldo. Antes do intervalo, Zico fez o segundo gol rubro-negro. Mas no segundo tempo, Reinaldo voltou a pôr números iguais na partida. O empate dava o título nacional ao clube mineiro. Até que, aos 37 minutos do segundo tempo, Nunes é lançado pelo lado esquerdo da área. Já quase na linha de fundo, ele consegue desvencilhar-se do marcador e, quase sem ângulo, toca a bola entre o goleiro e a trave atleticana. Gol do Flamengo! O Maracanã explode de emoção. Pela primeira vez em sua história, a Gávea comemorava o título de campeão nacional". (A NAÇÃO, pgs. 127-128)
 
 
"Foi assim que o rubro-negro chegou ao Japão, vestido de humildes chuteiras com trava de borracha frente às poderosas e mais caras chuteiras de trava de metal dos ingleses do Liverpool, que entrou em campo cheio de empáfia. Os sorrisos irônicos de seus jogadores, destes que fogem pelos cantos da boca, mexeram com os brios rubro-negros. Aos treze minutos do primeiro tempo, Nunes aproveitou lançamento de Zico para fazer 1 a 0, transformando os sorrisos irônicos em olhares preocupados. Aos 36 minutos, Adílio fez 2 a 0. Aos 42, Nunes, de novo, sacramentou o 3 a 0. Os times desceram para o intervalo já com a conquista explicitada. E poderia ter sido de mais, se o Flamengo não houvesse passado o segundo tempo administrando o resultado, esperando o tempo correr, diante de um Liverpool que ainda não conseguia entender muito bem o que se passava, cuja empáfia se transformara em abatimento e desorientação. Mengão campeão do mundo! Coisa que, até então, só o Santos de Pelé havia logrado entre as equipes brasileiras". (A NAÇÃO, pg. 131)
 
"(Na final do Brasileiro de 1982:) Um confronto acirradíssimo. No primeiro jogo, empate por 1 a 1 no Maracanã. No segundo, novo empate, agora sem gols, no Olímpico. As duas equipes foram para o terceiro jogo, também em Porto Alegre. O Flamengo mostrou a força de seu time, muito aguerrido e cheio de talentos. Vitória por 1 a 0, com um gol de Nunes logo aos dez minutos do primeiro tempo. O vermelho e o preto, mais uma vez, tingiam o troféu máximo do futebol nacional". (A NAÇÃO, pg. 133)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Calcanhar de Aquiles da Gestão Patrícia Amorim

Haverá quem diga que o Calcanhar de Aquiles de Patrícia Amorim foi a gestão futebol, ou das dívidas. Não foi nem um nem outro, pois ambos foram consequências. Seu Calcanhar de Aquiles foi a incompetência na Captação de Recursos de Patrocínio. É justo que seja dito qua uma parte da responsabilidade, além da Presidente do Vice de Marketing, é também dos Conselhos do clube, especialmente o Fiscal. Ou alguém não se lembra de Capitão Léo, presidente do Conselho Fiscal mandando recado para potencial patrocinador via imprensa?
 
Excelente pesquisa publicada no Blog Teoria dos Jogos, do GloboEsporte. Eis o Panorama 2012 da arrecadação de patrocínio na camisa de futebol:

1)  Corinthians – R$ 42 milhões
(CEF – R$ 30 milhões; Fisk – R$ 10 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

2)  Santos – 33,5 milhões
(BMG – R$ 20 milhões; Netshoes – R$ 5,5 milhões, Seara – R$ 3 milhões; Marabraz – R$ 3 milhões;  CSU CardSystem – R$ 2 milhões)

3)  São Paulo – R$ 32,5 milhões
(Semp Toshiba – R$ 23 milhões; Wizard – R$ 6 milhões*; Tim – R$ 3,5 milhões)

4)  Palmeiras – Entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões*

(Kia – Entre R$ 18 milhões e R$ 25 milhões*; Tim – R$ 2 milhões)

5)  Vasco – R$ 22 milhões
(Eletrobras – R$ 16 milhões; BFG – R$ 4 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

6)   Botafogo – R$ 20 milhões
(Guaraviton – R$ 16 milhões; Havoline – R$ 2 milhões; Herbalife – R$ 2 milhões*)

7 )  Flamengo – R$ 19 milhões
(BMG – R$ 9 milhões; Mobil Super – R$ 5 milhões; Triunfo Logística – R$ 3 milhões; Tim – R$ 2 milhões)

8)   Grêmio e Internacional – Entre R$ 15 e R$ 20 milhões *

(Banrisul + Tramontina + Tim)

10)  Cruzeiro – Entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões*

(BMG + Guará Mix)

11)  Atlético-MG – Entre R$ 12,5 milhões e R$ 15 milhões*

(BMG + MRV)
*Valores estimados
Comentários do blog Teoria dos Jogos:

Obs: Os valores acima foram divulgados na mídia – incluindo estimativas devido às cláusulas de confidencialidade. Não foram consideradas parcerias pontuais firmadas ao longo do ano, bem como aquelas recém-acordadas (caso do Vasco da Gama com a empresa Fertilize). O patrocínio do Palmeiras pelo BMG se dá a título de abatimento de dívidas, não constando nos balanços como “receita” – sendo assim desconsiderado. Por fim, os termos finais dos contratos são variados, com diversos deles se encerrando ao final de dezembro.

Ainda que os valores angariados pelo Corinthians sejam substancialmente inferiores aos da “era Ronaldo” – quando batiam na casa dos R$ 50 milhões – pode-se dizer que a situação atual é favorável, posto que o craque abocanhava fatias consideráveis dos acordos da época. Sendo assim, o Corinthians volta a fazer valer a máxima de “camisa mais valiosa” – desta vez se baseando em um patrocínio estatal calcado em questões bem mais políticas do que mercadológicas. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Entrevista com o Vice de Esportes Olímpicos da Chapa Azul

Entrevista com Alexandre Póvoa publicada no blog NINHO DA NAÇÃO. Póvoa é o Vice de Esportes Olímpicos da Chapa Azul, cujo candidato a presidente é Bandeira de Mello. Segue abaixo:

Confira como foi: 

Você foi atleta de basquete do Flamengo. Que ano foi, como foi e porque abandonou as quadras? 

Fui atleta do Flamengo entre 1984 e 1995 (12 anos). Joguei em categorias de base e na categoria profissional, até o final do meu último ano de faculdade de Economia na UFRJ.

Deus me propiciou a dádiva de vestir o manto sagrado durante doze anos, e com muita luta tipicamente rubro-negra (nunca fui um grande talento, mas sempre fui capitão dos times que joguei), sagrei-me cinco vezes campeão carioca e duas vezes campeão brasileiro de basquetebol. Fui convocado diversas vezes para seleções carioca e brasileira. Meu apelido no basquete era Pocotov (em homenagem a um atleta russo).

Infelizmente, quando terminei a faculdade, tive que escolher um caminho – a Economia ou o esporte. Minha decisão racional foi pela primeira opção, até porque não era exatamente um “Michael Jordan” (rs).

Recebi da Chapa Azul o convite de assumir a vice-presidência de esportes olímpicos do Flamengo (função que será estratégica, com executivos tocando o dia-a-dia do clube, em um formato completamente diferente do atual). Impossível recusar a convocação, até porque me considero um privilegiado e devedor de tantas alegrias.

Vivi boa parte de minha juventude dentro do nosso clube, nas décadas de 80 e 90. No basquete, tive a honra de participar de uma das gerações mais vitoriosas de nossa rica história, tendo jogado, mesmo muito jovem, com jogadores-símbolos flamenguistas, como Carioquinha, Almir e Pedrinho. Pouco vi o Flamengo perder, em qualquer categoria ou esporte, em nosso pequeno alçapão do Ginásio Togo Renan Soares (Kanela), que também abrigava grandes embates de futebol de salão. Na pequena quadra improvisada do lado, assistia ao treino do vôlei, onde o grande capitão olímpico Nalbert surgia. Andando pelo clube sempre lotado, passava pelo sempre destacado judô e a vitoriosa ginástica olímpica, com a Luiza Parente exibindo os seus primeiros saltos. Um pouco mais adiante, nadava Ricardo Prado, que mais tarde seria medalhista olímpico. No espaço do remo, fazíamos a nossa musculação, sob o olhar atento do lendário técnico Buck e dos irmãos Carvalho, que surgiam sob a admiração da juventude. Escolinhas lotadas, todos disputando espaço. Tempos em que uma ajuda de custo e um vale-lanche eram os principais sonhos de consumo dos atletas, ainda amadores.

No campo de futebol, então, era um êxtase chegar todo dia um pouco mais cedo, para sentar naquela velha arquibancada e se deliciar com o nosso ídolo maior, Zico, além de Júnior, Leandro, Adílio, Andrade, Renato Gaúcho, Bebeto, entre tantos craques.

Enfim, está na hora de voltar aos velhos tempos de vitória.


Quais serão os pilares de sua administração com os esportes olímpicos?

O clube se degradou em vários aspectos ao longo dos anos. O esporte olímpico foi maltratado por algumas administrações e não é surpresa a existência de certo estado de insegurança, caso a chapa da situação não ganhe a eleição. Quero dizer que respeito o trabalho realizado pela atual diretoria em relação aos esportes olímpicos, mas acredito que o nosso Flamengo, na sua grandeza como instituição, merece e pode fazer muito mais para desenvolver o nosso verdadeiro potencial esportivo.  (grifos próprios)


A defasagem entre o desenvolvimento dos esportes olímpicos dentro das arenas e do amadorismo da estrutura diretiva é flagrante. Enquanto os atletas se profissionalizaram e, com todo o mérito, passaram a ter seus trabalhos valorizados, alguns grupos políticos acreditam que ineficientes estruturas, literalmente do século passado, ainda servem para o nosso Flamengo. O modelo atual de gestão simplesmente faliu e nem o dirigente amador com a maior boa vontade e paixão do mundo será capaz de ressuscitá-lo.

Acreditamos que somente uma organização esportiva 100% profissional terá competência para arrecadar os recursos necessários – através do aproveitamento de leis de incentivo fiscal, atração de patrocínios via credibilidade de quem negocia, conquista de maior número de sócios e/ou garantia de maior frequência nas escolinhas – para construir um clube do tamanho que merecemos. Diferentemente do "bonde" que o Flamengo literalmente perdeu com o evento da Copa do Mundo (clubes conseguiram até estádios financiados pela boa vontade do Governo Federal), temos que aproveitar de forma integral o evento das Olimpíadas de 2016 no Rio para melhorar nossas instalações esportivas, desenvolver e atrair atletas de ponta e, sobretudo, criar e formar a base da talentosa geração rubro-negra do futuro.

Nosso trabalho: Vice-Presidências estratégicas + Estrutura executiva totalmente profissionalizada + espírito amador da comunidade rubro-negra = Vitória no campo humano e esportivo. Voltaremos a ser imbatíveis! -


A gestão do Clube será feita através de um Conselho de Administração, no qual os vice-presidentes farão parte. Qual de fato será a missão desse Conselho e qual sua importância para a tomada de decisões.

O modelo é simples: Teremos um conselho formado por até 9 vice-presidentes (tentaremos manter abaixo de 10, porque passou de uma dezena há pressão para aumentar), que discutirão todos os assuntos do clube, em reuniões semanais. A partir das deliberações, o Diretor Geral e os Diretores Executivos das quatro unidades autônomas– Futebol, Esportes Olímpicos, Fla- Gávea e Remo – terão total liberdade de atuação. Será realizado um planejamento estratégico com orçamento e metas, como em qualquer empresa, que será reavaliado semanalmente. A estrutura abaixo dos diretores executivos será também totalmente profissionalizada.

Os profissionais serão avaliados periodicamente, sendo premiados os que cumprirem as metas e “punidos” quem não for bem. Com essa filosofia, o dirigente amador se afasta do dia-a-dia do clube, deixando a cargo dos profissionais de confiança a execução do plano estratégico de cada área (traçado pelo Comitê Gestor).


O que você pode trazer da atuação no setor empresarial, gestão de negócios, para a administração de esportes olímpicos do Flamengo?

Fui atleta e hoje trabalho no setor privado. Já trabalhei em grandes bancos, hoje sou um dos sócios controladores de uma empresa de gestão de recursos. Aprendi, no esporte e na vida profissional, que o sucesso na vida depende 80% de transpiração inteligente e apenas 20% de sopros de talento. Foi assim que consegui ter certo destaque no basquete (muita raça, sempre era o primeiro a chegar para treinar e o último a sair).

Não existe sucesso sem princípios profissionais aliados ao amadorismo de quem ama o que faz ou o clube. A Chapa Azul não poupará esforços para nos colocar em um patamar muito superior ao atual, dentro da estatura que merece a grandeza do Flamengo.

Qualquer boato ou informação contrária devem ser imediatamente repelidos. Sabemos que o nosso papel de montar uma estrutura profissional, condizente com as exigências do Século XXI, só alcançará frutos se combinado com a competência, talento e, sobretudo, raça, amor e paixão dos atletas, comissões técnicas, professores, funcionários, mães, pais e filhos, com quem temos o prazer de conviver diariamente na Gávea.


O esporte olímpico terá uma equipe de marketing exclusiva?

Trabalharemos em conjunto com o futuro Vice-Presidente de Marketing para definir esse assunto, ainda em aberto.


Já existe um nome para ser o executivo contratado para tocar os esportes olímpicos?

Não há um nome, mas existe um perfil ideal definido: Tem que ser um profissional de reconhecido sucesso, que alie conhecimento técnico ao perfil gerencial. O cargo é importantíssimo, já que será o link com os gerentes executivos que teremos em cada esporte. Portanto, não pode ser uma pessoa que pense somente em esporte, mas também tenha uma visão maior do clube e do negócio; mas não pode ser um profissional somente de “gabinete”, tem que conhecer esporte para interagir com os atletas, diversos profissionais e gerentes de cada esporte.


Em 2010 o Flamengo teve uma receita de R$ 18 milhões, em 2011 foi de R$ 19 milhões. Mas as despesas sempre foram maiores: em 2010 R$ 45 milhões e 2011 gastos R$ 35 milhões. Como equilibrar as contas, como tornar os esportes olímpicos superavitários?

Temos que nos organizar de forma competente para arrecadar os recursos necessários – através do aproveitamento de leis de incentivo fiscal (por que não criar um grupo especialista no assunto, como existem no Minas Tênis e Pinheiros?), atração de patrocínios via credibilidade de quem negocia (esse é o grande trunfo de nossa chapa), conquista de maior número de sócios (campanha competente de sócio-torcedor e outros) e/ou garantia de maior frequência nas escolinhas (consequência de um clube mais forte).

A idéia é que as receitas correntes - escolinhas + sócios + captações de leis de incentivo sejam suficientes para manter a estrutura do clube funcionando. O ideal é que os patrocínios sejam usados basicamente para fazermos grandes times ou trazermos atletas de ponta.


Como explicar o fato do Clube ter um campeão olímpico e bicampeão mundial e a imagem do Cielo não ser utilizada, a piscina não ter sido reformada. Tem explicação?

Não conheço o contrato do Cielo, seria leviano criticar. Portanto, tudo que eu vou falar é em tese. Acho importante a atração de ídolos, para ganharmos campeonatos no curto prazo e atrair jovens para a formação de atletas e cidadão nos longo prazo.

Agora, o ídolo tem que treinar no Flamengo, estar presente no dia-a-dia do clube e se colocar à disposição para campanhas do clube, a qualquer momento. Afinal, ele é atleta do Flamengo, que sempre será muito mais importante que qualquer um de nós.

Contratar um atleta olímpico para que ele não apareça no clube e, ainda por cima, com a sua “arena” (no caso, a piscina) em péssimo estado me parece contraproducente inclusive para a motivação dos atletas que estão lá, vivendo o dia-a-dia do Flamengo. Fui atleta e sei exatamente o efeito psicológico nefasto que isso pode trazer nos atletas da casa. Eles são o nosso maior ativo, que devem ser valorizados sempre.


O que poderia dizer para os profissionais sérios e competentes dos esportes olímpicos do Flamengo que ainda não se decidiram pela chapa Fla Campeão do Mundo?

Aos atletas e técnicos, a certeza que nosso compromisso é com a excelência. A condição para que o Flamengo participe de uma competição de alto nível é que as equipes tenham a estrutura de preparação disponível e o compromisso inegociável com a vitória. Nas categorias de base, nossa meta sempre será a boa formação da pessoa e do atleta, exatamente nessa ordem.

Com planejamento estratégico, execução profissional e fim da interferência amadora, as chances de alcançarmos os resultados esperados aumentarão exponencialmente.

Aos professores de escolinhas, a certeza de que o belo trabalho de vocês, junto com um suporte mais forte de nossa parte, será continuado de uma forma muito mais produtiva, através da busca permanente de melhor infraestrutura e condições de trabalho.

Às mães e pais, como eu, de atletas federados e das escolinhas, nosso profundo respeito (sei como sofremos e torcemos!!!) e a certeza que o nosso maior investimento será na formação de nossos filhos como cidadãos capazes de seguir a construção de um clube e um país que sonhamos.


E por fim, o Fluminense acaba de abrir as portas do clube para o torcedor alterando seu estatuto, dando uma série de benefícios e o direito a voto. A expectativa é que 20 mil sócios entrem no programa ano que vem, ajudando também na receita do Clube. Existe da chapa o interesse em logo quando assumir, pedir a alteração do estatuto para fazer um sócio-torcedor tratando o seu torcedor como cliente de fato do Clube e democratizando o colégio eleitoral?

O Flamengo conta hoje com 40 milhões de torcedores em todo o território nacional, simplesmente a maior torcida do mundo. Em contrapartida a esse orgulho, a triste realidade de um clube que conta com um número de apenas 6 mil sócios com condições de votar e decidir o futuro da maior paixão brasileira. Desse grupo, nas últimas eleições, apenas cerca de 2 mil se dispuseram a sair de suas casas para votar. Nada mais lamentável, mas cada sócio rubro-negro deve ter a consciência de que está representando cerca de 7 mil flamenguistas por todo o planeta.

O ciclo vicioso, então, se repete a cada eleição. Um pequeno grupo de rubro-negros elege uma chapa que simplesmente não consegue fazer que na eleição seguinte o quadro mude. Estes mesmos dirigentes trabalham em suas atividades particulares e chegam ao final do dia no clube para começar a se inteirar dos problemas e tomar decisões. Enquanto isso, as empresas de marketing, os empresários de jogadores e os patrocinadores trabalham vinte quatro horas por dia, de forma completamente profissional, para atender legitimamente os seus interesses. Infelizmente, nos últimos anos, a reunião de dirigentes amadores normalmente despreparados com profissionais preparados defendendo seus interesses sobre uma marca como o Flamengo, tem gerado enormes prejuízos financeiros e, sobretudo, morais ao nosso clube.

A marca Flamengo merece se melhor tratada. Outra lenda que foi completamente desmistificada nos últimos anos foi de que “um clube, para ter um aumento de sua base de sócios torcedores, necessitaria possuir um estádio”. Acreditando nessa outra mentira que virou verdade de tanta repetição, vimos diversos times, com e sem estádio, aproveitarem a onda do sócio-torcedor e chegarem a mais de 100 mil sócios (caso do Inter) e entre 50 e 70 mil (casos de Grêmio, Corinthians e São Paulo) e entre 20 e 40 mil (Vasco, Santos, Atlético Paranaense e Cruzeiro). É triste ver uma classe de rubro-negros se orgulhando que o Flamengo ultrapassou a marca de 10 mil sócios, enquanto o Ceará, com todo o respeito que merece, conta com 16 mil sócios. É muito triste assistirmos ano após ano a falta de uma mínima competência para transformar a força do Flamengo em renda para o clube. A verdadeira obsessão pelo famoso patrocínio master cega a mais óbvia conclusão de que há muito mais que um competente departamento de marketing profissional pode executar. Qual a empresa no mundo que não gostaria de contar com 40 milhões de clientes fiéis, na alegria ou na tristeza, e que nunca vão migrará para outra companhia, por mais incompetente que seja a direção dessa companhia?

A quem interessa, então, esse modelo? Parece tão óbvio que a profissionalização total do clube é o caminho, que somente interesses menores e pessoais justificam a resistência. De repente, profissionais de sucesso em suas respectivas atividades resolvem se juntar para formar uma chapa para disputar as eleições no Flamengo. Para dar um basta entre a triste Escolha de Sofia nas últimas décadas entre optar pelos bem intencionados desprovidos de competência e os aproveitadores de plantão. Tudo que os flamenguistas sonharam para fechar o gap entre o esporte que se tornou altamente profissional e a estrutura amadora dos dirigentes rubro-negros.

Por isso, me senti na obrigação de colaborar e tentar retribuir tudo que o Flamengo já me deu na vida. Votando na CHAPA AZUL, teremos o nosso Flamengo de volta.

domingo, 18 de novembro de 2012

A pesquisa da discórdia

Eleições 2012 no Flamengo.

Eis os números da pesquisa que tem gerado muita polêmica entre os candidatos à Presidência, que acusam a Chapa Azul de tê-la falsificado:

Teriam sido escutados 2.400 sócios (uma amostragem extremamente significativa, já que são 4.990 sócios com direito a voto).

Bandeira de Mello - 1.210 votos (50,4%)
Patrícia Amorim - 358 votos (14,9%)
Ronaldo Gomlevsky - 132 votos (5,5%)
Jorge Rodrigues - 110 votos (4,6%)
Lysias Itapicuru + Maurício Rodrigues - 24 votos (1%)

Não quiseram declarar voto 23,6% dos 2.400 sócios ouvidos pelo serviço de telemarketing contratado (isto equivale a 566 votos em aberto).

Fato 1: Patrícia Amorim se elegeu em 2009 com pouco menos de 800 votos.
Fato 2: mesmo se todos os 566 votos não declarados fossem de Patrícia, 566 + 358 = 924. Seriam ainda assim 286 votos a menos que a Chapa Azul.

Se é realista ou falsificada, só o dia 3 de dezembro dirá. É anotar no caderninho e comparar os números com o resultado final.

sábado, 17 de novembro de 2012

A Modernização nunca foi um processo simples e fácil, sempre foi desgastante e sob forte resistência...

"O Flamengo sempre parecia mais vivo, mais agitado, como em ebulição permanente. No início dos anos 30, o Flamengo estava em guerra, e estando em guerra, aceitou a disciplina prussiana de Bastos Padilha, seu novo presidente. O mais curioso é que Padilha pertencera à República Paz e Amor, vivera aquela vida de estudantes. Padilha queria transformar o Flamengo no maior clube do mundo. Mandou construir o estádio da Gávea (há anos o Flamengo fora despejado de seu primeiro estádio, na rua Paissandu). Aquilo foi taxado como uma loucura. Construir um estádio de futebol naquele pântano de fim de mundo. Em 1930, se questionava como as pessoas chegariam à região da Gávea. Não dava. Padilha foi ainda buscar um técnico europeu e encheu o Flamengo de jogadores argentinos. Também contratou os maiores jogadores que haviam passado pelo Rio de Janeiro. O clube parecia pronto para consolidar-se como o Mais Querido do Brasil". (A NAÇÃO, pg. 44)
 
"O presidente do Flamengo, José Bastos Padilha, estava disposto a transformar o Flamengo no maior clube do mundo. O projeto começou com a tentativa de formar um supertime, em 1936, para voltar a vencer o Campeonato Carioca, coisa que, como foi dito, o Flamengo não conseguia desde 1927.
 
O segundo ponto do projeto era a construção do estádio da Gávea (na época, dizia-se que aquela área era um lodaçal de fim de mundo, num terreno que anos depois se tornou uma das áreas mais nobres e de maior concentração de renda da cidade, entre os bairros da Lagoa e da Gávea). O Flamengo carecia, com urgência, de um estádio. (...) se conseguiu o terreno na Gávea, onde começou a construção do novo estádio. Entre 1933 a 1938, antes da conclusão da obra, o Flamengo teve que mandar seus jogos no campo do Fluminense, nas Laranjeiras, que ficava em frente – literalmente do outro lado da rua – ao campo da rua Paissandu.
 
O terceiro passo foi a contratação, em 1937, de um treinador estrangeiro, o húngaro Dori Kruschner. A Hungria, vice-campeã do mundo em 1934, era tida como a elite do futebol mundial, junto à Itália, que vencera as Copas do Mundo de 1934 e 1938. Kruschner não falava português, necessitava de tradutor. Mas, ainda assim, introduziu um sistema de jogo até então novo no Brasil, a formação tática batizada de WM. A revolução na forma de jogar à qual se propôs o levou a ter problemas de relacionamento com jogadores, que questionavam seus métodos. O maior problema foi com Fausto, uma das estrelas do time, e conhecido amante das noites cariocas. O húngaro ficou exatos dezessete meses no Flamengo. Estreou em 11 de abril de 1937 (vitória de 5 a 3 sobre o Atlético Mineiro) e saiu em 11 de setembro de 1938, uma partida após a primeira que foi disputada no recém inaugurado estádio da Gávea (derrota de 2 a 0 para o Fluminense).

O quarto passo de Padilha, complementando a internacionalização do Flamengo, foi a contratação de uma leva de jogadores argentinos. O primeiro a chegar foi o goleiro Talladas, que estreou em 11 de abril, na vitória sobre o Atlético-MG, na qual também estreava o treinador húngaro Dori Kruschner. Em 11 de julho, o Flamengo fez um amistoso contra o combinado Becar-Varella, formado por jogadores argentinos que, insatisfeitos, haviam abandonado a liga de seu país. Deste combinado, o Flamengo adquiriu os meias Arcadio Lopes e Villa, e os atacantes Cosso e Valido". (A NAÇÃO, pgs. 49-50)
 
"Dori Kruschner chegou com a fama de maior técnico de futebol da Europa. Seus problemas no Flamengo começaram quando ele achou que Fausto não aguentava mais dois tempos. Quis botá-lo de beque, jogando na defesa. A turma do Café Rio Branco, com o ex-técnico Flávio Costa à frente, resmungou. Fausto recusou-se a jogar na zaga. Foi afastado por Padilha. O Café Rio Branco arrumou até advogado para ele. Eclodiu a perseguição a Kruschner. Onde já se vira aquilo, mandar buscar um treinador na Europa? Onde já se vira querer ensinar futebol? Futebol já se nascia sabendo, o que era bom se nascia feito, resmungava a turma do Rio Branco. Em sua primeira temporada, as vitórias abafaram a crítica. Em seu segundo ano à frente da equipe, sem Fausto, que, para o Café Rio Branco inteiro, caíra pelas mãos do húngaro, aumentaram as críticas. Piorou depois da decisão de recuar um pouco o Leônidas. Aí o Rio Branco decidiu que deveria vaiar o time, para forçar a queda de Kruschner. Ele foi batizado de O Açougueiro de Viena, em alusão ao império austro-húngaro, que apoiara os alemães na Primeira Guerra Mundial. Assim foi, tome vaia cada vez que o time entrava em campo. Não demorou muito e Kruschner caiu.
 
O técnico húngaro Dori Kruschner
 
Apesar da bela campanha no Carioca de 1937, o vice-campeonato ficou entalado. Após o fim do torneio, dos cinco argentinos que chegaram, apenas Valido continuou. No Torneio Municipal – entre os Cariocas de 1937 e 1938 – o Flamengo fez campanha pífia: cinco vitórias, um empate e dez derrotas. Mas vale ressaltar que seus dois principais jogadores, Domingos e Leônidas, estavam disputando a Copa do Mundo de 1938, na França. O receio de novo fracasso colocou o húngaro na berlinda. O técnico Dori Kruschner, depois do fim do campeonato, passou a ter problemas com o grupo, que parece que o boicotou propositalmente para que ele caísse. Ele acabou demitido, mas o título não veio mesmo assim. O Flamengo foi novamente vice-campeão, e o Fluminense conseguiu conquistar o segundo tricampeonato carioca de sua história naquele ano". (A NAÇÃO, pgs. 51-52)
 
Se não fosse o espírito revolucionário-modernizador de José Bastos Padilha, avô do diretor José Padilha, de Tropa de Elite, talvez o Flamengo jamais tivera vindo a ser o que é hoje. Foram naqueles tempos que o Flamengo pavimentou sua história como "O Mais Querido do Brasil".

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Desempenho dos Primos do Flamengo em 2012

Parabéns à Nação Rubro-Negra! 117 anos de fundação do clube! 100 anos de futebol!
Para celebrar o aniversário do Flamengo, neste 15 de novembro de 2012, vamos fazer um balanço dos primos do Clube de Regatas do Flamengo espalhados pelo Brasil e pelo Mundo.
 
Na América do Sul Hispânica:
 
O Flamengo de Sucre esteve perto de conseguir acesso para a 1ª divisão da Bolívia. Disputando a Liga Nacional B da temporada 2011/12, acabou como 3º colocado no Grupo A, atrás de Petrolero e Destroyers, que acabaram campeão e vice no Quadrangular Final e avançaram à Liga Nacional A, deixando a 3ª posição para o Jorge Wilstermann, que já foi adversário do Flamengo na Libertadores, e seguirá na segunda divisão na temporada 2012-13. Em 12 jogos, foram 6 vitórias, 3 empates e 3 derrotas.
 
O Flamengo de Chiclayo (da cidade de Leonardo Ortiz) não teve bom resultado na Liga Departamental de Lambayeque, foi eliminado na 1ª fase e não avançou para as semi-finais, fase em que o representante de seu grupo foi o Cruz de Chalpón. O campeão foi o Pomalca, que avançou para disputar a Copa Peru.
 
O Flamengo de Latacunga não conseguiu avançar do Zonal de Cotopaxi, primeira fase do campeonato de Segunda Categoria (3ª divisão do Campeonato Equatoriano).
 
Na Inglaterra:
 
O Flamengo FC, de Birmingham, acabou em 9º lugar, entre 14 participantes, na Division One (2ª divisão) na temporada 2011-12 da Birmingham Amateur Football Association. O campeão foi o Athletic Sparkh e o vice o Kingstanding. A campanha do rubro-negro inglês teve 9 vitórias, 4 empates e 13 derrotas. A temporada 2012-13 já começou:
 
Na Africa:
 
O Flamengo de Ngagara foi 10º colocado no Campeonato Nacional do Burundi, temporada 2011-12, ficou uma posição acima do corte de rebaixamento para a 2ª divisão. O campeão foi o Vital'ô. A campanha do rubro-negro da ex-colônia francesa: 4 vitórias, 5 empates e 13 derrotas.
 
O Flamengo de Pefiné não conseguiu acesso para a 1ª divisão de Guiné-Bissau, e seguirá mais uma ano na 2ª divisão.
 
O Uniao Flamengo Santos também não teve uma boa temporada, acabou na 13ª posição na Premier League 2011-12 de Botswana. Eram 16 participantes e os três últimos foram rebaixados, logo o time que une o nome de dois clubes brasileiros e o uniforme igual ao da Seleção da Argentina por muito pouco não foi rebaixado.
 
No Brasil:
 
No Campeonato Piauiense, o tradicional Flamengo do Piauí acabou o torneio 2012 como vice-campeão, tendo perdido a final para o Parnahyba. O Flamengo disputará a Copa do Brasil 2013.
 
No Campeonato Paraibano, em seu 1º ano na 1ª divisão o Flamengo da Paraíba acabou o campeonato 2012 na 10ª e última colocação, sendo rebaixado para a 2ª divisão.
 
No Campeonato Paulista da 3ª divisão, o Flamengo de Guarulhos foi o 16º colocado entre 20 participantes, seguirá na 3ª divisão em 2013.
 
Entre os "Primos de 2º Grau" (que tem o mesmo escudo e o mesmo uniforme, e só o nome é diferente) holofotes na 3ª divisão do Campeonato Brasileiro 2012. O Guarani de Sobral, do Ceará, campeão da 4ª Divisão do Brasileiro em 2011, foi o 10º e último colocado do Grupo A, caindo de novo para a 4ª Divisão; e o Oeste, de São Paulo, acabou a 1ª fase em 4º lugar no Grupo B, eliminou o Fortaleza nas quartas de final e garantiu acesso à 2ª Divisão em 2013.
 
Veja aqui no blog:
 
 
 
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Grupo de suporte à Chapa Azul está ainda mais fortalecido

CHAPA AZUL
Presidente: Eduardo Bandeira de Mello
Diretor Executivo: Wallim Vasconcellos
Vice-presidente Geral: Wálter D'Agostino
Vice de Patrimônio: Rodolfo Landim
Vice de Administração: Cláudio Pracownik
Vice de Esportes Olímpicos: Alexandre Póvoa
O grupo tem ainda João Henrique Areias (possível Vice-presidente de Marketing).

Eduardo Bandeira e Wallim Vasconcellos são do BNDES; Rodolfo Landim é ex-presidente da BR Distribuidora, da Petrobras; Wálter D'Agostino é desembargador público; Cláudio Pracownik tem um extenso curriculum: Bancos Pactual e Bozano-Simonsem, Ágora Corretora, Brasif, etc; e Alexandre Póvoa é ex-economista-chefe do Banco Modal.

Grupo de Empresários apoiando a Chapa Azul: Roberto Medina (Rock in Rio), Carlos Langoni (FGV e ex-Banco Central), Flávio Godinho (Grupo EBX), Luiz Eduardo Baptista (presidente da Sky), Ruben Osta (presidente da Visa), Rômulo de Mello (presidente da Cielo), David Zylbersztajn (DZ Negócios com Energia, e ex-Diretor da ANP), Rodrigo Tostes (Cedae), Frederic Kashar (Editora Globo) e Sérgio Brandão (G2 Brasil).

MODELO DE GESTÃO NO FUTEBOL
Comitê Gestor composto por ZICO (como conselheiro não remunerado), Vice de Futebol (a ser escolhido) e um terceiro membro.

MODELO DE PATROCÍNIO
"Vamos montar um novo conceito de patrocínio master. Seriam três patrocinadores master, com rodízio de espaço na camisa. Três cotas de R$ 14 milhões, R$ 15 milhões. Acho que é um conceito inédito. Essa ideia partiu de eventuais candidatos a patrocinadores"

Se era um grupo que carecia de experiência na política interna do clube, não carece mais. Wálter D'Agostino tem bastante experiência na política interna do clube, e Márcio Braga já não oferece mais um "apoio tímido", está integralmente apoiando o grupo.

 
Veja também aqui no blog:

Uma Breve História da Política do Flamengo

Recordar é viver: Resultado das Eleições de 2009

Debate entre candidatos à Presidência do Flamengo foi frustrante

Eleições 2012: redistribuídas as cartas, eis os candidatos à presidência do Flamengo

sábado, 10 de novembro de 2012

Eleições 2012: redistribuídas as cartas, eis os candidatos à presidência do Flamengo

Muita coisa mudou desde que as 8 chapas iniciais foram inscritas. Agora 6 estão homologadas, e com mudanças. Vamos à atualização:

A chapa da situação é "Tua Glória é lutar" com Patrícia Amorim para presidente, e com Paulo Cezar da Costa Mattos Ribeiro como vice-presidente; ele é atualmente vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube. O vice-presidente de futebol deverá ser Marcos Braz, com Zinho devendo seguir como Diretor Executivo.

A chapa "Flamengo Campeão do Mundo" teve a candidatura de Wallim Vasconcellos e Rodolfo Landim impugnadas. A nova formação terá Eduardo Bandeira para presidente, como Wálter D'Agostino para vice-presidente geral. O primeiro é ex-chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES e o segundo é Desembargador Público. O vice-presidente de Marketing provavelmente será João Henrique Areias. Haverá um Diretor-Geral, que será Wallim Vasconcellos. A estrutura do futebol não tem maiores definições ainda. O grupo de apoio à chapa é forte: a começar por Zico, que os integrantes da chapa tentarão até o fim convencer a assumir como Diretor de Futebol. O grupo de apoio conta ainda com os presidentes da Cielo, da Sky e da Visa, e com um conselheiro do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista. Entre as figuras da política interna rubro-negra, Márcio Braga e Delair Dumbrosck declararam apoio à chapa.

A chapa "Planeta Fla" traz Ronaldo Gomlevsky como candidato a presidente, seu vice-presidente geral mudou, agora é o ator Milton Gonçalves. Evaristo de Macedo como vice-presidente de futebol e Dejan Petkovic como diretor executivo do futebol. José Maria Sobrinho será o vice-presidente de remo, restando saber se acumulará a gestão de outros esportes olímpicos; ele foi vice de futebol em 2004, quando o presidente era Márcio Braga e Júnior era gerente do Fla Futebol.
 
A chapa "Fla Único" que traz Jorge Rodrigues, executivo da Triunfo Logística, uma das atuais patrocinadoras do futebol do clube, como candidato a presidente, tem como vice-presidente a Sérgio Veiga Brito, filho do ex-presidente do clube Luiz Roberto Veiga Brito (presidente entre 1966 e 1968) e de longa data alinhado ao grupo político liderado por Márcio Braga.

A chapa "Flamengo Nova Geração" traz mais uma vez Lysias Itapicurú como candidato a presidente, seu vice-presidente é Darcy Lima da Rosa Junior. Lysias foi presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Empresariais e é professor da Fundação Getúlio Vargas.

A chapa "Orgulho de ser Rubro-Negro" tem Maurício Rodrigues como candidato a presidente e Francisco Gulart como vice-presidente. Maurício é filho do ex-presidente Hélio Maurício (presidente entre 1972 e 1976), é publicitário e tem pouquíssima experiência com a política do clube, pois mora há muitos anos em São Paulo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

INDIO: a Sombra de Dentro da Área

Carreira: 1947-49 Bangu, 1949-1957 Flamengo, 1957-58 Corinthians, 1959-64 Espanyol (Espanha) e 1965 América (RJ)
 
Aluísio Francisco da Luz, com a camisa do Flamengo, fez 202 jogos e 134 gols.
 
 
 
"O Flamengo interrompeu uma sequência de oito campeonatos sem títulos com um dos trios de ataque mais fortes de sua história: Rubens, Índio e Benítez. Ainda tinha Joel na ponta-direita e Esquerdinha na ponta-esquerda. O goleador do time naquela temporada foi Índio, com 41 gols durante o ano". (A NAÇÃO, pg. 72)

Marcas de futebol mais valiosas do Brasil - 2012

Fonte do material abaixo: www.infomoney.com.br.

Ranking da BDO mostra que o valor consolidado das marcas em 2012 cresceu 24%, alcançando R$ 5,38 bilhões.

O Corinthians mantém a liderança entre as marcas mais valiosas entre os clubes de futebol do Brasil em 2012. Os dados são do estudo da BDO RCS Auditores Independentes, que avalia o valor da marca dos 17 maiores times do País.

Segundo a BDO, o valor consolidado das marcas em 2012 cresceu 24%, em relação ao ranking de 2011, atingindo R$ 5,38 bilhões. Os clubes que mais cresceram em valor gerado para as suas marcas entre 2004 e 2012 foram o Corinthians com evolução de R$ 720 milhões, Flamengo, com alta de R$ 469 milhões, São Paulo, R$ 431 milhões e Internacional que avançou R$ 311 milhões.

A metodologia utilizada pela BDO para a avaliação das marcas foi a mesma das outras edições, com a utilização de dados financeiros, pesquisas com o torcedor, informações de marketing de cada clube e dados econômicos e sociais dos brasileiros. Confira os 10 clubes mais valiosos do Brasil:

Wallim fora das Eleições!

O Conselho de Administração vetou a candidatura de Wallim Vasconcellos e ele está fora da corrida eleitoral rubro-negra!

Mas a Chapa Azul ainda tem 48 horas para escrever outro candidato a presidente.

Abaixo, quem era Wallim Vasconcellos? E quem são os empresários que estão no seu grupo?


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Flamengo, Liga Sul-Americana e o Basquete Paulista

Está definida a segunda fase da Liga Sul-Americana de Basquete. O Flamengo jogará entre os dias 15 e 17 de novembro em Brasília pelo Grupo E, que terá Uniceub/Brasília, Flamengo, Pinheiros e o Tiburones de Vargas, da Venezuela. O grupo F terá quatro argentinos: Peñarol de Mar Del Plata, Obras Sanitarias, Regatas de Corrientes e Libertad Sunchales. Os dois primeiros de cada grupo avançam à 3ª fase, que será o Quadrangular Final que definirá o campeão.
A marcação das datas do Grupo E gerou polêmica, pois coincidem com as datas da final do Campeonato Paulista, para a qual o Pinheiros está classificado. 
O diretor do Pinheiros, João Fernando Rossi, através do twitter, declarou: "Estamos no meio da final do Campeonato Paulista! Campeonato Paulista é tão importante ou mais que esse Sul-Americano mambembe. Vamos aguardar a confirmação das datas, porém devemos ir à Liga Sul-Americana de Basquete com o nosso Sub-17".
Não pontuarei nada sobre as palavras dele. Convido-os a ler ou reler aquilo que eu falei aqui no artigo e terem suas próprias avaliações: O maior adversário do basquete do Flamengo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

BENITEZ: El Matador

Carreira: 1945-49 Nacional (Paraguai), 1949-51 Boca Juniors (Argentina) e 1952-1956 Flamengo
 
Jorge Duilio Benitez, com a camisa do Flamengo, jogou 113 jogos e fez 74 gols.
 
 
 

"Para ser campeão, o Flamengo contratou, em 1953, o técnico paraguaio Fleitas Solich. Em 1949, quatro anos antes, já havia contratado o goleiro titular da seleção paraguaia, Garcia. Antes do campeonato de 1953 também trouxe outro goleiro estrangeiro: o argentino Chamorro. E ainda chegou outro paraguaio, o centroavante goleador Benítez. Assim, foi novamente com quatro estrangeiros no elenco, três paraguaios (Bria continuava no time) e um argentino, e com um no banco como treinador, que o Mengo voltou a ser campeão". (A NAÇÃO, pgs. 71-72)
 
"O Flamengo interrompeu uma sequência de oito campeonatos sem títulos com um dos trios de ataque mais fortes de sua história: Rubens, Índio e Benítez. Ainda tinha Joel na ponta-direita e Esquerdinha na ponta-esquerda. O goleador do time naquela temporada foi Índio, com 41 gols durante o ano". (A NAÇÃO, pg. 72)
 
Benitez foi o segundo estrangeiro a fazer mais gols com a camisa do Flamengo na história. Com seus 74 tentos marcados, ficou atrás apenas de Doval, que marcou 95 vezes, e ficou a frente de Dejan Petkovic, que fez 57 gols com a camisa do Flamengo.
 
 Na capa da Revista Esporte Ilustrado, Benitez ao lado de Leônidas, do América,
que posteriormente também viria a vestir a camisa rubro-negra, o "Leônidas da Selva"

domingo, 4 de novembro de 2012

Debate entre candidatos à Presidência do Flamengo foi frustrante

Daqui a 4 dias (8 de novembro), o Conselho de Administração define a lista definitiva de candidatos à eleição do Flamengo. Fiquei desapontado com o debate entre Walim Vasconcellos, Ronaldo Gomlevsky, Jorge Rodrigues, Maurício Rodrigues e Lysias Itapicuru no Programa Balanço Esportivo da CNT. Eis minha avaliação dos principais pontos abordados:
 
RESULTADOS FINANCEIROS e DÍVIDAS: todos só falaram que é um problemão e não propuseram nenhuma solução. A única coisa que Ronaldo Gomlevsky colocou quado questionado é que seria necessário uma auditoria para saber qual o verdadeiro tamanho da dívida. Nenhum candidato falou nada novo nem propôs nada. Lysias Itapicuru ainda entoou um discurso de que a antecipação de receitas da atual gestão já compromete todos os resultados da próxima gestão (parece um discurso que já justifica o eventual fracasso de sua futura gestão, antes mesmo de sentar na cadeira presidencial).
O que eu esperava escutar: há uma enorme quantidade de recursos entrando via contrato de TV e renegociação do fornecimento de material. Com estes recursos, dá para tirar o clube do Top 5 dos endividados, e, o que é o mais importante, sem perder a capacidade de investimento no futebol. É fundamental equilibrar e conciliar estes dois pontos. Hoje o Flamengo é o 5º clube mais endividado do Brasil, com menos dívidas do que Atlético MG, Vasco, Fluminense e Botafogo, bem melhor do que a 1ª colocação que sustentou por muitos anos, mas diante de uma oportunidade excepcional de ficar ainda melhor se for bem gerido.
 
FUTEBOL: Jorge Rodrigues criticou a falta de mando da atual gestão e fez promessas vagas de investimento na base e em profissionalização. Discurso vago e sem proposta (nos botequins da cidade há um montão de gente capaz de falar a mesma coisa, sem acrescentar nada novo ou inovador). Ele ainda se enrolou no nome do atual fornecedor de material esportivo (lamentável). Walim acrescentou que sua proposta de profissionalização engloba remuneração atrelada a resultado (idéia nada nova e que não me convence). Jorge Rodrigues também criticou a contratação de comissões técnicas inteiras, quer treinadores que cheguem sozinhos. O futebol moderno não funciona assim, essa é a diretriz do mercado e não dá para lutar contra ela, ou não haverá nenhum treinador de ponta no clube. O modelo atual no clube já balaceia comissões contratadas e profissionais do clube, é o ideal, o resto é alienação.
O que eu gostaria de ter ouvido deles: é preciso ter uma liderança que delegue a gestão de futebol, mas entenda o suficiente para avaliar os acontecimentos e intervir na hora certa. A atual presidente não entende nada de futebol, e reconhece isso, e isto muitas vezes atrapalha na sua gestão, porque ela só consegue identificar os rumos errados depois que as consequências já estouraram.
 
CONTRATO COM ADIDAS: válida a crítica de Maurício Rodrigues de que o ideal seria um contrato de 5 e não de 10 anos, mas diante da força da proposta não há muito o que argumentar. Já Jorge Rodrigues foi, mais uma vez, infeliz, dizendo que o que importa é a solução de curto prazo. É uma visão completamente equivocada. Neste ponto não vejo muito a mudar. A proposta que está na mesa parece ser a melhor para o clube.
 
ESTÁDIO: lamentável a opinião dos jornalistas que compunham a mesa, dizendo que estádio novo é cascata e não é tema relevante, mostram total desconhecimento de assuntos ligados à capacidade de arrecadação financeira do futebol. Os candidatos pareceram concordar que a atual proposta de licitação do Maracanã não é a ideal para o Flamengo. O único a apresentar proposta concreta foi Maurício Rodrigues, que prometeu um estádio novo, com capacidade para 50 mil na Baixada Fluminense pronto em 3 anos, a um custo de R$ 450 milhões (financiados junto ao setor privado), a ser construído em terreno já acordado com a prefeitura, e que em 15 anos teria o financiamento totalmente quitado, passando a ser 100% do clube. Este estádio seria palco dos jogos de menor expressão, com os clássicos sendo no Maracanã, em parceria com quem vença a licitação. A proposta de Maurício Rodrigues me agrada bastante!
 
MARKETING: o diagnóstico foi correto, quando disseram que é um problema que se arrasta há muito tempo. Quanto às soluções, ninguém sugeriu nada novo. Lysias Itapicuru falou em estruturação de bancos de dados, projeto sócio-torcedor, aumento da eficiência.
O que eu esperava escutar: para tantos discursos de profissionalização e capacidade de negócio, gostaria de saber quanto eles pensam que custa o espaço de patrocínio principal da camisa, ausência de marca que é o grande fiasco da gestão Patrícia Amorim. Nenhuma das propostas de marketing foi quantificada, e marketing sem valores é puro palpite.
 
ESPORTES OLÍMPICOS: Walim Vasconcellos defendeu a bandeira dos recursos públicos como fonte de financiamento. De fato, espera-se que a bagagem dele como diretor do BNDES possa ser útil para alavancar estas fontes de financiamento. Agora, ele falou em modernização da Gávea com recursos das delegações olímpicas que virão para 2016; o fato é que o contrato com a maior delegação olímpica de 2016 já está assinado e os recursos assegurados, os EUA treinarão na Gávea, e  frente a isso não há mais a se fazer com outras delegações. Os demais candidatos resmungaram dos atletas de ponta que são do Flamengo mas não treinam na Gávea (alusão à equipe de natação). Por que não treinam? Porque a infra-estrutura é precária e antiquada. Algum deles propôs algo para mudar? Não, nenhum deles têm proposta, e na minha opinião a do próprio Walim se mostrou vaga. As críticas deles ignoram que a responsabilidade disto foi de gestões anteriores que focaram só no time de futebol e abandonaram completamente toda a infra-estrutura da Gávea.
 
Veja posts anteriores sobre a Eleição 2012 no Flamengo:
 
 

sábado, 3 de novembro de 2012

JORDAN: o Marcador Leal

Carreira: 1951 São Cristóvão (RJ) e 1952-1963 Flamengo
 
Com a camisa do Flamengo, foram 608 jogos e 3 gols.
 
 
 
 
"O time campeão daquele ano de 1953 tinha: Garcia, Marinho e Pavão; Dequinha, Servílio e Jordan; Joel, Benítez, Índio, Rubens e Esquerdinha. Ainda eram do elenco: Chamorro, Jadir, Modesto Bria e o jovem Evaristo de Macedo, recém-chegado do Madureira". (A NAÇÃO, pg. 72)
 
"Os títulos voltaram a andar um pouco mais escassos, mas havia razões para felicidade: em 1957, o Flamengo conseguiu algo raríssimo em sua história, duas goleadas consecutivas por 4 a 1 sobre o Vasco, no mesmo campeonato, uma no turno e outra no returno. O time que conseguiu estas goleadas, comandado pelo “feiticeiro paraguaio” Fleitas Solich, tinha: Ari, Joubert e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Moacir, Henrique, Dida e Zagallo. Um time que perdeu só 15% das partidas disputadas em todo o ano, mas que deixou o título do Campeonato Carioca escapar para o Botafogo". (A NAÇÃO, pg. 79)
 
"Ainda que o Flamengo amargasse um jejum de títulos cariocas – não vencia desde 1955 na conquista do tri –, compensava com outras conquistas. Em 1961, conseguiu soltar o grito de campeão da garganta. Logo no início do ano conquistou um minicampeonato sul-americano, o Octogonal de Verão, que reuniu Flamengo, Vasco, Corinthians e São Paulo, pelo Brasil, Boca Juniors e River Plate, pela Argentina, e Nacional e Cerro, como representantes do Uruguai. Todos jogaram contra todos, em sistema de pontos corridos. A conquista não foi impedida nem por uma goleada de 4 a 0 sofrida para o Boca, dentro de La Bombonera. O time rubro-negro enfrentou o River Plate no estádio Monumental de Nuñez, o Boca Juniors, em La Bombonera, e o Nacional e o Cerro, no estádio Centenário, em Montevidéu. Foi uma belíssima conquista, uma das mais bonitas da história do Flamengo. Logo em seguida veio a conquista do primeiro e único Torneio Rio–São Paulo levantado pelo Flamengo em sua história. E numa campanha em que também sofreu goleada, essa em pleno Maracanã: 7 a 1 para o Santos, que tinha o histórico ataque formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O Flamengo, campeão em ambos os torneios, tinha: Ari, Joubert e Bolero; Jadir, Carlinhos e Jordan; Joel, Gérson, Henrique, Dida e Germano". (A NAÇÃO, pg. 82)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

JAYME DE ALMEIDA: a Fera do Continente

Carreira: 1936-38 Atlético Mineiro, e 1938-1950 Flamengo.
 
Com a camisa do Flamengo, foram 329 jogos e 25 gols.
 
Foi escolhido em 1946 como melhor lateral-esquerdo da América do Sul.
 
Como treinador dirigiu o Flamengo em 68 partidas.
 
 
"A posição (lateral-esquerdo) praticamente só surgiu no futebol nos anos 40, e a dupla a cumprir a função no Flamengo era considerada nesta época a melhor da América do Sul: Biguá pela direita e Jayme de Almeida pela esquerda. Nos anos 50, eles foram substituídos por Jadir pelo lado direito e Jordan pelo lado esquerdo". (A NAÇÃO, pg. 256)
 
"Em 1942, o time também foi campeão, e sua base foi a que garantiu o primeiro tricampeonato carioca rubro-negro. A equipe campeã de 1942 tinha: Jurandir, Nilton Canegal e Domingos da Guia; Biguá, Volante e Jayme de Almeida; Valido, Zizinho, Perácio, Pirilo e Vevé. Este time perdeu somente 10% dos jogos daquele ano, com 1,9 gols-pró por jogo e 1,3 gols contra. Ou seja, um ataque forte e uma defesa que se mostrou quase impenetrável aos padrões da época". (A NAÇÃO, pg. 61)

A era como treinador: "Logo de cara, o Feiticeiro (Fleitas Solich) ganhou o Carioca daquele ano, levando o Flamengo de volta a uma conquista. E não parou de conquistar, vencendo o segundo tri (1953/54/55). Ele ficou no Flamengo até 1962, com algumas interrupções para a seleção paraguaia, oportunidades nas quais ele era substituído interinamente ora por Jayme de Almeida, ora por Modesto Bria". (A NAÇÃO, pg. 72)


A família dedicou uma vida ao Clube de Regatas do Flamengo. Jaime de Almeida Filho, zagueiro, defendeu o Flamengo entre 1973 e 1976, tendo disputado 198 jogos e feito 3 gols. Em 2011 e 2012, ainda trabalhou como assistente-técnico de Vanderlei Luxemburgo, Joel Santana e Dorival Júnior.
 
"Do mesmo time de juniores, todos nascidos entre 1953 e 1955, anos do segundo tricampeonato, emergiram para a equipe principal: o goleiro Cantarelli, os zagueiros Rondinelli e Jaime, o lateral Júnior, o cabeça de área Merica, o meia-atacante Zico e o centroavante Rui Rei. Pouco depois, ainda emergiu o meia-armador Geraldo, este nascido em 1956, alguns anos mais jovem que a maioria dos nomes desta geração citada". (A NAÇÃO, pg. 110)