A semelhança de público entre o jogo de sábado no Engenhão contra o Friburguense (07/03/2015) e o jogo de quarta-feira contra o Volta Redonda no Maracanã (11/03/2015) nos permite aprender mais uma importante lição, principalmente porque o ticket médio nos dois jogos foi bem parecido: R$ 30,9 no Engenhão, e R$ 31,6 no Maracanã.
Apesar de ser em plena quarta-feira, o jogo no Maracanã teve 6.963 pagantes, 13% a mais do que os 6.145 pagantes no sábado, no Engenho de Dentro. E praticamente com a mesma quantidade de presentes: 7.916 no sábado, e 7.973 na quarta-feira. E o mais importante de tudo para o Flamengo, a diferença de renda. O Flamengo arrecadou mais numa quarta-feira no Maracanã do que num sábado no Engenhão, 16% a mais, ou R$ 30 mil a mais.
Há uma outra discussão que é o custo de jogar em um ou em outro, mas não é o objetivo entrar neste mérito aqui. Jogar no Maracanã é mais custoso, logo ter arrecadado mais não é o mesmo que ter faturado mais. Mas, como disse, é outro debate, o propósito aqui é entender qual preço traz o máximo de renda.
Há uma série de fatores que interferem no pricing (precificação) de um jogo de futebol. No caso do Engenhão, três deles se destacam mais: segurança, logística para chegar ao local e facilidade de estacionamento.
Para conseguir maximizar a receita dos jogos no Engenhão, o preço dos jogos lá, sem sombra de dúvida, tem que ser mais barato do que no Maracanã. Quanto mais barato? Só jogando lá com mais frequência coseguiríamos ter uma idéia de qual seria o valor ideal.
Colocar o mesmo preço num jogo no Maracanã e num jogo no Engenhão é um grande erro de estratégia de preço, e, o que é mais importante, impede de se conseguir o máximo de renda possível, que no final das contas é o diferencial para a capacidade de ter ou não um time de futebol forte e competitivo.
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