"Para a temporada de 1979, o Flamengo manteve o time campeão carioca em 1978. Um único reforço chegou, o ponta Reinaldo, contratado ao América. Naquele ano, como já foi contado, por conta da criação da FERJ, houve dois campeonatos cariocas, um da FCF e outro da FERJ. O Flamengo faturou os dois! O time, ainda sob a direção de Cláudio Coutinho, tinha: Cantarelli, Toninho, Manguito, Rondinelli e Júnior; Carpegiani, Adílio e Zico; Tita, Cláudio Adão e Reinaldo.
Naquela temporada, Zico estava endiabrado. Só até aquele dia, já eram 28 gols em apenas três meses. Só na vitória de 7 a 1 sobre o Goytacaz foram seis. Pouco depois, a vitória por 5 a 1 no Atlético (MG), na qual fez três, ainda houve um 7 a 1 no ADN, de Niterói, em que foram outros seis gols. Em 11 de julho, numa vitória por 4 a 3 sobre o Goytacaz, Zico fez os quatro. Chegou a sessenta gols naquela temporada ainda na metade do ano, superando seu próprio recorde de gols numa temporada. Dois jogos depois, na vitória sobre o Olaria, ele já era o primeiro jogador a superar a marca de trezentos gols pelo Flamengo. Terminou o ano tendo feito 81 gols só naquela temporada. Zico não cansava de quebrar recordes no Flamengo. Com 22 anos, já tinha feito mais de cem gols. Com 24, já era o segundo maior artilheiro da história do Flamengo. Em 1979, com 26 anos, bateu vários recordes: superou Dida e tornou-se o maior artilheiro da história rubro-negra, superou os trezentos gols (ele viria a superar os quinhentos) e, além do mais, com 81 gols, tornou-se o recordista máximo de gols numa única temporada. E, naquele ano, houve mais um recorde: a sexta temporada consecutiva como artilheiro rubro-negro no ano. Cinco vezes consecutivas como artilheiro do Flamengo na temporada, só Nonô, entre 1921 e 1925, e Pirilo, entre 1941 e 1945, haviam conseguido. Silvio Pirilo chegou a uma sexta vez, em 1947 (em 1946, Perácio fez mais que ele). Leônidas da Silva fora por quatro, entre 1937 e 1940. E Dida, apesar de segundo maior artilheiro da história, foi por três, em 1958, 1959 e 1962 (Henrique e Gérson foram, respectivamente, os goleadores máximos em 1959 e 1960). Zico chegou à sua 6ª vez consecutiva, de 1974 a 1979, algo que ninguém havia conseguido na Gávea.
(...) Com Zico arrasador, o Flamengo bateu um recorde no biênio 1978/79 que dificilmente será repetido. Venceu sete turnos consecutivos do Campeonato Carioca. Foi tricampeão sem permitir a realização de uma final em nenhum dos três campeonatos. Em 1978, venceu turno e returno. No último campeonato da FCF, em 1979, também venceu turno e returno, e no primeiro campeonato da FERJ, venceu os três turnos, conquistando, de forma inquestionável, o Estado do Rio de Janeiro, faltava conquistar o Brasil. Para isto, ainda teria que esperar um ano mais, pois no Brasileiro de 1979 acabou eliminado pelo Palmeiras, com uma goleada por 4 a 1, sofrida no Pacaembu. Na temporada de 1979, o time vencera 76% das partidas que jogou (recorde na história rubro-negra) e perdera apenas 8,5% dos 82 jogos disputados naquele ano". (A NAÇÃO, pgs. 124-126)
Participação no 3º Tri:
73 jogos: --
72 jogos: --
71 jogos: --
70 jogos: Júnior
69 jogos: --
68 jogos: --
67 jogos: --
66 jogos: --
65 jogos: Zico
64 jogos: Paulo César Carpeggiani
62 jogos: Manguito e Adílio
60 jogos: Cláudio Adão
59 jogos: Tita
57 jogos: Cantareli
48 jogos: Toninho Baiano
44 jogos: Nélson e Reinaldo
43 jogos: Rondinelli e Júlio César
37 jogos: Andrade
18 jogos: Luisinho das Arábias
17 jogos: Leandro
16 jogos: Sérgio Ramirez
15 jogos: Raul
11 jogos: Cléber e Eli Carlos
10 jogos: Marcinho e Tião
9 jogos: Alberto Leguelé
7 jogos: Carlos Henrique
5 jogos: Gilberto
4 jogos: Antunes e João Carlos
3 jogos: Vanderlei Luxemburgo, Pedro Ornelas, Beijoca e Bruno Ferreti
2 jogos: Nielsen, Getúlio e Jorge Luís
1 jogo: Moisés, Figueiredo, André e Anselmo
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