quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: Ilha, Raulino, Macaé e Cariacica

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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Arena da Ilha, Raulino, Moacyrzão e Cariacica


"Uma nova tentativa aconteceu em 2004, quando o clube usou, para mandar seus jogos durante o Brasileirão daquele ano, o remodelado estádio da Cidadania, em Volta Redonda (antes da reforma, o estádio era chamado de Raulino de Oliveira). Lá, o Flamengo atuou treze vezes, obtendo cinco vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No Campeonato Brasileiro de 2005, compartilhando o uso do estádio com o Fluminense (o Maracanã estava fechado para obras), o rubro-negro carioca jogou outras cinco vezes no estádio (duas vitórias e três empates)". (A NAÇÃO, pg. 201)

Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, metade do caminho entre Rio e São Paulo

Entre 1976 e 2001, o Flamengo havia jogado 26 vezes no Estádio Raulino de Oliveira, sempre para enfrentar o Volta Redonda pelo Campeonato Carioca. Em 2004, o estádio foi remodelado e virou o Estádio da Cidadania. Em 2004, foram 13 jogos de Campeonato Brasileiro que o Flamengo mandou lá: 5 vitórias, 4 empates e 4 derrotas.

 Raulino tem capacidade para 15 mil torcedores

Depois da experiência em 2004, o Flamengo ainda usou o estádio de Volta Redonda 5 vezes no Brasileiro de 2005, 2 vezes no Brasileiro de 2006, 4 vezes no Brasileiro de 2010, 5 vezes no Brasileiro de 2012, 2 vezes na Copa do Brasil de 2013, nos Campeonatos Cariocas de 2014, 2015 e 2016, 2 vezes na Copa do Brasil de 2016, e 4 vezes no Brasileiro de 2016. Até então com um histórico bastante favorável, principalmente porque muitas das partidas foram contra times de menor capacidade econômica. Até o fim de 2016, foram 64 partidas contra outros adversários que não o Volta Redonda, dono do estádio, com 39 vitórias, 15 empates e 10 derrotas.

"A última tentativa de alugar uma casa para jogar se deu no Brasileirão de 2006, quando Flamengo e Botafogo fecharam um convênio com a Petrobras, que ficou responsável por fazer um remodelamento do estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, pertencente à Portuguesa carioca. Durante esta parceria, o estádio ficou sendo chamado de Arena Petrobras. O time rubro-negro atuou lá em dezesseis oportunidades: venceu sete vezes, empatou cinco e perdeu quatro. Foram, portanto, muitas as casas utilizadas pelo Clube de Regatas do Flamengo, mas nenhuma delas pôde ser chamada de exclusivamente sua, já que a única que efetivamente detinha, a Gávea, sempre foi de uso restrito, pois não comportava grandes espetáculos". (A NAÇÃO, pgs. 201-202)

O Estádio Luso-Brasileiro, pertencente à Portuguesa da Ilha, tem capacidade para 6 mil torcedores. Em 2005, com arquibancadas montadas de metal, a Petrobras financiou a ampliação para 18 mil lugares. No Campeonato Brasileiro daquele ano, o Flamengo atuou 16 vezes no estádio, com 7 vitórias (Santos, Botafogo, Ponte Preta, Paysandu, São Caetano, Coritiba e Fortaleza), 5 empates (Atlético Paranaense, Palmeiras, Paraná Clube, Figueirense e Internacional), e 4 derrotas (Brasiliense, Juventude, Corinthians e Atlético Mineiro).

Doze anos depois, o Flamengo repetiu a estratégia, investido na ampliação temporária da capacidade para 22 mil lugares.

Flamengo na Arena Petrobras: 18 mil torcedores

Em 2017 o Flamengo voltou a utilizar o Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Investiu recursos numa ampla reforma, e a utilizou, tendo sido batizada como Ilha do Urubu. Entre junho de 2017 e janeiro de 2018, o Flamengo atuou 20 vezes na Ilha, tendo vencido 15 jogos, empatado 2 vezes e perdido 3 partidas. Em fevereiro de 2018, um vendaval derrubou uma das torres de iluminação, e isto acabou afastando o clube de voltar a utilizar o estádio.





Outro estádio a abrigar o Flamengo foi o Estádio Cláudio Moacyr, o Moacyrzão, na cidade de Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, muito usado para mandar os jogos de pequeno a médio porte principalmente entre 2011 e 2012.

Moacyrzão: capacidade para 15 mil torcedores

Em 2011, o Flamengo usou o estádio em 10 oportunidades: 6 vezes contra pequenos no Campeonato Carioca, e 4 vezes no Brasileiro (6 vitórias, 3 empates e 1 derrota). Em 2012, usou o estádio só no Carioca, foram 6 vezes (4 vitórias, 1 empate e 1 derrota). Curiosamente, nestes primeiros 16 jogos disputados em Macaé, só uma vez o duelo foi contra o time da casa, o Macaé.

Depois disto, usou o estádio poucas vezes contra outros adversários que não o Macaé: uma vez no Carioca 2013 (uma vitória), duas vezes no Brasileiro 2014 (empate com o Bahia e derrota para o Atlético Paranaense), uma vez no Carioca 2015 (um empate) e duas vezes no Carioca 2016 (duas vitórias).

Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo

A partir de 2016, para jogos de pequeno a médio porte, o Flamengo passou a utilizar o Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo. Naquele ano foram 8 jogos no local, com um incrível desempenho de 7 vitórias e apenas 1 derrota. Na Copa da Primeira Liga, venceu ao América Mineiro, no Brasileiro venceu a Internacional, Atlético Paranaense, América Mineiro, Ponte Preta e Cruzeiro, na Copa Sul-Americana venceu ao Figueirense e, no seu último jogo no estádio naquele ano, perdeu para o Palestino, do Chile.


Estádio Kléber Andrade, Cariacica: capacidade para 21 mil torcedores


sábado, 22 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: Juiz de Fora, Taguatinga e Mané Garrincha

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.
Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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Flamengo em Juiz de Fora e em Brasília

"A seguir, outro campo que o Flamengo utilizou como alternativa – mais uma casa alugada – foi o estádio municipal de Juiz de Fora, com capacidade para 35 mil torcedores. Entre 1988 e 1990, atuou lá em cinco oportunidades como mandante (cinco vitórias e duas derrotas). Depois disso, entre 1995 e 2001, ainda o usou outras nove vezes em jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil (três vitórias e seis empates)".  (A NAÇÃO, pg. 201)

Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, Juiz de Fora, Minas Gerais,
reinaugurado em 1988, com capacidade para 15 mil torcedores  

"O final do ano de 1989 marcou a despedida de Zico. Seu último jogo oficial pelo Flamengo foi marcante, uma goleada de 5 a 0 sobre o Fluminense, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, disputada no estádio municipal de Juiz de Fora. Neste jogo, Zico, de falta, fez o primeiro gol do Flamengo". (A NAÇÃO, pg. 155)

Estádio de Juiz de Fora

"O que ficou mesmo para a história naquele ano foi a conquista da Copa do Brasil, levantada após um magro empate sem gols contra o Goiás, jogando no estádio Serra Dourada. O rubro-negro venceu a segunda edição do torneio depois de eliminar Capelense, de Alagoas; Taguatinga, de Brasília; Bahia e Náutico, até chegar à final frente ao Goiás. Venceu a primeira partida da finalíssima no estádio municipal de Juiz de Fora, por 1 a 0, gol de cabeça do zagueiro Fernando. Depois, só administrou o resultado em Goiânia". (A NAÇÃO, pg. 158)

Em Juiz de Fora, o Flamengo enfrentou o Argentinos Juniors pela Supercopa dos Campeões da Libertadores de 1988 (venceu por 2 a 1). No Brasileiro de 1989, jogou lá na despedida oficial de Zico, com goleada por 5 a 0 sobre o Fluminense. Em 1990, jogou lá em 2 jogos da Copa do Brasil, incluindo a Final, e em 3 do Brasileiro (Fluminense, São Paulo e Grêmio). Entre 1995 e 1997, mais 5 jogos no estádio. No Brasileiro de 2001, usou o estádio 3 vezes. E mais uma vez no Brasileiro de 2007 para cumprir uma punição.

"O Flamengo, com um time que custou caro, buscou financiar-se vendendo, literalmente, os jogos pelo Campeonato Brasileiro no qual tinha mando de campo. Assim, o time atuou poucas vezes no Rio de Janeiro. Teve Flamengo e Guarani em Brasília; jogo contra o Grêmio em Florianópolis; clássico contra o Botafogo em Fortaleza; jogo frente ao Vitória, de Salvador, na cidade de Vitória, no Espírito Santo; teve Fla-Flu em Campina Grande, na Paraíba; Flamengo e Cruzeiro em Cariacica, no Espírito Santo; e jogo contra o São Paulo em Juiz de Fora, Minas Gerais. O time viajou muito, não teve apoio de sua torcida, e conviveu com uma pressão enorme por resultados. Talvez sejam essas algumas das razões que o levaram ao fracasso. Além, é claro, do já citado completo desmonte do elenco feito após a perda do título carioca de 1995". (A NAÇÃO, pgs. 179-180)

"Os problemas salariais provocaram baixas importantes no elenco naquele ano. Para o Campeonato Brasileiro de 2001, o Flamengo perdeu Gamarra, melhor zagueiro da Copa do Mundo de 1998. Apostou então numa zaga formada nas divisões de base, com Juan e Fernando, e reforçou o meio de campo com o cabeça de área Vampeta. Tudo foi em vão, os problemas de salário atrasado e mau relacionamento entre os principais astros do elenco cobraram a conta. Entre 28 participantes, o time acabou o campeonato na 24ª colocação, ficando à frente apenas dos quatro rebaixados. O Flamengo esteve muito perto de cair para a Segunda Divisão! Safou-se matematicamente, três rodadas antes do fim do campeonato, após uma vitória por 1 a 0, gol de Felipe Melo – promovido dos juniores e que fazia sua estreia – sobre o Palmeiras no estádio municipal de Juiz de Fora". (A NAÇÃO, pgs. 214-215)

"Outra casa alugada pelo Flamengo foi o estádio Serejão, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, onde seu time entrou em campo como mandante em cinco partidas em 2001 (três vitórias, um empate e uma derrota)". (A NAÇÃO, pg. 201)

Estádio Serejão, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília

Em 2001, o Flamengo mandou 5 jogos em Taguatinga, 3 do Brasileiro e 2 da Copa Mercosul.

Serejão: capacidade para 28 mil torcedores

A maior relação com o Distrito Federal, no entanto, foi construída com o Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A primeira vez no estádio sem ser para enfrentar uma equipe da cidade ocorreu num duelo contra o Bella Vista, do Uruguai, pela Libertadores de 1991. Voltou ao estádio naquele mesmo ano para enfrentar o Estudiantes de La Plata pela Supercopa. Dois jogos, e dois empates. No Brasileiro de 1995 usou o estádio como mandante num jogo contra o Guarani, mais um empate.

Em 1996 usou o estádio mais duas vezes, desta vez com duas vitórias: contra o Linhares, do Espírito Santo, pela Copa do Brasil, e contra o Independiente de Avellaneda, pela Supercopa. No Torneio Rio-São Paulo de 1998 jogou duas vezes contra o Fluminense lá, em dois empates. Na Copa Mercosul de 1991 ganhou ao Nacional de Montevidéu lá também. Em sete jogos oficiais, três vitórias e quatro empates. Nenhuma derrota!

Após as obras que o estádio sofreu para a realização da Copa do Mundo de 2014, quando foi completamente revitalizado e modernizado, o Flamengo passou a utilizá-lo com mais intensidade. Em 2013 jogou 8 jogos do Campeonato Brasileiro por lá, com duas vitórias (Vasco e Atlético Mineiro), cinco empates (Santos, Coritiba, Portuguesa de Desportos, São Paulo e Vasco), e apenas uma derrota (por 1 x 0 para o Grêmio).

No Brasileiro de 2014 jogou no Mané Garrincha só uma vez, um empate contra o Goiás. Pegando o histórico até então, a frequência de empates era impressionante: 16 jogos, com 5 vitórias, 10 empates e só 1 derrota. Podia perder pouco, mas também vencia pouco.

Em 2015, fez um amistoso contra o Shaktar, da Ucrânia, mais um empate, e mandou dois jogos do Brasileiro no estádio, uma derrota para o Coritiba e um empate contra a Ponte Preta. No Carioca 2016 usou o estádio duas vezes, uma vitória sobre o Fluminense e um empate contra o Vasco. Na Copa da Primeira Liga do mesmo ano, empatou com o Figueirense por lá. E no Brasileiro de 2016, perdeu para o Palmeiras e empatou contra o São Paulo, mantendo o desempenho por lá muito abaixo do desejável: em 24 jogos até então, haviam sido 6 vitórias, 15 empates e 3 derrotas.

Para melhorar este desempenho ruim, venceu as duas últimas partidas pelo Brasileiro de 2016 que disputou por lá, contra Atlético Mineiro e Grêmio.

Mané Garrincha, capacidade para 70 mil torcedores


Estádio Nacional Mané Garrincha, Brasília, Distrito Federal
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Realmente é um Bando de Loucos!

Loucos, piadistas e caras de pau... Os devaneios enlouquecidos só vão ficando maiores ...

Com a palavra: Milton Neves
(http://blogmiltonneves.bol.uol.com.br/blog/2012/12/20/exclusivo-titulo-mundial-do-corinthians-faz-a-fiel-explodir-no-pais-passando-o-flamengo-pela-primeira-vez-na-vida/)

Título Mundial do Corínthians faz a Fiel explodir no pais, passando o Flamengo pela primeira vez na vida!

O DATANEVES foi a campo.
(Atenção com o trocadilho! É DataNeves, de Milton Neves! Obviamente está propositalmente construído para fazer uma confusão mental com os desavisados como se fosse DataFolha).

São milhares de pesquisadores.

Em todo o Brasil e aqui nos EUA.

Do Oiapoque ao Chuí, a Fiel se agiganta e a torcida do Mengão se apequena.

Nove milhões de rubro-negros ou faleceram, largaram do futebol por desânimo continuado ou viraram Fluminense.

Aqui nos EUA, desde Nova Iorque até a brasileira Miami, para cada flamenguista existem 27.97 corintianos.

É uma avalanche da Fiel pra todo lado e o Flamengo, tão apequenado nos últimos anos, já entra na mira do São Paulo na briga pela vice-liderança das torcidas.

E na “pesquisa” ficou clara a terceirização da torcida do Flamengo, a maior terceirização do futebol do mundo.

Ou seja, de “genuíno” mesmo, o Mengão só tem 61,07% de seus torcedores que aparecem nas enquetes por aí.

Os outros 38, 93% têm o Flamengo como segunda opção.

Neste quesito, o time da Gávea só perde para a Portuguesa de Desportos, Bangu, América-MG, América-RJ e para qualquer adversário do dia do Corinthians na opção “segundo time”.

Aos milhares, saltaram aos olhos e aos números os votos dos torcedores brasileiros na seguinte base:
“Sou Remo e Flamengo, ASA de Arapiraca e Flamengo, BOA Esporte e Flamengo, Grêmio-RS e Flamengo, Treze de Campina Grande e Flamengo, Cruzeiro e Flamengo, América-RN e Flamengo, Figueirense e Flamengo, Atlético-PR e Flamengo, Londrina e Flamengo, Vitória-BA e Flamengo, Leônico-BA e Flamengo, Nacional-AM e Flamengo e Tupi-MG e Flamengo”!

É o chamado “amor opcional por tabela”.

Ou seja, o flamenguista é o único torcedor do país que foi sempre duplo na loteria esportiva pagando pelo palpite simples.

E na pesquisa feita nas maternidades brasileiras, constatamos que estão nascendo 277 corintianos (inclusive dois netos meus a caminho) , 87 sãopaulinos e 33 flamenguistas por dia.

Abaixo, os números mundiais do DATANEVES.


Não deixe de reler: A Guerra-Fria no futebol do Brasil

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Flamengo e Corinthians do mesmo tamanho? Faz-me rir! Piada paulistana de Natal!

Mais um adendo para o texto A Guerra-Fria no futebol do Brasil.

Abaixo, descrevo a perfeita e cirúrgica análise de Vinícius Paiva, do Blog Teoria dos Jogos. Ele foi na ferida!!! Os dados inidicam que Fluminense e Portuguesa tem torcida do mesmo tamanho??? Faz-me rir! Só a manipulação do resultado amostral explica isto. A amostra tem um % paulista de entrevistados incorreto. Só isto explica duas aberrações deste tamanho: Portuguesa igual ao Fluminense e Corinthians igual ao Flamengo.

"A maior crítica reside sobre uma metodologia que sugere viés amostral em direção a São Paulo. O empate entre Flamengo e Corinthians nada significa se comparado a outro empate registrado: o de Fluminense e Portuguesa, ambos com 1%. Absolutamente irreal. Um clube como o Fluminense possui presença maciça no Rio de Janeiro, Espírito Santo e partes de Minas Gerais, além de torcida não desprezível em Brasília e regiões do Norte e Nordeste. Ainda que o empate seja fruto de algum arredondamento (o instituto converge 1,3% ou 0,7% para 1%), é inconcebível que se considere a Lusa como detentora de metade da torcida tricolor. Ou um décimo. Um vigésimo. Nem mesmo um trigésimo.

Na opinião do sócio de um instituto de pesquisas parceiro do Blog, a explicação residiria na adoção de critérios geralmente utilizados em pesquisa eleitorais (binomiais), que quando aplicados a pesquisas de torcida (multinomiais) se mostrariam equivocados. Haveria ainda erros no plano amostral que explicariam o porquê de clubes de estados importantes como Pernambuco e Ceará sequer terem seus clubes citados. O profissional em questão preferiu não se identificar.

Em contraponto, segundo Peterson de Abreu, do IPEP Pesquisas a pesquisa Datafolha estaria correta em termos estatísticos, assim como margem de erro e intervalo de confiança seriam compatíveis com a amostra. Mas Peterson concorda que a base restrita das pesquisas em média prejudica o Flamengo – clube que tende a crescer à medida com que de interioriza.  Segundo ele, uma pesquisa em mais de mil municípios (algo praticamente inédito) não sairia por menos de R$ 1 milhão, inviável à maioria das empresas do ramo.

Ainda que o debate seja saudável, seu grande malefício é a inevitável queda na desgraça do bairrismo. Já há registros de “jornalistas” que destilaram um ódio estranhamente contido até o resultado da pesquisa. Clubes do Rio de Janeiro, Rede Globo, nada escapa da verborragia de torcedores míopes travestidos de profissionais – que infelizmente encontram algum eco entre os desprovidos de QI.

A verdade é que o Corinthians vem fazendo todo o dever de casa em prol do tão almejado posto de “torcida do tamanho do Flamengo”. Campeão de tudo, líder de receitas e referência em termos de marketing, o bando de loucos parece possuir literalmente o mundo a seus pés. Por tudo isto, é absolutamente desnecessário que se torture os números, obrigando-os a falarem o que a Fiel quer ouvir. Entre o sonho e a realidade existe uma quantidade de torcedores que, por ora, o clube paulista parece ainda não possuir".

Mais um indício de onde está a manipulação de resultados ... esta distorção capturada pelo Wálter Monteiro, em artigo no site Magia Rubro-Negra:
"Segundo o Datafolha, o Grêmio tem 26% dos torcedores na Região Sul, o Inter 13%, o Corinthians 12%, o Flamengo 6% e a Portuguesa 1%. Há outros times, óbvio, mas nem vou citar, ou melhor, só vou acrescentar que para o Datafolha Fluminense e Botafogo não tem nenhum torcedor no Sul do país.
(...)
Logo, é um erro colossal afirmar que há, no RS, SC e PR, 26% de gremistas e apenas 13% de colorados, quase do tamanho dos corintianos. Ah, mas o Corinthians é líder no Paraná. É sim, mas com cerca de 12% a 15% da torcida daquele estado - como conseguiram agora ter 12% dos 3 estados, sendo que no RS a torcida corintiana praticamente inexiste?

Descartando a hipótese de má-fé, essa distorção só nos deixa duas respostas possíveis:

a) alguém errou na totalização dos números, uma bobagenzinha qualquer na hora de cruzar as planilhas do Excel, acontece no meu trabalho, acontece no seu, por que não aconteceria no Datafolha? É só corrigir e da próxima vez caprichar na revisão;

b) A amostragem estava errada, muito errada. Aí já é um pouco mais sério, mas nada que não dê para consertar, quando se há boa vontade e desejo de fazer a coisa certa.

É isso, em síntese. Um erro localizado na Região Sul, um erro óbvio, que qualquer um seria capaz de perceber a olho nu, afetou o resultado final, porque nas demais regiões os números são mais coerentes. Basta reparar o erro e tudo volta ao normal. O Timão cresceu, é fato, mas ainda não foi dessa vez que vamos passar a coroa. Amigos do Datafolha, refaçam a totalização, por favor.

E, de quebra, avisem ao 1% de torcedores da Portuguesa de Desportos que vocês encontraram aqui no Sul (ou seja, mais de 250 mil pessoas, a julgar pelo último censo) para serem um pouco mais fiéis. A simpática Lusa lutando desesperadamente contra o rebaixamento na penúltima rodada e só 28 heróis foram ao Beira-Rio dar o seu apoio e vibrar com a surpreendente vitória - ingratos!"
 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Detalhes do contrato Flamengo-Adidas

Com aprovação do Conselho Deliberativo, a ADIDAS é a nova fornecedora de material esportivo do Flamengo a partir de 1 de janeiro de 2013 até 2023.
 
Matéria do Globoesporte.com:
 
O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou por unanimidade na noite desta quarta-feira a assinatura do contrato de fornecimento de material esportivo pelos próximos dez anos com a Adidas. As alterações feitas em negociação com a nova diretoria do clube se resumem a aumento significativo nas premiações e tabela de aumento do percentual de royalties a partir do cumprimento de metas de vendas. O reajuste previsto no contrato de 87 páginas - ao qual o GLOBOESPORTE.COM teve acesso - está atrelado ao desempenho do time, e o valor anual que vem sendo divulgado, em torno de R$ 35 milhões, é calculado com base em estimativas de vendas de produtos. Os valores fixos reais estão bem abaixo desse montante.

Haverá o pagamento de "taxa de início de parceria", no valor de R$ 38 milhões (R$ 13 milhões até 30 dias após a assinatura do contrato e R$ 25 milhões até 15 de fevereiro). Do primeiro ao quinto ano de contrato, o Flamengo receberá um pagamento fixo de R$ 12,5 milhões. Do sexto ao décimo ano, o montante passa para R$ 17,5 milhões. O valor pode crescer ainda mais de acordo com o desempenho da equipe de futebol profissional. No contrato entre Flamengo e Adidas existe uma tabela para classificar os resultados obtidos pela equipe. No caso de um desempenho excelente, haverá reajuste de 10% no valor, além da correção acumulada pelo índice oficial IPC-FIPE, ou seja, o clube passará a receber, a partir do sexto ano, R$ 19,25 milhões.

Para ter seu desempenho classificado como excelente, o Flamengo terá de conquistar pelo menos dois títulos do Campeonato Brasileiro da Série A e um título da Copa Libertadores nos primeiros cinco anos de contrato. No caso de ter desempenho classificado como excelente em uma das competições e fraco na outra, o desempenho geral será classificado como mediano, e o reajuste passa a ser de 5%. No caso de desempenho geral fraco, que significa uma classificação para a Libertadores e nenhum título nas duas competições, não há reajuste.

As alterações conseguidas na negociação conduzida nas últimas semanas pelo presidente da Sky e vice de marketing da gestão que assumirá em 2 de janeiro, Luís Eduardo Baptista, o Bap, representam essencialmente um aumento nas premiações por títulos e o estabelecimento de metas de vendas que, se superadas, garantem aos rubro-negros percentuais maiores.

Realizadas as modificações, a cada ano de contrato, se o valor das vendas líquidas (descontados os custos de produção) de produtos do clube com a marca Adidas não ultrapassar R$ 127,5 milhões, o Flamengo receberá 10% de royalties, sendo o mínimo obrigatório de R$ 8 milhões. Se o valor das vendas líquidas for entre R$ 127,5 milhões e R$ 153 milhões, o clube passará a receber 12%. Ultrapassando os R$ 153 milhões, a fatia rubro-negra sobe para 14%. Os pagamentos desses montantes serão feitos nos dias 1 de abril e de outubro de cada ano, sendo 50% do valor em cada data. Para produtos do clube sem a marca Adidas, o percentual da proposta original foi mantido e não obedece à tabela de metas: 4%.

Na proposta original da Adidas, o clube receberia as seguintes premiações por títulos: Carioca, R$ 200 mil; Copa do Brasil, R$ 200 mil; Copa Sul-Americana, R$ 200 mil; Brasileiro Série A, R$ 750 mil; Copa Libertadores, R$ 750 mil; Mundial da Fifa, R$ 800 mil. Após as negociações com a nova diretoria rubro-negra, os números engordaram.

Novo presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello será o gestor da nova parceria do clube pelos próximos três anos (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)

Do primeiro ao quinto ano de contrato, o Carioca passou a valer R$ 250 mil; Copa do Brasil, R$ 300 mil; Copa Sul-Americana, R$ 400 mil; Brasileiro Série A, R$ 1 milhão; Copa Libertadores, R$ 1,5 milhão; e Mundial da Fifa, R$ 800 mil. Do sexto ao décimo ano de contrato, os valores são ainda mais vultosos: Carioca, R$ 300 mil; Copa do Brasil, R$ 380 mil; Copa Sul-Americana, R$ 400 mil; Brasileiro da Série A, R$ 1 milhão; Copa Libertadores, R$ 2 milhões; e Mundial da Fifa, 800 mil. Curiosamente, a única premiação que não recebeu reajuste e ficou em menos da metade da Libertadores foi o Mundial da Fifa, que permaneceu com o valor da proposta original.

Outro ponto importante do contrato são as regras para entrega de material. A Adidas se compromete a despender R$ 1,5 milhão por ano a título de verba de marketing, de acordo com o planejamento da empresa. Serão entregues de 90 a 110 mil peças por ano de contrato, limitadas ao valor global de varejo máximo de R$ 9,8 milhões. A Adidas tem obrigação de fornecer o mínimo de 90 mil peças, ainda que o valor ultrapasse esse montante.

O contrato determina que clube e empresa deverão se reunir sete meses antes de cada temporada para determinar quantidade e tamanhos dos produtos solicitados. O pedido de produtos com a marca Adidas fabricados no exterior terá de ser feitos com sete meses de antecedência. Produtos fabricados no Brasil têm de ser solicitados com 120 dias de prazo para a entrega. Até nove meses antes do lançamento dos uniformes, o clube deve notificar a Adidas por escrito de quaisquer alterações, para que a linha comercial seja lançada simultaneamente no mercado brasileiro e internacional, com a mesma aparência.

Para uniforme do time e vestuário de treino, se os prazos não forem cumpridos, a Adidas produzirá os uniformes sem quaisquer logos de patrocinadores. Para a linha comercial, se o clube fizer qualquer alteração fora do prazo, os lançamentos no Brasil e no exterior não serão simultâneos, e a Adidas poderá incorrer em custos adicionais, que serão de responsabilidade do Flamengo. A Adidas Brasil pode colocar as camisas com as alterações no mercado em 120 dias após o envio da arte pelo clube ou nove meses para o mercado internacional.

Na questão de limitação de patrocínios, o contrato prevê um modelo de exceção para 2013, mas, a partir de janeiro de 2014, a Adidas não permitirá que o clube exiba mais de duas marcas no uniforme, além da logo do Unicef, parceiro rubro-negro. O novo acordo permitirá a permanência dos patrocinadores atuais TIM e Cosan, com os quais o Flamengo tem contrato em vigor. Para novos acordos, terão de ser seguidas as normas do contrato com a Adidas. Pelas regras da empresa alemã, o patrocinador principal do Flamengo deve assinar contrato de vigência mínima de dois anos. Em 2013, serão permitidos até cinco patrocinadores e oito logotipos no uniforme. Só é permitida a assinatura de patrocínios secundários até o fim de 2013. A partir de janeiro de 2014, o Flamengo passa a ter o limite de dois patrocinadores e quatro logotipos a serem exibidos no uniforme.

Casas do Flamengo: a Gávea

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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O Estádio da Gávea


"O Flamengo sempre parecia mais vivo, mais agitado, como em ebulição permanente. No início dos anos 30, o Flamengo estava em guerra, e estando em guerra, aceitou a disciplina prussiana de Bastos Padilha, seu novo presidente. O mais curioso é que Padilha pertencera à República Paz e Amor, vivera aquela vida de estudantes. Padilha queria transformar o Flamengo no maior clube do mundo. Mandou construir o estádio da Gávea (há anos o Flamengo fora despejado de seu primeiro estádio, na rua Paissandu). Aquilo foi taxado como uma loucura. Construir um estádio de futebol naquele pântano de fim de mundo. Em 1930, se questionava como as pessoas chegariam à região da Gávea". (A NAÇÃO, pg. 44)

O Estádio da Gávea nos tempos de sua construção

"Foi na segunda rodada do Carioca de 1938 que o Flamengo jogou pela primeira vez em sua história no estádio da Gávea. Perdeu para o Vasco por 2 a 0. Na terceira rodada, o segundo jogo na Gávea e uma nova derrota: 2 a 0 para o Fluminense. Dori Kruschner foi demitido. A primeira vitória na Gávea só foi acontecer na quinta rodada: 7 a 1 no Bonsucesso". (A NAÇÃO, pg. 52)


"E, no primeiro turno, o time rubro-negro goleou os campeões de 1941. No returno, chegou à última rodada para jogar um Fla-Flu, a ser disputado no estádio da Gávea. O tricolor das Laranjeiras tinha a vantagem do empate. O jogo terminou 2 a 2 e entrou para a história porque no segundo tempo os jogadores do Fluminense passaram a isolar a bola sobre o muro do estádio, para dentro da lagoa Rodrigo de Freitas, que àquela época chegava até bem perto do campo. Perdia-se muito tempo para que os remadores do Flamengo saíssem a remo para trazer a bola de volta. A partida ia assim esfriando, terminou empatada, e os tricolores conquistaram o bicampeonato. Esse jogo ficou eternizado como o Fla-Flu da Lagoa". (A NAÇÃO, pg. 59)


"Foi a decisão de 1944 que consagrou de vez o duelo Flamengo e Vasco. O jogo foi na Gávea e o Flamengo se preparou. Os portões foram abertos mais cedo e os torcedores rubro-negros ocuparam as posições mais estratégicas na arquibancada. Havia gente de mapa em punho fazendo a distribuição dos que chegavam. Quando Valido cabeceou para o fundo das redes, no gol que seria o do título e do tricampeonato, todo o Vasco começou a protestar que o argentino teria subido nas costas do zagueiro Argemiro antes de meter a testa na bola. Até filme, o Vasco exibiu, no Capitólio, em sessão especial, para provar que estava com a razão. Quem era Vasco via com precisão, quem não era ficava na dúvida. Ary Barroso foi quem pôs um ponto final na discussão: o ideal de uma vitória sobre o Vasco para decidir campeonato é Flamengo 1 a 0 e gol feito com a mão, todo mundo vendo, inclusive o juiz, porque se o juiz não visse, não tinha graça nenhuma". (A NAÇÃO, pg. 62)

"O Flamengo sempre foi diferente dos outros. Para jogar no time rubro-negro tinha que ter um algo mais. Eis que, para o Campeonato Carioca daquele ano, o Flamengo foi buscar um craque no time do Vasco: Jair da Rosa Pinto. Ele foi o principal nome do time na temporada, ao lado de Zizinho, mas, mesmo assim, o Flamengo ficou fora da luta pelo título. Como também ficou em 1948 e 1949. Jair acabou sendo mandado embora em 1949, após uma partida contra o Vasco na Gávea. O motivo? Falta de raça. Apesar de craque do time, ele saiu de campo naquela partida, segundo dirigentes e torcedores, com a camisa seca. Por não haver corrido em campo, foi expulso do clube. Foi para o Palmeiras, onde viveu os melhores momentos de sua carreira". (A NAÇÃO, pg. 66)

Vista lateral da arquibancada: a pista de corrida de cavalos do Jóquei Clube e o Corcovado.
A vista frontal é a Lagoa Rodrigo de Freitas

"O atacante húngaro Florian Albert, do Ferencvaros, da Hungria, fora um dos grandes destaques da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. No final daquele ano de 1967, ele seria eleito o melhor jogador do ano pela revista francesa France Football. E em janeiro de 1967, em dois amistosos contra o Vasco, um na Gávea, e outro em General Severiano, Albert jogou com a camisa rubro-negra. Em 15 de janeiro, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0 na Gávea. Três dias depois, perdeu por 2 a 0 em General Severiano, no campo do Botafogo. Em ambos os jogos Albert foi substituído no segundo tempo, sentindo o peso do forte calor. Embora, a presença do húngaro não tenha contagiado os cariocas – na primeira partida, na Gávea, somente 6,5 mil torcedores compareceram e na segunda, em General Severiano, foram só 4,5 mil pagantes". (A NAÇÃO, pg. 94)

"Já em 1988, houve um Flamengo x Goytacaz, na Gávea, que recebeu só 976 pagantes. Não foram poucas as vezes, nestes anos, em que houve públicos inferiores a mil torcedores". (A NAÇÃO< pg. 164)


"A partir de 1938, o Flamengo começou a jogar no estádio da Gávea, cujas obras haviam sido iniciadas em 1933. Entre 1938 e 1950, o time fez 116 partidas no pequeno estádio rubro-negro, que comportava pouco mais de oito mil espectadores. Até que, depois da inauguração do Maracanã, o time passou a atuar menos em seu modesto estádio. De 1957 a 1960, jogou lá outras vinte vezes. Depois passou alguns anos sem pisar em seu gramado; retornou no período entre 1966 e 1976, quando lá fez dezesseis jogos. Descartou mais uma vez a ideia de utilizá-lo e por doze anos não mandou partidas ali. Voltou a usar o estádio entre 1988 e 1996, quando lá atuou outras 71 vezes. No total, foram 223 partidas jogadas na Gávea". (A NAÇÃO, pgs. 200-201)

Por competições nacionais, a primeira vez que o estádio foi utilizado foi na Copa do Brasil de 1989, numa vitória de 2 x 0 sobre o Paysandu, do Pará. Na Copa do Brasil de 1990 nova vitória por 2 x 0, desta vez sobre o Taguatinga, de Brasília. Pelo Campeonato Brasileiro de 1990, o Flamengo venceu o Inter de Limeira por 3 x 1. No Brasileiro de 1991, foram 3 jogos, duas vitórias e uma derrota: 1 x 0 no São Paulo, 1 x 0 no Náutico e 1 x 3 para o Atlético Mineiro. Pela Copa do Brasil de 1995 foram mais três jogos na Gávea: vitórias por 1 x 0 sobre o Souza, da Paraíba, 3 x 0 no Gama, de Brasília, e 8 x 0 no Kaburé, de Tocantins. O último jogo em competição nacional, foi no Brasileiro de 1996, uma derrota por 1 a 0 para o Juventude, do Rio Grande do Sul.

Além desta goleada de 8 x 0 sobre o Kaburé, aquele campo viu algumas outras grandes goleadas em sua história. No Campeonato Carioca de 1945, houve uma 10 x 1 no Bonsucesso. No Carioca de 1946 um 7 x 1 e no de 1947 um 8 x 1 sobre o Bangu. Em 48, 7 x 0 no Canto do Rio. Em 49, 7 x 0 no São Cristóvão. Em 58, 8 x 0 no Olaria. No Carioca de 1989, 8 x 1 no Nova Cidade. No Carioca de 1997, num dos últimos jogos no campo da Gávea, vitória por 7 x 0 no Madureira.

A última vez que o Estádio da Gávea foi utilizado pelo time profissional foi em 27 de abril de 1997, com uma vitória por 3 a 0 sobre o Bangu, gols de Evandro, Fábio Baiano e Romário. Desde então só as categorias de base utilizaram o estádio.

Foto panorâmica do Complexo Esportivo da Gávea, a sede administrativa e as piscinas,
no lado oposto a onde estão o Estádio, o Ginásio de Basquete e a Arena de Ginástica Olímpica



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Flamengo e Adidas, rumo a uma Nova Era na história rubro-negra

O contrato, analisado a exaustão nos Conselhos internos do clube, foi revisado e chegou a um consenso final tanto para a diretoria sainte quanto para a entrante, e será votado no Conselho Deliberativo nesta quarta-feira, 19 de dezembro de 2012.

Abaixo, a descrição da coluna escrita por Bruno Braga na sessão De Prima, do Lance!. Reproduzi, porque achei o material muito elucidativo.

"Antes mesmo de tomar posse efetivamente da gestão do Flamengo, o grupo dos executivos, do futuro presidente Eduardo Bandeira, deu um grande passo para conseguir um resultado importante para a prometida guinada do clube. O contrato com a Adidas , o melhor contrato de fornecimento de material esportivo do país, que será votado pelo Conselho Deliberativo nesta quarta-feira, foi melhorado em vários aspectos após negociações do novo departamento de marketing, comandado pelo futuro vice de planejamento e marketing, Luiz Eduardo Baptista. A De Prima apurou que cerca de dez pontos do documentos foram alterados à favor do clube.

E o valor das bonificações por conquista de título foi uma das modificações importantes feitas nas conversas nos últimos três dias e podem turbinar ainda mais o polpudo valor de R$ 363 milhões até 2023. Pelo acordo de antes, feito pelo marketing de Patricia Amorim, o Flamengo só ganharia cerca R$ 750 mil caso vencesse a Libertadores. Agora, porém, a verba saltou para R$ 2 milhões caso o time levante o caneco. Os valores de todos os títulos foram aumentados.

Outra cláusula que estava gerando discussão entre as partes era sobre o limite de patrocínio que estamparão a camisa do Flamengo a partir de maio de 2013. Antes acordado com somente duas marcas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e sua equipe conseguiram convencer os dirigentes da multinacional que era impossível diminuir um terço do número dos espaços de uma só vez. Pelo que foi fechado, o clube poderá acertar com três empresas e , caso for necessário, implantar o sistema de rodízios, ainda não confirmado pela nova diretoria. Este processo, porém, não agrada à empresa.

Um dos detalhes que mais causavam preocupação à nova diretoria era a provável defasagem dos R$ 35 milhões nos últimos cinco anos. O que parecia problema, virou solução após as conversas praticamente encerradas nesta segunda-feira à noite. Conforme foi tratado, este valor sofrerá um reajuste mínimo de 10% a partir do sexto ano, o que dá uma garantia mínima ao clube de que o valor não ficará ultrapassado nos últimos anos do acordo.

Os dois lados adotam cautela e evitam dizer que o assunto está encerrado, o que deve acontecer após a votação do Conselho Deliberativo. O contrato, amplamente discutido com as forças políticas influentes dentro do Flamengo, não deverá ter dificuldade para ser aprovado.

– É verdade. Vamos levar o contrato para ser votado no Deliberativo. Mas só será assinado se for aprovado. Concordamos com os termos e isso será encaminhado quarta-feira para o conselho. Agora temos que esperar para ver como será a análise – disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, ao L!

A grande virtude desta nova diretoria foi não deixar se pressionar por prazos, principalmente o de pagamento da multa rescisória da Olympikus, que se encerra nesta sexta-feira. Outro fator era o tempo mínimo que a Adidas precisava para confeccionar os materiais esportivos. Mesmo com um contrato valorizado, com altos valores e com o clube financeiramente atolado em dívidas, Luiz Eduardo Baptista teve frieza para negociar melhorias para o contrato e, consequentemente, retirar do documento o que o clube não poderia cumprir. Diferentemente do que aconteceu com o acordo com Ronaldinho, feito às pressas, e que acabou gerando um imbróglio na Justiça.

Se o contrato for aprovado no Deliberativo, o Fla ganhará em janeiro cerca de R$ 32 milhões de luvas. O acordo será válido a partir de maio do ano que vem. Nos primeiros cinco anos o clube receberá R$ 30 milhões. Nos últimos cinco, receberá R$ 35 milhões (com uma valorização de 10%).

– Está convocada a reunião para o contrato ser discutido. A nova diretoria negociou o contrato com a anuência da Patricia Amorim. Foi conseguido algumas modificações – explicou Delair Dumbrosck.

Outro ponto forte do contrato é a internacionalização da marca do Flamengo. Segundo o acordo, a Adidas colocará pela primeira vez um clube da América Latina entre os clubes Classe A, o que deixa o clube com direitos parecidos com Real Madrid, Chelsea, Milan e Bayer de Munique. As camisas rubro-negras estarão disponíveis nos maiores mercados consumidores.

Ao menos o fornecimento de material esportivo pode ser o mesmo daquele Flamengo campeão do Mundial Interclubes de 1981, referência da nova gestão do presidente Eduardo Bandeira e dos executivos Wallim Vasconcellos, Luiz Eduardo Baptista, Flávio Godinho e Rodolfo Landim, que formaram a Chapa Fla Campeão do Mundo. A primeira boa jogada está próxima de terminar em gol. Agora só resta aguardar os próximos passos".

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mais um primo a ser destacado: Flamengo de Bento Gonçalves

A Sociedade Esportiva e Cultural Flamengo de São Valentim é um time amador da cidade gaúcha de Bento Gonçalves. O clube foi fundado em 27 de Novembro de 1958.

Como nos anos de 1950 e 1960 era comum os fanáticos por futebol ouvirem as rádios do Rio de Janeiro e de São Paulo, como a Rádio Nacional e a Rádio Record tornavam-se fãs dos times do eixo Rio-São Paulo. Em 1958,  em São Valentim, além do Flamengo havia os times amadores do Vasco e do Corinthians.
O Flamengo de São Valentim foi várias vezes campeão amador de Bento Gonçalves, foi Bi-Campeão Estadual Amador do Rio Grande do Sul em 2011 e em 2012, e conquistou o Campeonato Sul-Brasileiro Amador de 2012, disputado na cidade de Diadema, em São Paulo.
 
 
Veja também:
 
 
 
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: a Rua Paissandu

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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O Estádio da Rua Paissandu


"Não faltavam assunto e decisões a serem tomadas. No final da década de 1920, parecia que o Flamengo ia ficar para trás. O Fluminense era o clube da aristocracia, do estádio das Laranjeiras, o Vasco tinha construído São Januário, o Botafogo levantava a sede colonial, o América desfazia um estadiozinho para erguer outro estadiozinho, enquanto o Flamengo continuava com a velha garagem e o campo alugado à família Guinle na rua Paissandu onde, em tardes de sol, deitavam-se os jogadores, espreguiçando-se, esticando-se, às sombras das palmeiras imperiais". (A NAÇÃO, pg. 40)


"O Flamengo carecia, com urgência, de um estádio. De 1912 a 1915, mandava seus jogos no campo do Botafogo, em General Severiano. De 1916 a 1932, passou a mandá-los em seu próprio campo, na rua Paissandu, no bairro do Flamengo, em um terreno pertencente à família Guinle, a mesma que era dona do Copacabana Palace. Ao fim de 1932, os proprietários solicitaram o terreno, e o Flamengo voltou a ficar sem casa. Foi então que se conseguiu o terreno na Gávea, onde começou a construção do novo estádio. Entre 1933 a 1938, antes da conclusão da obra, o Flamengo teve que mandar seus jogos no campo do Fluminense, nas Laranjeiras, que ficava em frente – literalmente do outro lado da rua – ao campo da rua Paissandu". ( A NAÇÃO, pg. 49)


"A história do clube já começou sem casa própria. De 1912 a 1915, o Flamengo usou com constância o campo do Botafogo, em General Severiano. Até que o clube conseguiu chegar a um acordo com a família Guinle, detentora de um terreno na rua Paissandu, no bairro do Flamengo, para ali construir um pequeno estádio. De 1916 a 1932, o time rubro-negro, quando tinha mando de campo, jogava lá, onde disputou 175 partidas". (A NAÇÃO, pg. 200)





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: Estádios dos Rivais

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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Casas rivais: General Severiano, Laranjeiras, São Januário, Caio Martins e Engenhão


"Apesar da ainda pequena popularidade deste esporte, já nos primórdios, era o Flamengo o clube a conseguir aglomerar mais gente para ver um jogo de futebol. A partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 30 de maio de 1915, em General Severiano, levou cerca de 15 mil expectadores ao estádio, um recorde para aqueles tempos, numa época em que a população do Rio de Janeiro ainda era de pouco menos de 1,5 milhão de habitantes. O Flamengo vinha de duas vitórias consecutivas por 5 a 0 sobre Fluminense e São Cristóvão, deixando sua torcida empolgada. E venceu mais uma, por 2 a 1. Começava a florescer a popularidade do vermelho e preto". (A NAÇÃO, pg. 32)

Estádio de General Severiano, do Botafogo, capacidade para 15 mil

"O Flamengo carecia, com urgência, de um estádio. De 1912 a 1915, mandava seus jogos no campo do Botafogo, em General Severiano. De 1916 a 1932, passou a mandá-los em seu próprio campo, na rua Paissandu, no bairro do Flamengo, em um terreno pertencente à família Guinle, a mesma que era dona do Copacabana Palace. Ao fim de 1932, os proprietários solicitaram o terreno, e o Flamengo voltou a ficar sem casa. Foi então que se conseguiu o terreno na Gávea, onde começou a construção do novo estádio. Entre 1933 a 1938, antes da conclusão da obra, o Flamengo teve que mandar seus jogos no campo do Fluminense, nas Laranjeiras, que ficava em frente – literalmente do outro lado da rua – ao campo da rua Paissandu.". (A NAÇÃO, pg. 49)

Estádio do Botafogo, em General Severiano, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro

"Os clubes que disputaram os primeiros torneios se dividiam entre o norte e o sul da cidade. Entre os times da Zona Sul estavam o Fluminense e o Botafogo, pioneiros do futebol carioca, o próprio Flamengo e seu vizinho de bairro, o Paysandu – da colônia inglesa – e o Carioca, do Jardim Botânico. Os jogos destes times eram mandados nas Laranjeiras, campo do Fluminense, ou em General Severiano, do Botafogo. Foi neste último que o rubro-negro jogou suas primeiras partidas como mandante". (A NAÇÃO, pg. 34)

"Nos anos de 1910, foi um Flamengo e Botafogo que lotou General Severiano e mostrou, pela primeira vez, que o futebol estava superando o remo no gosto e no conceito popular. Nos anos de 1920, um Flamengo x Vasco superlotou as Laranjeiras de uma forma que não havia acontecido nem na final do Sul-Americano para a gente ver a conquista da seleção brasileira. Ao final dos anos 40, foi um jogo do Flamengo em São Januário, contra o Southampton, que marcou o recorde de público em jogos de futebol na era pré-Maracanã". (A NAÇÃO, pg. 76)

Estádio do Fluminense, no bairro das Laranjeiras: capacidade para 18 mil torcedores

"Até 1932, o Flamengo havia enfrentado adversários estrangeiros só cinco vezes (três jogos nas Laranjeiras, um em São Januário e um na rua Paissandu): uma vitória (sobre o Peñarol), um empate (com o Barracas, da Argentina) e três derrotas (duas vezes para o Universal e uma para o Montevidéu Wanderers, ambos do Uruguai)". (A NAÇÃO, pg. 45)

"Foi igualmente em 1948 que o Flamengo enfrentou pela primeira vez um clube europeu. O Southampton, da Inglaterra, veio em excursão ao Brasil. A partida contra o Flamengo foi em 6 de junho de 1948, em São Januário, e juntou, segundo estimativa da Polícia Militar feita à época, 40 mil pessoas no estádio do Vasco (que tem capacidade oficial para 35 mil). Foi o acontecimento do ano. O Flamengo perdeu por 3 a 1, mas a torcida saiu satisfeita, dizendo que o Mengo havia conseguido jogar de igual para igual contra os ingleses, inventores do futebol". (A NAÇÃO, pgs. 66-67)

Estádio de São Januário, do Vasco: capacidade para 25 mil torcedores

"Esta era de tantas glórias cariocas terminou no final do primeiro semestre de 1992, com a final do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo – campeonato no qual o Vasco ainda terminou em terceiro lugar. Neste jogo, por alguns segundos, o Gigante ficou mudo, em silêncio absoluto: minutos antes de começar a partida, a plateia assustada viu parte da grade da arquibancada despencar, um episódio no qual morreram três torcedores e cerca de noventa saíram com ferimentos. Esta tragédia forçou o fechamento do estádio por seis meses. Os jogos do Campeonato Carioca de 1992 foram disputados em São Januário, estádio do Vasco. Depois de reaberto, o estádio teve uma significativa redução em sua capacidade, e o menor poder de faturamento através da arrecadação junto ao público pagante mexeu com as finanças dos clubes cariocas". (A NAÇÃO, pg. 149)

"Antes da inauguração do Maracanã, o Flamengo também usou muitas vezes o São Januário. De 1938 e 1950, jogou 66 vezes por lá em partidas contra outros adversários que não o Vasco, que era proprietário do estádio, e, obviamente, lá mandava seus jogos". (A NAÇÃO, pg. 201)

"Para fugir deste ônus, a primeira alternativa tentada no período posterior à inauguração do Maracanã foi com a utilização do estádio Caio Martins – pertencente à prefeitura de Niterói, com capacidade para 12 mil pessoas, e que, nos anos 90, foi concedido ao Botafogo. Entre 1985 e 1994, a equipe rubro-negra atuou 42 vezes nele como mandante". (A NAÇÃO, pg. 201)

Em Campeonatos Brasileiro foram alguns poucos jogos em Caio Martins, incluindo um duelo contra o Santos em 1991 e um contra o Corinthians em 1993. O estádio era mais utilizado para jogos contra os pequenos do Campeonato Carioca.

Estádio de Caio Martins, pertencente à Prefeitura de Niterói, foi o estádio do Canto do Rio até 1963, depois foi cedido ao Botafogo na década de 1990. Tinha capacidade para 12 mil torcedores

A última casa rival utilizada foi o Engenhão, estádio construídopelo poder público para os Jogos Pan-Americanos de 2007, e que o Botafogo ganhou concessão para utilização por 20 anos.

Estádio joão Havenlange, o Engenhão, no bairro do Engenho de Dentro, no Rio
Capacidade para 45 mil torcedores

A relação do Flamengo com o Engenhão começou avassalora: nos 23 primeiros jogos no estádio, entre 2008 e 2011, foram 15 vitórias, 7 empates e só 1 derrota. Depois uma sequência de 6 jogos sem vencer no estádio (5 empates e 1 derrota) e 6 vitórias consecutivas. Até o fim de 2011, eram 24 vitórias no Engenhão, 18 empates e apenas 5 derrotas, em 47 duelos.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bastidores do poder na Gávea

Muita boa e interessante a foto publicada hoje no site www.eusouflamengo.com mostrando os bastidores da apresentação da nova cúpula do futebol para 2013, ontem na Gávea.

Na foto, o novo presidente, Eduardo Bandeira de Mello, junto a Wallim Vasconcellos, Paulo Pelaipe e ... Kléber Leite!

Mostra o quanto Kléber e Márcio Braga foram ativos na conjuração política que compôs a vitória da Chapa Azul.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O maior adversário do basquete do Flamengo - Parte 2

“Não é possível fazer o Campeonato Paulista correndo junto com o NBB. Tivemos este ano Sul-Americano pra lá, Sul-Americano pra cá, Jogos Abertos…E o NBB não quis de jeito nenhum adiar seus jogos, e aí ficou nesse lenga-lenga. Ano que vem vou bater o pé. Vou querer o Paulista até o dia 5 de dezembro. O Paulista vai de agosto até o início de dezembro, como sempre foi. Essa situação ocorre porque os estados que não fazem basquete, como Brasília e Rio, querem que o NBB comece o quanto antes. O negócio deles é matar o Campeonato Paulista, mas eu não vou deixar”

Declaração dada a Alessandro Lucchetti, do Estado de São Paulo, pelo presidente da Federação Paulista, Toni Chakmati

Muito elucidativa esta declaração!


Agora convido-os a reler o que eu já falei aqui sobre este tema:



domingo, 9 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: o Templo Maior

100 Anos de Futebol do Flamengo
Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão

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O Flamengo e o Maracanã



 "A Copa do Mundo de 1950 deu um impulso ainda maior de crescimento ao futebol no Brasil. A derrota para o Uruguai na final, em pleno Maracanã, foi uma grande decepção. Mas com o espírito da Copa, aflorou o sentimento da necessidade de organização de um campeonato em nível nacional. Organizou-se o 1º Torneio Rio–São Paulo no primeiro semestre de 1950. O desempenho do Flamengo, entretanto, foi um fiasco: uma vitória, dois empates e três derrotas. Por este fracasso, Zizinho saiu do Flamengo e foi para o Bangu alguns meses antes de a Copa do Mundo ter começado. O maior legado da Copa, entretanto, foi o Maracanã, o maior estádio de futebol que o mundo já havia visto. Neste mesmo ano, o Flamengo pisou no estádio pela primeira vez. A relação inicial do clube e do estádio foi muito ruim, apesar de ter conseguido uma vitória sobre o Bangu em sua primeira atuação no Maracanã (3 a 1, numa partida amistosa em 23 de julho de 1950). A segunda vez foi muito pior. Também contra o Bangu, mas agora já valendo pelo Campeonato Carioca, acabou com goleada banguense por 6 a 0. A campanha do Flamengo no Carioca daquele ano foi muito ruim, o rubro-negro não passou de um sétimo lugar, tendo terminado à frente apenas de Madureira, Bonsucesso, Canto do Rio e São Cristóvão. Depois de goleado pelo Bangu, os jogos do Flamengo que se seguiram no Maracanã foram: empate por 2 a 2 com o América, derrota de 2 a 1 para o Vasco, derrotas de 1 a 0 para Botafogo e de 2 a 1 para Fluminense, vitória de 4 a 2 sobre o Bonsucesso, derrotas para Olaria (2 a 1), Grêmio (3 a 1, em jogo comemorativo dos 48 anos do Flamengo), Vasco (4 a 1) e Botafogo (4 a 2). Uma nova vitória, agora sobre o Madureira (5 a 3), e mais uma derrota: 2 a 1 para o América. Um catastrófico começo na relação com o maior do mundo: nas treze primeiras vezes que jogou no Maracanã, o Flamengo venceu só três, empatou uma e perdeu nove!" (A NAÇÃO, pg. 69)

Arquibancada do Maracanã nos primórdios do estádio

"Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile, no Maracanã/ O mais querido, tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver, a Charanga do Jaime tocar/ Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar/ Quando o Mengo perde, eu não quero almoçar, eu não quero jantar” – letra de Wilson Batista e Jorge de Castro.

O samba foi regravado no início dos anos 80 pelo sambista João Nogueira, com o refrão substituindo “Rubens, Dequinha e Pavão” por “Zico, Adílio e Adão”, e voltou a fazer muito sucesso". (A NAÇÃO, pg. 75)

"Aqueles dias foram românticos em muitos sentidos. Era um bom tempo, no qual clubes europeus excursionavam na Cidade Maravilhosa, sem riscos de violência e desfrutando de certo conforto. Queriam ter a honra de pisar no maior estádio de futebol de todo o mundo. Só em 1957, o Flamengo enfrentou – jogando no Maracanã – o AIK, da Suécia, o Honved, da Hungria, o Dínamo Zagreb, da Iugoslávia, e o Belenenses e o Benfica, ambos de Portugal. Em 1954, o Flamengo havia enfrentado o Deportivo La Coruña, da Espanha, e, em 1955, jogou contra o Estrela Vermelha, da Iugoslávia. Mas mesmo antes do Maracanã, já era grande a frequência de europeus". (A NAÇÃO, pgs. 78-79)

"O Maracanã introduziu toda uma nova relação entre o carioca e o futebol. Antes os estádios menores e de mais difícil acesso não tinham a capacidade de mover toda uma multidão. De repente, surgiu aquele estádio gigantesco, para abrigar até quase duzentas mil pessoas, localizado numa região central, de fácil acesso tanto para a Zona Norte quanto para a Zona Sul da cidade. Tudo passou a ser diferente. Os dias de domingo ganharam uma agenda própria e especial: praia de manhã e jogo de futebol à tarde. Os jovens cariocas saíam de casa pela manhã e voltavam no entardecer, com os corpos misturando o sal do mar, o suor do estádio e a camisa do time de coração no peito. Mal lembravam de sentir fome.


 As raízes rubro-negras já estavam plantadas e haviam germinado por todos os rincões. O vermelho e o preto já tingiam uma paixão em escala nacional. Todos já sabiam, desde antes do Maracanã, quem era o mais querido do Brasil. Daí para frente o processo só foi catalisado. Não havia o que abalasse aquele sentimento desfraldado por invisíveis mãos". (A NAÇÃO, pg. 80)

O acidente na final de 1992

"E a grandiosidade do vermelho e do preto, que já se solidificara como rocha, também estava lá, exposta para que aqueles corações românticos se embebedassem em tardes tranquilas de domingo no Maracanã. E o Flamengo não parava de dar demonstrações da grandeza que conquistara. A partida que decidiu o Campeonato Carioca de 1963, entre Flamengo e Fluminense, cujo empate por 0 a 0 deu o título ao time rubro-negro, representa, ainda nos dias de hoje, o recorde mundial histórico de público pagante em partidas entre clubes: 177 mil pessoas. A marca só foi batida, ambas às vezes também no Maracanã, pela final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai, com 185 mil espectadores, e pelo recorde histórico de público em jogos de futebol – 189 mil pagantes – na partida entre Brasil e Paraguai pelas Eliminatórias, em 1969". (A NAÇÃO, pg. 85)

A grande reforma de 1999 preparou o estádio para o 1º Mundial de Clubes da FIFA:
na imagem da esquerda, o estádio depois da obra, na da direita, como era antes dela

"A época áurea de público no Maracanã foi entre 1968 e 1979. Não por acaso, nos tempos do milagre econômico no Brasil, quando o brasileiro, beneficiado pelo elevado crescimento econômico do país, vivia com bem mais dinheiro no bolso. Nestes anos, a economia brasileira crescia, em média, 9,5% ao ano (é o dado oficial para o período entre 1967 e 1976). Sendo assim, era Maracanã com mais de 100 mil torcedores toda hora. Em 1968, Flamengo e Botafogo levaram 122 mil ao estádio. Em 1969, os dois levaram 116 mil no turno e 149 mil no returno; no mesmo ano, o Fla-Flu levou 106 mil no turno e 172 mil no returno, um Flamengo x América teve 93 mil e o Flamengo x Vasco levou 131 mil. Em 1970, Fla x Vasco puseram 114 mil e o Fla-Flu teve 106 mil. Em 1971, houve um Flamengo x Botafogo com 143 mil e um Flamengo x Olaria com 118 mil. O Fla-Flu foi desbancado como maior clássico carioca só nos anos 70. Aí ascendeu de vez a rivalidade entre Flamengo e Vasco, passando o confronto a ser chamado de O Clássico dos Milhões. Em 1972, o recorde do campeonato ainda foi num Fla-Flu (138 mil). Daí para a frente... Em 1973, Flamengo x Vasco foi assistido por 160 mil; em 1974, por 165 mil; em 1976, por 174 mil no turno (segundo maior da história em confrontos entre clubes) e por 133 mil no returno. Em 1977, por 135 mil no turno, por 152 mil no returno, e por 120 mil no Campeonato Brasileiro. Mas os outros clássicos também não ficavam muito atrás. O recorde de público de 1975 foi com 88 mil num Flamengo x Botafogo. No Carioca de 1976, Flamengo e Botafogo colocaram 127 mil no turno e 114 mil no returno. O Fla-Flu teve 155 mil e 109 mil nos dois turnos". (A NAÇÃO, pg. 161)

Em 2006, preparando-se para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mais uma grande reforma

"Os times do Rio de Janeiro estavam competitivos, mas as mudanças pelas quais a cidade tendia a passar se escondiam à sombra, e tinham um cunho sociológico e antropológico em grande medida associado às perdas econômicas dos anos 80, mas com seu caráter próprio. A violência, cuja explosão nas periferias da cidade já relatamos, viria a cobrar sua conta, e o futebol, como maior manifestação cultural da gente carioca, não passaria ileso a seus efeitos destrutivos. As tardes de domingo no Maracanã estavam prestes a se inclinar numa direção que as faria jamais voltar a ser as mesmas. Os indícios dessas mudanças ainda eram muito sutis. É verdade que já não dava mais para manter as torcidas misturadas nas arquibancadas, como era comum nos anos 70, ou acabava em confusão e brigas, mas as barreiras ainda eram tênues.


As arquibancadas do Maracanã, até 1999, eram de cimento, sem cadeiras. A plateia sentava diretamente no concreto, construído em forma de escada, para que assim servissem de acento. O anel superior da arquibancada era contínuo, interrompido somente pela área das cadeiras especiais, acima das cabines de rádio. Nessa área havia cadeiras de metais, vendidas ao triplo do preço das arquibancadas, e com direito a estacionamento e elevadores de acesso. Desde a construção do estádio já foi estabelecida a divisão das torcidas. À esquerda das cabines de rádio, a área era cativa para as torcidas do Flamengo e do Fluminense, sendo que em dia de Fla-Flu, os tricolores ficavam ao lado direito das cabines, área cativa para as torcidas de Vasco e Botafogo. Este último, assim como os tricolores que mudavam de lado nos Fla-Flus, nos dias de confronto contra o time cruzmaltino passava para o lado esquerdo das cabines. Desde os primórdios do estádio, isto funcionou assim. No lado oposto ao das cadeiras especiais ficava a área onde as torcidas se encontravam. Até os anos 70, ali sequer tinha divisão, sendo comum ser uma área mista, na qual torcedores com as camisas de clubes rivais assistiam aos jogos lado a lado. Brigas eram coisas pontuais, entre dois torcedores que se haviam desentendido por qualquer razão, muitas vezes entre os que vestiam camisa de mesmo time, mas não haviam gostado de um comentário ou outro, ou por qualquer razão estúpida que levasse um a desferir um tapa em outro. Nos anos 80, começaram a aumentar os conflitos entre torcidas rivais, então se forçou a colocação de uma divisória humana composta por policiais enfileirados verticalmente desde a parte superior da arquibancada até a inferior. Porém, o clima ainda era bastante pacífico nos jogos de futebol. As tardes de domingo rumo ao Maracanã ainda eram mágicas para a criançada que começava a curtir as idas ao estádio.

Acesso à arquibancada alargado na reforma de 2006-07



Havia dois corredores principais pelos quais escoavam os veículos levando torcedores para ver jogos de futebol. A rua Marechal Rondon trazia carros e ônibus com torcida vinda da Zona Norte e do subúrbio. O elevado Paulo de Frontin, sobreposto desde a saída do túnel Rebouças, levava a torcida oriunda da Zona Sul. Por estes dois corredores eram vistas bandeiras estiradas nas janelas de edifícios. Os carros, em grande quantidade, exibiam bandeiras pelas janelas. Os ônibus iam lotados de torcedores rivais, todos devidamente uniformizados. Era uma festa de cores e alegria. Todos seguiam para o templo do futebol. Os carros com gente vestida com a camisa do clube de coração trocavam buzinadas provocativas e piadas com outros, guiados por quem usava camisa do rival. As provocações também fluíam alegremente entre carros e ônibus. Não havia ódio ao torcedor rival, muito menos clima de guerra. Não havia o espírito de humilhar o adversário. Eram minoria absoluta as manifestações que não esbanjassem alegria e confraternização. O problema é que o que era exceção foi aumentando e se tornando rotina. Isto gerou grandes mudanças para o futebol, e a principal delas foi o efeito de esvaziamento nos estádios. Se bastava uma fileira de policiais para separar as torcidas rivais e minimizar conflitos dentro do estádio, na saída dos grandes clássicos a preocupação costumava ser ainda menor. O escoamento das torcidas pela rampa externa era conjunto. Os torcedores se encontravam na saída dos anéis, no alto da rampa. A torcida derrotada, naturalmente, mais cabisbaixa, e a vencedora ecoando cantos de vitória. A preocupação dos policiais do lado de fora do estádio se limitava a conter os batedores de carteiras, que aproveitavam para agir em meio ao grande aglomerado de gente. Com o passar dos anos, a fileira de guardas já se fazia insuficiente para evitar os conflitos. Deu-se para atirar coisas de uma torcida à outra. Criaram-se duas fileiras, com um espaço vazio no meio. Depois de mais alguns anos, já não se podia sair do estádio civilizadamente. A prática imbecil de se atacar os rivais se impôs e a polícia foi obrigada a fazer com que cada torcida saísse por um dos lados do estádio, em rampas diferentes". (A NAÇÃO, pgs. 150-151)

Reconstrução total para a Copa do Mundo de 2014

O estádio foi construído para a Copa do Mundo de 1950. Ele foi reformado após o grave acidente de 1992. Foi remodelado para o Mundial de Clubes de 2000. Teve acessos alargados e campo rebaixado em um metro e meio para os Jogos Pan-Americanos de 2007. E um novo estádio inaugurado para a Copa das Confederações 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

O Novo Maracanã: um estádio totalmente remodelado

Maracanã com padrão de qualidade de estádio europeu

A relação entre o Flamengo e o estádio também sofreu interrupções ao longo da histórias. Separações num tórrido romance. A primeira separação durou 199 dias, causada pela recauchutagem do estádio após o trágico acidente na final do Campeonato Brasileiro de 1992, no dia 19 de julho daquele ano; depois desta data, o clube só voltou a atuar no Maracanã em 3 de fevereiro de 1993, num amistoso contra o Cruzeiro, tendo sido, portanto, quase 7 meses de separação.

O distanciamento seguinte foi provocado pelas obras de remodelamento do estádio para os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Desta vez foram 281 dias longe do Maraca. O clube atuou lá em 23 de abril de 2005, num empate contra o Cruzeiro, só voltando depois disto a pisar no seu gramado em 29 de janeiro de 2006, num empate contra o Fluminense. Desta vez, foram mais de 9 meses longe do estádio.

A maior separação, no entanto, foi a causada pelas obras para a Copa do Mundo de 2014, nas quais o estádio foi praticamente reconstruído de baixo para cima. Foram 1.057 dias de distanciamento. Um longuíssimo período. Depois de atuar no Maraca em 5 de setembro de 2010, a camisa rubro-negra só voltou ao estádio em 28 de julho de 2013, num empate contra o Botafogo. Foram quase 2 anos e 10 meses, perto de três anos portanto, longe do Maracanã,período no qual usou o Engenhão, estádio construído especialmente para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Pouco tempo depois, nova separação, desta vez por conta das obras para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Depois de jogar no estádio em 6 de dezembro de 2015, numa derrota para o Palmeiras, o Flamengo só retornou a seu gramado em 23 de outubro de 2016, num empate em 2 x 2 contra o Corinthians. Foram 322 dias longe de seu gramado, 10 meses e meio, a segunda maior separação entre o Flamengo e o Maracanã na história.