terça-feira, 10 de agosto de 2021

Hall da Fama do C.R. Flamengo: PAVÃO


PAVÃO: o Grande Xerife

Carreira: 1950 Portuguesa Santista (SP); 1951-1959 Flamengo; 1959-1961 Santos

Pavão, beque de força e presença física, titular absoluto entre 1951 e 1957. O zagueiro foi eternizado pela música: "Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá / Vai haver mais um baile, no Maracanã / O mais querido, tem Rubens, Dequinha e Pavão / Eu já rezei pra São Jorge, pro Mengo ser campeão / Pode chover, pode o sol me queimar / Que eu vou pra ver, a Charanga do Jaime tocar / Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar / Quando o Mengo perde, eu não quero almoçar, eu não quero jantar".

E lá esteve ele também no samba que a Estácio de Sá compôs para o Flamengo em 1995: "Seis jovens remadores / Fundam o grupo de regatas / Campeão o seu destino (ô) / É ganhar em terra e mar / Fazendo sol / Pode queimar, pode chover / Vou ver Fla-Flu / Fla-Vas vou ver / Diamante Negro, Fio Maravilha / Domingos da Guia, Zizinho, Pavão / Gazela Negra / Corre o tempo no olhar / Será que você lembra como eu lembro o Mundial / Que o Zico foi buscar".

Pelo Flamengo, ele fez 357 jogos e marcou 5 gols.


Abaixo, estão combinados dois textos, publicados nos sites "Tardes de Pacaembu" e "Heróis do Mengão":

Pavão viveu seus dias de glória e marcou época sendo um dos principais atletas na conquista do segundo Tricampeonato Carioca em 1953/54/55. Além dos títulos, deixou seu nome marcado na história rubro-negra através do famoso samba composto por Wilson Batista, Samba Rubro-Negro, em que o músico cita os craques da equipe: "O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão. Eu já rezei pra São Jorge pro Mengão ser campeão".

Pavão, cujo nome real era Marcos Cortez, foi um zagueiro-central que nasceu em Santos, em 1929, e começou sua carreira de jogador na Portuguesa Santista, no começo dos Anos 1950. Em 1951, transfere-se para o Flamengo, onde fica até 1959, fazendo 357 jogos pelo clube e 5 gols. Conquistou um total de 19 títulos, sendo o mais importante a conquista do Tricampeonato Carioca 1953/54/55. O sucesso no clube lhe rendeu uma passagem pela Seleção Brasileira, onde conquistou a Taça Oswaldo Cruz, em 1955.


Sua estréia com o Manto Sagrado aconteceu no dia 18 de março de 1951, na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo. Em seus dois primeiros anos como jogador do Flamengo não obteve conquistas expressivas, mas durante esse período iniciou-se a formação do time que conquistaria o segundo Tricampeonato Carioca em 1953/54/55, com a chegada de jogadores como Garcia, Joel, Rubens, Biguá e Dequinha.

Pavão inclusive foi responsável direto por essa conquista, pois no terceiro jogo da final de 1955 contra o América, onde o clube precisava vencer por três gols de diferença para ser campeão, além de cumprir com sua função defensiva, quando o placar do jogo ainda estava 3 a 1, aventurou-se no ataque e arriscou de longe um violento chute que acertou a trave. Na sequencia do lance Evaristo de Macedo pegou o rebote e Dida marcou, garantindo o título para o Mengão.

Após permanecer 8 anos no Flamengo, o zagueiro voltou para sua cidade natal, tendo sido contratado pelo Santos em 1959, quando estava com 30 anos de idade. Esta história entrou para o folclore do futebol brasileiro. A transação ficou acordada em 800 mil cruzeiros, que os dirigentes rubro-negros alegaram que nunca receberam, e os dirigentes do alvi-negro praiano dizem que pagaram em dinheiro vivo, sem nunca ter recebido os documentos que atestavam o pagamento.

Pavão chegou no Santos e logo assumiu a posição de titular, tendo em 1959 atuado em 60 partidas logo em sua primeira temporada. Na primeira excursão do Santos à Europa, ele foi titular em 21 jogos, dos 22 disputados pelo time santista. Pelo clube santista conquistou o título do Torneio Rio-São Paulo de 1959 e o bi-campeonato paulista em 1960-1961, jogando ao lado de Pelé. Pavão não chegou a participar das conquistas internacionais do clube, pois em 1961 resolveu encerrar sua carreira, aos 32 anos de idade.

O ex-jogador morreu em 2006, vitima de cirrose.


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