A obsessão do basquete na Gávea nos Anos 1990 era obter o título da Liga Nacional. O Flamengo havia sido vice-campeão da Taça Brasil em 1977 e na temporada 1984/85, e esteve na luta pelo título da temporada 1988/89. Depois de haver participado da 1ª edição da Liga Nacional, em 1990, o Flamengo ficou de fora d cenário nacional de 1991 até 1994. Quando retornou, em 1995, terminou o torneio em 12º lugar, numa de suas participações menos significativas em competições nacionais em toda a história.
O projeto de retomada do basquete rubro-negro começou com a aposta no time montado e comandado por Miguel Ângelo da Luz, que foi Tri-campeão Carioca em 1994-1995-1996. Foi uma evolução gradativa em cada um destes três anos, alcançando o melhor deste período no último ano, com um grande time cujas grandes estrelas eram os norte-americanos Alvin e Brent. Mas na Liga Nacional de 1997, esta equipe repetiu o patamar do ano anterior ao ir apenas até as quartas de final, terminando em 7º lugar (na edição de 96 havia terminado em 5º). Nos 22 jogos disputados na Fase Regular, venceu 12 e perdeu 10. Se no ano anterior, seu algoz nesta fase havia sido o Corinthians gaúcho, desta vez a queda seria perante o original, o Corinthians paulista, de Oscar Schmidt, Paulinho Villas-Boas e Gérson Victalino. O time rubro-negro venceu a primeira partida, no Rio de Janeiro, por 116 x 114. Depois perdeu as duas disputadas na capital paulista, por 84 x 104 e por 101 x 107. As quartas de final eram o paradigma a ser superado, já que o Flamengo só conseguiria chegar até esta fase nas edições de 1996, 1997, 1998 e 1999.
1997 - 6º lugar na Liga Nacional
Time: Alberto, Brent Merrit, Alvin Fredericks, Olivia e Gema
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Time: Alberto, Brent Merrit, Alvin Fredericks, Olivia e Gema
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Sexto jogador: Efigênio
Para a temporada de 1998, a aposta da diretoria rubro-negra foi um degrau mais alta, com as contratações do técnico Ary Vidal, com sua vasta experiência de Seleção Brasileira, e do norte-americano Marc Brown. A dupla tinha sido vice-campeã da Liga Nacional com o Corinthians de Santa Cruz do Sul nas temporadas de 1996 e 1997. E junto a eles, mostrando o quanto o Flamengo estava disposto a ver seu basquete mais perto da ponta a nível nacional, foi contratado o ala Fernando Minucci, principal pontuador do Franca e da Seleção Brasileira naquele momento. Além deles, foi mantida a dupla de pivôs - Olívia e Gema - e foi guardada uma vaga no elenco para um outro norte-americano. Com Ken Redfield na ala, aquele time foi vice-campeão carioca, superando ao Fluminense, do técnico Miguel Ângelo da Luz, e de Marcelinho Machado e dos norte-americanos Shanderic Downs e Cliff Morgan, mas perdendo a final para o Vasco, do técnico Alberto Bial, do norte-americano Charles Byrd, e de Alexey e João Baptista. Perdeu a série final por 3-2, vencendo o primeiro e o quarto jogos da série, mas caindo no derradeiro por 88 x 94. Para a disputa do campeonato nacional, trocou Ken Redfield por outro norte-americano, Steve Worthy, mas ainda assim não conseguiu atingir sua meta. A expectativa era conseguir pelo menos uma vaga na semi-final. A caminhada começou promissora, e na 1ª rodada o Flamengo conseguiu uma imponente vitória por 111 x 94 sobre o Franca em pleno Ginásio Pedrocão. E nos dois primeiros jogos em casa, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, venceu ao COC/Ribeirão Preto (113 x 98) e ao Corinthians (111 x 86). Mas apesar do otimismo inicial, o projeto voltou a fracassar: chegou às quartas de final mais uma vez, não obtendo o objetivo traçado. O torneio reuniu 14 equipes, logo a 1ª Fase teve 26 jogos, nos quais o Flamengo venceu 13 e perdeu 13. Frustrada a diretoria decidiu encerrar o projeto ainda antes do fim, demitindo Ary Vidal, e colocando o ex-jogador Peixotinho para comandar à equipe na reta final. Nas quartas, o time pegou pela frente o poderosíssimo COC/Ribeirão Preto, que era treinado por Guerrinha, e que tinha um quinteto fantástico, sobretudo pela presença do ex-jogador da NBA, ex-Los Angeles Lakers, Wes Mattews, mas fortíssimo também pelo tiro certeiro do outro norte-americano, Jeffty Connely, além de Zanon, Vanderlei Mazzuchini, Janjão e Josuel. Mas o time rubro-negro vendeu caro a derrota. Após deixar a série melhor de três empatada em 1-1, caiu no jogo decisivo, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, por apenas um ponto de diferença, numa partida só decidida nos segundos finais, com derrota rubro-negra por 78 x 79. Aquele timaço do técnico Guerrinha acabaria perdendo a final para o Franca, do técnico Hélio Rubens.
1998 - 8º lugar na Liga Nacional
Time: Marc Brown, Fernando Minucci, Steve Worthy, Olivia e Gema
Téc: Ary Vidal
Téc: Ary Vidal
Banco: Dedé Barbosa e Macetão
Campanha: 111 x 94 Franca (f) / 99 x 113 Rio Claro (f) / 113 x 98 Ribeirão Preto (c) / 111 x 86 Corinthians (c) / 99 x 80 Joinville (f) / 77 x 73 Londrina (f) / 91 x 89 Pinheiros (f) / 101 x 112 Barueri (c) / 76 x 85 Palmeiras (c) / 79 x 67 Minas (c) / 89 x 100 Mogi (f) / 75 x 85 Tijuca (n) / 106 x 115 Vasco (n) / 72 x 88 Franca (c) / 91 x 99 Rio Claro (c) / 90 x 100 Ribeirão Preto (f) / 68 x 69 Corinthians (f) / 93 x 98 Joinville (c) / 106 x 80 Londrina (c) / 101 x 81 Pinheiros (c) / 121 x 123 Barueri (f) / 91 x 82 Palmeiras (f) / 87 x 86 Minas (f) / 88 x 86 Mogi (c) / 91 x 71 Tijuca (n) / 96 x 101 Vasco (n) / Quartas: 76 x 93 Ribeirão Preto (c) / 97 x 93 Ribeirão Preto (f) / 78 x 79 Ribeirão Preto (f)
Buscando evoluir um pouco mais na temporada de 1998/99 frente ao trabalho das anteriores, o Flamengo tentou uma nova contratação massiva ousada, com as que havia feito nas temporadas de 1984/85 com Nilo, Carioquinha, Marcelo Vido, Filloy e Marquinhos, e de 1998/89 com Maury, Cadum, Paulinho Villas Boas, Pipoka e Gérson Victalino, ainda que os dois últimos não tivessem efetivamente jogado pelo clube daquela vez. Pois bem, desta vez um deles iria efetivamente jogar pelo clube. Depois do fracasso na temporada 1997/98, o clube não desistiu, desmontou o time, dispensando-o inteiro, e remontou ainda mais forte, com quatro contratações de peso. Chegaram na Gávea, para vestir rubro-negro, quatro jogadores de Seleção Brasileira, tendo sido contratado o trio Ratto, Caio Cazziolatto e Pipoka, do Mogi, principais nomes da equipe campeã paulista de 1996 por aquele clube, e mais o ala Vanderlei Mazzuchini. O técnico escolhido foi Zé Boquinha, que tinha dirigido aquele time da temporada 88/89, e que era o único não ligado ao basquete carioca a haver treinado o Flamengo até então na história. A peça final foi a escolha dos norte-americanos Kendrick Warren e Askia Jones, este último que veio a ser o principal pontuador da equipe que se sagrou campeã carioca de 98, com uma vitória fantástica por 3-2 na série final sobre o Vasco, do técnico Alberto Bial, que tinha a Charles Byrd, Demétrius Ferracciú, Rogério Klafke e ao dominicano Jose Vargas. Entretanto, após a conquista, Askia Jones não ficou para a Liga Nacional, aceitou proposta do basquete venezuelano, para onde foi e onde ficou muitos anos, tendo vindo a naturalizar-se e a defender à Seleção da Venezuela. Para a competição nacional, ele foi substituído com a contratação do também norte-americano Marlon Anderson, que estava jogando pelo Rio Claro. O objetivo, embora todos dissessem que o time tinha condições de ser campeão brasileiro, era, mais uma vez, conseguir ao menos a classificação para a semi-final. A meta parecia que seria alcançada quando a equipe terminou a 1ª Fase em 4º lugar, tendo vencido 18 de seus 26 jogos. Avançou assim às quartas de final para enfrentar ao Franca, que era o então bi-campeão nacional, mas havia perdido três de seus principais jogadores para o Vasco (aqueles derrotados na final do Carioca de 98 pelo Flamengo: Demétrius, Rogério e Vargas). Apesar de haver terminado em 5º lugar, com 4 vitórias a menos do que o time rubro-negro, a formação francana ainda era forte, com Helinho, Chuí e Sandro Varejão. Embora tivesse feito melhor campanha, o time rubro-negro, na Fase Regular, havia perdido para o Franca nos dois jogos de confronto direto. E voltou a ser no mata-mata, fechando a série em 3-1 e fazendo ruir o sonho flamenguista. Aquele time do Franca acabaria vindo a se tornar tri-campeã.
1999 - 5º lugar na Liga Nacional
Time: Ratto, Caio Cazziolato, Vanderlei Mazzuchini, Kendrick Warren e Pipoka
Téc: Zé Boquinha
Téc: Zé Boquinha
Banco: Alberto, Marlon Anderson, Tonico e Marcelão
Campanha: 95 x 105 Barueri (f) / 84 x 82 Pinheiros (f) / 89 x 87 Ulbra (c) / 124 x 74 Corinthians de Santa Cruz do Sul (c) / 100 x 82 Londrina (f) / 84 x 89 Franca (c) / 102 x 100 Ribeirão Preto (f) / 80 x 84 Mogi (f) / 81 x 69 Santo André (c) / 84 x 78 Uberlândia (c) / 89 x 88 Botafogo (n) / 83 x 77 Vasco (n) / 92 x 76 Bauru (c) / 87 x 89 Barueri (c) / 103 x 81 Pinheiros (c) / 97 x 94 Ulbra (f) / 74 x 63 Corinthians de Santa Cruz do Sul (f) / 103 x 90 Londrina (c) / 94 x 98 Franca (f) / 85 x 76 Ribeirão Preto (c) / 82 x 80 Mogi (c) / 114 x 105 Santo André (f) / 89 x 93 Uberlândia (f) / 94 x 79 Botafogo (n) / 73 x 82 Vasco (n) / 83 x 88 Bauru (f) / Quartas: 87 x 89 Franca (f) / 74 x 85 Franca (c) / 76 x 67 Franca (c) / 90 x 99 Franca (f)
A obsessão continuava. Apesar da frustração em mais uma vez fracassar em sua meta de ir além das quartas de final, a intenção era seguir crescendo. E desta vez o projeto foi o de manter a base do ano anterior, e reforçá-lo. A ousadia da cartada seguinte foi a de contratar o maior ícone do basquete brasileiro nos Anos 1980 e 1990, o já veterano Oscar Schimdt, maior pontuador da história deste esporte no Brasil, e junto à ele sua trupe que o acompanhava desde que ele havia regressado do Basquete Europeu, defendendo a Corinthians (Campeão Brasileiro de 1996), Barueri e Mackenzie (Campeão Paulista de 1998). Este pacote contava com o técnico Cláudio Mortari, o norte-americano Robyn Davis, o veterano Paulinho Villas-Boas (que voltava à Gávea, onde havia estado na temporada 1988/89), o armador Duda (que não é o Duda Machado, irmão do Marcelinho) e Josuel, pivô da Seleção Brasileira. Além de manter seus três principais jogadores - Ratto, Caio e Pipoka - e contar um time inteiro novo - Duda, Robyn Davis, Villas-Boas, Oscar e Josuel - sob o comando de um dos técnicos mais experientes do cenário nacional - Mortari - o clube ainda foi atrás de contratar um jogador a mais, Greg Newton, pivô da Seleção do Canadá.
O time largou muito bem, obtendo 6 vitórias consecutivas. No 1º turno, dos 13 jogos que disputou, venceu 10 e perdeu apenas três, fora de casa para Uberlândia e Mogi, e o clássico contra o Botafogo, que tinha a Marcelinho Machado. No 2º turno, perdeu fora de casa para Casa Branca e Bauru, voltou a perder para Uberlândia e Mogi, desta vez jogando em casa, e perdeu o clássico para o Vasco. Terminou a Fase Regular em 3º lugar, com 18 vitórias e 8 derrotas nas 26 partidas disputadas. No mata-mata, sofreu nas quartas de final após perder o terceiro jogo da série, em casa, para o Casa Branca, mas conseguiu virar e fechar a série em 3-2 a seu favor. Na semi-final, enfrentou ao Uberlândia, para quem havia perdido duas vezes na 1ª fase. O time do técnico Carioquinha contava com dois norte-americanos que tinham passado pela Gávea, Marc Brown e Ken Redfield. Desta vez, porém, passou sem sustou, vencendo duas vezes como visitante, fechando a série em 3-0 e se habilitando para encarar ao Vasco na finalíssima. O sonho do título nunca havia estado tão próximo.
Mas o time foi vice-campeão brasileiro, perdendo a final para os vascaínos: "o Flamengo perdeu a série final por 3 a 1 para um timaço do Vasco, que tinha Helinho, Charles Byrd, Demetrius, Rogério Klafke, Sandro Varejão e o dominicano Jose Vargas, sob o comando técnico do experiente Hélio Rubens, tricampeão brasileiro com o Franca em 1997/98/99 e bicampeão com o Vasco em 2000/01. Hélio foi, portanto, cinco vezes consecutivas campeão da Liga Nacional, título que já havia conquistado outras três vezes com o Franca (1990, 1991 e 1993) e que voltou a vencer com o Uberlândia, de Minas Gerais, em 2004. Aquele time do Flamengo não foi batido, portanto, por qualquer um; aquele time vascaíno era sensacional. Tanto que, além de bicampeão da Liga Nacional, foi bicampeão do Campeonato Sul-Americano de Clubes (1998/99), bicampeão da Liga Sul-Americana (1999/2000) e ainda foi vice-campeão do McDonalds Open de 1999, indo à final depois de vencer o campeão europeu, o Zalgiris Kaunas, da Lituânia, e só tendo sido vencido na final pelo San Antonio Spurs, da NBA". (A NAÇÃO, pg. 187)
2000 - 2º lugar na Liga Nacional
Time: Ratto, Robyn Davis, Oscar Schmidt, Pipoka e Josuel
Téc: Cláudio Mortari
Téc: Cláudio Mortari
Banco: Duda, Caio Cazziolato, Paulinho Villas-Boas e Greg Newton
Campanha: 83 x 70 Casa Branca (c) / 115 x 111 Vasco Barueri (f) / 108 x 97 Hebraica (f) / 119 x 108 Ipiranga (c) / 82 x 80 Corínthians de Santa Cruz do Sul (c) / 96 x 91 Franca (c) / 103 x 122 Uberlândia (f) / 105 x 92 Ribeirão Preto (f) / 86 x 113 Mogi (f) / 107 x 100 Bauru (c) / 123 x 113 Londrina (c) / 102 x 92 Vasco (n) / 102 x 108 Botafogo (n) / 91 x 96 Casa Branca (f) / 106 x 102 Vasco Barueri (c) / 90 x 84 Hebraica (c) / 105 x 93 Ipiranga (f) / 99 x 89 Corínthians de Santa Cruz do Sul (f) / 127 x 128 Uberlândia (c) / 113 x 101 Franca (f) / 94 x 86 Ribeirão Preto (c) / 93 x 104 Mogi (c) / 92 x 98 Bauru (f) / 92 x 79 Londrina (f) / 102 x 110 Vasco (n) / 95 x 85 Botafogo (n) / Quartas: 87 x 89 Casa Branca (f) / 99 x 80 Casa Branca (c) / 77 x 82 Casa Branca (c) / 83 x 78 Casa Branca (f) / 127 x 104 Casa Branca (c) / Semi-final: 90 x 79 Uberlândia (c) / 107 x 102 Uberlândia (f) / 108 x 101 Uberlândia (f) / Final: 105 x 114 Vasco / 88 x 108 Vasco / 115 x 103 Vasco / 103 x 110 Vasco
Após a frustração da derrota para o Vasco, o Flamengo seguiu tentando organizar projetos fortes, capazes de lhe colocar na ponta do cenário nacional, mas seu desempenho na principal competição nacional em 2001, 2002 e 2003 foi de resultados bastante medianos, sempre parando nas quartas de final. Em 2001 perdeu a série de quartas para o Franca por 3-1. Em 2002, foi varrido, eliminado por 3-0 pelo COC/Ribeirão Preto. Em 2003, foi novamente varrido, caindo por 3-0 para o Minas Tênis Clube.
2001 - 7º lugar na Liga Nacional
Time: Ratto, Robyn Davis, Oscar Schmidt, Pipoka e Josuel
Téc: Cláudio Mortari
Téc: Cláudio Mortari
Banco: Ricardinho, Caio Cazziolato e Olívia
2002 - 8º lugar na Liga Nacional
Time: Ratto, Dedé Barbosa, Oscar Schmidt, Aylton e Janjão
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Time: Ratto, Dedé Barbosa, Oscar Schmidt, Aylton e Janjão
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Banco: Olivinha, Léo Figueiró e Olívia
2003 - 7º lugar na Liga Nacional
Time: Ricardinho, Alberto, Oscar Schmidt, Olivinha e Gema
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Time: Ricardinho, Alberto, Oscar Schmidt, Olivinha e Gema
Téc: Miguel Ângelo da Luz
Sexto jogador: Olívia
Até que em 2004, com um time renovado, o Flamengo surpreendeu. A diretoria apostou na volta de um treinador veterano, mas de bastante história no basquete rubro-negro, Emmanuel Bonfim, técnico 7 vezes campeão carioca: em 1980, 1981 e 1983 com o Vasco, em 1985 1986 foi bi com o Flamengo, em 1989 com o Vasco e em 1990 com o Flamengo. O treinador fez um excelente trabalho! Além de velhos conhecidos como o norte-americano Marc Brown e a dupla de pivôs Olívia e Gema, reforçou-se com Leandro Salgueiro, do Vasco, Adriano, do Araraquara e Charles Lopes, do Limeira. O Flamengo foi o líder do campeonato da 1ª rodada do Turno até a 4ª rodada do Returno. Terminou a 1ª Fase em 2º lugar. Aquele representava o melhor desempenho rubro-negro na fase regular na história do Campeonato Nacional de Basquete. Nas quartas de final, sem sustos ao time de Ribeirão Preto com uma varrida de 3-0 na série. Já a semi-final, contra o Ajax, de Goiás, foi bem mais dura. Mas pior, foi bastante confusa. O time rubro-negro tinha a série em 2-1 a seu favor. No quarto jogo o árbitro havia validado uma cesta de três pontos no segundo final que dava a vitória ao Flamengo, que então fecharia a série em 3 a 1. Pressionado por dirigentes do Ajax no vestiário, voltou à quadra e anulou a cesta, levando a série ao quinto jogo. O campeonato se paralisou. Só depois de uma posição da Justiça Desportiva realizou-se a quinta partida, que o Flamengo venceu (97 x 85 em casa). Avançou assim à final, na qual acabou atropelado pelo Uberlândia, que descansava para a final longe da confusão. O time mineiro, como o Vasco em 2000, era comandado pelo técnico Hélio Rubens, e fechou a série com uma varrida de 3-0 a seu favor.
2004 - 2º lugar na Liga Nacional
Time: Marc Brown, Leandro Salgueiro, Olivinha, Mãozão e Gema
Time: Marc Brown, Leandro Salgueiro, Olivinha, Mãozão e Gema
Téc: Emmanuel Bonfim
Banco: Alberto, Duda Machado e Olívia
Campanha: 74 x 69 Paulistano (c) / 86 x 73 Ulbra (c) / 89 x 78 Londrina (c) / 103 x 86 URB (c) / 91 x 84 Brasília (c) / 76 x 81 Ribeirão Preto (f) / 95 x 94 Franca (f) / 112 x 103 Ajax (c) / 92 x 84 Corinthians-Mogi (c) / 87 x 68 Tijuca (n) / 72 x 66 Automóvel Clube de Campos (c) / 89 x 72 Araraquara (f) / 90 x 84 Casa Branca (f) / 71 x 90 Uberlândia (c) / 70 x 86 Minas (c) / 84 x 66 Ulbra (f) / 72 x 73 Paulistano (f) / 74 x 76 Corinthians-Mogi (f) / 93 x 84 Londrina (f) / 76 x 77 URB (f) / 114 x 87 Ribeirão Preto (c) / 96 x 85 Franca (c) / 92 x 87 Casa Branca (c) / 77 x 69 Uberlândia (f) / 86 x 85 Ajax (f) / 89 x 84 Brasília (f) / 76 x 69 Tijuca (n) / 66 x 73 Automóvel Clube de Campos (f) / 99 x 88 Minas (f) / 95 x 82 Araraquara (c) / Quartas: 91 x 84 Ribeirão Preto (f) / 76 x 72 Ribeirão Preto (c) / 97 x 85 Ribeirão Preto (c) / Semi-final: 85 x 83 Ajax (f) / 75 x 95 Ajax (c) / 110 x 101 Ajax (c) / 76 x 78 Ajax (f) / 97 x 85 Ajax (c) / Final: 69 x 80 Uberlândia (c) / 74 x 112 Uberlândia (f) / 66 x 81 Uberlândia (f)
Campanha: 74 x 69 Paulistano (c) / 86 x 73 Ulbra (c) / 89 x 78 Londrina (c) / 103 x 86 URB (c) / 91 x 84 Brasília (c) / 76 x 81 Ribeirão Preto (f) / 95 x 94 Franca (f) / 112 x 103 Ajax (c) / 92 x 84 Corinthians-Mogi (c) / 87 x 68 Tijuca (n) / 72 x 66 Automóvel Clube de Campos (c) / 89 x 72 Araraquara (f) / 90 x 84 Casa Branca (f) / 71 x 90 Uberlândia (c) / 70 x 86 Minas (c) / 84 x 66 Ulbra (f) / 72 x 73 Paulistano (f) / 74 x 76 Corinthians-Mogi (f) / 93 x 84 Londrina (f) / 76 x 77 URB (f) / 114 x 87 Ribeirão Preto (c) / 96 x 85 Franca (c) / 92 x 87 Casa Branca (c) / 77 x 69 Uberlândia (f) / 86 x 85 Ajax (f) / 89 x 84 Brasília (f) / 76 x 69 Tijuca (n) / 66 x 73 Automóvel Clube de Campos (f) / 99 x 88 Minas (f) / 95 x 82 Araraquara (c) / Quartas: 91 x 84 Ribeirão Preto (f) / 76 x 72 Ribeirão Preto (c) / 97 x 85 Ribeirão Preto (c) / Semi-final: 85 x 83 Ajax (f) / 75 x 95 Ajax (c) / 110 x 101 Ajax (c) / 76 x 78 Ajax (f) / 97 x 85 Ajax (c) / Final: 69 x 80 Uberlândia (c) / 74 x 112 Uberlândia (f) / 66 x 81 Uberlândia (f)
Após tanta confusão e muita reclamação contra a arbitragem nacional, a diretoria rubro-negra se frustrou e, desapontada, decidiu desistir do investimento no basquete masculino. Temporariamente o sonho do título nacional foi deixado de lado, e poderia nunca ter se realizado, pois o basquete rubro-negro chegou a ser pela primeira vez em sua história encerrado, ficando de fora do Campeonato Carioca de 2004, o primeiro na história do esporte na cidade a não ter tido a participação de nenhum dos quatro mais tradicionais clubes de futebol do Rio de Janeiro, nem Vasco, Fluminense e Botafogo, nem o Flamengo participaram da competição naquele ano. Felizmente, em 2005, como tinha conquistado o direito de disputar a Liga Sul-Americana daquele ano, a diretoria decidiu remontar o time, reiniciando seu projeto de basquete inicialmente em base bem mais modestas. Felizmente, pois já a partir de 2005 o FlaBasquete iniciaria uma série infindável de títulos consecutivos do Campeonato Carioca, e viria a ser várias vezes Campeão Brasileiro (realizando, enfim, a seu sonho), Campeão Sul-Americano, das Américas e Mundial (indo muito além do que sonhava), vivendo a Era de Ouro do Basquete Rubro-Negro. Além de haver tido a honra de haver sido convidado para 5 jogos contra franquias da NBA.
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