Maria Lenk, nadadora do Flamengo, foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, em 1932. Em 1939, bateu os recordes mundiais dos 200 e 400m peito, tornando-se a única nadadora sul-americana recordista mundial. Maria Lenk foi recordista mundial dos 200m peito entre 8/11/1939 e 19/03/1941, com a marca de 2,56 minutos, posteriormente superada pela alemã Anni Kapell, que nadou 2,55.5. Foi o primeiro recorde mundial da natação brasileira!
Armando Coelho de Freitas, nos anos 1930, foi o primeiro nadador da América do Sul a baixar a marca de um minuto nos 100m livre. Foi a primeira estrela da natação rubro-negra no masculino.
Piedade Coutinho chegou ao Flamengo aos 18 anos, em 1938. Foi tetracampeã sul-americana e chegou as finais em duas das três Olimpíadas que disputou (Berlim-1936, Londres-1948 e Helsinque-1952). Obteve recordes brasileiros e sul-americanos nos 100m, 200m, 400m, 800m e 1.500m de nado livre e também foi recordista sul-americana no revezamento 4x100m nado livre junto com Ligia Cordovil, Scylla Venâncio e Geísa de Carvalho, formaram o quarteto de revezamento, conhecidas como as Fortalezas Voadoras.
As Fortalezas Voadoras
Em 1968, o Flamengo foi pela 1ª vez Campeão do Troféu Brasil de Natação, com uma equipe que tinha Pedro Carlos Carsalade, Maria Beatriz du Rocher, Carmem Martins Néri, e as irmãs Eliana Motta e Eliete Motta, filhas do ex-jogador de basquete do clube Alfredo da Motta.
A natação brasileira estava ganhando força: o paulista Manuel dos Santos foi recordista mundial dos 100m livre entre 20/09/1961 e 13/09/1964, quando seu tempo foi batido pelo francês Alain Gottvalles. Ele nadou, na piscina do Clube de Regatas Guanabara, no Rio de Janeiro, com o tempo de 53,6 segundos. Na mesma piscina do Guanabara, o paulista José Sylvio Fiolo foi o segundo brasileiro a ser recordista mundial na natação masculina, nos 100m peito, com 1,06.4 minutos, marca obtida em 19/02/1968 e superada em 18/04/1968 pelo soviético Nikolai Pankin.
Maria Elisa Guimarães, nadadora rubro-negra, em 1976, conseguiu o indíce técnico e disputou os Jogos de Montreal 1976, aos 17 anos. No mesmo período, se tornou a primeira nadadora sul-americana a nadar abaixo de um minuto a distância dos 100m livre, além de ter sido recordista sul-americana dos 100m livre, 200m livre, 400m livre, 800m livre e 1.500m livre.
Outra estrela das piscinas rubro-negras foi Rômulo Arantes, prata nos 100m costas e bronze no revezamento 4x100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1979.
O Flamengo foi hegemônico nas piscinas brasileiras nos anos 1980, comandado pelo grande treinador Daltely Guimarães e contando em sua equipe com nomes com Ricardo Prado, Maria Elisa Guimarães, Rômulo Arantes, Cristiano Michelena, Marcelo Jucá, Jorge Fernandes e Patrícia Amorim.
Jorge Fernandes ganhou a primeira medalha da natação braileira em Olimpíadas, um bronze no revezamento 4x200m livres nos Jogos Olímpicos de Moscou.
Ricardo Prado, em 1982, aos 17 anos, sagrou-se campeão e recordista mundial na prova dos 400m medley em Guaiaquil, no Equador, foi medalha de ouro nos 200m medley e nos 400m medley, prata nos 200m borboleta e nos 200m costas nos Jogos Pan-Americanos de 1983, prata nos 200m costas, bronze nos 200m medley e no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1987, prata nos 400m medley nos Jogos Olímpicos de 1984. Ricardo Prado foi o quarto brasileiro a conseguir um recorde mundial na natação, nos 400m medley, entre 8/08/1982 e 23/05/1984 ninguém foi capaz de superar sua marca de 4,19.78 minutos, batida pelo alemão oriental Jens Peter Berndt.
Marcelo Jucá, foi medalha de prata nos 1.500m livre e bronze nos 400m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1983.
Cristiano Michelena ganhou as medalhas de prata nos 400m livre, e bronze nos revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1987
Patrícia Amorim foi heptacampeã brasileira absoluta, pentacampeã sul-americana (1984 a 1988), recordista sul-americana dos 200m, 400m, 800m e 1.500m nado livre, tendo sido a primeira nadadora da América do Sul a baixar a marca dos nove minutos, na prova dos 800m nado livre e os 17 minutos na prova de 1.500m livre.
A natação do Flamengo perdeu a hegemonia nacional nos anos 90. Mas ainda assim tinha estrela nadando no clube. Fernando Scherer foi ouro nos 50m livre, prata no revezamento 4x100m livre e 4x200m livre, e bronze nos 100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1995, ouro nos 50m livre e nos 100m livre, no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1999, bronze nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de 1996 e no revezamento 4x100m livre nos Jogos Olímpicos de 2000.
Ricardo Prado, Patrícia Amorim e Fernando Scherer, estrelas rubro-negras
O Flamengo voltou a conquistar o Troféu Brasil em 2002, numa equipe que tinha Mariana Brochado, Monique Ferreira, Patrícia Comini e Rafael Mosca. E que nesse ano contou também com Luiz Lima, medalhista pan-americano em provas longas, atleta que passou quase toda a carreira no Fluminense, teve passagem pelo Vasco e, exclusivamente nesse ano, nadou pelo Flamengo. A equipe contou ainda com a ucraniana Yana Klochkova.
Patrícia Comini ganhou a medalha de bronze no revezamento 4x100m medley nos Jogos Pan-Americanos de 1999.
Monique Ferreira conquistou as medalhas de bronze nos 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 1999, prata no revezamento 4x200m livre, bronze nos 400m livre e no revezamento 4x100m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.
Mariana Brochado foi prata no revezamento 4x200m livre e bronze nos 200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.
Rafael Mosca ganhou a prata no revezamento 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de 2003.
A natação do Brasil voltou a conseguir marcas expressivas só em piscinas curtas (de 25 metros), com Gustavo Borges, que foi recordista mundial dos 100m livre, com o tempo de 47,94 segundos, entre 02/07/1993 e 01/01/1994, quando sua marca foi superada pelo russo Alexander Popov. Pouco mais de uma década depois, nos 200m medley, Thiago Pereira manteve o recorde mundial entre 18/11/2007 e 13/12/2007, com 1,53.14 minutos. Nos 50m borboleta, Kaio Márcio de Almeida foi recordista mundial entre 17/12/2005 e 25/10/2008 com 22,6 segundos. Kaio Márcio também obteve o recorde mundial dos 200m em 10/11/2009 com a marca de 1,49.11 minutos.
Em piscinas olímpicas (50 metros), o Brasil voltou ao recorde mundial nos 50m peito com Felipe França, que foi recordista mundial entre 8/05/2009 e 28/07/2009 com 26,89 segundos.
As marcas mais expressivas, no entanto, foram as de César Cielo, recordista mundial dos 50m livre desde 18/12/2009 com o tempo de 20,91 segundos, e recordista mundial dos 100m livre desde 30/07/2009 com o tempo de 46,91 segundos. Cielo foi Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 nos 50m livre e Medalha de Bronze nos 100m livre.
César Cielo, contratado pelo Flamengo em 2010
O Flamengo voltou a ser Campeão Brasileira em 2012, com uma equipe que tinha César Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus, Tales Cerdeira, Joana Maranhão, Daynara de Paula, além da espanhola Miréia Belmonte, e do norte-americano Eugene Godsoe.
O Flamengo é 13 vezes campeão do Troféu Brasil de Natação (hoje Troféu Maria Lenk), em: 1968, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1989, 1991, 2002 e 2012.
E é 12 vezes campeão do Trófeu José Finkel, em: 1977, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1990, 2001 e 2002.
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