Os grandes projetos envolvendo o Flamengo voltam de tempos em tempos a ocupar a mídia, sempre gerando polêmica, sempre gerando turbilhões políticos, gerando debates acalorados. Muitas idéias e quase nenhuma implementação. E a pergunta que nunca cala: um dia isto sai?
No ano de 1920, a capa de um jornal carioca já trazia a foto da maquete de um suposto estádio que possivelmente poderia vir a ser construído na Praia Vermelha, onde ainda, neste tempo, não existia o Bondinho do Pão de Açúcar. Por aí se vê como o sonho é antigo.
No ano de 1920, a capa de um jornal carioca já trazia a foto da maquete de um suposto estádio que possivelmente poderia vir a ser construído na Praia Vermelha, onde ainda, neste tempo, não existia o Bondinho do Pão de Açúcar. Por aí se vê como o sonho é antigo.
Nos Anos 1930, o Jornal O Globo dava destaque para o presidente rubro-negro José Bastos Padilha sonhando em consrruir um estádio para 30 mil pessoas na Gávea. No fim, o estádio efetivamente construído teve capacidade para 8 mil torcedores. Ao menos, pela primeira vez em sua história, o clube tinha efetivamente um estádio próprio.
Nos Anos 1940, mais um projeto que não saiu do papel. Porém, naquele momento a obra do Maracanã se iniciava, e com a inauguração do "Maior do Mundo", os projetos de estádio próprio se congelariam por décadas.
Revista Esporte Ilustrado, nº 544, setembro de 1948
"Seriam 120 mil lugares nas arquibancadas ... 10 anos são passados e
o Flamengo no mesmo estado letárgico que ficou após a exposição da maquete,
apenas a exposição da maquete, nada mais..."
O primeiro grande projeto foi a Construção do Centro de Treinamentos em Vargem Grande. Terreno comprado no meio da década de 1980 pelo ex-presidente George Helal, muitos estudos de viabilidade, muito burburinho político. Passaram-se 30 anos e só agora o CT caminha para sua conclusão.
O Flamengo também sonhava com um estádio, Foi feita uma parceria com a Pelé Sports e Marketing e desenhado um projeto para a construção de um estádio para o clube na Barra da Tijuca, com capacidade para 50 mil pessoas. O projeto não conseguiu avançar nem na primeira questão básica para sua realização: a obtenção de um terreno.
Primeira Maquete pós-Maracanã de um novo Estádio pro Flamengo
Em 1996, na gestão do ex-presidente Kléber Leite, o projeto principal passou a ser a transformação do campo de treinamento, na Gávea, num shopping center, custeado pela Multiplan, aos moldes do que foi feito pelo Botafogo em General Severiano, onde foi construído o Shopping Rio Off Price (que posteriormente mudou mais de uma vez de nome). O projeto previa conclusão antes do ano 2000.
O projeto do shopping foi vetado, numa luta da Associação de Moradores do Leblon. Trânsito, desalinhamento arquitetônico, poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, foram vários argumentos usados contra a construção. Curiosamente, nenhum deles foi usado para impedir a posterior construção do Shopping Leblon, que fica só a algumas poucas quadras dali.
Maquete de construção do Shopping Flamengo Plaza
No teto do shopping, campo de treinamento com lugar para 3 mil pessoas
No segundo mandato de Kléber Leite, entre 1998 e 1999, o assunto voltou à tona, e desta vez com suporte financeiro do Grupo Brascan. Mais uma vez foi apresentada uma maquete. Mas como o terreno da Gávea foi cedido pelo estado para uso em práticas esportivas, conseguiu-se impedir a construção do shopping.
Segunda Maquete do Shopping do Flamengo
Em dezembro de 2005, durante o mandato de Márcio Braga, o clube voltou a sonhar com um estádio próprio na Gávea. O Maracanã seria fechado para as obras de readequação para os Jogos Pan-Americanos de 2007, e o Flamengo não sabia onde iria jogar. Foi feito um projeto para a construção de um novo estádio, com capacidade para 25 mil pessoas. O projeto não conseguiu força política para ir adiante.
Em 2007, ainda sob a presidência de Márcio Braga, o Flamengo voltou a projetar o sonho de construção de um estádio próprio. O objetivo era construí-lo na Gávea, com capacidade para 40 mil pessoas. Os projetos foram apresentados, mas mais uma vez não houve força política para levar a idéia a frente.
A Maquete de um Estádio para a Gávea em 2005
Em 2007, ainda sob a presidência de Márcio Braga, o Flamengo voltou a projetar o sonho de construção de um estádio próprio. O objetivo era construí-lo na Gávea, com capacidade para 40 mil pessoas. Os projetos foram apresentados, mas mais uma vez não houve força política para levar a idéia a frente.
Maquete de um Novo Estádio na Gávea apresentada em 2007
O sonho persistiu politicamente. Em 2012, no processo de eleição para novo presidente (o pleito vencido por Eduardo Bandeira de Mello), apareceu mais uma maquete de um estádio para o Flamengo. Quem apresentou a idéia foi o candidato Maurício Rodrigues, segundo o qual já estava tudo pronto junto aos apoiadores de sua campanha para a construção de um estádio para 50 mil pessoas em Nova Iguaçu.
Em 2017 um novo projeto emergiu, com a possibilidade de construção de um estádio em Pedra de Guaratiba, após o Recreio dos Bandeirantes, quase chegando a Santa Cruz. Quem apresentou o projeto foi o conselheiro Maurício Rodrigues, o mesmo da maquete em Nova Iguaçu. O estádio em Guaratiba teria capacidade para 45 mil torcedores.
O que chegou mais perto de sair do papel, no entanto, não foi nem um Shopping Center nem um Estádio de Futebol, mas uma Arena Multiuso com capacidade para 4 mil pessoas a ser utilizada para a prática de basquete, vôlei e futsal. A arena seria construída inteiramente com recursos privados e já com "naming rights" (direito de nome): a Arena McFla, a ser financiada pelo McDonald's. O projeto foi apresentado no fim de 2013, com padrões similares aos das arenas de basquete nos Estados Unidos.
O projeto estava tramitando no IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Comumente foi confundido por mídia e público, ao se dizer "Nova Arena do Flamengo", como se fosse um estádio de futebol, mas não era. Era um ginásio a ser construído ao lado da sede, num terreno no qual funcionava um Posto de Gasolina Esso, que depois passou a ser um estacionamento descoberto do próprio Flamengo, em frente ao Lagoon, shopping construído embaixo do Estádio de Remo da Lagoa.
Maquete do Estádio em Nova Iguaçu
Em 2017 um novo projeto emergiu, com a possibilidade de construção de um estádio em Pedra de Guaratiba, após o Recreio dos Bandeirantes, quase chegando a Santa Cruz. Quem apresentou o projeto foi o conselheiro Maurício Rodrigues, o mesmo da maquete em Nova Iguaçu. O estádio em Guaratiba teria capacidade para 45 mil torcedores.
Maquete do Estádio em Pedra de Guaratiba
O que chegou mais perto de sair do papel, no entanto, não foi nem um Shopping Center nem um Estádio de Futebol, mas uma Arena Multiuso com capacidade para 4 mil pessoas a ser utilizada para a prática de basquete, vôlei e futsal. A arena seria construída inteiramente com recursos privados e já com "naming rights" (direito de nome): a Arena McFla, a ser financiada pelo McDonald's. O projeto foi apresentado no fim de 2013, com padrões similares aos das arenas de basquete nos Estados Unidos.
O projeto estava tramitando no IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Comumente foi confundido por mídia e público, ao se dizer "Nova Arena do Flamengo", como se fosse um estádio de futebol, mas não era. Era um ginásio a ser construído ao lado da sede, num terreno no qual funcionava um Posto de Gasolina Esso, que depois passou a ser um estacionamento descoberto do próprio Flamengo, em frente ao Lagoon, shopping construído embaixo do Estádio de Remo da Lagoa.
A letargia do poder público do Rio de Janeiro, que muita vezes por motivos antiéticos dificulta aprovações à espera de ajudas financeiras em prol da aceleração de trâmites, acabou levando o projeto a não sair do papel, e aos investidores privados a desistirem do investimento.
A discussão em torno de um Novo Estádio de Futebol para o Flamengo voltou à pauta em 2022. Entre muitas especulações, o projeto mais provável era de construção na região do Gasômetro, próximo è Rodoviária Novo Rio, ao início da Avenida Brasil, e da região do Porto do Rio, numa área pertencente à Caixa Econômica Federal que o Flamengo manifestou o desejo de adquirir. Geograficamente, o terreno estava a uma distância relativamente pequena dos estádio do Maracanã e de São Januário. A intenção era construir o maior estádio do Brasil, com capacidade para de 100 a 120 mil espectadores.
Maquete da Arena McFla
A discussão em torno de um Novo Estádio de Futebol para o Flamengo voltou à pauta em 2022. Entre muitas especulações, o projeto mais provável era de construção na região do Gasômetro, próximo è Rodoviária Novo Rio, ao início da Avenida Brasil, e da região do Porto do Rio, numa área pertencente à Caixa Econômica Federal que o Flamengo manifestou o desejo de adquirir. Geograficamente, o terreno estava a uma distância relativamente pequena dos estádio do Maracanã e de São Januário. A intenção era construir o maior estádio do Brasil, com capacidade para de 100 a 120 mil espectadores.
Em maquetes, o Flamengo é o clube mais moderno do mundo. Difícil é tirar as idéias do papel e transformá-las em realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário