terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Flamengo na Libertadores de 2007


A Campanha:
1ª fase
14/02/07 - 2 x 2 Real Potosi, no Mario Mercado, em Potosi, na Bolívia
21/02/07 - 3 x 1 Maracaibo, no Maracanã
14/03/07 - 1 x 0 Paraná, no Dorival de Brito, em Curitiba
21/03/07 - 1 x 0 Paraná, no Maracanã
04/04/07 - 2 x 1 Maracaibo, em Maracaibo, na Venezuela
18/04/07 - 1 x 0 Real Potosi, no Maracanã
Oitavas
02/05/07 - 0 x 3 Defensor, no Estádio Centenário, em Montevidéu
09/05/07 - 2 x 0 Defensor, no Maracanã



1ª FASE

O Flamengo chegava para disputar a Copa Libertadores da América pela oitava vez em sua história como campeão da Copa do Brasil de 2006. Caiu no Grupo 5, que era considerado um grupo relativamente fácil. Mas na participação anterior, em 2002, o grupo também era considerado fácil e o time rubro-negro terminara numa vexatória última colocação. Além do Flamengo, o grupo tinha ao Paraná Clube, quinto colocado no Campeonato Brasileiro anterior, e que eliminara na Pré-Libertadores ao Cobreloa, vice-campeão chileno e seu histórico rival da final de 81, além do vice-campeão boliviano, o Real Potosi, e do campeão venezuelano, o União Maracaibo. O único receio rubro-negro era a altitude da cidade de Potosi na Bolívia.

E foi exatamente pelo seu maior desafio na 1ª fase, que começou a campanha rubro-negra. O time viajou a Potosi com tubos de oxigênio na bagagem, para deixar na beira do campo para ser usado por seus jogadores se necessário. Ainda fez toda uma preparação tecnológica nas semanas anteriores à estreia para preparar o organismo de seus jogadores para enfrentar o ar rarefeito. E o time encontrou seu gás extra. Saiu perdendo por 2 x 0, mas conseguiu buscar um heroico empate, com gols dos atacantes Roni e Obina. No outro jogo, na Venezuela, o Paraná bateu ao Maracaibo por 4 x 2.

Na 2ª rodada, o Flamengo recebeu aos venezuelanos no Maracanã, e não encontrou dificuldades, vencendo por 3 x 1, com gols de Renato Abreu, Souza e Obina. Em Curitiba, na mesma noite, o Paraná venceu ao Real Potosi por 2 x 0. Aparentemente os brasileiros não teriam dificuldade para avançar com as duas vagas do grupo, confirmando seus respectivos favoritismos. Faltava definir quem avançaria em primeiro e segundo lugares. E os dois definiriam isto nos dois confrontos seguintes.

Primeiro o Flamengo foi a Curitiba, onde conseguiu uma importante vitória como visitante por 1 x 0, com gol marcado pelo meia Renato Abreu. No outro jogo do grupo, bolivianos e venezuelanos empataram por 1 x 1 em Maracaibo.

Depois o Flamengo recebeu o Paraná no Rio de Janeiro, e no Maracanã repetiu a vitória por 1 x 0, desta vez com gol marcado pelo centroavante Souza. No outro jogo, na altitude de Potosi, um novo empate de 2 x 2 entre os adversários dos brasileiros no grupo.

Ao fim da 4ª rodada, o Flamengo era líder com folga do grupo, com 10 pontos, contra 6 pontos do Paraná Clube, 3 pontos do Real Potosi e 2 pontos do Maracaibo. O time rubro-negro já estava matematicamente classifica por antecipação, lutava agora por fazer a melhor dentre todas as campanhas na 1ª fase, o que lhe daria a vantagem de fazer todos os jogos de vola em casa no mata-mata.

N 5ª rodada, o Flamengo foi à Venezuela e obteve uma vitória por 2 x 1 sobre o Maracaibo, com gols dos meias Renato Abreu e Renato Augusto. Já o Paraná não resistiu à altitude, perdendo por 3 x 1 para o Real Potosi, e deixando para definir sua classificação só na última rodada. O Flamengo, com 13 pontos, sobrava!

Na última rodada, no Maracanã o time rubro-negro conseguiu uma vitória magra e modesta por 1 x 0 sobre o Real Potosi, por 1 x 0, gol de Souza, numa noite na qual todos esperavam uma goleada. Em Curitiba, os paranaenses venceram ao Maracaibo por 2 x 1. Assim, o Flamengo terminou com incríveis 16 pontos, contra 9 pontos do segundo colocado Paraná, 6 pontos do Real Potosi, e 2 pontos do União Maracaibo. O Flamengo terminou com a 2ª melhor campanha dentre todos os participantes da Libertadores, atrás apenas do Santos, o que em teoria lhe daria um adversário mais fraco nas oitavas.

MATA-MATA

O adversário rubro-negro nas oitavas de final foi o uruguaio Defensor Sporting. um time m teoria de menor expressão do que Peñarol e Nacional de Montevidéu, mas que fazia parte da tradicional escola uruguaia, de jogo defensivo truncado e sistemas ofensivos precisos.

O confronto aconteceria junto à final do Campeonato Carioca. No domingo, Flamengo e Botafogo empataram em 2 x 2 a primeira partida da final. Na quarta tinha jogo em Montevidéu.

A vantagem que o Flamengo em teoria tinha ruiu rápido. O Flamengo sofreu um gol logo aos 5 minutos do 1º tempo, depois levou outro aos 3 minutos do 2º tempo. O tiro derradeiro foi levado aos 30 minutos da etapa final. Com a vitória do Defensor por 3 x 0, a situação ficava muito difícil de ser revertida.   

A torcida lotou o Maracanã no jogo de volta e incentivou incansavelmente durante os noventa minutos, ainda mais inflamada porque no domingo anterior o time voltara a empatar em 2 x 2 com o Botafogo, e vencendo na disputa de pênaltis, conquistando o título de campeão carioca.

Era fundamental não sofrer gol, ou a missão ficaria quase impossível. O camisa 11 rubro-negro Renato Abreu foi o grande nome da partida no Maracanã, marcando dois gols e tendo uma atuação exuberante. O Flamengo conseguiu marcar no início do jogo, como planejava. Ampliou no início da etapa final, tendo tido todo o 2º tempo para conseguir o terceiro gol, que levaria a disputa às penalidades. Lutou muito, mas não conseguiu. Saiu de campo aplaudido por sua torcida, que voltava a ver um time minimamente competitivo numa disputa de Libertadores, mas que não fora capaz de ir além das oitavas de final. A vitória por 2 x 0 foi insuficiente.

O Defensor Sporting acabou eliminado nas quartas de final pelo Grêmio, na disputa por pênaltis, após dois resultados iguais. Grêmio que por sua vez cairia na semi-final para o Santos de Diego e Robinho, que por sua vez perderia a final para o Boca Juniors de Juan Roman Riquelme.


Fichas Técnicas: Flamengo na Libertadores de 2007


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