Flamengo na Libertadores de 1982

"O Flamengo mantinha-se como uma máquina de conquistar títulos. Foi bicampeão brasileiro em 1982 no primeiro semestre e pentacampeão da Taça Guanabara no segundo. O objetivo do ano, no entanto, escapou: o bicampeonato da Taça Libertadores da América. Como campeão de 1981, o Flamengo estreou direto na segunda fase, e encarou um grupo dificílimo, cujo primeiro colocado estaria na final. O grupo tinha Flamengo, River Plate e Peñarol" (A NAÇÃO, pg. 133)

A Campanha:

2ª fase (como Campeão de 81, não jogou a 1ª fase)

19/10/82 - 0 x 1 Peñarol, no Estáio Centenário, em Montevidéu
22/10/82 - 3 x 0 River Plate, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires
02/11/82 - 4 x 2 River Plate, no Maracanã
16/11/82 - 0 x 1 Peñarol, no Maracanã

"O time rubro-negro perdeu por 1 a 0 para o Peñarol em Montevidéu. Em seguida, no entanto, não tomou conhecimento do River Plate, vencendo por 3 a 0 no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e por 4 a 2 no Maracanã. Estes resultados garantiram-lhe a vantagem do empate no confronto final frente ao Peñarol no Maracanã. Se se classificasse, o Flamengo repetiria a final de 1981 frente ao Cobreloa. A missão parecia estar próxima de ser cumprida. O Maracanã estava absolutamente lotado só de rubro-negros, certos da presença na segunda final de Libertadores consecutiva. Um duro golpe, entretanto, estava por vir no segundo tempo daquela partida, até aonde o jogo se arrastara em um agitado empate sem gols. O time uruguaio fez um gol numa cobrança de falta do brasileiro Jair, ex-jogador do Internacional de 1974 a 1981. A vitória por 1 a 0 pôs o Peñarol na final, frente ao Cobreloa, do Chile, e os uruguaios levantaram o título sul-americano" (A NAÇÃO, pg. 134)


A FASE SEMI-FINAL

O Flamengo, como Campeão da Libertadores de 1981, entrou direto na fase final. E pegou um grupo dificílimo, cujo vencedor avançava à final. Pela frente, o campeão argentino, River Plate, e o vice-campeão uruguaio, o Peñarol. Na 1ª fase, o River venceu o grupo que ainda tinha a Boca Juniors e aos bolivianos The Strongest e Jorge Wilstermann. Já os uruguaios, venceram o grupo que ainda tinha ao campeão uruguaio, Defensor Sporting, além dos brasileiros Grêmio e São Paulo.

Na estreia, o Flamengo perdeu por 1 x 0 para o Peñarol, em Montevidéu. Na 2ª rodada, recuperou-se e ganhou moral, batendo ao River Plate por 3 x 0 dentro o Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires: Lico aos 11 do 1º tempo, Zico aos 4 do 2º tempo e Nunes, aos 44, fechando o jogo.

Na 3ª rodada, o Peñarol também venceu ao River Plate dentro da capital argentina. No fim do turno, os uruguaios lideravam o grupo com 4 pontos, o time rubro-negro tinha 2, e os argentinos, praticamente eliminados, tinham 0.

Na 4ª rodada, o Flamengo aplicou uma imponente vitória por 4 x 2 sobre o River Plate no Maracanã. Tita fez 1 x 0 no 1º tempo. Júnior ampliou a vantagem na volta do intervalo. O River diminuiu, mas não tardou para Zico e Nunes ampliaram a vantagem para 4 x 1. Pouco depois, o campeão argentino ainda voltou a diminuir.

Os argentinos não conseguiram tirar ponto de ninguém. Na 5ª rodada, já matematicamente eliminados, foram a Montevidéu e perderam por 2 x 1 para os uruguaios.

Na última rodada, o Peñarol jogava por um empate no Maracanã. Já o Flamengo, precisava vencer para forçar um jogo-desempate em campo neutro. A camisa amarela e negra impôs sua grande tradição na América do Sul e venceu por 1 x 0, gol do brasileiro Jair.

Na final, o Peñarol venceu ao Cobreloa e se sagrou campeão da Libertadores. No 1º jogo, empatou sem gols contra os chilenos dentro de Montevidéu. Na partida de volta, porém, venceram por 1 x 0 dentro de Santiago e conquistaram aquele que era seu 4º título da Libertadores (havia sido campeão em 1960, 1961 e 1966).


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