O economista Mario Henrique Simonsen costumava dizer que o Brasil era o único país do mundo em que não só o futuro era incerto, como o passado era tão incerto quanto. O caso da grandeza do Flamengo é um perfeito exemplo do que ele estava querendo dizer, pois mesmo diante de números estatísticos que em qualquer lugar do mundo seriam incontestáveis, aqui ainda aparece gente para negá-los e duvidar da veracidade dos fatos.
Como a revista Placar falou após divulgar sua primeira pesquisa de dimensão das torcidas de futebol no Brasil: "os números simplesmente comprovam o que todos suspeitavam".
Nas últimas duas décadas, quando o Brasil tomou gosto pelas estatísticas, foram feitas nada mais do que 24 pesquisas a nível nacional para determinar quais clubes de futebol tinham as maiores torcidas do Brasil. As vinte e quatro são unânimes em um ponto: a maior é o Flamengo, e a segunda maior é o Corinthians. Daí para baixo podem haver contestações, discordâncias e pontos para questionamento.
Nas últimas duas décadas, quando o Brasil tomou gosto pelas estatísticas, foram feitas nada mais do que 24 pesquisas a nível nacional para determinar quais clubes de futebol tinham as maiores torcidas do Brasil. As vinte e quatro são unânimes em um ponto: a maior é o Flamengo, e a segunda maior é o Corinthians. Daí para baixo podem haver contestações, discordâncias e pontos para questionamento.
Como mostra o gráfico acima, muito pouca coisa mudou. As amostras variam, mas olhando as linhas do gráfico, que comparam os resultados de Flamengo e Corinthians, fica bem claro que não há qualquer tendência clara de mudança de curto a médio prazo nesta realidade.
As 17 pesquisas foram encomendadas pelas seguintes mídias: 5 pelo jornal Lance, 3 pela revista Placar, 2 pelo jornal Folha de São Paulo, 1 pela Rede Globo, e 13 foram independentes, feitas diretamente pelo institutos de pesquisa. Interessante notar que 75% delas foram encomendadas pela imprensa de São Paulo contra 25% por mídias do Rio de Janeiro.
Dentre os institutos de pesquisa que realizaram as pesquisas: 13 foram feitas pelo Datafolha e 7 pelo Ibope. Todos dois institutos fundados e sediados em São Paulo.
Na média das 24 pesquisas, o Flamengo tem 17,07% da preferência, com um desvio-padrão de 1,33 pontos percentuais, o que significa um intervalo de confiança de 15,74% a 18,40%; o Corinthians tem 13,15% da preferência, com um desvio-padrão de 1,49 pontos percentuais, o que significa um intervalo de confiança de 11,66% a 14,64%.
Ao se trabalhar com a média das 21 pesquisas feitas a partir de 2000, excluindo as feitas nos Anos 1990, o Flamengo tem 17,18% da preferência, com um desvio-padrão de 1,37 pontos percentuais, o que significa um intervalo de confiança de 15,81% a 18,54%; o Corinthians tem 13,39% da preferência, com um desvio-padrão de 1,32 pontos percentuais, o que significa um intervalo de confiança de 12,07% a 14,71%.
Uma estatística inquestionável. Há diversas razões que explicam esta verdade. São razões históricas, sociológicas e antropológicas. Nas páginas de A NAÇÃO tentou-se ao máximo possível esgotar o tema. Não é tudo, mas ao menos que o próximo a tentar explicar tenha que ter, ao menos, muito trabalho.
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